O governo federal deu início hoje (18) à liberação de R$ 3,2 milhões para serem aplicados nos próximos seis meses em políticas de combate ao crack na cidade de São Paulo. Somados a mais R$ 3,2 milhões previstos para o segundo semestre, o repasse de recursos ao município totalizará R$ 6,4 milhões em 2012. A informação sobre a liberação foi divulgada durante visita do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, às obras do Complexo da Rua Prates, construído para abrigar e oferecer assistência médica e social a dependentes químicos na região central da capital paulista.
Ao todo, o Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack do governo federal prevê o repasse de R$ 500 milhões para o Estado de São Paulo até 2014. Os R$ 6,4 milhões fazem parte desse montante. Segundo o ministro, os recursos iniciais serão utilizados para a criação de 16 equipes de profissionais médicos e assistentes sociais que vão identificar e encaminhar a unidades especializadas os dependentes que necessitam de tratamento na cidade de São Paulo.
A verba também será destinada à inauguração de dez unidades de atendimento que irão aumentar em 100 a 150 o número de leitos utilizados para a internação de dependentes por longos períodos. A previsão é que essas unidades estejam prontas até o final de março. Além disso, segundo Padilha, está prevista a contratação de mais leitos em clínicas terapêuticas com os recursos liberados pelo governo federal.
“O crack é um problema de todo o País”, afirmou o ministro, ao classificar o avanço da droga em território nacional como “epidemia”. “É necessário uma integração entre assistência social e de saúde aos dependentes”, completou. Já o prefeito Gilberto Kassab destacou a parceria entre os poderes executivos. “Esse é um trabalho que precisa ser feito em conjunto, Prefeitura, governo federal e governo estadual”, disse.
As declarações de Padilha e do prefeito foram feitas no canteiro de obras do Complexo da Rua Prates, o primeiro da cidade que reunirá em apenas um lugar assistência social e de saúde para dependentes químicos. A construção está sendo conduzida pela Prefeitura paulistana, que ficará responsável pela assistência aos dependentes adultos e adolescentes. O governo federal cuidará do atendimento médico e ambulatorial.
O cronograma da Prefeitura prevê que o complexo funcionará a partir do começo de março, quando já deverão estar prontos o albergue para 1.200 pessoas e o centro de convivência. Até meados de março serão entregues o albergue das crianças e adolescentes e o restante da parte destinada à assistência social. No final de março, deverão funcionar os serviços médicos.
PM
Questionado se as ações de repressão da Polícia Militar (PM) na cracolândia pegaram o governo federal de surpresa, Padilha se esquivou de uma resposta direta. Disse que desde dezembro conversava com a Prefeitura paulistana e o governo estadual sobre a liberação dos repasses para o combate ao crack e minimizou o fato de o governo federal não ter sido avisado das operações da PM. “Existem várias ações no âmbito da Prefeitura que o Ministério não precisa ser avisado”, afirmou.
por Wladimir D’Andrade, da Agência Estado
Comento:
A memória das pessoas, em tempo de bonança econômica, é curta. Curtíssima.Pegue, por exemplo, leitor, pessoas que efetivamente viveram o período que se estende da criação do Plano Real até o final do mandato de FHC. Invariavelmente, poucos irão se lembrar que, antes disso, a inflação era astronômica e que, quando íamos ao mercado, por exemplo, muitas vezes havia remarcação de preços duas vezes no mesmo dia!
Mas as mentiras pregadas pelo seu sucessor e seus asseclas do PT e partidos congêneres, a respeito da "herança maldita" por eles recebida, colou! Os socialistas e comunistas, como Hitler e Stalin, tinham ministérios dedicados exclusivamente a enganar a população incauta!
E as mentiras das pessoas hoje no poder estão cada vez mais ralés! Eles sequer se preocupam com a qualidade da mentira. Qualquer coisa serve, já que o povaréu vai engolir mesmo. Toda e qualquer promessa feita, será bem-vista.
Lembram-se dos PACs? Dos três milhões de casas prometidas pela dupla dinâmica Lula e Dilma, até hoje não se chegou a um milhão.
E agora, esta ação anticrack do governo federal tem a mesma qualidade: rebaixar ainda mais a mentira, que, no caso dos governantes, é algo totalmente antiético.
É por estas e por outras, como o adesismo da chamada "mídia", que ajuda a propagar tais falácias, que um ministro de Estado, como Alexandre Padilha, vai à cracolândia e anuncia que o governo federal pretende investir R$ 500 milhões no programa de combate às drogas até 2014!, mas que, por enquanto, só virão R$ 6,4 milhões - e em duas vezes, sendo a segunda metade somente no segundo semestre.
Quem sabe fazer contas, já vê: 1,28% agora e 98,72% nos dois anos seguintes!, ou seja, seguindo esta linha de "raciossímio padilhesco", teremos:
- 1º semestre de 2012: 3,2 milhões;
- 2º semestre de 2012: 3,2 milhões;
- 1º semestre de 2013: 123,400 milhões;
- 2º semestre de 2013: 123,400 milhões;
- 1º semestre de 2014: 123,400 milhões; e
- 2º semestre de 2014: 123,400 milhões.
O pessoal que sofreu a perda de seus bens durante as enchentes no sul e no Rio, sabe muitíssimo bem como se dá esse tipo de promessa do governo.
Sabem qual é o benefício que os picaretas obtém quando falam às pessoas sem memória ou a seus bajuladores? Podem mentir à vontade, sem jamais precisar dar quaisquer explicações. Podem falsear a História que ninguém irá lhes contrariar. Podem ser completamente antiéticos, corruptos, falaciosos, prevaricadores, pulhastras. Afinal, se não existe memória, então tudo é permitido!
Nenhum comentário:
Postar um comentário