Aqueles que me leem - acredito, até, que muitos sejam esquerdistas - devem se perguntar: "Por que ele se ocupa tanto de Honduras?"
Acho que já expliquei, mas o faço novamente.
É o primeiro país que repudia, de forma clara e inequívoca, aquela forma de comunismo que se convencionou chamar de "chavismo" - da mesma forma que o comunismo petista no Brasil é chamado de "lulismo", sendo este mais gramsciano e aquele mais leninista. Agora, já mostrei em outro blog, a Nicarágua parece estar indo pelo mesmo caminho.
Além disso, não se pode questionar, de maneira alguma, o por quê ocorreu a deposição do ex-presidente Manuel Zelaya: afrontou a Constituição e as Forças Armadas de Honduras (pode-se até discutir a decisão de retirá-lo do país, errônea ao meu ver, já que deveria ter ido para a cadeia, ao incitar os militares a desobedecerem uma ordem da Suprema Corte).
Ademais, há nenhum motivo, não canso de dizer, para sermos relativistas e tratar com condescendência esse pessoal esquerdista que usa as regras da democracia para solapá-la e implantar o regime mais assassino de todos os tempos em nossas nações: o comunismo, a segunda etapa do socialismo.
Alguns blogueiros, eu entre eles, ficamos sós, nos primeiros dias, em defesa da deposição de Zelaya, já que o verdadeiro golpista era ele e não os que seguiram a carta magna hondurenha - os militares entre eles. E, aos poucos, muitos outros juntaram-se e a Veja e a Folha de São Paulo trataram desta nova forma de golpismo esquerdista na América Latina: a via plebiscitária, conforme designada pelo Foro de São Paulo em muitas de suas resoluções.
O que se deu em Honduras é muito mais importante do que parece: um golpe duro nas esquerdas congregadas no Foro de São Paulo, haja visto que até Fidel reclamou que é um "direito dos povos da América Latina eleger os seus governantes" - justo ele, ditador da ilha-cárcere há 50 anos!
Mas não pensem que a batalha esta ganha. Os comunistas do Foro têm muito fôlego e muitas armas para continuar tentando implantar a "Pátria Grande" latino-americana - a URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina), como já chamei aqui - e criar o "outro mundo possível".
Estejamos alertas.
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