
João Paulo Cunha, envolvido no mensalão banalizou a verdade, ao informar não saber a origem do dinheiro que recebeu de Marcos Valério e dos contratos firmados pela Câmara dos Deputados, quando era presidente desta. Emocionado evocou sua coragem e dignidade.
José Dirceu banalizou a verdade, descaradamente, ao alegar não ter envolvimento com o mensalão. Que este não existia, que era uma ficção e invenção da oposição. Mentiu sobre seu relacionamento e negócios com Waldomiro Diniz, que envolvia propina do jogo do bicho para campanhas eleitorais. Foi cassado e indiciado por formação de quadrilha. Emocionado evocou sua coragem, honra e dignidade.
José Genoíno banalizou a verdade, ao negar seu envolvimento no mensalão e com Delúbio Soares e Marcos Valério. Alegou ter sido vítima de um linchamento político. Foi indiciado por formação de quadrilha. Emocionado e evocou sua coragem e dignidade.
Tivemos o envolvimento do Senador Renan Calheiros em atividades extraconjugais, que em plenário, num verdadeiro pastelão, também evocou sua honra, dignidade e a família. E há ainda inúmeros outros casos envolvendo políticos, Ministros de Estado, Juízes e pessoas públicas quase que diariamente sendo divulgados pela mídia. É muita corrupção, clientelismo e rapinagem sob as bênçãos do governo Lula. Todos são dígnos e honrados.
Agora, mais recentemente, surge o caso do dossiê elaborado pela Casa Civil, cujo titular é a senhora Dilma Roussef, expondo gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no uso indevido dos cartões corporativos.
O que todos estes fatos e pessoas têm em comum?
Todos os fatos aconteceram durante o governo do presidente Lula e todas as pessoas envolvidas são do PT ou prestavam serviços a este partido ou ao governo.
Característica comum no mentiroso é que ao ser apanhado na mentira se emociona, chegando por vezes às lágrimas, se faz de vítima e geralmente evoca a Deus, sua honra e a família. Há inúmeros casos recentes envolvendo Ministros de Estado, Congressistas, Juízes e pessoas públicas confirmando isto.
A senhora Dilma Roussef, Ministra Chefe da Casa Civil, que ocupa o cargo mais importante de assessoramento ao Presidente da República, ao depor no Senado e sob a inquirição do Senador Agripino Maia, banalizou a verdade.
Quando o Senador lhe questionou sobre declarações suas defendendo a mentira durante a ditadura militar, esta, muito emocionada, quase em lágrimas, lhe respondeu:
"Qualquer comparação entre a ditadura militar brasileira com a democracia só pode partir de quem não dá valor a democracia brasileira"."Eu tinha 19 anos. Eu fiquei presa três anos na cadeia e fui barbaramente torturada".
Uma pessoa que afirma publicamente ter sofrido três anos consecutivos de tortura com métodos violentos, sanguinários e brutais como descritos pela senhora Dilma, está banalizando a verdade. Ninguém em sã consciência acredita que uma moça frágil, de apenas 19 anos de idade, submetida barbaramente a tortura, durante três longos anos, não apresente cicatrizes visíveis e deformações físicas ou mentais. A senhora Dilma - ou Estella, como era conhecida - banalizou a verdade. Mesmo porque, à época, ela tinha 23 nos e não 19, conforme afirmou.
"Qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogadores compromete a vida de seus iguais e entrega pessoas para serem mortas".
Com base em suas palavras e considerando o fato de ter sido barbaramente torturada, durante três anos, fica evidente que a senhora Dilma não teria suportado tanta dor, teria sucumbido e, portanto, a senhora Dilma está banalizando a verdade.
"Mentir na tortura não é fácil, agora na democracia se fala a verdade. Diante da tortura quem tem coragem e dignidade fala mentira".
A senhora Dilma deve ter visto muitos filmes do Rambo e do Jason Bourne e o fato de estar viva contraria a ciência: está provado que o corpo humano não resiste a três anos de intensa tortura com requintes de crueldade. Jesus Cristo não resistiu. A senhora Dilma deveria ser estudada pela ciência. A senhora Dilma novamente banalizou a verdade.
Seus companheiros de partido e de armas, citados acima, ao deporem na CPI do mensalão, estavam sob o regime democrático brasileiro e não sob tortura. Emocionados, demonstrando muita coragem e dignidade disseram tão somente a verdade a seus interrogadores. Não foram barbaramente torturados ou sequer molestados. Na afirmação da senhora Dilma mentir na tortura não é fácil, já na democracia se fala a verdade. Agora, até eu estou confuso.
Não nos esqueçamos que à época em que a senhorita Dilma, então Estella, empunhava seu fuzil durante o Regime Militar, não defendia a democracia mas, sim, a implantação, no Brasil, de um sistema totalitário nos moldes de Cuba.
Por mais irônico que isto possa parecer, foram justamente os militares, que defenderam a democracia e graças a eles que, hoje, a senhora Dilma e seus companheiros, podem vir de público e emocionados, demonstrar toda a sua dignidade e coragem, banalizando a verdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário