Essa veio do blog do Márcio Palmeira, paraibano, mestiço, cheio de "dreads".
A raça é humana, somos todos iguais. O ingresso na universidade através do sistema de cota racial é discriminatório. A questão é social.
Se o conhecimento e a informação não são disseminados de forma justa, o sistema de cota racial não vai corrigir essa falha.
Aponto a Constituição Federal, no seu Artigo 19, que estabelece:
“É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”.
Enquanto os Estados Unidos se livra das cotas raciais nas universidades e comemora a eleição de um presidente mestiço para assumir a Casa Branca, o Brasil, que teve um ex-presidente mulato*, sofre com o atual presidente que insiste com as cotas raciais, o PROUNI e trata de alisar o seu pixaim para fugir da negritude.
(*) Nilo Peçanha, presidente do Brasil entre 1909 e 1910, era mulato, embora muitas vezes fosse retratado como branco. Outras figuras públicas do país tinham fotografias retocadas para ocultar seus traços raciais, explica o diplomata e membro da Academia Brasileira de Letras Alberto Costa e Silva.
Nilo Peçanha, que era vice de Afonso Pena, assumiu a presidência com sua morte e exerceu o cargo de 14 de junho de 1909 a 15 de novembro de 1910. De origem humilde, Peçanha construiu uma sólida carreira política, ascendendo, em um intervalo de poucos anos, de senador a presidente do estado do Rio de Janeiro – nome da época para o cargo de governador – e a presidente do Brasil. Filho de um padeiro,viveu uma infância simples em um sítio no interior do Rio de Janeiro até sua família se mudar para a capital.
Peçanha era mulato – sua mãe era negra – e a imprensa da época constantemente fazia charges e anedotas referentes à cor de sua pele. Apesar disso, no campo político, a origem não foi um empecilho. Isso porque, no Brasil, o status social é mais importante que a cor, segundo o diplomata e membro da Academia Brasileira de Letras Alberto Costa e Silva.
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