quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Morte de Celso Daniel: Vários Cadáveres Pedem Justiça!

Hoje, 18/01/2012, faz exatamente dez anos que Celso Daniel, então prefeito de Santo André, foi sequestrado. E, depois de amanhã, dia 20, dez anos que seu cadáver foi encontrado numa estrada de terra em Juquitiba.

A hipótese do Ministério Público é de que Celso foi vítima de um crime por encomenda, cujo mandante foi seu amigo Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, que deve ser julgado neste ano. Marcos Roberto Bispo dos Santos - que, segundo evidências reunidas pelo MP, dirigiu um dos carros que abalroou a picape em que Celso estava, encomendou o roubo de outro veículo que participou da operação e conduziu a vitima da favela Pantanal, em Diadema, para Juquitiba, onde foi assassinada - é o único condenado até o momento.

E o irmão de Celso, Bruno Daniel, que estava exilado na França, por temor de ser assassinado, retornou ao Brasil e deu uma entrevista exclusiva à Rede Bandeirantes de Televisão (no meu tempo, ela tinha este nome; hoje é só Band). Veja o vídeo abaixo:





Voltei.
A lista de mortos ligados ao caso impressiona. Além do próprio Celso, há mais sete, segundo as investigações:
  1. Celso Daniel, prefeito de Santo André foi assassinado em janeiro de 2002;
  2. Dionizio Severo, suposto elo entre a quadrilha e o "Sombra" foi assassinado em abril de 2002;
  3. Sérgio Orelha, Amigo de Severo, foi assassinado também em 2002;
  4. Antonio Palacio de Oliveira, garçom, foi assassinado em fevereiro de 2003;
  5. Paulo Henrique Brito, testemunha da morte do garçom, foi assassinado em março de 2003;
  6. Otávio Mercier, investigador que ligou para Severo, foi morto em julho de 2003;
  7. Iran Moraes Rédua, que reconheceu o corpo de Daniel, foi assassinado em dezembro de 2003; e
  8. Carlos Delmonte Printes, legista, foi encontrado morto em 12 de outubro de 2005.
Segundo Bruno, Celso Daniel foi assassinado porque, apesar de comandar o esquema de arrecadação de propinas para financiar campanhas do PT - inclusive a disputa de 2002, que levou Luiz Inácio Lula da Silva ao poder -, não concordava com a destinação de recursos para finalidades não partidárias.

Bruno afirma ainda que, no dia da Missa de Sétimo Dia, Gilberto Carvalho, hoje secretário-geral da Presidência do governo Dilma, confessou que chegou a levar R$ 1,2 milhão do esquema para José Dirceu, então na direção do PT, o que ambos negam.

Dionízio Severo, detento apontado pelo Ministério Público como o elo entre Sérgio Sombra, acusado de ser o mandante do crime, e a quadrilha que matou o prefeito, foi assassinado na cadeia, na frente de seu advogado, dois dias após ter dito que tinha informações preciosas sobre o assassinato de Celso.


Sérgio Orelha, que havia abrigado Dionízio após o mesmo ter sido resgatado do presídio onde estava dois dias antes do sequestro de Celso, também foi assassinado.

Airton Feitosa, outro preso que estava junto com Severo, disse que este afirmou ter conhecimento do esquema para matar Celso e que um “amigo” do prefeito seria o responsável por atraí-lo para uma armadilha.

Antônio Palácio de Oliveira, o garçom que serviu o prefeito e Sérgio Sombra no restaurante Rubaiyat em 18 de janeiro de 2002, noite do seqüestro, foi assassinado em fevereiro de 2003, trazendo consigo uma série de documentos falsos onde constava um novo nome.

Membros da família disseram que ele, que ganhava R$ 400,00 por mês, havia recebido R$ 60 mil, de fonte desconhecida, depositados diretamente em sua conta bancária. De acordo com seus colegas de trabalho, na noite do seqüestro do prefeito, ele teria ouvido uma conversa sobre a qual teria sido "orientado" a manter-se em silêncio.

Quando foi convocado a depor, Palácio disse à Polícia que tanto Celso quanto Sombra pareciam tranqüilos e que não tinha ouvido nada de estranho. O garçom chegou a ser assunto de um telefonema gravado pela Polícia Federal entre Sombra e o então vereador de Santo André Klinger Luiz de Oliveira Souza (PT), oito dias depois de o corpo de Celso ter sido encontrado. “Você se lembra se o garçom que te serviu lá no dia do jantar é o que sempre te servia ou era um cara diferente?”, indagou Klinger. “Era o cara de costume”, respondeu Sombra.

Paulo Henrique Brito, a única testemunha do assassinato de Palácio, foi morto no mesmo lugar, vinte dias depois, com um tiro nas costas.

Iran Moraes Rédua, o agente funerário que reconheceu o corpo de Daniel na estrada e chamou a polícia, foi assassinado com dois tiros quando estava trabalhando.

Otávio Mercier, investigador do Denarc que ligou para Dionízio Severo na véspera do seqüestro, morreu em troca de tiros com homens que tinham invadido seu apartamento.

Carlos Delmonte Printes, o legista do caso, desmentiu Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado do PT e então deputado federal pelo partido, quando este afirmou categoricamente que havia acompanhado a necropsia do corpo, tendo assegurado à família que Celso não tinha sido torturado.

A tortura é um indício de que os algozes do prefeito queriam algo mais do que seqüestrá-lo para obter um resgate, o que nunca foi pedido. Por que Greenhalgh afirmou uma coisa, e o legista, outra? Difícil saber: no dia 12 de outubro de 2005, Printes foi encontrado morto em seu escritório. A perícia descartou morte natural e não encontrou sinais de violência. A hipótese de envenenamento não se confirmou e não se sabe até agora o motivo.

Finalizando
Sabemos que a ideologia seguida pelos petistas é a mesma seguida pelos carniceiros bolcheviques Lenin e Stalin. Todos os meios, para estas pessoas, sempre justificaram os fins - até mesmo o assassinato de seus pares mais poderosos, quando estes discordavam de seus métodos. Trotski que o diga: afastado por Stalin do controle do partido, foi expulso deste e exilado da União Soviética, tornando-se um "inimigo do povo", refugiando-se no México, onde veio a ser assassinado por Ramón Mercader, agente da polícia política bolchevique. Além da morte dos seus quatro filhos, os genros, noras, netos, e outros parentes próximos de Trotsky são igualmente vítimas da repressão por sua ligação com um "inimigo do povo" e desaparecem nos sucessivos expurgos da década de 1930.

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