Essa eu vi hoje no blog do Reinaldo Azevedo...
Vc acha que democracia tem haver mais com ordem ou com movimento, mais com imobilismo ou com avanços, mais com sítios ou com horizontes, enfim, mais com perpetuação das desigualdades ou com caminhos para a superação do atraso social?
É aí, caro conservador retórico, que reside a distinção conceitual entre progessistas e reacionários!!Não seja leninista às avessas!!!
Manoel
Depois de uma série de comentários, ele se sai com mais uma:
Fui eu que escrevi às 8:22. É impressionante a empáfia de certa gente. Suas mentes são pré-moldadas pela fôrma estamental!!
Sim, compreendo muito bem o conceito de reacionário (são os temerosos diante do novo, os sabotadores das potencialidades de mudança, os restauradores da ordem decrépita, os retrospectivistas, não os prospectivistas). Não sou aderente ao pensamento de Emir Sader (não é um oxímoro - pensamento de Emir Sader). E quando digo que Reinaldo é um leninista às avessas refiro-me à sua visão precipuamente tutelar da democracia. Aquela que a quer intocada pelo povo, asseiada dos "barbarismos", protegida das plebes, resguardada da sua própria essência.
Manoel
Toda esta parafernália "intelectual" por causa do comentário que Reinaldo fez a respeito da fala de Cristovam Buarque sobre a extinção do parlamento, pelo povo, através de um plebiscito.
O progressista Manoel conhece muito bem o conceito esquerdista por trás da palavra "reacionário" - que na sua forma adjetivada, entre tantas definições, pode querer dizer retrógrado, e é usada por eles como definidora de pessoas que se posicionam mais à direita do espectro político e são mais conservadoras.
Mas também pode querer dizer "oposto à liberdade", e, aí, somente qualifica os esquerdistas. E se usada como substantivo masculino, refere-se ao indivíduo que possui reação política ou social a um determinado fato. Portanto, também ele é um reacionário.
Mas, não, Manoel. A visão exposta pelo Reinaldo não é "precipuamente tutelar da democracia", que se quer "intocada pelo povo, asseiada dos "barbarismos", protegida das plebes, resguardada da sua própria essência". Leia-a novamente!
Quando se fala em acabar com o parlamento, está-se acabando não apenas com o "barbarismo" da corrupção perpetrada pelos representantes do povo naquela instituição, mas dando-se plena liberdade para um "barbarismo" ainda maior: a vigoração da concentração de poder em outras instituições que poderão ser escolhidas não pelo povo, mas pelos governantes em questão. Ou seja, é um passo para o totalitarismo.
E não! Quem quer que tenha pensado que pode ser melhor um "ditador bonzinho" a uma chusma de vigaristas que se empanturram por meio do erário, está redondamente enganado. O poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente. Veja Fidel Castro: sua revolução prometia instaurar a democracia plena em Cuba. Quando vitorioso, e com plenos poderes, passou a dominar, por 50 anos, a ilha, transformando-a numa prisão e seus habitantes como posses suas.
Assim, tem-se que resguardar a democracia do povo - principalmente daquele povo esquerdista, que vive de adoração por Marx, Engels, Lenin, Stalin, Mao, Fidel, Sader, Tarso, Cristovam etc. -, porque o povo pode subvertê-la para ser usada como arma contra si próprio.
É isto conservadorismo? Sim! A civilização levou centenas de anos para evoluir ao estágio em que se encontra, avançando sob o império das Leis que defendem as coisas naturais ao ser humano: individualidade, propriedade privada e valores morais que permitiram a ordem das sociedades.
E não, Manoel. Não somos formados na forma estamental. Nossa formação, diferentemente da dos progressistas, é baseada justamente no trinômio acima e é por causa dela que a sociedade conseguiu evoluir até onde está.
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