Adolf Eichman foi um criminoso de guerra nazista responsável por milhares de mortes de judeus e outras minorias na Segunda Guerra Mundial. Durantes anos ele viveu escondido na Argentina, até que, numa operação ousada, um comando israelense o capturou em Buenos Aires, em 1960. Julgado em Israel por crimes contra a humanidade, foi condenado à morte na forca e executado.
Em seu julgamento, Eichman surpreendeu a muitos, pois não aparentava ser o monstro de sadismo que seus crimes faziam crer que ele era, mas, antes, um sujeito comum, um cinzento e inexpressivo burocrata. Sua linha de defesa tornou-se famosa: ele, Eichman, estava apenas cumprindo ordens. Tal argumentação daria origem a um conceito que a filósofa judia alemã Hannah Arendt, presente ao julgamento, imortalizaria num livro famoso: a "banalidade do mal".
Para Eichman, as ações que cumpriu, como a deportação de milhares de pessoas para a morte em campos de concentração, eram decisões morais porque, afinal de contas, ele estava cumprindo determinações superiores, amparadas na legislação alemã da época. Para ele, era preciso respeitar a legislação. O fato de essa mesma legislação decorrer de um Estado totalitário, e respaldar massivas violações dos direitos humanos, não fazia diferença. Era irrelevante. O importante era que os trens cheios de gente para o matadouro fossem despachados na hora, e que a "Solução Final" do "problema judaico" fosse alcançada, conforme estabelecera o Führer Adolf Hitler..
Luiz Inácio Lula da Silva é o atual presidente do Brasil. Diante da greve de fome de opositores à ditadura comunista dos irmãos Castro em Cuba, ele saiu em defesa desta última. Comparou os dissidentes a bandidos e pediu respeito à legislação cubana que os colocou atrás das grades. Para Lula, é preciso respeitar a legislação cubana. O fato de essa mesma legislação decorrer de um Estado totalitário, e respaldar massivas violações dos direitos humanos, não faz diferença para ele, é irrelevante. O importante é que se respeite a decisão do Estado cubano de prender, torturar e matar presos de consciência. Para ele, Lula, isso é perfeitamente moral.
Num exercício de pura especulação histórica, imaginem Lula como o presidente do Brasil na década de 30, quando Adolf Hitler, o patrão de Eichman, era o Führer da Alemanha. Alguém lembra a Lula que os nazistas estão prendendo e torturando pessoas. Aí Lula responde, entre um "ou seja" e um "sabe":
“Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo alemães de prender as pessoas em função da legislação da Alemanha, como quero que respeitem a do Brasil”.
(Só lembrando: o presidente do Brasil na época, Getúlio Vargas, pensava de forma parecida - a deportação de Olga Benario para a Alemanha está aí para provar. Não por acaso, Getúlio é um dos ídolos de muita gente na esquerda).
Agora pensem em Lula como o presidente do Brasil na década de 40. Em uma entrevista, ele assim se expressa sobre a greve de fome que o Mahatma Gandhi está fazendo contra a dominação colonial britânica na Índia:
“Eu acho que greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto dos [da luta por] Direitos Humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade”.
Gandhi equiparado aos bandidos do PCC. Conseguem imaginar?
Voltando à década de 30 e à Alemanha. Lula responde à mesma pessoa que lembrou das prisões de opositores políticos pelo regime nazista:
“Eu gostaria que não ocorresse [prisão de presos políticos], mas não posso questionar as razões pelas quais a Alemanha os prendeu, como não quero que a Alemanha questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil”.
Então? Captaram a profunda sabedoria das palavras de Nosso Líder?
Adolf Eichman passou à História como paradigma de frieza burocrática diante da morte, de justificação do terror totalitário e de insensibilidade perante a dor dos outros. Um tipo monstruoso de criminalidade e desumanidade, sem sombra de dúvida. A perfeita expressão de uma mente psicopata, diriam muitos.
Já Lula é considerado, por muita gente dita inteligente, um líder respeitável e um amante da democracia.
A questão é: por quê?
por Gustavo Bezerra
Em seu julgamento, Eichman surpreendeu a muitos, pois não aparentava ser o monstro de sadismo que seus crimes faziam crer que ele era, mas, antes, um sujeito comum, um cinzento e inexpressivo burocrata. Sua linha de defesa tornou-se famosa: ele, Eichman, estava apenas cumprindo ordens. Tal argumentação daria origem a um conceito que a filósofa judia alemã Hannah Arendt, presente ao julgamento, imortalizaria num livro famoso: a "banalidade do mal".
Para Eichman, as ações que cumpriu, como a deportação de milhares de pessoas para a morte em campos de concentração, eram decisões morais porque, afinal de contas, ele estava cumprindo determinações superiores, amparadas na legislação alemã da época. Para ele, era preciso respeitar a legislação. O fato de essa mesma legislação decorrer de um Estado totalitário, e respaldar massivas violações dos direitos humanos, não fazia diferença. Era irrelevante. O importante era que os trens cheios de gente para o matadouro fossem despachados na hora, e que a "Solução Final" do "problema judaico" fosse alcançada, conforme estabelecera o Führer Adolf Hitler..
Luiz Inácio Lula da Silva é o atual presidente do Brasil. Diante da greve de fome de opositores à ditadura comunista dos irmãos Castro em Cuba, ele saiu em defesa desta última. Comparou os dissidentes a bandidos e pediu respeito à legislação cubana que os colocou atrás das grades. Para Lula, é preciso respeitar a legislação cubana. O fato de essa mesma legislação decorrer de um Estado totalitário, e respaldar massivas violações dos direitos humanos, não faz diferença para ele, é irrelevante. O importante é que se respeite a decisão do Estado cubano de prender, torturar e matar presos de consciência. Para ele, Lula, isso é perfeitamente moral.
Num exercício de pura especulação histórica, imaginem Lula como o presidente do Brasil na década de 30, quando Adolf Hitler, o patrão de Eichman, era o Führer da Alemanha. Alguém lembra a Lula que os nazistas estão prendendo e torturando pessoas. Aí Lula responde, entre um "ou seja" e um "sabe":
“Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo alemães de prender as pessoas em função da legislação da Alemanha, como quero que respeitem a do Brasil”.
(Só lembrando: o presidente do Brasil na época, Getúlio Vargas, pensava de forma parecida - a deportação de Olga Benario para a Alemanha está aí para provar. Não por acaso, Getúlio é um dos ídolos de muita gente na esquerda).
Agora pensem em Lula como o presidente do Brasil na década de 40. Em uma entrevista, ele assim se expressa sobre a greve de fome que o Mahatma Gandhi está fazendo contra a dominação colonial britânica na Índia:
“Eu acho que greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto dos [da luta por] Direitos Humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade”.
Gandhi equiparado aos bandidos do PCC. Conseguem imaginar?
Voltando à década de 30 e à Alemanha. Lula responde à mesma pessoa que lembrou das prisões de opositores políticos pelo regime nazista:
“Eu gostaria que não ocorresse [prisão de presos políticos], mas não posso questionar as razões pelas quais a Alemanha os prendeu, como não quero que a Alemanha questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil”.
Então? Captaram a profunda sabedoria das palavras de Nosso Líder?
Adolf Eichman passou à História como paradigma de frieza burocrática diante da morte, de justificação do terror totalitário e de insensibilidade perante a dor dos outros. Um tipo monstruoso de criminalidade e desumanidade, sem sombra de dúvida. A perfeita expressão de uma mente psicopata, diriam muitos.
Já Lula é considerado, por muita gente dita inteligente, um líder respeitável e um amante da democracia.
A questão é: por quê?
por Gustavo Bezerra
Um comentário:
Olha a cara do Fidél nessa foto. Parece até que ele tem pena de matar uma môsca.
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