sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

E o Boxeador Cubano Queria Refúgio...

Leiam primeiro o post a seguir: dá mais detalhes do caso do terrorista Cesare Battisti. Depois, veja o que vai no Estadão de hoje.


O pugilista cubano Erislandy Lara afirma que gostaria de ter recebido o status de refugiado no Brasil. Hoje, vive como exilado em Miami, onde é boxeador profissional. "Pedi asilo à polícia no Brasil e não me foi dada a oportunidade", afirmou Lara, em entrevista ao Estado.

Em 2007, o pugilista cubano tentou escapar, junto com Guilhermo Rigondeaux, da delegação de seu país nos Jogos Pan-americanos do Rio. Mas foi detido alguns dias depois e devolvido ao governo de Cuba, após ser encontrado pela Polícia Federal. Na época, o governo garantiu que Lara não tinha pedido para ficar.

O então presidente Fidel Castro prometeu que o perdoaria. Mas Lara nunca mais voltou a lutar em seu país e sequer foi selecionado para os Jogos Olímpicos de Pequim. Insatisfeito, ele voltou a tentar escapar de Cuba. No ano passado, saiu de lancha no meio da noite de Cuba e chegou até o México. De lá, foi para a Alemanha. Agentes de boxe conseguiram documentos necessários para que ele pedisse residência permanente na Alemanha. No fim do ano passado, seus agentes optaram por levá-lo aos Estados Unidos, onde obteve status de refugiado.

Lara admite que não nunca ouviu falar do caso do italiano Cesare Battisti. Mas diz que achou "estranho" não ter recebido o mesmo tratamento. "Não conheço esse caso, mas eu não estava fazendo nada de errado. Mesmo assim, não me aceitaram no Brasil", afirmou.

Sem esconder a contrariedade com comentários de que age com dois pesos e duas medidas, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse ontem que, em 2007, recebeu "fortes protestos" da embaixada de Cuba no Brasil, por ter concedido refúgio político a outros dois outros atletas cubanos - um jogador de handebol e outro ciclista. Além deles, Tarso citou três músicos do conjunto Los Galanes.

"Quem pediu para ficar no Brasil ficou", afirmou, repetindo que Lara e o também pugilista Guillermo Rigondeaux não solicitaram refúgio. "Obviamente que eles não pediram refúgio e isso está mais do que provado, pois tudo foi acompanhado pelo Ministério Público e pela OAB", insistiu Tarso. "Ocorre que se martelou tanto uma inverdade que, aparentemente, ela se transformou em verdade."

por Jamil Chade, no Estado de São Paulo



Hmmm. Então, Erislandy fala uma "inverdade"? O pugilista cubano é, então, um mentiroso (sim, porque uma "inverdade" é uma mentira)! Que vergonha, não Erislandy.

Não! Vergonha é ter uma pessoa como Tarso como Ministro da Justiça! Pesquisem na internet. Não acreditem em mim! Não acreditem em Lara! Não acreditem em Tarso! Vejam lá:

Lara e Rigondeaux fugiram da delegação cubana dos jogos Pan Anamericanos no dia 21/07/2007, após o jantar. Dois dias depois, Fidel Castro, também conhecido na ilha como "Esteban" (de "Este Bandido"), confirmou a deserção e, claro, culpou os Estados Unidos.

No dia, 01/08/2007, Fidel fez seus devaneios comunistas no Granma, um dos jornais oficiais da ilha (não há jornais não oficiais lá) e afirmou que "não existe nenhuma justificativa para solicitar asilo político" por parte dos atletas cubanos.

No dia 02/08/2007, os pugilistas foram presos no município de Araruama, na Região dos Lagos, a 90 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro.

No dia 07/08/2007, eles já estavam em Cuba. Foram levados por um avião Venezuelano. E, segundo a PF, aquele órgão trapalhão da operação Satiagraha, eles queriam voltar prá Cuba! E Fidel disse que eles não seriam punidos. E foram. Perderam praticamente tudo e nunca mais puderam lutar - nem treinar boxe (pelo menos, não foram ao "paredón").

Agora, Erislandy, que fugiu novamente em 2008, afirma que queria, sim, asilo no Brasil. E Tarso diz que é uma "inverdade"!

Então, vamos comparar:

Erislandy pediu asilo. Erislandy era um atleta cubano. Nunca matou ninguém. Era apenas (mais) um pobre cidadão cubano que sofre nas mãos do tirano comunista Fidel Castro. Tarso devolveu sem sequer julgar qualquer mérito.

Cesare Battisti pediu asilo. Participou de quatro assassinatos, entre outros crimes. Foi julgado na Itália por crimes comuns, apesar de pertencer a uma organização terrorista (PAC - Proletários ARMADOS pelo Comunismo). Refugiado ilegalmente no Brasil, pediu asilo. O CONARE negou e votou por sua extradição. Tarso contrariou a decisão do órgão e concedeu o asilo político.

Então, vamos lá: se Erislandy fala uma "inverdade", conclui-se que Cesare Battisti também fala "inverdades" quando diz que sofrerá perseguições e poderá morrer se for extraditado para a Itália, o que, segundo Tarso, foi base para sua concessão de asilo político.

Tarso não possui dois pesos, mas UM ÚNICO peso e duas medidas: Tarso, ex-terrorista nos anos 60, adorador do facínora Lenin, SEMPRE PROTEGERÁ TODO "QUADRO" QUE QUEIRA ATENTAR CONTRA A DEMOCRACIA E AS LIBERDADES para implantar o comunismo em nosso país.

Em tempo: Battisti tem como advogado e padrinho o influente ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, outro comunista e ex-terrorista, envolvido em diversos escândalos que abalaram o país. Trata-se, portanto, de uma medida de explícito apoio político-ideológico.

Um comentário:

Anônimo disse...

Passou no Globo Esporte, hoje, uma matéria interessante sobre o caso dos boxeadores cubanos. Convém você dar uma pesquisada e rever suas idéias a respeito. Parece que o governo brasileiro falava a verdade.