Mas de quem seria a mentira? Da ficha, de Espinosa ou de Dilma?
Em Abril/2009, Dilma deu uma entrevista à revista abortista Marie Claire. Nesta entrevista, foi feito um pequeno "Curriculum" de Dilma, nunca contestado por ela. A certa altura, diz a revista:
(...) A ministra da Casa Civil começou a fazer história quando, aos 15 anos, entrou para o movimento estudantil para lutar contra a ditadura militar. Aos 19, vivia na clandestinidade. Foi uma das líderes de duas importantes organizações da esquerda radical, o Colina e a VAR-Palmares. Foi nessa época que se casou, pela primeira vez, com o jornalista Cláudio Galeno. Fez treinamentos de guerrilha, aprendeu a montar e desmontar fuzis, mas diz que nunca trocou tiros com soldados do exército ou policiais militares. Ela afirma que fazia parte da inteligência das organizações. Presa em 1970, ficou três anos na cadeia, onde foi barbaramente torturada. Ao falar sobre essa época, mostra sentimentos dúbios. Às vezes discursa com indignação. Às vezes fala baixo, pausado. Mas em nenhum momento sugere arrependimento. Deixa claro que tem orgulho do que viveu. (...)
Sentiu o cheiro de ratazana molhada? Não? Dilma, a conhecida camarada Estela, nasceu em Belo Horizonte, no dia 14 de Dezembro de 1947. Se ela entrou para o movimento estudantil aos 15 anos para lutar contra a ditadura militar, fez isto em 1962 ou, no máximo, em 1963. Mas o contra-golpe militar somente ocorreu em Março de 1964. Portanto, quem mentiu, até o momento?
Além disto, diz que aos 19 anos - portanto, quatro anos depois que começou a lutar contra a ditadura de mentira - Dilma já vivia na clandestinidade. Ou seja, sua ida para a clandestinidade ocorreu, no máximo, em 1967. Somente ela. Os outros terroristas comunistas foram para a clandestinidade a partir da promulgação do famigerado AI-5, em 1968. Quem mentiu até o momento?
Dilma também foi alvo de uma "biografia" na revista Piauí. A reportagem contatou diversos ex-companheiros de atividades de Dilma - os chamados quadros. Lá, há diferentes datas. Quem mentiu, até o momento?
Mas não vamos falar somente das "verdades" esquerdistas - que, estranhamente, como se pode ver por cada entrevista, sempre muda. Vamos falar da Verdade. E a reportagem da Marie Claire, fala algumas:
- "Foi uma das líderes de duas importantes organizações da esquerda radical, o Colina e a VAR-Palmares". Mas não somente isto, pois, antes, também militou na POLOP:
POLOP (Política Operária), que teve origem no Partido Socialista Brasileiro, foi fundada em 1961 - portanto, três anos antes do contra-golpe militar -, no qual Dilma entrou em 1967;
o Colina (Comando de Libertação Nacional), criado em julho de 1968, contando com diversos dissidentes da POLOP, entre os quais estava Dilma, que realizaram um Congresso Nacional num sítio em Contagem, Minas Gerais. Segundo sua companheira Maria José de Carvalho, a Zezé, então casada com Jorge Nahas (que participou da primeira ação armada do Colina), Dilma não participava dos assaltos porque “ela era conhecida pela sua atuação pública” e suas tarefas estavam ligadas à feitura do jornalzinho "O Piquete", à preparação de aulas sobre marxismo e a contatos com sindicatos; e
o VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares), criada em 1969 a partir da fusão do Colina com a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) do traidor Carlos Lamarca. O primeiro artigo do estatuto desta nova organização dizia: "A Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares é uma organização político-militar de caráter partidário, marxista-leninista, que se propõe a cumprir todas as tarefas da guerra revolucionária e da construção do Partido da Classe Operária, com o objetivo de tomar o poder e construir o socialismo." [grifo meu]. - "Fazia parte da inteligência das organizações": outra verdade. Segundo outro quadro de militância comunista, o ex-sargento e ex-guerrilheiro Darcy Rodrigues, que adotava o codinome "Leo", "a Dilma era tão importante que não podia ir para a linha de frente. Ela tinha tanta informação que sua prisão colocaria em risco toda a organização. Era o cérebro da ação. (...) Quem passava as orientações do comando nacional para a gente era ela." O traidor ex-sargento conta que uma das funções de Dilma era indicar o tipo de armamento que deveria ser usado nas ações e onde poderia ser roubado. Só em 1969, ela organizou três ações de roubo de armas em unidades do exército. e, junto com o marido, Carlos Franklin Paixão de Araujo, outro ex-terrorista da VAR-Palmares, planejou, monitorou e coordenou o assalto ao cofre de Adhemar de Barros, que ficava na casa de sua amante no Rio de Janeiro.
Hoje, Dilma fala em democracia o tempo todo. Estará falando a Verdade?
Na entrevista à Marie Claire, Dilma diz, a certa altura, que saiu "do colégio Nossa Senhora de Sion, em Belo Horizonte, de meninas de elite, aos 15 anos. As freiras estavam numa fase de transição. Uma das transformações era dar mais importância às questões sociais, à miséria. Senti essa influência. De lá mudei para o colégio Aplicação, porque se continuasse no Sion, teria que fazer 'normal', seria professora, e não queria isso. Meu primeiro dia de aula foi em 10 de março de 1964, um mês antes do golpe. O colégio era uma efervescência só. Era moderno, tinha representantes de vários grupos da esquerda. Com o golpe, alguns segmentos da classe média de que eu fazia parte se radicalizaram. Como alguém de 16 anos acha que pode existir democracia se um mês depois do início das aulas há um golpe de estado? Começaram as manifestações estudantis, teatrais, os festivais etc. Em 1968, quem fazia parte da militância de esquerda, quem lutava contra a ditadura, foi para a clandestinidade. Eu fui uma dessas pessoas."
E, depois, diz ainda que "foi nesse período que ganhei minha sensibilidade social, a noção de que era impossível o País viver com tanta miséria. A percepção crescente dos problemas sociais, políticos e econômicos, do arroxo salarial, do não-reajuste do salário mínimo, direito de greve etc. Ganhei consciência da participação, da democracia. Ao mesmo tempo que estava despertando para a política, despertava para a cultura, literatura. Minha geração foi influenciada pela Simone [de Beauvoir], pelo [Jean Paul] Sartre, por todo o povo existencialista, pela nouvelle vague e muito profundamente pela revolução cubana."
Onde está a mentira? Vejam mais acima, o que dizia o artigo primeiro do estatuto da VAR-Palmares, da qual Dilma fez parte: a luta não era pela democracia; era pela implantação, mesmo que à bala, do socialismo - o mesmo que fora implantado em Cuba pela Revolução Cubana que tanto a influenciou.
Lenin já ensinava, em seu Decálogo, que, para implantar o socialismo, deve-se "falar sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assumir o poder sem nenhum escrúpulo".
Esta é a Dilma. Como ela, muitos outros esquerdistas adoram o demônio chamado Socialismo, que, onde quer que tenha sido implantado, causou mortes, destruição, fome, caos - tudo isto sempre coordenado pela nata comunista aboletada no demônio-Estado, que eles acham ser a solução para todos os males do capitalismo. Nenhum benefício à população. Nenhum avanço social real. Nenhum avanço científico. Mas sempre atrás dos avanços do "capitalismo" na esfera econômica, social e científica e sempre desejando destruir a democracia, sinônimo de liberdade.
Um comentário:
Uma viuva da ditadura, falando em liberdade, está falando a verdade?
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