quarta-feira, 29 de julho de 2009

No Novo Tempo

"No novo tempo, apesar dos perigos
De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
"
Ivan Lins - Victor Martins



Estamos num novo tempo.

Um novo tempo em que já não se fazem mais revoluções para dar golpes de Estado e implantar o comunismo e que o stalinismo, apesar de muito querido, ainda, nos meios esquerdistas, é somente relembrado com orgulho pelos terroristas de outros tempos.

Mas é um novo tempo em que o decálogo de Lenin está atualizadíssimo. Em que os escritos de Antônio Gramsci são seguidos à risca.

Um novo tempo em que a chamada mídia está apinhada de esquerdistas como jornalistas, comentaristas, leitores... E aquela parte que ainda resiste, o faz de forma acanhada, porque apanha, e expõe um grande relativismo moral.

Um novo tempo em que os governos esquerdistas, apoiados, inclusive por aquele país que outrora foi o bastião das liberdades - hoje é apenas o país e Barack Hussein -, estão cada vez mais próximos de derrotar a democracia e o Estado de Direito.

Um novo tempo em que vemos a pobre Honduras ser duramente acuada no "corner" do ringue político internacional por estes mesmos governos - e muitos outros ditos democráticos - porque zelou por sua Constituição, ameaçada que estava pelo ex-presidente, mas que dão vivas à volta de Cuba e seu ditador à OEA, rasgando a Carta daquela instituição.

Um novo tempo em que sataniza-se a divergência e banaliza-se conceitos que durante milênios foram formados, deturpando os caminhos de liberdade e convivência que a sociedade trilhou em sua Evolução à custa de uma utopia que, sempre que foi implantada, massacrou, humilhou, assassinou, encarcerou e deixou uma legião de famélicos.

Um novo tempo em que falsos profetas, travestidos de padres, freis e pastores, preferem espalhar a palavra do demônio Marx à do Deus de Israel, crido pela maioria das sociedades ocidentais - e que, até então, fora o pilar para a construção das relações entre as pessoas.

Um novo tempo que as esquerdas utilizam-se de todos os estratagemas de diferenciação entre as pessoas - classes, raças, condições sócio-econômicas etc. - para estabelecer e aferrar-se ao poder; porém, quando diante da contestação lógica, voltam a usar da violência verbal ou física contra aqueles que os contestaram.

Um novo tempo em que aquele que outrora condenou veementemente governantes passados por atos de corrupção, é, agora, o mais corrupto de todos, protegendo e apoiando vergonhosamente os atos destes mesmos governantes, já em outros cargos públicos.

É também um novo tempo em que este mesmo governante compra o apoio e os votos das pessoas menos abastadas e menos educadas com a moeda podre do assistencialismo barato, como faziam os chamados "coronéis" de sua terra outrora, que distribuíam dentaduras, espelhos, colchões etc. próximo ao período eleitoral.

Mais do que tudo, é um novo tempo em que há ativistas de direitos humanos tão bandidos quanto os piores vilões que atacam a sociedade: defendem os marginais, as agressões às pessoas, as invasões de terras e propriedades privadas, a derrocada dos grandes produtores e grandes empresas, que empregam, constroem, alimentam e sustentam milhares de pessoas. Mas estes mesmos ativistas não se movem quando as vítimas destes facínoras fazem qualquer reclamação.

Precisamos voltar aos velhos tempos e fazer calar a voz destes que tem implantado este novo tempo - ou seremos enviados aos velhos gulags soviéticos e suas valas comuns serão nossa última morada.

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