quinta-feira, 15 de maio de 2008

Mentir ou não mentir, eis a questão!

O grande legado do governo Lula às gerações futuras deste país tem sido a banalização da verdade, a pregação da mentira e a sua valorização como uma verdade absoluta. Os fatos estão aí escancarados, com inúmeros exemplos divulgados pela mídia. São processos judiciais em andamento, denúncias de suborno, corrupção, tráfico de influência, uso indevido de cartões corporativos, comissões parlamentares de inquérito, cassações com provas em abundância, formações de quadrilha e por aí vai. A menos que todos estes fatos evidenciados, existam apenas em uma mente doentia ou no delírio coletivo, diante das provas apresentadas, os envolvidos nesses escândalos não passariam de vítimas de um regime opressor e de seus interrogadores.
João Paulo Cunha, envolvido no mensalão banalizou a verdade, ao informar não saber a origem do dinheiro que recebeu de Marcos Valério e dos contratos firmados pela Câmara dos Deputados, quando era presidente desta. Emocionado evocou sua coragem e dignidade.


José Dirceu banalizou a verdade, descaradamente, ao alegar não ter envolvimento com o mensalão. Que este não existia, que era uma ficção e invenção da oposição. Mentiu sobre seu relacionamento e negócios com Waldomiro Diniz, que envolvia propina do jogo do bicho para campanhas eleitorais. Foi cassado e indiciado por formação de quadrilha. Emocionado evocou sua coragem, honra e dignidade.

José Genoíno banalizou a verdade, ao negar seu envolvimento no mensalão e com Delúbio Soares e Marcos Valério. Alegou ter sido vítima de um linchamento político. Foi indiciado por formação de quadrilha. Emocionado e evocou sua coragem e dignidade.

Tivemos o envolvimento do Senador Renan Calheiros em atividades extraconjugais, que em plenário, num verdadeiro pastelão, também evocou sua honra, dignidade e a família. E há ainda inúmeros outros casos envolvendo políticos, Ministros de Estado, Juízes e pessoas públicas quase que diariamente sendo divulgados pela mídia. É muita corrupção, clientelismo e rapinagem sob as bênçãos do governo Lula. Todos são dígnos e honrados.

Agora, mais recentemente, surge o caso do dossiê elaborado pela Casa Civil, cujo titular é a senhora Dilma Roussef, expondo gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no uso indevido dos cartões corporativos.

O que todos estes fatos e pessoas têm em comum?

Todos os fatos aconteceram durante o governo do presidente Lula e todas as pessoas envolvidas são do PT ou prestavam serviços a este partido ou ao governo.
Característica comum no mentiroso é que ao ser apanhado na mentira se emociona, chegando por vezes às lágrimas, se faz de vítima e geralmente evoca a Deus, sua honra e a família. Há inúmeros casos recentes envolvendo Ministros de Estado, Congressistas, Juízes e pessoas públicas confirmando isto.

A senhora Dilma Roussef, Ministra Chefe da Casa Civil, que ocupa o cargo mais importante de assessoramento ao Presidente da República, ao depor no Senado e sob a inquirição do Senador Agripino Maia, banalizou a verdade.

Quando o Senador lhe questionou sobre declarações suas defendendo a mentira durante a ditadura militar, esta, muito emocionada, quase em lágrimas, lhe respondeu:
"Qualquer comparação entre a ditadura militar brasileira com a democracia só pode partir de quem não dá valor a democracia brasileira"."Eu tinha 19 anos. Eu fiquei presa três anos na cadeia e fui barbaramente torturada".

Uma pessoa que afirma publicamente ter sofrido três anos consecutivos de tortura com métodos violentos, sanguinários e brutais como descritos pela senhora Dilma, está banalizando a verdade. Ninguém em sã consciência acredita que uma moça frágil, de apenas 19 anos de idade, submetida barbaramente a tortura, durante três longos anos, não apresente cicatrizes visíveis e deformações físicas ou mentais. A senhora Dilma - ou Estella, como era conhecida - banalizou a verdade. Mesmo porque, à época, ela tinha 23 nos e não 19, conforme afirmou.

"Qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogadores compromete a vida de seus iguais e entrega pessoas para serem mortas".

Com base em suas palavras e considerando o fato de ter sido barbaramente torturada, durante três anos, fica evidente que a senhora Dilma não teria suportado tanta dor, teria sucumbido e, portanto, a senhora Dilma está banalizando a verdade.
"Mentir na tortura não é fácil, agora na democracia se fala a verdade. Diante da tortura quem tem coragem e dignidade fala mentira".

A senhora Dilma deve ter visto muitos filmes do Rambo e do Jason Bourne e o fato de estar viva contraria a ciência: está provado que o corpo humano não resiste a três anos de intensa tortura com requintes de crueldade. Jesus Cristo não resistiu. A senhora Dilma deveria ser estudada pela ciência. A senhora Dilma novamente banalizou a verdade.
Seus companheiros de partido e de armas, citados acima, ao deporem na CPI do mensalão, estavam sob o regime democrático brasileiro e não sob tortura. Emocionados, demonstrando muita coragem e dignidade disseram tão somente a verdade a seus interrogadores. Não foram barbaramente torturados ou sequer molestados. Na afirmação da senhora Dilma mentir na tortura não é fácil, já na democracia se fala a verdade. Agora, até eu estou confuso.

Não nos esqueçamos que à época em que a senhorita Dilma, então Estella, empunhava seu fuzil durante o Regime Militar, não defendia a democracia mas, sim, a implantação, no Brasil, de um sistema totalitário nos moldes de Cuba.

Por mais irônico que isto possa parecer, foram justamente os militares, que defenderam a democracia e graças a eles que, hoje, a senhora Dilma e seus companheiros, podem vir de público e emocionados, demonstrar toda a sua dignidade e coragem, banalizando a verdade.

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