quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Mensagem de Natal 2009
E novamente é Natal. Novamente é tempo de esperança, de renovar a disposição do espírito, induzindo-o a esperar as coisas que queremos que sejam realizadas, lutando por elas.
É tempo de repensar algumas posições e reafirmar outras, com o espírito renovado, celebrando o sentido da vida.
É tempo de lembrar que viver é, antes de mais nada, calcar a existência em três pilares: aprender, ensinar e fazer, sempre lutando contra o mal, contra a ignorância, contra o "espírito bovino" que assola aqueles que têm estado, no mais das vezes, ao nosso lado.
É tempo de lembrar que nunca nos é dado um desejo sem que também nos seja dado o poder de realizá-lo. E que, apesar disto, teremos que nos esforçar, na maioria das vezes, para conquistá-lo, ao invés de esperar que outros o façam por nós.
Pois somos todos, cada um de nós, únicos. Não somos animais gregários e, portanto, devemos ser responsáveis por todas as decisões que tomamos em nossas vidas, pois dentro de nós está o poder de nosso esforço para a riqueza e a pobreza, a liberdade e a escravidão, a sabedoria e a ignorância. Somos nós, cada um de nós, que controlamos isso, e ninguém mais.
É imbuído deste espírito, que desejo a todos os leitores deste blog um bom Natal e que cada um se lembre, sempre, que o mal quer-nos, a todo momento, sob seu julgo e que, por isto, devemos continuar combatendo-o, a fim de preservar nossa integridade e nossa liberdade.
Certa tarde, o sábio Akbar chegou a um pequeno povoado. Seus ensinamentos não conseguiram interessar à população e, depois de algum tempo, ele tornou-se motivo de riso e ironia.
Um dia, um grupo de homens e mulheres começou a insultá-lo.Ao invés de fingir que ignorava o que acontecia, o sábio foi até eles e desejou-lhes bom dia.
Um dos homens comentou:
- Será que além de tudo, estamos diante de um homem surdo? Gritamos coisas horríveis e o senhor nos responde com uma saudação!
- Cada um de nós só pode oferecer o que tem - foi a resposta do sábio.
É tempo de repensar algumas posições e reafirmar outras, com o espírito renovado, celebrando o sentido da vida.
É tempo de lembrar que viver é, antes de mais nada, calcar a existência em três pilares: aprender, ensinar e fazer, sempre lutando contra o mal, contra a ignorância, contra o "espírito bovino" que assola aqueles que têm estado, no mais das vezes, ao nosso lado.
É tempo de lembrar que nunca nos é dado um desejo sem que também nos seja dado o poder de realizá-lo. E que, apesar disto, teremos que nos esforçar, na maioria das vezes, para conquistá-lo, ao invés de esperar que outros o façam por nós.
Pois somos todos, cada um de nós, únicos. Não somos animais gregários e, portanto, devemos ser responsáveis por todas as decisões que tomamos em nossas vidas, pois dentro de nós está o poder de nosso esforço para a riqueza e a pobreza, a liberdade e a escravidão, a sabedoria e a ignorância. Somos nós, cada um de nós, que controlamos isso, e ninguém mais.
É imbuído deste espírito, que desejo a todos os leitores deste blog um bom Natal e que cada um se lembre, sempre, que o mal quer-nos, a todo momento, sob seu julgo e que, por isto, devemos continuar combatendo-o, a fim de preservar nossa integridade e nossa liberdade.
Certa tarde, o sábio Akbar chegou a um pequeno povoado. Seus ensinamentos não conseguiram interessar à população e, depois de algum tempo, ele tornou-se motivo de riso e ironia.
Um dia, um grupo de homens e mulheres começou a insultá-lo.Ao invés de fingir que ignorava o que acontecia, o sábio foi até eles e desejou-lhes bom dia.
Um dos homens comentou:
- Será que além de tudo, estamos diante de um homem surdo? Gritamos coisas horríveis e o senhor nos responde com uma saudação!
- Cada um de nós só pode oferecer o que tem - foi a resposta do sábio.
A Arrogância de Lula com os Andrajos da Humildade
Lula participou, como todo ano, de um evento com moradores de rua em São Paulo — ou catadores de papelão (material reciclável), como queiram. Prova de sua humildade? Não! para variar, evidência de sua arrogância. É a sua cerimônia do lava-pés; trata-se de mais uma tentativa, entre muitas, de rivalizar com o próprio Cristo. Poucos se dão conta de que esse negócio mais se parece com a celebração da pobreza do que com o seu combate.
No seu discurso, fica claro que existe um “outro”, um grande ser difuso, que é culpado pela existência dos moradores de rua e que também é contra a solução: “Tem uma parte da sociedade que não quer vocês morando no Centro. Neste país, é assim. Todo mundo quer feira, mas não quer a feira na rua de casa. Todo mundo quer ponto de ônibus, mas não quer ponto de ônibus na porta de casa. Todo mundo quer delegacia, mas não quer próximo. Prisão, então, ninguém quer. Pobre é bom para a gente ver em filme, não para morar no prédio que a gente mora.”
Qual “parte”? Lula culpa um grande “outro” para que possa exaltar a própria e suposta grandeza. Ele tem um ministério que cuida do assunto. Qual é o saldo em sete anos? O programa Minha Casa, Minha Vida está sendo vendido como aquele que já criou um milhão de casas. Deve fechar o ano que vem com menos de um terço disso. Esse programa vai exatamente na CONTRAMÃO DA OCUPAÇÃO DE IMÓVEIS VAZIOS NOS CENTROS DEGRADADOS DAS GRANDES CIDADES. De modo equivocado, ele cria bairros populares em áreas distantes, cujo destino é a degradação, além de ampliar enormemente a demanda por infra-estrutura, o que ferra a vida dos municípios e dos estados.
De resto, que tal comparar os programas existentes em São Paulo para atender aos moradores de rua com os que NÃO EXISTEM em Belo Horizonte, sob o comando do PT até 2008? Aliás, na capital mineira, a prefeitura petista mandou cercar os logradouros públicos que estavam sendo usados como moradia pelos sem-teto. E não apareceu nenhum padre de passeata para reclamar. Lula diria que “há gente que não quer pobre no centro”. Em tempo: sou contra gente morando em logradouro público. As pessoas têm de ser tiradas de lá. Ponto! O público é público. Não pertence nem ao com-teto nem ao sem-teto.
“Pó, você critica tudo o que o Lula diz”. Critico e continuarei a criticar enquanto ele não se livrar dessa compulsão à demagogia egocêntrica, que mistura o discurso populista mais rasteiro com laivos de messianismo.
Perto do Natal, nunca é demais lembrar que, para os crentes ao menos, Messias é um só. Os outros todos não passam de falsos profetas.
por Reinaldo Azevedo
No seu discurso, fica claro que existe um “outro”, um grande ser difuso, que é culpado pela existência dos moradores de rua e que também é contra a solução: “Tem uma parte da sociedade que não quer vocês morando no Centro. Neste país, é assim. Todo mundo quer feira, mas não quer a feira na rua de casa. Todo mundo quer ponto de ônibus, mas não quer ponto de ônibus na porta de casa. Todo mundo quer delegacia, mas não quer próximo. Prisão, então, ninguém quer. Pobre é bom para a gente ver em filme, não para morar no prédio que a gente mora.”
Qual “parte”? Lula culpa um grande “outro” para que possa exaltar a própria e suposta grandeza. Ele tem um ministério que cuida do assunto. Qual é o saldo em sete anos? O programa Minha Casa, Minha Vida está sendo vendido como aquele que já criou um milhão de casas. Deve fechar o ano que vem com menos de um terço disso. Esse programa vai exatamente na CONTRAMÃO DA OCUPAÇÃO DE IMÓVEIS VAZIOS NOS CENTROS DEGRADADOS DAS GRANDES CIDADES. De modo equivocado, ele cria bairros populares em áreas distantes, cujo destino é a degradação, além de ampliar enormemente a demanda por infra-estrutura, o que ferra a vida dos municípios e dos estados.
De resto, que tal comparar os programas existentes em São Paulo para atender aos moradores de rua com os que NÃO EXISTEM em Belo Horizonte, sob o comando do PT até 2008? Aliás, na capital mineira, a prefeitura petista mandou cercar os logradouros públicos que estavam sendo usados como moradia pelos sem-teto. E não apareceu nenhum padre de passeata para reclamar. Lula diria que “há gente que não quer pobre no centro”. Em tempo: sou contra gente morando em logradouro público. As pessoas têm de ser tiradas de lá. Ponto! O público é público. Não pertence nem ao com-teto nem ao sem-teto.
“Pó, você critica tudo o que o Lula diz”. Critico e continuarei a criticar enquanto ele não se livrar dessa compulsão à demagogia egocêntrica, que mistura o discurso populista mais rasteiro com laivos de messianismo.
Perto do Natal, nunca é demais lembrar que, para os crentes ao menos, Messias é um só. Os outros todos não passam de falsos profetas.
por Reinaldo Azevedo
Para Refletir...
Antes de ser eleito, Lula dizia que o Brasil era como uma puta, pois todos vinham aqui e metiam a mão.
Agora o filme dele se chama "Lula, o filho do Brasil", logo...
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Direita ou Esquerda?
Uma certa universitária cursava o sexto semestre da Faculdade. Como é comum no meio universitário, ela estava convencida de que era de esquerda e estava a favor da distribuição da riqueza. Tinha vergonha de que o seu pai fosse empresário e conseqüentemente de direita, portanto, contrário aos programas socialistas e seus projetos que davam benefícios aos que mais necessitavam e cobrava impostos mais altos dos que tinham mais dinheiro.
A maioria dos seus professores e colegas de classe defendiam a tese de distribuição mais justa das riquezas do país.
Por tudo isso, um dia, ela decidiu enfrentar o pai. Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialética de Marx, procurando mostrar que ele estava errado ao defender um sistema tão injusto e perverso como a direita pregava. Seu pai ouviu pacientemente, como só um pai consegue fazer, todos os argumentos da filha e no meio da conversa perguntou:
- Como você vai na faculdade ?
- Vou bem, respondeu ela. Minha média de notas é 9, estudo muito mas vale a pena. Meu futuro depende disso, eu sei! Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.
O pai prosseguiu:
- E aquela tua amiga Sônia, como vai?
E ela respondeu com muita segurança:
- Muito mal. A sua média é 3, ela passa os dias no shopping e namora o dia todo. Pouco estuda e algumas vezes nem sequer vai às aulas. Acho até que ela é meio burra. Com certeza, repetirá o semestre.
O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:
- Que tal se você sugerisse aos professores ou ao coordenador do curso para que sejam transferidos 3 pontos das suas notas para as da Sônia. Com isso, vocês duas teriam a mesma média. Não seria um bom resultado para você mas, convenhamos, seria uma boa e democrática distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocês duas.
Ela indignada retrucou:
- Porra nenhuma! Trabalhei muito para conseguir essas notas, enquanto a Sônia buscava o lado fácil da vida. Não acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa.
Seu pai, então, a abraçou carinhosamente dizendo:
- BEM-VINDA À DIREITA!!!
A maioria dos seus professores e colegas de classe defendiam a tese de distribuição mais justa das riquezas do país.
Por tudo isso, um dia, ela decidiu enfrentar o pai. Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialética de Marx, procurando mostrar que ele estava errado ao defender um sistema tão injusto e perverso como a direita pregava. Seu pai ouviu pacientemente, como só um pai consegue fazer, todos os argumentos da filha e no meio da conversa perguntou:
- Como você vai na faculdade ?
- Vou bem, respondeu ela. Minha média de notas é 9, estudo muito mas vale a pena. Meu futuro depende disso, eu sei! Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.
O pai prosseguiu:
- E aquela tua amiga Sônia, como vai?
E ela respondeu com muita segurança:
- Muito mal. A sua média é 3, ela passa os dias no shopping e namora o dia todo. Pouco estuda e algumas vezes nem sequer vai às aulas. Acho até que ela é meio burra. Com certeza, repetirá o semestre.
O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:
- Que tal se você sugerisse aos professores ou ao coordenador do curso para que sejam transferidos 3 pontos das suas notas para as da Sônia. Com isso, vocês duas teriam a mesma média. Não seria um bom resultado para você mas, convenhamos, seria uma boa e democrática distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocês duas.
Ela indignada retrucou:
- Porra nenhuma! Trabalhei muito para conseguir essas notas, enquanto a Sônia buscava o lado fácil da vida. Não acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa.
Seu pai, então, a abraçou carinhosamente dizendo:
- BEM-VINDA À DIREITA!!!
Eu Não Acredito!
Lembrei-me de Woody Allen. Num dado momento do filme Manhattan, a namorada que o abandona cobra-lhe um sinal de indignação. Mas Woody, em tom desanimado, se proclama incapaz disso. E conclui: “Em compensação, desenvolvo tumores”.
É para evitar tumores que escrevo este artigo. Trata-se de uma questão de saúde. Ou desabafo aqui ou vou para a quimioterapia. A coisa foi assim. No dia 3 de dezembro, ZH publicou matéria sobre o caso da vice-diretora que mandou um aluno repintar estragos feitos por ele em paredes da escola. O texto, que eu lia em voz alta para a família, informava que a professora, ao fim e ao cabo, tivera de pagar multa de meio salário mínimo. Nesse ponto, meu neto interrompeu-me com a exclamação que dá título a este artigo: “Eu não acredito!”. E enfiou o nariz no jornal para confirmar o que escutara. Tinha razão ele. De ouvir contar, ninguém acreditaria. Era preciso botar o dedo na notícia que o jornal estampava como chaga aberta.
A informação saiu no dia 3 e já no dia seguinte 347 leitores haviam expressado sua indignação no clicRBS. Penso que tais protestos da comunidade deveriam ser lidos, também, pelos que expuseram a professora à persecução penal. O povo entendeu perfeitamente o caso:
a) a família, primeira e principal educadora, havia descumprido seu papel;
b) a escola, segunda educadora, exercera, e bem, sua função;
c) levar pequenas questões disciplinares de milhares de colégios para serem resolvidas nas promotorias de justiça ou nas delegacias de polícia, conduta que foi prescrita à moça e à escola, inverte as precedências (e tem uma lógica que me escapa);
d) o Estatuto da Criança e do Adolescente não deveria ser usado para coibir a esse ponto o exercício da função educadora;
e) agir, em pequenas infrações de estudantes, como foi recomendado ao caso (registrar BO e intimar alunos à delegacia para possíveis medidas socioeducativas!) é muito mais agressivo e menos educativo do que o procedimento adotado na escola.
Depois de tudo que transborda deste caso, não nos surpreendamos com policiais que viram as costas a um adolescente infrator e com professores que fogem dos alunos para não apanhar. Afinal, vivemos no país onde as leis habitam as estrelas e a realidade ocupa o fundo do poço da permissividade.
Nesta terra dos processos lentos e sonolentos, onde o caso Mensalão rola desde 2005 (e mal começou a andar), a professora de Viamão, que educou, que defendeu o patrimônio público, que fez cumprir o regimento escolar, cuja conduta foi apreciada por todos, acabou posta de joelhos. Em dois meses (só em Cuba se julga e fuzila em menos tempo) teve de enfrentar a Justiça. E desistiu de obtê-la! Não foi dito, mas todos entenderam o recado: “Que isso não se repita, professores!”. Impuseram-lhe condenação pública, expedita e exemplar. “Eu não acredito!”, exclamou meu neto, em uníssono com a população gaúcha. O Estado precisa retomar o apreço e o respeito pelas naturais autonomias da sociedade.
Se o Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser interpretado como foi, pobre Estatuto! Se o Ministério Público cumpriu seu dever, triste dever! Aplicaram à professora multa ridícula. Fizeram de conta que não a condenavam. Mas a condenaram. Encerraram o processo e dormiram em paz. E a indisciplina ganhou um extraordinário suporte institucional.
por Percival Puggina
É para evitar tumores que escrevo este artigo. Trata-se de uma questão de saúde. Ou desabafo aqui ou vou para a quimioterapia. A coisa foi assim. No dia 3 de dezembro, ZH publicou matéria sobre o caso da vice-diretora que mandou um aluno repintar estragos feitos por ele em paredes da escola. O texto, que eu lia em voz alta para a família, informava que a professora, ao fim e ao cabo, tivera de pagar multa de meio salário mínimo. Nesse ponto, meu neto interrompeu-me com a exclamação que dá título a este artigo: “Eu não acredito!”. E enfiou o nariz no jornal para confirmar o que escutara. Tinha razão ele. De ouvir contar, ninguém acreditaria. Era preciso botar o dedo na notícia que o jornal estampava como chaga aberta.
A informação saiu no dia 3 e já no dia seguinte 347 leitores haviam expressado sua indignação no clicRBS. Penso que tais protestos da comunidade deveriam ser lidos, também, pelos que expuseram a professora à persecução penal. O povo entendeu perfeitamente o caso:
a) a família, primeira e principal educadora, havia descumprido seu papel;
b) a escola, segunda educadora, exercera, e bem, sua função;
c) levar pequenas questões disciplinares de milhares de colégios para serem resolvidas nas promotorias de justiça ou nas delegacias de polícia, conduta que foi prescrita à moça e à escola, inverte as precedências (e tem uma lógica que me escapa);
d) o Estatuto da Criança e do Adolescente não deveria ser usado para coibir a esse ponto o exercício da função educadora;
e) agir, em pequenas infrações de estudantes, como foi recomendado ao caso (registrar BO e intimar alunos à delegacia para possíveis medidas socioeducativas!) é muito mais agressivo e menos educativo do que o procedimento adotado na escola.
Depois de tudo que transborda deste caso, não nos surpreendamos com policiais que viram as costas a um adolescente infrator e com professores que fogem dos alunos para não apanhar. Afinal, vivemos no país onde as leis habitam as estrelas e a realidade ocupa o fundo do poço da permissividade.
Nesta terra dos processos lentos e sonolentos, onde o caso Mensalão rola desde 2005 (e mal começou a andar), a professora de Viamão, que educou, que defendeu o patrimônio público, que fez cumprir o regimento escolar, cuja conduta foi apreciada por todos, acabou posta de joelhos. Em dois meses (só em Cuba se julga e fuzila em menos tempo) teve de enfrentar a Justiça. E desistiu de obtê-la! Não foi dito, mas todos entenderam o recado: “Que isso não se repita, professores!”. Impuseram-lhe condenação pública, expedita e exemplar. “Eu não acredito!”, exclamou meu neto, em uníssono com a população gaúcha. O Estado precisa retomar o apreço e o respeito pelas naturais autonomias da sociedade.
Se o Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser interpretado como foi, pobre Estatuto! Se o Ministério Público cumpriu seu dever, triste dever! Aplicaram à professora multa ridícula. Fizeram de conta que não a condenavam. Mas a condenaram. Encerraram o processo e dormiram em paz. E a indisciplina ganhou um extraordinário suporte institucional.
por Percival Puggina
Mais do Mesmo: Aquecimento Global? Onde?
Tempestades de neve e frio com temperaturas muito abaixo das esperadas para a época atingiram a Europa no final de semana, matando dezenas de pessoas e paralisando o transporte em vários países - inclusive o trem Eurostar, que liga França e Inglaterra, cujo serviço foi suspenso pela primeira vez desde sua inauguração, em 1994.
Na Polônia, a polícia anunciou que 29 pessoas morreram, a maioria sem-teto, encontradas congeladas depois que as temperaturas caíram abaixo dos 20 graus negativos. Alemanha, Áustria, Bélgica e França também registraram casos isolados de mortes de sem-teto. Mais de duas centenas de cidades búlgaras, incluindo parte dos subúrbios de Sofia, ficaram sem luz por uma pane causada pela queda de árvores congeladas.
Os aeroportos europeus viveram um final de semana caótico. O Charles de Gaulle, em Paris, teve 40 % dos voos cancelados e houve filas imensas nos aeroportos de Amsterdã, Bruxelas e Londres. A remoção de neve nas pistas não era veloz o suficiente para permitir os pousos e decolagens previstos.
A suspensão do serviço de trem do Eurostar, ontem, prejudicou cerca de 55 mil passageiros com bilhetes emitidos. O sistema, que atravessa o Canal da Mancha por baixo do mar, é um orgulho da engenharia europeia, permitindo o deslocamento entre Londres e Paris em cerca de 2 horas. No sábado, houve um blecaute e quatro composições permaneceram detidas dentro do túnel, com milhares de passageiros no escuro.
O CEO da empresa, Richard Brown, atribuiu os problemas técnicos ao choque térmico ocorrido na transição entre o exterior congelado e a temperatura aquecida do interior do túnel. Ontem, Brown anunciou a suspensão do serviço por tempo indeterminado “enquanto não soubermos a causa verdadeira do problema”. O bloqueio da linha férrea acabou afetando o transporte de caminhões entre Inglaterra e a França.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, recebeu duras críticas no Parlamento, onde a oposição disse que o governo trata o assunto sem o devido alarme. Com o caos aéreo pelos voos suspensos nos aeroportos e o risco de estradas congeladas, a rede ferroviária era a única alternativa para o transporte na semana de Natal, período de maior movimento do ano.
no Estado de São Paulo
Atenção! Londres não via nevasca igual desde 1895 — é, a maior em modestos 114 anos. A Costa Leste dos EUA está sob metros de neve. Os serviços entraram em colapso. Washington não teve a maior nevasca dos último 100, 200 ou 300 anos, não. Assistiu à MAIOR DE SUA HISTÓRIA. Obama teve de apressar a sua volta de Copenhague, onde foi debater o aquecimento global, por causa do excesso de… frio! Na Europa, o clima já matou 50 pessoas em três dias; nos EUA, 8.
Não é possível — ou melhor: é — que os apocalípticos do aquecimento global não tentem explicar o que está em curso. Aquele frio que faz na Europa e nos EUA não brota do solo , entenderam? Não nasceu ali. Veio de algum lugar: lá do Ártico, onde ursinhos brancos, com a sua compulsão para nos comover, navegam errantes em ilhas de gelo…
Na Polônia, a polícia anunciou que 29 pessoas morreram, a maioria sem-teto, encontradas congeladas depois que as temperaturas caíram abaixo dos 20 graus negativos. Alemanha, Áustria, Bélgica e França também registraram casos isolados de mortes de sem-teto. Mais de duas centenas de cidades búlgaras, incluindo parte dos subúrbios de Sofia, ficaram sem luz por uma pane causada pela queda de árvores congeladas.
Os aeroportos europeus viveram um final de semana caótico. O Charles de Gaulle, em Paris, teve 40 % dos voos cancelados e houve filas imensas nos aeroportos de Amsterdã, Bruxelas e Londres. A remoção de neve nas pistas não era veloz o suficiente para permitir os pousos e decolagens previstos.
A suspensão do serviço de trem do Eurostar, ontem, prejudicou cerca de 55 mil passageiros com bilhetes emitidos. O sistema, que atravessa o Canal da Mancha por baixo do mar, é um orgulho da engenharia europeia, permitindo o deslocamento entre Londres e Paris em cerca de 2 horas. No sábado, houve um blecaute e quatro composições permaneceram detidas dentro do túnel, com milhares de passageiros no escuro.
O CEO da empresa, Richard Brown, atribuiu os problemas técnicos ao choque térmico ocorrido na transição entre o exterior congelado e a temperatura aquecida do interior do túnel. Ontem, Brown anunciou a suspensão do serviço por tempo indeterminado “enquanto não soubermos a causa verdadeira do problema”. O bloqueio da linha férrea acabou afetando o transporte de caminhões entre Inglaterra e a França.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, recebeu duras críticas no Parlamento, onde a oposição disse que o governo trata o assunto sem o devido alarme. Com o caos aéreo pelos voos suspensos nos aeroportos e o risco de estradas congeladas, a rede ferroviária era a única alternativa para o transporte na semana de Natal, período de maior movimento do ano.
no Estado de São Paulo
Antes que os histéricos do aquecimento global comecem a gritar que eu resisto a entender que o que interessa é a média das temperaturas ao longo do tempo, digo: eu já conheço essa ladainha. Mas tenho Internet: e sei todas as vezes em que uma florada antes da hora ou um verão um grau ou dois mais quente foram usados como evidência da catástrofe que aguarda a humanidade. Se aquelas ocorrências fortuitas faziam parte de uma cadeia de eventos, por que estas, de agora, não fazem? E não é a primeira vez nesta década. Basta pesquisar!
Atenção! Londres não via nevasca igual desde 1895 — é, a maior em modestos 114 anos. A Costa Leste dos EUA está sob metros de neve. Os serviços entraram em colapso. Washington não teve a maior nevasca dos último 100, 200 ou 300 anos, não. Assistiu à MAIOR DE SUA HISTÓRIA. Obama teve de apressar a sua volta de Copenhague, onde foi debater o aquecimento global, por causa do excesso de… frio! Na Europa, o clima já matou 50 pessoas em três dias; nos EUA, 8.
Não é possível — ou melhor: é — que os apocalípticos do aquecimento global não tentem explicar o que está em curso. Aquele frio que faz na Europa e nos EUA não brota do solo , entenderam? Não nasceu ali. Veio de algum lugar: lá do Ártico, onde ursinhos brancos, com a sua compulsão para nos comover, navegam errantes em ilhas de gelo…
Há uma grande confusão nessa história, é evidente. Apontar os elementos que contradizem o apocalipse se confunde com torcida em favor do desastre. É uma boçalidade da patrulha daqueles que decidiram ser os donos do meio ambiente, monopolizando tudo: as supostas verdades e as verbas nada supostas. Todos queremos preservar o meio ambiente; todos somos favor da natureza! Mas é preciso combater os problemas que existem, não aqueles nascidos dos delírios dos escatológicos.
por Reinaldo Azevedo
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
E Eles Querem a Presença de Mais Estado
Vejam o vídeo acima. O Brasil chegou a recolher R$ 1 TRILHÃO de Reais em impostos este ano - mesmo com a redução de alguns impostos para incrementar o comércio por causa da crise econômica mundial.
Mas ainda temos um déficit de R$ 88 bilhões! E por que? PORQUE O GOVERNO GASTA DEMAIS! Desde que o PT assumiu, o número de funcionários públicos mais do que dobrou! E isso sem contar os aboletados do PT que infestam todo e qualquer órgão estatal qual ratazanas no esgoto.
E eles querem mais presença estatal: querem criar um novo órgão para "tomar conta" do pré-sal, criaram a TV Lula, que nos custa R$ 700 milhões por ano, pretendem criar órgãos para controlar a produção de mídia regionalizada, a partir do final da CONFECOM e por aí vai.
É a sovietização do Brasil! O BB e a CEF estão comprando bancos, aos poucos, tal qual Chávez está fazendo na Venezuela, que recentemente comprou o Santander. Daqui a pouco estaremos dominados, vivendo num gulag no Nordeste, criando cabras e comendo mandacaru para ajudar nas obras de transposição do velho Chico, em vez de investir num sistema de dessalinização e distribuição da água do mar, como já há em diversas partes do mundo.
Estamos indo de mal a pior... E o pior ainda está por vir.
A Vanguarda do Atraso
Estão vendo estes senhores aí acima? A partir da esquerda, vêem-se Luiz Dulci, secretário geral da Presidência; Michel Temer, presidente da Câmara; o presidente Lula; o ministro Hélio Costa (Comunicações) e Franklin Martins, ministro da Comunicação Social e, em muitos assuntos, primeiro-ministro. Estão na abertura de um troço chamado 1ª Confecom — Conferência de Comunicação. Foi convocada pela Presidência da República, sob os auspícios da esquerda do PT, que ainda não desistiu de controlar a imprensa no Brasil, e sob a coordenação de Franklin Martins, que ainda não desistiu de ser Franklin Martins — desde quando seqüestrou o embaixador americano Charles Elbrick com uma arma na mão e péssimas idéias na cabeça. As péssimas idéias continuam. A arma, agora, e a burocracia do estado se fingindo de controle democrático. Oficialmente, estão sendo gastos R$ 8 milhões nessa porcaria. Duvido que seja só isso.
E tudo para quê? As esquerdas querem “rediscutir” a “mídia” no Brasil. A palavra de ordem é colocá-la sob o que chamam “controle social”. Como elas se querem a representação da própria sociedade, a proposta singela é tomar de assalto as empresas de comunicação e impor a sua própria agenda. Chamar isso de “democratização” é mais uma das vigarices dessa turma. A democracia supõe justamente a convivência com a diversidade e a divergência, como AINDA se tem na imprensa hoje em dia, apesar de infiltrada por esses mesmos valentes. Mas eles acham pouco. Quando Franklin e mais alguns resolveram seqüestrar o embaixador, acreditavam que a pistola era a expressão material da razão teórica que levavam na cachola: eles eram a ponta de lança da revolução proletária. Os meios hoje são outros, mas o espírito é o mesmo. Esses caras se pretendem a vanguarda da história e acreditam que são mesmo os instrumentos que vão conduzir o Brasil a um futuro glorioso, livre dos seus inimigos. “Seus”? De quem? Inimigos deles ou inimigos do Brasil? Para eles, é tudo a mesma coisa. Esses coronéis da ideologia confundem seu pastelão moral e ideológico com a história do país.
Os petistas, em matéria de convicção democrática, vivem no mesozóico. Se vocês quiserem saber o que é o paleozóico a que Franklin Martins e seus red caps querem regredir, cliquem aqui. Todas as inacreditáveis propostas estão ali expostas, em 14 cadernos temáticos e outros cinco que buscam sistematizá-los. Peguei-me lendo o troço, mesmerizado por aquilo que deve ser a maior coleção de asneiras jamais reunidas numa única página da Internet. Noto que o espírito da pretendida revolução já anima a TV Pública, a Lula News, a TV Traço, a emissora que ninguém vê — apesar de custar aos nossos bolsos algo em torno de R$ 700 milhões. É isto: Franklin quer reduzir tudo àquele verdadeiro apagão de Ibope a que ele e Tereza Cruvinel condenaram a Lula News.
Não há uma miserável proposta das centenas ali elencadas que não seja pautada pela idéia da vigilância, da punição e, obviamente, do “controle social”. Transcrevo alguns exemplos:
No caderno que trata da produção para TV e rádio
E tudo para quê? As esquerdas querem “rediscutir” a “mídia” no Brasil. A palavra de ordem é colocá-la sob o que chamam “controle social”. Como elas se querem a representação da própria sociedade, a proposta singela é tomar de assalto as empresas de comunicação e impor a sua própria agenda. Chamar isso de “democratização” é mais uma das vigarices dessa turma. A democracia supõe justamente a convivência com a diversidade e a divergência, como AINDA se tem na imprensa hoje em dia, apesar de infiltrada por esses mesmos valentes. Mas eles acham pouco. Quando Franklin e mais alguns resolveram seqüestrar o embaixador, acreditavam que a pistola era a expressão material da razão teórica que levavam na cachola: eles eram a ponta de lança da revolução proletária. Os meios hoje são outros, mas o espírito é o mesmo. Esses caras se pretendem a vanguarda da história e acreditam que são mesmo os instrumentos que vão conduzir o Brasil a um futuro glorioso, livre dos seus inimigos. “Seus”? De quem? Inimigos deles ou inimigos do Brasil? Para eles, é tudo a mesma coisa. Esses coronéis da ideologia confundem seu pastelão moral e ideológico com a história do país.
Os petistas, em matéria de convicção democrática, vivem no mesozóico. Se vocês quiserem saber o que é o paleozóico a que Franklin Martins e seus red caps querem regredir, cliquem aqui. Todas as inacreditáveis propostas estão ali expostas, em 14 cadernos temáticos e outros cinco que buscam sistematizá-los. Peguei-me lendo o troço, mesmerizado por aquilo que deve ser a maior coleção de asneiras jamais reunidas numa única página da Internet. Noto que o espírito da pretendida revolução já anima a TV Pública, a Lula News, a TV Traço, a emissora que ninguém vê — apesar de custar aos nossos bolsos algo em torno de R$ 700 milhões. É isto: Franklin quer reduzir tudo àquele verdadeiro apagão de Ibope a que ele e Tereza Cruvinel condenaram a Lula News.
Não há uma miserável proposta das centenas ali elencadas que não seja pautada pela idéia da vigilância, da punição e, obviamente, do “controle social”. Transcrevo alguns exemplos:
No caderno que trata da produção para TV e rádio
- Aprovar legislação que determine cotas percentuais mínimas, nas emissoras de televisão de sinal aberto e fechado, para a veiculação de animação produzida nacionalmente, garantindo participação majoritária de produções independentes, ou seja, sem relação direta ou indireta com empresas que já produzem ou distribuem conteúdo, e garantindo formas de financiamento compatíveis com o fortalecimento do setor.
- Definição, em lei, de percentual mínimo de programas que devam ser adquiridos junto a produtores independentes. Na aquisição de programas de produtores independentes, também, deve ser assegurado um número mínimo de produções que abordem a temática étnica. Isto é importante para elevar a auto-estima do povo negro e combater o racismo.
- Que, em programas e programações de rádio e televisão, haja um percentual mínimo de 30% de conteúdos com produção da própria região onde está localizada a emissora, sendo ao menos uma hora desse conteúdo veiculado entre 19h e 22h nas programaçes de TV e entre 9h e 13h nas programações de rádio.
- Garantia, por parte do Estado, de incentivos para produção independente viabilizando o conteúdo regional observando os critérios de representabilidade dos segmentos sociais, para a disponibilização dos recursos.
No caderno que trata das fontes de financiamento
- Implantação de uma política de fomento à produção popular, que apoie e financie iniciativas de realização de conteúdos escritos e audiovisuais por segmentos historicamente marginalizados na sociedade brasileira.
- Instalar centrais públicas de produção popular financiadas pelo fundo de comunicação pública gerido por um conselho comunitário de comunicação.
- Criar o Fundo de Amparo às Políticas Públicas de Comunicação, com foco no mercado de produção independente e nos segmentos sociais e garantir que um percentual da verba pública gasta com publicidade seja direcionado ao fundo;
- Financiamento de produção independente e de instituições de caráter sócio-educativo com garantia de veiculação na mídia;
- Viabilização de uma produção audiovisual de qualidade, desde que as plataformas pagas de distribuição desses conteúdos sejam organizadas de modo a garantir a distribuição de conteúdos brasileiros, de origens diversificadas, com a proibição do controle por determinado grupo econômico de mais que 25% da grade de programação de toda e qualquer plataforma de distribuição (TV a cabo, DTH, MMDS, televisão pelo celular etc.).
Voltei
E a coisa segue por aí, com propostas que pedem a revisão de concessão de TV e rádio, que impõem severos limites à publicidade ou que pretendem criar “um fundo de financiamento para a capacitação de profissionais de comunicação para que a pauta da diversidade cultural, convenções e protocolos vigentes acerca da questão sejam assimilados pela classe“. Entenderam?
Lula, como vimos, discursou na abertura do evento. Criticou as entidades empresariais, que caíram fora da arapuca. Disse que não adianta fazer como “avestruz”, fugindo dos “problemas”. Quais? Quem está com um “problema” é o PT, que pretende impor o que chama “controle social da comunicação” ao arrepio do que diz a Constituição. É por isso que o passo seguinte à tal conferência é pressionar em favor de emendas constitucionais que, finalmente, oficializem o CONTROLE PETISTA da comunicação.
Lula sabe mesmo o que diz. Em agosto deste ano, no auge da crise que colheu o senador José Sarney (PMDB-AP) por causa dos tais atos secretos, ele concedeu mais uma rádio ao filho de Renan Calheiros (PMDB-AL), que liderou a tropa-de-choque para manter o presidente do Senado no seu posto.
E Lula quer rediscutir o papel da “mídia”. Como sempre, não é só ato em si que assombra, mas também a moral que o embala.
por Reinaldo Azevedo
- Definição, em lei, de percentual mínimo de programas que devam ser adquiridos junto a produtores independentes. Na aquisição de programas de produtores independentes, também, deve ser assegurado um número mínimo de produções que abordem a temática étnica. Isto é importante para elevar a auto-estima do povo negro e combater o racismo.
- Que, em programas e programações de rádio e televisão, haja um percentual mínimo de 30% de conteúdos com produção da própria região onde está localizada a emissora, sendo ao menos uma hora desse conteúdo veiculado entre 19h e 22h nas programaçes de TV e entre 9h e 13h nas programações de rádio.
- Garantia, por parte do Estado, de incentivos para produção independente viabilizando o conteúdo regional observando os critérios de representabilidade dos segmentos sociais, para a disponibilização dos recursos.
No caderno que trata das fontes de financiamento
- Implantação de uma política de fomento à produção popular, que apoie e financie iniciativas de realização de conteúdos escritos e audiovisuais por segmentos historicamente marginalizados na sociedade brasileira.
- Instalar centrais públicas de produção popular financiadas pelo fundo de comunicação pública gerido por um conselho comunitário de comunicação.
- Criar o Fundo de Amparo às Políticas Públicas de Comunicação, com foco no mercado de produção independente e nos segmentos sociais e garantir que um percentual da verba pública gasta com publicidade seja direcionado ao fundo;
- Financiamento de produção independente e de instituições de caráter sócio-educativo com garantia de veiculação na mídia;
- Viabilização de uma produção audiovisual de qualidade, desde que as plataformas pagas de distribuição desses conteúdos sejam organizadas de modo a garantir a distribuição de conteúdos brasileiros, de origens diversificadas, com a proibição do controle por determinado grupo econômico de mais que 25% da grade de programação de toda e qualquer plataforma de distribuição (TV a cabo, DTH, MMDS, televisão pelo celular etc.).
Voltei
E a coisa segue por aí, com propostas que pedem a revisão de concessão de TV e rádio, que impõem severos limites à publicidade ou que pretendem criar “um fundo de financiamento para a capacitação de profissionais de comunicação para que a pauta da diversidade cultural, convenções e protocolos vigentes acerca da questão sejam assimilados pela classe“. Entenderam?
Lula, como vimos, discursou na abertura do evento. Criticou as entidades empresariais, que caíram fora da arapuca. Disse que não adianta fazer como “avestruz”, fugindo dos “problemas”. Quais? Quem está com um “problema” é o PT, que pretende impor o que chama “controle social da comunicação” ao arrepio do que diz a Constituição. É por isso que o passo seguinte à tal conferência é pressionar em favor de emendas constitucionais que, finalmente, oficializem o CONTROLE PETISTA da comunicação.
Lula sabe mesmo o que diz. Em agosto deste ano, no auge da crise que colheu o senador José Sarney (PMDB-AP) por causa dos tais atos secretos, ele concedeu mais uma rádio ao filho de Renan Calheiros (PMDB-AL), que liderou a tropa-de-choque para manter o presidente do Senado no seu posto.
E Lula quer rediscutir o papel da “mídia”. Como sempre, não é só ato em si que assombra, mas também a moral que o embala.
por Reinaldo Azevedo
Há Mais Gelo no Ártico!
Como é provável que ninguém conte isto pra vocês, então conto eu. Há uma ONG especializada em medir o gelo do Ártico, medição quase diária mesmo. Trata-se da National Snow and Ice Data Center (NSIDC). Não, eles não fazem parte dos céticos. Ao contrário: estão empenhadíssimos em combater o aquecimento global.
A boa notícia, talvez um indício de que o mundo não vai acabar, é que o gelo, em novembro deste ano, está bem acima da medição de novembro de 2006, por exemplo: 10,26 milhões de quilômetros quadrados, o que significa 1,05 milhão de quilômetros quadrados abaixo do que havia entre 1979 e 2000, mas 420 mil quilômetros quadrados a mais do que o recorde negativo para o mês de novembro, que se deu em 2006.
Por alguma razão que os crentes da religião do Aquecimento Global dos Santos dos Últimos dias devem explicar, mesmo com o dedicado esforço da humanidade para destruir o planeta, o gelo resolveu crescer… Não é só no mês de novembro: vejam que o gelo nos últimos quatro meses deste ano está acima de igual período do ano passado.
Melhor assim, né? Quem sabe a gente não tenha mais urso branco navegando solitário, até a morte, num pedaço errante de gelo… Uma coisa que realmente parte o coração. E que paralisa a inteligência!
por Reinaldo Azevedo
A boa notícia, talvez um indício de que o mundo não vai acabar, é que o gelo, em novembro deste ano, está bem acima da medição de novembro de 2006, por exemplo: 10,26 milhões de quilômetros quadrados, o que significa 1,05 milhão de quilômetros quadrados abaixo do que havia entre 1979 e 2000, mas 420 mil quilômetros quadrados a mais do que o recorde negativo para o mês de novembro, que se deu em 2006.
Por alguma razão que os crentes da religião do Aquecimento Global dos Santos dos Últimos dias devem explicar, mesmo com o dedicado esforço da humanidade para destruir o planeta, o gelo resolveu crescer… Não é só no mês de novembro: vejam que o gelo nos últimos quatro meses deste ano está acima de igual período do ano passado.
Melhor assim, né? Quem sabe a gente não tenha mais urso branco navegando solitário, até a morte, num pedaço errante de gelo… Uma coisa que realmente parte o coração. E que paralisa a inteligência!
por Reinaldo Azevedo
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
O Cinismo Passou da Conta
O primeiro foi o senador José Sarney, num artigo na Folha. “Ultimamente, os escândalos de corrupção têm marcado a vida pública brasileira. São episódios vergonhosos que denigrem cada vez mais os políticos”. O segundo foi o senador Aloyzio Mercadante, na festa de aniversário do PT: “A oposição deve estar engasgada com o panetone”. O terceiro foi o presidente Lula, depois de mais um almoço: “Tenho nojo de ver tanta corrupção”.
Em menos de 10 dias, três figuras enfiadas até o pescoço em patifarias ainda por explicar pegaram carona na roubalheira em Brasília, comandada pelo governador José Roberto Arruda e sua Turma do Panetone, para o esperto hasteamento da bandeira da moralidade. Pelo andar da carruagem, espantaram-se milhões de brasileiros perplexos com o espetáculo do cinismo, o PCC já prepara um manifesto exigindo o endurecimento do combate ao crime.
Só pode indignar-se com escândalos quem não protagonizou nenhum. Só pode condenar corruptos quem não os condena seletivamente. Só pode estarrecer-se com bandidagens que não tem prontuário. Só pode exigir punições quem não protege delinquentes. A trinca segue fingindo que o mensalão nem existiu. Não atende a tais requisitos. Deve calar-se o mais silenciosamente possível.
Se a Polícia Federal tivesse filmado a Famiglia Sarney fazendo negócios por telefone, teria produzido vídeos tão escabrosos quanto os que documentam os pecados da quadrilha de Arruda. A diferença é que as gravações censuradas com o consentimento do Supremo Tribunal Federal se restringem ao áudio.
Os maços de dólares enfiados em meias, cuecas e malas pelos amadores brasilienses decerto caberiam nas sacolas de dinheiro carregadas pelos aloprados de Mercadante. As cenas que documentam a Operação Panetone para Todos são tão sórdidas quanto o conteúdo dos dossiês fraudulentos. E não são mais desoladoras que os recuos, rendições e retiradas do companheiro que revogou a renúncia irrevogável.
Se resolvessem contar tudo, Sarney e Mercadante produziriam depoimentos medidos em horas. Se Lula contar metade do que sabe, falaria durante semanas. A sorte do presidente é o sumiço da oposição inclemente e, sobretudo, do tribuno sem medo.
O país vem suportando há anos juras de inocência declamadas por pecadores juramentados. Não conseguirá engolir sem engasgos sermões moralistas recitados por cardeais que comandam, apadrinham ou abençoam a corrupção federal, nem por seus coroinhas.
por Augusto Nunes
Em menos de 10 dias, três figuras enfiadas até o pescoço em patifarias ainda por explicar pegaram carona na roubalheira em Brasília, comandada pelo governador José Roberto Arruda e sua Turma do Panetone, para o esperto hasteamento da bandeira da moralidade. Pelo andar da carruagem, espantaram-se milhões de brasileiros perplexos com o espetáculo do cinismo, o PCC já prepara um manifesto exigindo o endurecimento do combate ao crime.
Só pode indignar-se com escândalos quem não protagonizou nenhum. Só pode condenar corruptos quem não os condena seletivamente. Só pode estarrecer-se com bandidagens que não tem prontuário. Só pode exigir punições quem não protege delinquentes. A trinca segue fingindo que o mensalão nem existiu. Não atende a tais requisitos. Deve calar-se o mais silenciosamente possível.
Se a Polícia Federal tivesse filmado a Famiglia Sarney fazendo negócios por telefone, teria produzido vídeos tão escabrosos quanto os que documentam os pecados da quadrilha de Arruda. A diferença é que as gravações censuradas com o consentimento do Supremo Tribunal Federal se restringem ao áudio.
Os maços de dólares enfiados em meias, cuecas e malas pelos amadores brasilienses decerto caberiam nas sacolas de dinheiro carregadas pelos aloprados de Mercadante. As cenas que documentam a Operação Panetone para Todos são tão sórdidas quanto o conteúdo dos dossiês fraudulentos. E não são mais desoladoras que os recuos, rendições e retiradas do companheiro que revogou a renúncia irrevogável.
Se resolvessem contar tudo, Sarney e Mercadante produziriam depoimentos medidos em horas. Se Lula contar metade do que sabe, falaria durante semanas. A sorte do presidente é o sumiço da oposição inclemente e, sobretudo, do tribuno sem medo.
O país vem suportando há anos juras de inocência declamadas por pecadores juramentados. Não conseguirá engolir sem engasgos sermões moralistas recitados por cardeais que comandam, apadrinham ou abençoam a corrupção federal, nem por seus coroinhas.
por Augusto Nunes
A Manhã de Janeiro em que Lula Acordou Invocado
a manhã de 28 de janeiro de 2010, o presidente Lula acordou invocado, saiu da cama sem falar com Marisa Letícia, vestiu o mesmo terno da véspera e foi para o Planalto sem fazer a barba. Entrou no gabinete em silêncio, chamou aos berros o secretário Gilberto Carvalho, ordenou-lhe que lesse em voz alta o noticiário sobre a posse festiva do presidente Porfírio Lobo, ocorrida na manhã anterior, e perdeu a paciência com Honduras.
Mais invocado que nunca, ligou para o Obama sem chamar o intérprete, exigiu que o companheiro conversasse em brasileiro, quis saber se a Uáite Rause iria mesmo reconhecer o segundo governo golpista e, ao ouvir que sim, soltou o tremendo iú ar a san ófi a bítichi que aprendera dois dias antes com Celso Amorim. Antes que o ianque desse um único pio, em inglês ou português, do outro lado da linha, proibiu Barack Obama de chamá-lo de Cara, rompeu relações com os EUA e jogou o celular pela janela.
Colocou os pés sobre a mesa, ordenou a Gilberto Carvalho que parasse de bater palmas e convocasse para uma reunião, em caráter de urgência urgentíssima, os companheiros Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim, Dilma Rousseff e Nelson Jobim. Pediu o jornal da véspera, escreveu duas letras na linha vertical superior das palavras cruzadas, parou para descansar e começava a dormir quando ouviu batidas na porta. Os convocados estavam lá, avisou Gilberto Carvalho.
Na abertura da reunião, o presidente declarou instalado o Conselho de Guerra da República, composto pelos presentes, e nomeou o ordenança Gilberto Carvalho para cuidar da ata. No improviso de 25 minutos, encarregou Marco Aurélio Garcia de articular a montagem da Frente Bolivariana de Combate aos Golpistas em Geral, incumbiu Celso Amorim de conseguir o apoio logístico da Nicarágua, mandou Dilma Rousseff incluir no PAC as obras necessárias para a ocupação do país inimigo e promoveu Nelson Jobim a almirante-de-esquadra e chefe da Marinha de Guerra.
Depois de nomear-se Chefe Supremo do Conselho de Guerra, proclamou a independência do prédio da embaixada em Tegucigalpa, transformou-o em sede da República Bolivariana de Honduras, decidiu que a caçula da ONU teria como presidente o companheiro Manuel Zelaya e ordenou a Gilberto Carvalho que enviasse um buquê de rosas à primeira-dama Xiomara.
Terminada a reunião histórica, Lula resolver contar o que fizera ao amigo hondurenho, pediu a Dilma Rousseff que emprestasse o celular e ligou para o casarão em Tegucigalpa. E então soube pelo senhor Catunda, antigo encarregado de negócios, que não havia mais hóspedes por lá. Zelaya tinha reconhecido o novo governo e, no meio da madrugada, abandonara a pensão. Sem pagar a conta.
por Augusto Nunes
Mais invocado que nunca, ligou para o Obama sem chamar o intérprete, exigiu que o companheiro conversasse em brasileiro, quis saber se a Uáite Rause iria mesmo reconhecer o segundo governo golpista e, ao ouvir que sim, soltou o tremendo iú ar a san ófi a bítichi que aprendera dois dias antes com Celso Amorim. Antes que o ianque desse um único pio, em inglês ou português, do outro lado da linha, proibiu Barack Obama de chamá-lo de Cara, rompeu relações com os EUA e jogou o celular pela janela.
Colocou os pés sobre a mesa, ordenou a Gilberto Carvalho que parasse de bater palmas e convocasse para uma reunião, em caráter de urgência urgentíssima, os companheiros Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim, Dilma Rousseff e Nelson Jobim. Pediu o jornal da véspera, escreveu duas letras na linha vertical superior das palavras cruzadas, parou para descansar e começava a dormir quando ouviu batidas na porta. Os convocados estavam lá, avisou Gilberto Carvalho.
Na abertura da reunião, o presidente declarou instalado o Conselho de Guerra da República, composto pelos presentes, e nomeou o ordenança Gilberto Carvalho para cuidar da ata. No improviso de 25 minutos, encarregou Marco Aurélio Garcia de articular a montagem da Frente Bolivariana de Combate aos Golpistas em Geral, incumbiu Celso Amorim de conseguir o apoio logístico da Nicarágua, mandou Dilma Rousseff incluir no PAC as obras necessárias para a ocupação do país inimigo e promoveu Nelson Jobim a almirante-de-esquadra e chefe da Marinha de Guerra.
Depois de nomear-se Chefe Supremo do Conselho de Guerra, proclamou a independência do prédio da embaixada em Tegucigalpa, transformou-o em sede da República Bolivariana de Honduras, decidiu que a caçula da ONU teria como presidente o companheiro Manuel Zelaya e ordenou a Gilberto Carvalho que enviasse um buquê de rosas à primeira-dama Xiomara.
Terminada a reunião histórica, Lula resolver contar o que fizera ao amigo hondurenho, pediu a Dilma Rousseff que emprestasse o celular e ligou para o casarão em Tegucigalpa. E então soube pelo senhor Catunda, antigo encarregado de negócios, que não havia mais hóspedes por lá. Zelaya tinha reconhecido o novo governo e, no meio da madrugada, abandonara a pensão. Sem pagar a conta.
por Augusto Nunes
Não Existe Aquecimento Global
Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos
Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O metereologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.
UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?
Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.
UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?
Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.
UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?
Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.
UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.
Molion: Depende de como se mede.
UOL: Mede-se errado hoje?
Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.
UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?
Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.
UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?
Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.
UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?
Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.
UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?
Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.
UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?
Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões? Não vai mudar absolutamente nada no clima.
UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?
Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.
UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?
Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.
UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?
Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.
UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?
Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.
UOL: Mas o mar não está avançando?
Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.
UOL: O senhor viu algum avanço com o Protocolo de Kyoto?
Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.
UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?
Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.
UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?
Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.
Por Carlos Madeiro
Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O metereologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.
UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?
Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.
UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?
Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.
UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?
Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.
UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.
Molion: Depende de como se mede.
UOL: Mede-se errado hoje?
Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.
UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?
Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.
UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?
Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.
UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?
Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.
UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?
Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.
UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?
Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões? Não vai mudar absolutamente nada no clima.
UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?
Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.
UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?
Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.
UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?
Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.
UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?
Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.
UOL: Mas o mar não está avançando?
Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.
UOL: O senhor viu algum avanço com o Protocolo de Kyoto?
Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.
UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?
Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.
UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?
Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.
Por Carlos Madeiro
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
O Que Me Incomoda
O que me incomoda nos esquerdistas é seu ódio disfarçado - embora, às vezes, nem tanto - à democracia, motivo pelo qual estão sempre tentando sabotá-la, por fora ou por dentro;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles esquecem que as pessoas são indivíduos, querendo submeter tudo e todos ao coletivismo tacanho do socialismo. Para eles, o individual precisa ter todos seus poderes "confiscados" em favor do coletivo, já que o individualismo exige responsabilidade moral e o coletivismo deseja eliminar a necessidade de responsabilidade moral;
O que me incomoda nos esquerdistas é o esforço para fazer tábula rasa do passado, destruindo a reputação de qualquer pessoa ou fato que não seja útil a seu projeto de dominação coletivista;
O que me incomoda nos esquerdistas é a sua admissão prática de que o crime compensa ou é aceitável desde que esteja de acordo com os fins que eles desejam: a instituição do comunismo escravista;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles estão sempre tentando criar uma atmosfera de crise e medo para justificar a opressão coletivista;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles sempre procuram criminalizar qualquer discurso que promova a moralidade ou o individualismo;
O que me incomoda nos esquerdistas é que o único método de debate que eles usam é insultar e desacreditar qualquer um que ouse não concordar com a ideologia deles;
O que me incomoda nos esquerdistas é que os ditos "programas sociais" que implementam enriquecem somente a eles e fazem pouco ou nada para ajudar os pobres;
O que me incomoda nos esquerdistas, a despeito de seus “universitários” e de seus "intelectuais", é a apologia permanente da ignorância, do obscurantismo militante, da barbárie das ruas;
O que me incomoda nos esquerdistas é que a política coletivista é a sua única moral: os esquerdistas não têm nenhum problema com a opressão ou violência na sua busca pelo coletivismo;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles têm uma enorme compaixão para com os criminosos, mas pouca ou nenhuma para com as vítimas;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles não conseguem conceber uma solução para um problema em que não se envolva o governo;
O que me incomoda nos esquerdistas é que seu propósito de mais presença estatal justifica quaisquer meios - incluindo mentiras, decepções, corrupção e violência;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles nunca estão satisfeitos com o poder que têm ganhado sobre as vidas das pessoas - eles precisam controlar cada pensamento e cada detalhe da atividade humana;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles são mais engajados do que os liberais e conservadores porque sua política é também sua religião - embora eles abominem qualquer religião ou religioso que eles não possam usar para seus fins coletivistas;
Por fim, o que me incomoda nos esquerdistas é que sua utopia é o retorno ao mundo centralizado do passado, onde todos iremos trabalhar num local e num horário determinado pelo Estado e moraremos onde este determinar, não tendo qualquer tipo de liberdade.
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles esquecem que as pessoas são indivíduos, querendo submeter tudo e todos ao coletivismo tacanho do socialismo. Para eles, o individual precisa ter todos seus poderes "confiscados" em favor do coletivo, já que o individualismo exige responsabilidade moral e o coletivismo deseja eliminar a necessidade de responsabilidade moral;
O que me incomoda nos esquerdistas é o esforço para fazer tábula rasa do passado, destruindo a reputação de qualquer pessoa ou fato que não seja útil a seu projeto de dominação coletivista;
O que me incomoda nos esquerdistas é a sua admissão prática de que o crime compensa ou é aceitável desde que esteja de acordo com os fins que eles desejam: a instituição do comunismo escravista;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles estão sempre tentando criar uma atmosfera de crise e medo para justificar a opressão coletivista;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles sempre procuram criminalizar qualquer discurso que promova a moralidade ou o individualismo;
O que me incomoda nos esquerdistas é que o único método de debate que eles usam é insultar e desacreditar qualquer um que ouse não concordar com a ideologia deles;
O que me incomoda nos esquerdistas é que os ditos "programas sociais" que implementam enriquecem somente a eles e fazem pouco ou nada para ajudar os pobres;
O que me incomoda nos esquerdistas, a despeito de seus “universitários” e de seus "intelectuais", é a apologia permanente da ignorância, do obscurantismo militante, da barbárie das ruas;
O que me incomoda nos esquerdistas é que a política coletivista é a sua única moral: os esquerdistas não têm nenhum problema com a opressão ou violência na sua busca pelo coletivismo;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles têm uma enorme compaixão para com os criminosos, mas pouca ou nenhuma para com as vítimas;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles não conseguem conceber uma solução para um problema em que não se envolva o governo;
O que me incomoda nos esquerdistas é que seu propósito de mais presença estatal justifica quaisquer meios - incluindo mentiras, decepções, corrupção e violência;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles nunca estão satisfeitos com o poder que têm ganhado sobre as vidas das pessoas - eles precisam controlar cada pensamento e cada detalhe da atividade humana;
O que me incomoda nos esquerdistas é que eles são mais engajados do que os liberais e conservadores porque sua política é também sua religião - embora eles abominem qualquer religião ou religioso que eles não possam usar para seus fins coletivistas;
Por fim, o que me incomoda nos esquerdistas é que sua utopia é o retorno ao mundo centralizado do passado, onde todos iremos trabalhar num local e num horário determinado pelo Estado e moraremos onde este determinar, não tendo qualquer tipo de liberdade.
Coisas de Estarrecer
“AS IMAGENS são estarrecedoras. Muito duras, muito claras”. São palavras da ministra Dilma Rousseff a respeito das gravações que flagraram o esquema de distribuição de propinas patrocinado pelo governo de José Roberto Arruda, do DEM, no Distrito Federal. A candidata petista à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse ainda favorável a leis mais duras e cobrou agilidade da Justiça quando há “inequivocamente provas de corrupção”.
Até aqui, seria difícil discordar. Abundam cenas estarrecedoras na política nacional, sem que a sociedade receba da Justiça respostas compatíveis à gravidade e à extensão dos escândalos que envolvem o patrimônio público.
Dilma, porém, que chegava a uma festa com mais de mil convidados organizada para celebrar os 30 anos do PT, aproveitou a ocasião para ressalvar que não há “provas contundentes” contra petistas que respondem a processo no escândalo do mensalão.
Não é de hoje que o alto comando do PT procura se aproveitar da popularidade de Lula para tentar reescrever a história, apagando crimes a seu favor. Retorna, agora, a fábula de que o mensalão petista, um esquema nacional de compra de apoio político capitaneado pela cúpula da legenda, não passou de recolhimento de “recursos não contabilizados” de campanha.
Ninguém com memória e informação cairia nessa esparrela. Vale recordar o que havia de “estarrecedor” no mensalão petista. A começar pelo uso indevido do dinheiro público.
O Banco Popular é só um - e bom - exemplo. Criado, no Banco do Brasil, para emprestar a pessoas de baixa renda, durante um ano e sete meses, sob a gestão de Ivan Guimarães, conseguiu a proeza de gastar mais em publicidade (R$ 24 milhões) do que em empréstimos (R$ 20 milhões). A empresa que se beneficiou da publicidade, sem que se tenha feito nenhuma licitação, foi a DNA de Marcos Valério.
Seria o caso de recordar ainda outros exemplos “de estarrecer” envolvendo este governo: a procissão de deputados, petistas e aliados, que se formou na boca do caixa do Banco Rural para receber quantias várias de mensalão; o jipe que uma empresa beneficiada por contrato milionário da Petrobras deu de presente a Silvio Pereira, ex-secretário-geral do partido; o dinheiro na cueca com que foi flagrado um assessor do irmão de José Genoino, então presidente do PT; a violação do sigilo do caseiro que denunciou atividades envolvendo Antonio Palocci -a lista de escândalos graves é longa.
Poderia ainda incluir o caso dos “aloprados”, quando, na campanha de 2006, um grupo de petistas foi flagrado com malas de dinheiro sujo, numa operação para atingir a campanha tucana.
Se a vida partidária se nivelou por baixo e os costumes políticos estão degradados, o governo Lula, por ação e conivência, é um dos grandes responsáveis. É bom ter isso em mente para que não se realize a profecia de Delúbio Soares, para quem o mensalão ainda iria virar “piada de salão”.
Editorial, na Folha de São Paulo
Até aqui, seria difícil discordar. Abundam cenas estarrecedoras na política nacional, sem que a sociedade receba da Justiça respostas compatíveis à gravidade e à extensão dos escândalos que envolvem o patrimônio público.
Dilma, porém, que chegava a uma festa com mais de mil convidados organizada para celebrar os 30 anos do PT, aproveitou a ocasião para ressalvar que não há “provas contundentes” contra petistas que respondem a processo no escândalo do mensalão.
Não é de hoje que o alto comando do PT procura se aproveitar da popularidade de Lula para tentar reescrever a história, apagando crimes a seu favor. Retorna, agora, a fábula de que o mensalão petista, um esquema nacional de compra de apoio político capitaneado pela cúpula da legenda, não passou de recolhimento de “recursos não contabilizados” de campanha.
Ninguém com memória e informação cairia nessa esparrela. Vale recordar o que havia de “estarrecedor” no mensalão petista. A começar pelo uso indevido do dinheiro público.
O Banco Popular é só um - e bom - exemplo. Criado, no Banco do Brasil, para emprestar a pessoas de baixa renda, durante um ano e sete meses, sob a gestão de Ivan Guimarães, conseguiu a proeza de gastar mais em publicidade (R$ 24 milhões) do que em empréstimos (R$ 20 milhões). A empresa que se beneficiou da publicidade, sem que se tenha feito nenhuma licitação, foi a DNA de Marcos Valério.
Seria o caso de recordar ainda outros exemplos “de estarrecer” envolvendo este governo: a procissão de deputados, petistas e aliados, que se formou na boca do caixa do Banco Rural para receber quantias várias de mensalão; o jipe que uma empresa beneficiada por contrato milionário da Petrobras deu de presente a Silvio Pereira, ex-secretário-geral do partido; o dinheiro na cueca com que foi flagrado um assessor do irmão de José Genoino, então presidente do PT; a violação do sigilo do caseiro que denunciou atividades envolvendo Antonio Palocci -a lista de escândalos graves é longa.
Poderia ainda incluir o caso dos “aloprados”, quando, na campanha de 2006, um grupo de petistas foi flagrado com malas de dinheiro sujo, numa operação para atingir a campanha tucana.
Se a vida partidária se nivelou por baixo e os costumes políticos estão degradados, o governo Lula, por ação e conivência, é um dos grandes responsáveis. É bom ter isso em mente para que não se realize a profecia de Delúbio Soares, para quem o mensalão ainda iria virar “piada de salão”.
Editorial, na Folha de São Paulo
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
A Grande Mentira do Aquecimento Global
Pois é... Dois hackers russos que conseguiram uma série de e-mails do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), órgão intergovernamental aberto para países membros, resposnável por fornecer informações científicas, técnicas e sócio-econômicas relevantes para o entendimento das mudanças climáticas. Tais e-mails, passados entre os cientistas deste órgão, PROVAM IRREFUTAVELMENTE QUE TODA ESTA BALBÚRDIA SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL É UMA GRANDE E VERGONHOSA MENTIRA!
Veja abaixo a reportagem que a Fox News fez sobre o caso. E atente, principalmente, para um deles, em que um dos cientistas diz, categoricamente: "Oh! Vejo o desastre que vai acontecer com o capitalismo e a bolsa de valores..."
Pois é... Eu já vinha discutindo isso com alguns amigos: nada disso era verdade, consenso entre os cientistas, mas, sim, uma forma política esquerdista de tentar destruir o capitalismo para implantar um governo comunista mundial, sobre o olhar atento do "grande irmão", que está sentado em muitas cadeiras da ONU.
Agora, a Verdade vem à tona. E minhas suposições se tornaram corretas. Veja o vídeo. Não há como ter outra conclusão - ao menos aqueles que são DIREITOS e pensam, não esquerdistas doutrinados pelo partido.
A Idade do Cinismo
Muito já se falou sobre a idade da razão. Conforme opiniões ela pode chegar aos sete, aos 18, aos 21 anos. Talvez, nunca chegue plenamente, já que o ser humano não é feito só de razão, mas também de emoção. Nunca ouvi falar, porém, na idade do cinismo. No entanto, ao ver o presidente da República soprando alegremente as velinhas de seus 64 anos tentei imaginar em que época de sua vida ele atingiu a idade do cinismo.
Lula da Silva era um animador de greves. Desse trampolim pulou para a política, o palco mais visível do cinismo humano, mas, claro, não o único. Hoje o endeusado Lula, se comparado com suas pregações anteriores, se tornou irreconhecível.
Alguns disseram que Lula, um dos artífices do impeachment de Fernando Collor para se vingar da peça que este lhe pregou ao levar na TV Globo, na sua primeira campanha, a mãe de Lurian, é hoje “amicíssimo” do senador, assim como de José Sarney, de Renan Calheiros, de Paulo Maluf, de tantos outros que outrora o ex-partido da ética abominava. Mas o presidente justifica qualquer amoralismo falando em nome de Cristo, pois afirmou que no Brasil Jesus se aliaria a Judas. O gracejo desrespeitoso deve ter lhe rendido muitas palmas e risos cínicos de seus correligionários e bajuladores.
Lula também apela para o célebre “o que tem demais se todo mundo faz”. Isso foi dito em uma entrevista em Paris quando perguntado sobre o caixa dois de seu partido. Já o prestativo Delúbio Soares rebatizou cinicamente a prática de “recursos não contabilizados”.
Altas doses de cinismo presidencial também vêm a público quando ele diz que não vê nada, não sabe nada sobre as “travessuras” de seus companheiros “aloprados”. No “mensalão” ou compra da base aliada foi assim e assim tem sido quando convém. E sua candidata Dilma deve ter chegado à idade do cinismo, pois repete exemplarmente as lições do chefe. Ela nega o “mensalão”, o encontro com Lina Vieira, o dossiê sobre o casal FHC, etc. Por isso dizem que, se Dilma ganhar teremos o terceiro mandato de Lula da Silva, pois é impressionante o mimetismo dos dois. Alegremente eles seguem em acelerada campanha dizendo que não é campanha.
Os extremados e ardorosos petistas dirão que não citei outros políticos. Arrolar todos aqui seria impossível, precisaria escrever um “Tratado sobre o Cinismo” que englobasse a postura de muitos governadores, deputados federais e estaduais, senadores, membros do Judiciário e demais instituições, políticos nacionais e estrangeiros, figuras eminentes do mundo dos negócios, gente não comum e comum.
Porém, se os grandes cínicos da política fazem tanto sucesso, sendo eleitos e reeleitos, é de se perguntar se a sociedade brasileira já nasceu cínica ou se em algum nebuloso momento atingiu a idade do cinismo. Em todo caso, diante da exacerbação da violência no Rio de Janeiro resta a triste constatação de que padecemos de um cinismo brutal que agrega incompetência galopante, indiferença à dor alheia, banalização da morte, vulgarização da vida, irrelevância da ordem, aceitação do tráfico de drogas, tanto da parte das autoridades quanto dos próprios cariocas e dos brasileiros em geral.
O prefeito Eduardo Paes, ex-ardoroso tucano e hoje conveniente peemedebista, afirmou de volta da Europa, na Folha de S. Paulo de 25/12/09, que: “2014 e 2016 é fácil de resolver; enche de polícia na rua e fica tudo certo”. Para não ficar o dito muito cínico o prefeito carioca acrescentou: “Estou preocupado é com a população que vive agora este dia a dia”. Será que alguém está mesmo preocupado?
Ricardo Noblat mostrou no seu site dados interessantes que vale a pena repetir:
1 - O número de favelas no Rio cresceu de 750, em 2004, para 1.020 neste ano. Cerca de 500 são controladas pelo tráfico. A venda de cocaína rende algo como R$ 300 milhões por ano aos bandidos.
2 – Compete a Polícia Federal combater o tráfico. Quantas vezes este ano ela foi vista escalando morros?
3 – Compete ao governo federal vigiar as fronteiras do país. É ridículo o número de militares ocupados com a tarefa. Faltam equipamentos e gente para fiscalizar o desembarque de cargas nos portos.
4 – Até agosto, para modernizar sua polícia, o Rio só havia recebido R$ 12 milhões dos quase R$ 100 milhões prometidos pelo governo federal.
5 – Em três anos de governo Sérgio Cabral, o total de investimentos em segurança está orçado em R$ 804.818,00. De fato não mais do que 40% desse dinheiro já foram aplicados.
No dia 21 de Novembro, uma foto macabra estampada em jornais simbolizava a barbárie do tráfico de drogas. Num carrinho de supermercado atirado na calçada jazia o corpo de um homem com marcas de tiros, de tortura, sem um dos olhos. Uma aglomeração composta na maioria por jovens olhava com curiosidade para o que restara do trucidado. Alguns exibiam sorrisos de cínica indiferença. Deviam estar mentalmente culpando a polícia. Sempre se culpa a polícia. Mas, se na polícia como em qualquer instituição há corrupção, existem também policiais dignos, capazes de gestos heróicos.
Deixo, então, aqui uma homenagem aos três policiais que morreram no helicóptero atingido por bandidos, e aos seus colegas de farda que também perderam a vida na guerra do tráfico cinicamente ignorada pelas autoridades.
por Maria Lúcia V. Barbosa
Lula da Silva era um animador de greves. Desse trampolim pulou para a política, o palco mais visível do cinismo humano, mas, claro, não o único. Hoje o endeusado Lula, se comparado com suas pregações anteriores, se tornou irreconhecível.
Alguns disseram que Lula, um dos artífices do impeachment de Fernando Collor para se vingar da peça que este lhe pregou ao levar na TV Globo, na sua primeira campanha, a mãe de Lurian, é hoje “amicíssimo” do senador, assim como de José Sarney, de Renan Calheiros, de Paulo Maluf, de tantos outros que outrora o ex-partido da ética abominava. Mas o presidente justifica qualquer amoralismo falando em nome de Cristo, pois afirmou que no Brasil Jesus se aliaria a Judas. O gracejo desrespeitoso deve ter lhe rendido muitas palmas e risos cínicos de seus correligionários e bajuladores.
Lula também apela para o célebre “o que tem demais se todo mundo faz”. Isso foi dito em uma entrevista em Paris quando perguntado sobre o caixa dois de seu partido. Já o prestativo Delúbio Soares rebatizou cinicamente a prática de “recursos não contabilizados”.
Altas doses de cinismo presidencial também vêm a público quando ele diz que não vê nada, não sabe nada sobre as “travessuras” de seus companheiros “aloprados”. No “mensalão” ou compra da base aliada foi assim e assim tem sido quando convém. E sua candidata Dilma deve ter chegado à idade do cinismo, pois repete exemplarmente as lições do chefe. Ela nega o “mensalão”, o encontro com Lina Vieira, o dossiê sobre o casal FHC, etc. Por isso dizem que, se Dilma ganhar teremos o terceiro mandato de Lula da Silva, pois é impressionante o mimetismo dos dois. Alegremente eles seguem em acelerada campanha dizendo que não é campanha.
Os extremados e ardorosos petistas dirão que não citei outros políticos. Arrolar todos aqui seria impossível, precisaria escrever um “Tratado sobre o Cinismo” que englobasse a postura de muitos governadores, deputados federais e estaduais, senadores, membros do Judiciário e demais instituições, políticos nacionais e estrangeiros, figuras eminentes do mundo dos negócios, gente não comum e comum.
Porém, se os grandes cínicos da política fazem tanto sucesso, sendo eleitos e reeleitos, é de se perguntar se a sociedade brasileira já nasceu cínica ou se em algum nebuloso momento atingiu a idade do cinismo. Em todo caso, diante da exacerbação da violência no Rio de Janeiro resta a triste constatação de que padecemos de um cinismo brutal que agrega incompetência galopante, indiferença à dor alheia, banalização da morte, vulgarização da vida, irrelevância da ordem, aceitação do tráfico de drogas, tanto da parte das autoridades quanto dos próprios cariocas e dos brasileiros em geral.
O prefeito Eduardo Paes, ex-ardoroso tucano e hoje conveniente peemedebista, afirmou de volta da Europa, na Folha de S. Paulo de 25/12/09, que: “2014 e 2016 é fácil de resolver; enche de polícia na rua e fica tudo certo”. Para não ficar o dito muito cínico o prefeito carioca acrescentou: “Estou preocupado é com a população que vive agora este dia a dia”. Será que alguém está mesmo preocupado?
Ricardo Noblat mostrou no seu site dados interessantes que vale a pena repetir:
1 - O número de favelas no Rio cresceu de 750, em 2004, para 1.020 neste ano. Cerca de 500 são controladas pelo tráfico. A venda de cocaína rende algo como R$ 300 milhões por ano aos bandidos.
2 – Compete a Polícia Federal combater o tráfico. Quantas vezes este ano ela foi vista escalando morros?
3 – Compete ao governo federal vigiar as fronteiras do país. É ridículo o número de militares ocupados com a tarefa. Faltam equipamentos e gente para fiscalizar o desembarque de cargas nos portos.
4 – Até agosto, para modernizar sua polícia, o Rio só havia recebido R$ 12 milhões dos quase R$ 100 milhões prometidos pelo governo federal.
5 – Em três anos de governo Sérgio Cabral, o total de investimentos em segurança está orçado em R$ 804.818,00. De fato não mais do que 40% desse dinheiro já foram aplicados.
No dia 21 de Novembro, uma foto macabra estampada em jornais simbolizava a barbárie do tráfico de drogas. Num carrinho de supermercado atirado na calçada jazia o corpo de um homem com marcas de tiros, de tortura, sem um dos olhos. Uma aglomeração composta na maioria por jovens olhava com curiosidade para o que restara do trucidado. Alguns exibiam sorrisos de cínica indiferença. Deviam estar mentalmente culpando a polícia. Sempre se culpa a polícia. Mas, se na polícia como em qualquer instituição há corrupção, existem também policiais dignos, capazes de gestos heróicos.
Deixo, então, aqui uma homenagem aos três policiais que morreram no helicóptero atingido por bandidos, e aos seus colegas de farda que também perderam a vida na guerra do tráfico cinicamente ignorada pelas autoridades.
por Maria Lúcia V. Barbosa
As Vítimas Esquecidas
No dia 19 de março de 1968, o estudante Orlando Lovecchio Filho estava passando em frente à biblioteca do consulado dos EUA em São Paulo, na Avenida Paulista, quando percebeu um pacote estranho. Ao aproximar-se do objeto, foi atingido por uma forte explosão. Levado ao hospital, teve a perna esquerda, dilacerada pelo choque e pelos fragmentos, amputada. Era o fim do sonho de Lovecchio, 22 anos, de tornar-se piloto de avião.
O pacote que mutilou Lovecchio era uma bomba. Quem a colocou foram militantes de uma organização clandestina de esquerda, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), que pretendia assim "protestar" contra o "imperialismo ianque". Um dos que colocaram a bomba, Diógenes Carvalho de Oliveira, o "Diógenes do PT", foi recompensado com uma polpuda indenização do governo federal, como ex-preso político (há alguns anos, ele foi apanhado em flagrante tentando proteger bicheiros no Rio Grande do Sul, onde era secretário do governo). Quanto a Lovecchio, até hoje tem que conviver com as seqüelas do atentado que o incapacitou para o resto da vida, e é obrigado a sobreviver com uma magra pensão de R$ 500 mensais. Para cúmulo da desgraça, ele chegou a ser interrogado como suspeito da explosão que o vitimou, há mais de quarenta anos: somente em 1992, um dos participantes, o artista plástico Sergio Ferro, admitiu a autoria do atentado.
A história de Orlando Lovecchio é o tema do documentário "Reparação". Filmado em alta definição, sem nenhum apoio oficial (o que é raro, e, dado o tema, não é de se estranhar), o filme parte do caso de Lovecchio para fazer algo jamais visto, até agora, na cinematografia brasileira, em especial na produção cinematográfica sobre os "anos de chumbo" do regime militar: um debate sobre a violência e o terrorismo das organizações armadas de esquerda que, nos anos 60 e 70, praticaram dezenas de atentados, ataques à bomba e assassinatos em nome da "resistência contra a ditadura".
Com depoimentos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do historiador Marco Antonio Villa e do geógrafo e cientista político Demétrio Magnoli, além do próprio Lovecchio, o documentário vai direto na jugular, ajudando a demolir velhos mitos e falácias que persistem até hoje sobre o período. Em primeiro lugar, os "guerrilheiros" que pegaram em armas contra o regime de 64 eram, sim, terroristas, viam na violência e no terrorismo o caminho para uma revolução socialista no Brasil, e não somente para "resistir à ditadura". Mais: não lutavam pela democracia, como se tornou usual afirmar, mas por uma forma de ditadura revolucionária, inspirada em regimes totalitários como o de Cuba e o da Coréia da Norte (dos quais, aliás, recebiam apoio material e treinamento). Antes mesmo de 1964, como mostram a historiadora Denise Rollemberg e o jornalista Elio Gaspari, já havia luta armada no Brasil - o que prova que a esquerda era, ela também, golpista, como afirma Marco Antonio Villa. Enfim, uma visão completamente diferente e oposta à romântica (e inteiramente falsa) versão oficial da esquerda como defensora da democracia e dos guerrilheiros como lutadores da liberdade.
Mas o mais importante no filme está na maneira como resgata um dos aspectos menos conhecidos dos "anos de chumbo", coberto até hoje com uma cortina de silêncio. Diga as palavras "ditadura" e "vítimas" e o que lhe virá à cabeça? A associação automática será, provavelmente, com heróicos guerrilheiros, em sua maioria muito jovens (o que lhes dá um ar de pureza angelical), imolados em tiroteios ou assassinados sob tortura pelos "agentes da repressão". No máximo, se alguém lembrar que houve mortos e feridos também do outro lado, você pinçará o nome deste ou daquele militar ou empresário "justiçado" por um comando guerrilheiro por participar ou dar apoio à repressão. Nunca, jamais, as pessoas inocentes que foram vitimas das balas ou bombas da esquerda radical.
Pois é esse tabu que o documentário vem quebrar. Ao centralizar a atenção no caso de Orlando Lovecchio Filho, o filme crava o último prego no caixão da mitologia esquerdista sobre o período e mostra que, muito mais do que os "agentes da repressão", as maiores vítimas da luta armada de esquerda foram cidadãos comuns, simples transeuntes alheios à política, que tiveram a má sorte de estar no lugar errado, na hora errada. Pessoas como Lovecchio, que casualmente se encontrava no consulado norte-americano quando teve a perna arrancada por uma bomba assassina, ou que estavam em uma fila de banco quando se viram no meio do fogo cruzado entre agentes de segurança e os "guerrilheiros" que praticavam uma "expropriação revolucionária".
Para essas pessoas, vítimas inocentes de uma guerra suja, não houve até hoje qualquer homenagem. Nenhuma delas virou estátua, como a que se pretende erguer no sertão da Bahia para Carlos Lamarca, ou de rua, como Carlos Mariguella, cujo nome se pretende dar a uma praça no Rio de Janeiro, e que Frei Betto quer que vire nome do aeroporto de Salvador. Anônimas, sem rosto e, principalmente, sem o glamour da militância revolucionária, as vítimas da violência terrorista de esquerda não mereceram ainda sequer o reconhecimento oficial, ou um singelo pedido de desculpas. Muito menos indenizações milionárias, como as que a secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, não por acaso comandada por um ex-guerrilheiro da Ação Libertadora Nacional (ALN), Paulo Vanucchi, distribui fartamente para todos aqueles que aleguem ter passado algumas horas no DOPS. Inútil também procurar o nome de alguma dessas pessoas em algum livro sobre os mortos e desaparecidos políticos no Brasil desde 1964.
O que explica tamanha duplicidade de discurso, tão clara adoção de pesos e medidas diferentes para os mortos e feridos de cada lado, e até para os que não estavam em lado algum, durante o passado brasileiro recente? A resposta é simples: para a esquerda, hoje no poder no Brasil, os mortos só valem se fizerem parte de sua grei. Isso significa que um "guerrilheiro" morto em combate contra policiais vale muito mais do que suas vítimas, inocentes ou não. Um militar, por exemplo, mesmo um que não tivesse qualquer relação com o aparato repressivo, é, nessa visão, um alvo perfeitamente legítimo, ainda que "simbólico" - os "guerrilheiros" chegaram a metralhar um marinheiro inglês no Rio de Janeiro, em 1972, em "protesto" pela repressão britânica na Irlanda do Norte... Quanto aos civis, os pacatos cidadãos atingidos por bombas ou projéteis, esses seriam, de acordo com a esquerda, "danos colaterais" da luta pela revolução e pelo socialismo. Em outras palavras: apenas os que tombaram na luta merecem reverência e reparação estatal, inclusive monetária: todos os demais, ou eram malditos inimigos que mereciam morrer como cães ou pereceram porque estavam do lado errado. De qualquer maneira, de acordo com essa visão, somente os cadáveres de esquerda merecem homenagem: o fato de terem sido caçados pela repressão e muitos terem sofrido torturas funciona como um álibi para o terrorismo.
O documentário surge no momento certo, quando membros do governo Lula - ele mesmo, beneficiado como ex-preso político -, pretendem revisar a Lei de Anistia, a fim de punir somente um lado do conflito ideológico dos anos 60/70 - o lado dos militares, claro. Desnecessário lembrar, mas nenhum nome de vítima da luta armada de esquerda foi lembrado pelos que querem rever a Lei, como o ministro da Justiça, Tarso Genro, que no entanto se mostra muito preocupado com os "direitos humanos" do terrorista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos. Nomes como o de Orlando Lovecchio Filho, ou do jornalista Edson Régis e do almirante Nelson Fernandes, mortos em atentado à bomba no aeroporto dos Guararapes, em Recife (PE), em 1966 - dois anos antes do AI-5 -, entre tantos outros, não são mencionados. Nem mesmo de militantes da própria esquerda, assassinados pelos próprios companheiros de organização, em pleno auge da repressão política, como Márcio Leite de Toledo, fuzilado no centro de São Paulo em 1971 por discordar dos rumos da organização a que pertencia, a ALN - o que mostra que, mesmo cercados e perseguidos pela polícia, os terroristas brasileiros ainda encontravam tempo para matar-se uns aos outros.
Todos esses fatos são conhecidos. Basta pesquisar, e o interessado irá encontrar dezenas de casos semelhantes, alguns realmente estapafúrdios - segundo relato do jornalista Hugo Studart, um guerrilheiro do PC do B no Araguaia foi "justiçado" por seus companheiros pelo "crime" de ter um caso amoroso com uma militante casada... No entanto, até agora, jamais tinham vindo à luz do grande público, nem muito menos haviam ganho as telas do cinema, pelo menos como fato principal. Até agora.
Como mostra o documentário "Reparação", os dias da hegemonia esquerdista na cinematografia brasileira sobre o período militar estão contados. As vítimas desconhecidas dos "anos de chumbo", finalmente, estão sendo resgatadas do limbo a que foram relegadas por décadas de propaganda ideológica marxista. Falta ainda receberem o mesmo tratamento dos heróis da esquerda. Se depender de gente como Paulo Vanucchi e Tarso Genro, porém, isso não vai acontecer tão cedo.
por Gustavo Bezerra, do Blog do Contra
O pacote que mutilou Lovecchio era uma bomba. Quem a colocou foram militantes de uma organização clandestina de esquerda, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), que pretendia assim "protestar" contra o "imperialismo ianque". Um dos que colocaram a bomba, Diógenes Carvalho de Oliveira, o "Diógenes do PT", foi recompensado com uma polpuda indenização do governo federal, como ex-preso político (há alguns anos, ele foi apanhado em flagrante tentando proteger bicheiros no Rio Grande do Sul, onde era secretário do governo). Quanto a Lovecchio, até hoje tem que conviver com as seqüelas do atentado que o incapacitou para o resto da vida, e é obrigado a sobreviver com uma magra pensão de R$ 500 mensais. Para cúmulo da desgraça, ele chegou a ser interrogado como suspeito da explosão que o vitimou, há mais de quarenta anos: somente em 1992, um dos participantes, o artista plástico Sergio Ferro, admitiu a autoria do atentado.
A história de Orlando Lovecchio é o tema do documentário "Reparação". Filmado em alta definição, sem nenhum apoio oficial (o que é raro, e, dado o tema, não é de se estranhar), o filme parte do caso de Lovecchio para fazer algo jamais visto, até agora, na cinematografia brasileira, em especial na produção cinematográfica sobre os "anos de chumbo" do regime militar: um debate sobre a violência e o terrorismo das organizações armadas de esquerda que, nos anos 60 e 70, praticaram dezenas de atentados, ataques à bomba e assassinatos em nome da "resistência contra a ditadura".
Com depoimentos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do historiador Marco Antonio Villa e do geógrafo e cientista político Demétrio Magnoli, além do próprio Lovecchio, o documentário vai direto na jugular, ajudando a demolir velhos mitos e falácias que persistem até hoje sobre o período. Em primeiro lugar, os "guerrilheiros" que pegaram em armas contra o regime de 64 eram, sim, terroristas, viam na violência e no terrorismo o caminho para uma revolução socialista no Brasil, e não somente para "resistir à ditadura". Mais: não lutavam pela democracia, como se tornou usual afirmar, mas por uma forma de ditadura revolucionária, inspirada em regimes totalitários como o de Cuba e o da Coréia da Norte (dos quais, aliás, recebiam apoio material e treinamento). Antes mesmo de 1964, como mostram a historiadora Denise Rollemberg e o jornalista Elio Gaspari, já havia luta armada no Brasil - o que prova que a esquerda era, ela também, golpista, como afirma Marco Antonio Villa. Enfim, uma visão completamente diferente e oposta à romântica (e inteiramente falsa) versão oficial da esquerda como defensora da democracia e dos guerrilheiros como lutadores da liberdade.
Mas o mais importante no filme está na maneira como resgata um dos aspectos menos conhecidos dos "anos de chumbo", coberto até hoje com uma cortina de silêncio. Diga as palavras "ditadura" e "vítimas" e o que lhe virá à cabeça? A associação automática será, provavelmente, com heróicos guerrilheiros, em sua maioria muito jovens (o que lhes dá um ar de pureza angelical), imolados em tiroteios ou assassinados sob tortura pelos "agentes da repressão". No máximo, se alguém lembrar que houve mortos e feridos também do outro lado, você pinçará o nome deste ou daquele militar ou empresário "justiçado" por um comando guerrilheiro por participar ou dar apoio à repressão. Nunca, jamais, as pessoas inocentes que foram vitimas das balas ou bombas da esquerda radical.
Pois é esse tabu que o documentário vem quebrar. Ao centralizar a atenção no caso de Orlando Lovecchio Filho, o filme crava o último prego no caixão da mitologia esquerdista sobre o período e mostra que, muito mais do que os "agentes da repressão", as maiores vítimas da luta armada de esquerda foram cidadãos comuns, simples transeuntes alheios à política, que tiveram a má sorte de estar no lugar errado, na hora errada. Pessoas como Lovecchio, que casualmente se encontrava no consulado norte-americano quando teve a perna arrancada por uma bomba assassina, ou que estavam em uma fila de banco quando se viram no meio do fogo cruzado entre agentes de segurança e os "guerrilheiros" que praticavam uma "expropriação revolucionária".
Para essas pessoas, vítimas inocentes de uma guerra suja, não houve até hoje qualquer homenagem. Nenhuma delas virou estátua, como a que se pretende erguer no sertão da Bahia para Carlos Lamarca, ou de rua, como Carlos Mariguella, cujo nome se pretende dar a uma praça no Rio de Janeiro, e que Frei Betto quer que vire nome do aeroporto de Salvador. Anônimas, sem rosto e, principalmente, sem o glamour da militância revolucionária, as vítimas da violência terrorista de esquerda não mereceram ainda sequer o reconhecimento oficial, ou um singelo pedido de desculpas. Muito menos indenizações milionárias, como as que a secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, não por acaso comandada por um ex-guerrilheiro da Ação Libertadora Nacional (ALN), Paulo Vanucchi, distribui fartamente para todos aqueles que aleguem ter passado algumas horas no DOPS. Inútil também procurar o nome de alguma dessas pessoas em algum livro sobre os mortos e desaparecidos políticos no Brasil desde 1964.
O que explica tamanha duplicidade de discurso, tão clara adoção de pesos e medidas diferentes para os mortos e feridos de cada lado, e até para os que não estavam em lado algum, durante o passado brasileiro recente? A resposta é simples: para a esquerda, hoje no poder no Brasil, os mortos só valem se fizerem parte de sua grei. Isso significa que um "guerrilheiro" morto em combate contra policiais vale muito mais do que suas vítimas, inocentes ou não. Um militar, por exemplo, mesmo um que não tivesse qualquer relação com o aparato repressivo, é, nessa visão, um alvo perfeitamente legítimo, ainda que "simbólico" - os "guerrilheiros" chegaram a metralhar um marinheiro inglês no Rio de Janeiro, em 1972, em "protesto" pela repressão britânica na Irlanda do Norte... Quanto aos civis, os pacatos cidadãos atingidos por bombas ou projéteis, esses seriam, de acordo com a esquerda, "danos colaterais" da luta pela revolução e pelo socialismo. Em outras palavras: apenas os que tombaram na luta merecem reverência e reparação estatal, inclusive monetária: todos os demais, ou eram malditos inimigos que mereciam morrer como cães ou pereceram porque estavam do lado errado. De qualquer maneira, de acordo com essa visão, somente os cadáveres de esquerda merecem homenagem: o fato de terem sido caçados pela repressão e muitos terem sofrido torturas funciona como um álibi para o terrorismo.
O documentário surge no momento certo, quando membros do governo Lula - ele mesmo, beneficiado como ex-preso político -, pretendem revisar a Lei de Anistia, a fim de punir somente um lado do conflito ideológico dos anos 60/70 - o lado dos militares, claro. Desnecessário lembrar, mas nenhum nome de vítima da luta armada de esquerda foi lembrado pelos que querem rever a Lei, como o ministro da Justiça, Tarso Genro, que no entanto se mostra muito preocupado com os "direitos humanos" do terrorista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos. Nomes como o de Orlando Lovecchio Filho, ou do jornalista Edson Régis e do almirante Nelson Fernandes, mortos em atentado à bomba no aeroporto dos Guararapes, em Recife (PE), em 1966 - dois anos antes do AI-5 -, entre tantos outros, não são mencionados. Nem mesmo de militantes da própria esquerda, assassinados pelos próprios companheiros de organização, em pleno auge da repressão política, como Márcio Leite de Toledo, fuzilado no centro de São Paulo em 1971 por discordar dos rumos da organização a que pertencia, a ALN - o que mostra que, mesmo cercados e perseguidos pela polícia, os terroristas brasileiros ainda encontravam tempo para matar-se uns aos outros.
Todos esses fatos são conhecidos. Basta pesquisar, e o interessado irá encontrar dezenas de casos semelhantes, alguns realmente estapafúrdios - segundo relato do jornalista Hugo Studart, um guerrilheiro do PC do B no Araguaia foi "justiçado" por seus companheiros pelo "crime" de ter um caso amoroso com uma militante casada... No entanto, até agora, jamais tinham vindo à luz do grande público, nem muito menos haviam ganho as telas do cinema, pelo menos como fato principal. Até agora.
Como mostra o documentário "Reparação", os dias da hegemonia esquerdista na cinematografia brasileira sobre o período militar estão contados. As vítimas desconhecidas dos "anos de chumbo", finalmente, estão sendo resgatadas do limbo a que foram relegadas por décadas de propaganda ideológica marxista. Falta ainda receberem o mesmo tratamento dos heróis da esquerda. Se depender de gente como Paulo Vanucchi e Tarso Genro, porém, isso não vai acontecer tão cedo.
por Gustavo Bezerra, do Blog do Contra
Arrogância e Falta de Medida
TIVE UM choque ao ouvir de ex-colega da ONU que o Brasil começa a parecer arrogante no exterior. “Vocês não eram assim; agora se comportam às vezes com a petulância de novos-ricos!” Minha primeira reação foi descartar a observação como fruto de algum episódio isolado. E se for verdade, pensei depois? Meu amigo é dos mais argutos analistas internacionais e seus exemplos me abalaram a tranquilidade.
Na raiz dessa percepção, está a irritação crescente com o protagonismo excessivo do nosso presidente, a frenética e incessante busca dos holofotes, a tendência de meter-se em tudo, com boas razões ou sem nenhuma. Acaba por irritar outros presidentes, que se cansam de servir de figurantes ao brilho de nossa liderança. Chega a hora em que os demais não aparecem para a festa, como sucedeu na recente reunião de presidentes amazônicos em Manaus. Veja-se o contraste com a sobriedade e o realismo da China. Na recente visita de Barack Obama, o primeiro-ministro Wen Jiabao lhe disse, segundo a agência oficial, que “a China discorda da ideia de um G2, pois ainda é um país em desenvolvimento e precisa manter a mente sóbria”. Lamenta, mas não pode ajudar a resolver os problemas do Oriente Médio, do Afeganistão ou de outros lugares porque está muito ocupada em solucionar os próprios.
Imagine como teríamos reagido se a oferta do G2 tivesse sido feita a nós? O pragmatismo dos chineses significa que eles reservam os meios que possuem (bem superiores aos nossos) para o essencial: o comércio, a tecnologia, as ameaças do entorno asiático onde podem ser decisivos. A diferença em relação à política externa do Brasil revela muito sobre eles e sobre nós.
Queremos ser mediadores no Oriente Médio e em Honduras, onde nossa influência é quase zero, enquanto a Unasul, que fundamos, completa um ano sem conseguir eleger o secretário-geral (Néstor Kirchner é vetado pelo Uruguai) nem encaminhar os conflitos que se multiplicam entre os membros. O erro não é querer ter um papel útil, mas fazê-lo de modo desastrado, sem medida nem coerência. A mesma diplomacia que não suja as mãos em contatos com o governo de fato hondurenho abraça o sinistro presidente iraniano, indiferente à negação do Holocausto, à fraude eleitoral, às torturas e condenações à morte de opositores.
Nosso “timing” não é melhor do que nossa consistência. Recebemos Mahmoud Ahmadinejad na véspera de sua condenação pela Agência Internacional de Energia Atômica com os votos da China e da Rússia. Provavelmente amaciado pelos bons conselhos do Brasil, ele anunciou que vai construir mais dez usinas de urânio. Somos candidatos a posto permanente no Conselho de Segurança, mas assinamos oito acordos com país que está sob sanções do Conselho!
Não nos faria mal escolher com mais cuidado os amigos e as causas que patrocinamos. Tampouco perderíamos se deixássemos algum espaço para os que já nos olham com receio devido a nosso tamanho incômodo e potencial futuro. Ao conseguir convencer o secretário de Estado dos Estados Unidos a vir ao Rio de Janeiro para a conferência interamericana de 1906, Rio Branco insistiu para que visitasse também Montevidéu, Buenos Aires e Santiago, “a fim de dissipar ciúmes e prevenções, afagando o amor próprio” dos hispano-americanos. Ele sabia que “a inveja é a sombra da glória”, verdade que parece termos esquecido.
por Rubens Ricupero, 72, diretor da Faculdade de Economia da FAAP e do Instituto Fernand Braudel de São Paulo, ex-secretário-geral da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) e ex-ministro da Fazenda no governo Itamar Franco.
Na raiz dessa percepção, está a irritação crescente com o protagonismo excessivo do nosso presidente, a frenética e incessante busca dos holofotes, a tendência de meter-se em tudo, com boas razões ou sem nenhuma. Acaba por irritar outros presidentes, que se cansam de servir de figurantes ao brilho de nossa liderança. Chega a hora em que os demais não aparecem para a festa, como sucedeu na recente reunião de presidentes amazônicos em Manaus. Veja-se o contraste com a sobriedade e o realismo da China. Na recente visita de Barack Obama, o primeiro-ministro Wen Jiabao lhe disse, segundo a agência oficial, que “a China discorda da ideia de um G2, pois ainda é um país em desenvolvimento e precisa manter a mente sóbria”. Lamenta, mas não pode ajudar a resolver os problemas do Oriente Médio, do Afeganistão ou de outros lugares porque está muito ocupada em solucionar os próprios.
Imagine como teríamos reagido se a oferta do G2 tivesse sido feita a nós? O pragmatismo dos chineses significa que eles reservam os meios que possuem (bem superiores aos nossos) para o essencial: o comércio, a tecnologia, as ameaças do entorno asiático onde podem ser decisivos. A diferença em relação à política externa do Brasil revela muito sobre eles e sobre nós.
Queremos ser mediadores no Oriente Médio e em Honduras, onde nossa influência é quase zero, enquanto a Unasul, que fundamos, completa um ano sem conseguir eleger o secretário-geral (Néstor Kirchner é vetado pelo Uruguai) nem encaminhar os conflitos que se multiplicam entre os membros. O erro não é querer ter um papel útil, mas fazê-lo de modo desastrado, sem medida nem coerência. A mesma diplomacia que não suja as mãos em contatos com o governo de fato hondurenho abraça o sinistro presidente iraniano, indiferente à negação do Holocausto, à fraude eleitoral, às torturas e condenações à morte de opositores.
Nosso “timing” não é melhor do que nossa consistência. Recebemos Mahmoud Ahmadinejad na véspera de sua condenação pela Agência Internacional de Energia Atômica com os votos da China e da Rússia. Provavelmente amaciado pelos bons conselhos do Brasil, ele anunciou que vai construir mais dez usinas de urânio. Somos candidatos a posto permanente no Conselho de Segurança, mas assinamos oito acordos com país que está sob sanções do Conselho!
Não nos faria mal escolher com mais cuidado os amigos e as causas que patrocinamos. Tampouco perderíamos se deixássemos algum espaço para os que já nos olham com receio devido a nosso tamanho incômodo e potencial futuro. Ao conseguir convencer o secretário de Estado dos Estados Unidos a vir ao Rio de Janeiro para a conferência interamericana de 1906, Rio Branco insistiu para que visitasse também Montevidéu, Buenos Aires e Santiago, “a fim de dissipar ciúmes e prevenções, afagando o amor próprio” dos hispano-americanos. Ele sabia que “a inveja é a sombra da glória”, verdade que parece termos esquecido.
por Rubens Ricupero, 72, diretor da Faculdade de Economia da FAAP e do Instituto Fernand Braudel de São Paulo, ex-secretário-geral da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) e ex-ministro da Fazenda no governo Itamar Franco.
O PT "Socialista" e a Sempre Mentirosa Esquerda
Quem já viu a propaganda eleitoral que o PT vem veiculando nas TVs, com a camarada Estela e o presiMente Lulovski Apedeutovich e conhece bem os métodos esquerdistas, sabe bem do que estou falando.
Diz lá a Sinistra da Casa Civil - muito provavelmente com texto de seu camarada de armas, Ministro da Propaganda Enganosa, o sequestrador Franklin Martins - que o governo Lula foi o primeiro que conciliou crescimento com distribuição de renda.
MENTIRA!, como sempre! Para quem já leu várias publicações externas, com as entrevistas dos membros dessa malta governamental abarrotada de esquerdistas chulé pertencentes ao PT, PC do B e outros partidecos comunistas - a maioria se dizendo democratas, o que é outra mentira, pois socialismo/comunismo não condiz com a democracia, só com a tirania, o totalitarismo -, sabe que lá, diferentemente de cá, eles costumam afirmar a Verdade: uma das principais conquistas do Plano Real foi justamente a distribuição de renda e a saída de milhões de pessoas da linha da pobreza, obra continuada neste (des)governo. Lá, diferentemente de cá, Lula já afirmou que se tivessem feito o tipo de governo que queria o PT antes de iniciar a tomada de poder, teriam ido para o buraco, porque ninguém dentro do partido tinha idéia de como governar um país.
Mas cá, diferentemente de lá, o PT e seu presiMente - e o resto da corja que o ajuda - malha todas as conquistas feitas pelo governo anterior. Aliás, por todos os governos anteriores, como se houvesse um calendário de Lula Cristo: A.L. e D.L. (Antes de Lula e Depois de Lula). Pena que ninguém, ainda, resolveu crucificá-lo, nenhum Judas o traiu por parcas moedas.
Lula é o cara que faria negociata com Judas, já afirmou em sua sacrossanta ignorância. E o faz com Fidel, com Chavez, com Evo, com Ahmadinejad, e com todos os democratas desta mesma Zelaya. Mas olha torto para Uribe e tortíssimo para Micheletti, que foi empossado depois que o aprendiz de tiranete foi expulso da presidência de Honduras. Afinal, eles são o pior deste mundo: não são esquerdistas!
Quando o Real foi lançado, Lula e o PT deram início a uma campanha nacional contra o Plano, opondo-se também a mecanismos acessórios para consolidá-lo, como é o caso da Lei de Responsabilidade Fiscal e ao PROER, que salvou muitos bancos da bancarrota, o que levaria a uma quebradeira geral no país.
Para aqueles que não se lembram - ou para os muitos esquerdistas que fazem questão de não se lebrarem -, e para os que não conhecem, o Plano Real levou a inflação do país de mais de 2.500% em 1993 para os atuais 3% ou 4%. Segundo o Dieese, o custo de vida subia, por mês, em média, mais de 20% - caiu para 2% em 1995 e muito menos de 1% daí para a frente. Só isso, independentemente de qualquer outro fator, quis dizer aumento de renda para os trabalhadores, especialmente os mais pobres que não tinham como se proteger.
Mas Lula e o PT arrotam a todos que são os salvadores, principalmente com aquilo que não têm - e nunca tiveram: um plano de governo, um plano para recuperar a economia, praticamente quebrada à época, um plano para melhorar a infra-estrutura, a saúde, a educação e a segurança no país.
Todas estas áreas perderam importância, de modo drástico, na cobertura política devido à mitificação Lulática. E são elas que fazem o dia a dia da população. Mas grande parte desta mitificação se deve à economia estabilizada, que acabou se dando muito bem num contexto de crescimento mundial - inclusive durante a última crise que assolou os mercados.
Assim, sabemos que a fala da Sinistra ex-terrorista Dilma é uma grande mentira no presente, que remete indubitavelmente a outra mentira do passado, que os petistas escondem debaixo de um monte de outras enganações.
Diz lá a Sinistra da Casa Civil - muito provavelmente com texto de seu camarada de armas, Ministro da Propaganda Enganosa, o sequestrador Franklin Martins - que o governo Lula foi o primeiro que conciliou crescimento com distribuição de renda.
MENTIRA!, como sempre! Para quem já leu várias publicações externas, com as entrevistas dos membros dessa malta governamental abarrotada de esquerdistas chulé pertencentes ao PT, PC do B e outros partidecos comunistas - a maioria se dizendo democratas, o que é outra mentira, pois socialismo/comunismo não condiz com a democracia, só com a tirania, o totalitarismo -, sabe que lá, diferentemente de cá, eles costumam afirmar a Verdade: uma das principais conquistas do Plano Real foi justamente a distribuição de renda e a saída de milhões de pessoas da linha da pobreza, obra continuada neste (des)governo. Lá, diferentemente de cá, Lula já afirmou que se tivessem feito o tipo de governo que queria o PT antes de iniciar a tomada de poder, teriam ido para o buraco, porque ninguém dentro do partido tinha idéia de como governar um país.
Mas cá, diferentemente de lá, o PT e seu presiMente - e o resto da corja que o ajuda - malha todas as conquistas feitas pelo governo anterior. Aliás, por todos os governos anteriores, como se houvesse um calendário de Lula Cristo: A.L. e D.L. (Antes de Lula e Depois de Lula). Pena que ninguém, ainda, resolveu crucificá-lo, nenhum Judas o traiu por parcas moedas.
Lula é o cara que faria negociata com Judas, já afirmou em sua sacrossanta ignorância. E o faz com Fidel, com Chavez, com Evo, com Ahmadinejad, e com todos os democratas desta mesma Zelaya. Mas olha torto para Uribe e tortíssimo para Micheletti, que foi empossado depois que o aprendiz de tiranete foi expulso da presidência de Honduras. Afinal, eles são o pior deste mundo: não são esquerdistas!
Quando o Real foi lançado, Lula e o PT deram início a uma campanha nacional contra o Plano, opondo-se também a mecanismos acessórios para consolidá-lo, como é o caso da Lei de Responsabilidade Fiscal e ao PROER, que salvou muitos bancos da bancarrota, o que levaria a uma quebradeira geral no país.
Para aqueles que não se lembram - ou para os muitos esquerdistas que fazem questão de não se lebrarem -, e para os que não conhecem, o Plano Real levou a inflação do país de mais de 2.500% em 1993 para os atuais 3% ou 4%. Segundo o Dieese, o custo de vida subia, por mês, em média, mais de 20% - caiu para 2% em 1995 e muito menos de 1% daí para a frente. Só isso, independentemente de qualquer outro fator, quis dizer aumento de renda para os trabalhadores, especialmente os mais pobres que não tinham como se proteger.
Mas Lula e o PT arrotam a todos que são os salvadores, principalmente com aquilo que não têm - e nunca tiveram: um plano de governo, um plano para recuperar a economia, praticamente quebrada à época, um plano para melhorar a infra-estrutura, a saúde, a educação e a segurança no país.
Todas estas áreas perderam importância, de modo drástico, na cobertura política devido à mitificação Lulática. E são elas que fazem o dia a dia da população. Mas grande parte desta mitificação se deve à economia estabilizada, que acabou se dando muito bem num contexto de crescimento mundial - inclusive durante a última crise que assolou os mercados.
Assim, sabemos que a fala da Sinistra ex-terrorista Dilma é uma grande mentira no presente, que remete indubitavelmente a outra mentira do passado, que os petistas escondem debaixo de um monte de outras enganações.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
1984 - A Moderna Profecia
A segunda Guerra terminou! E o totalitarismo se expande e é levado até suas últimas consequências. Assim acontece no livro 1984, de George Orwell, ficção feita como aviso ao futuro sobre os males que o autor identificara na sua ideologia prévia, no momento de sua desilusão com o comunismo.
Lá no livro está o Partido Socialista Inglês, o super-partido que é a razão última da existência e agente coletivo do poder. Gramsci se sentiria em casa, pois o seu príncipe partidário e maquiavélico é facilmente reconhecível no Grande Irmão Orwelliano. Não se honra o país, a família, a religião; se vive e se honra somente o partido. O partido de 1984 é eterno, onisciente, onipotente e onipresente numa caricatura porca da Divindade renegada pelos homens. É o fechamento do ser humano à transcendência como Voegelin bem notara em sua época.
Lá está o duplipensar, caracterizado por aceitar contradições óbvias e acabar num emburrecimento completo, tornando-se incapaz de enxergar o óbvio perante o nariz:
Lá está a novafala (ou novilíngua), com seus conceitos que proíbem pensamentos. E aqui temos as palavras que são imbuídas de preconceitos paralisantes e dementes: o reacionário, a direita, o católico, o crente, o religioso, o certinho, e tantas outras palavras que são muitas vezes assumidas ou ditas com um pedido encoberto e covarde de desculpas.
Lá está o subjetivismo moderno e a recusa de uma realidade objetiva, subjetivismo este que motiva nossa política e nossa iletrada classe letrada.
O'Brien, o terrível agente da Polícia das Idéias e carrasco do Ministério do Amor (onde se encontram os presos políticos), hoje é visto nos nossos intelectuais subjetivistas e niilistas, que apóiam partidos e desconstroem o passado e a realidade. Como Viktor Frankl dizia, a culpa dos campos de concentração está nos filósofos niilistas ganhadores de prêmios internacionais.
O passado no 1984 inclemente de Orwell é um brinquedo na mão do partido: fatos são reescritos e a memória se perde num emaranhado de anseios políticos de dominação. Hoje nossos livros de história são porcamente escritos com propagandas descaradas que elogiam genocidas brutais e desumanos como Stalin e Mao.
Orwell captou bem o objetivo da elite pensante por trás das ideologias de massa: acumulação do poder, da força. Criar uma nova elite brutalmente poderosa. Controlar não só a economia, mas a mente e o coração.
O núcleo do partido deixou de ser composto por guerreiros e nobres, tornando-se uma elite de burocratas intelectuais. O resto do partido se enquadra no que Lênin chamava de inocentes úteis, passíveis de serem eliminados uma vez que se tornassem inconvenientes. O proletário continua proletário, mais pobre e mais oprimido, achando que melhorou, manobrado pelas idéias de seus governantes. Os inocentes úteis são os nossos intelectuais de segunda ordem, os professores e sociólogos que acham fazer um bem ao pregar suas ideologias ultrapassadas.
Ainda bem que Orwell não viveu para ver o Brasil de hoje! Ele morreria muito preocupado, percebendo que suas palavras foram jogadas ao vento.
E no fim, o herói morre aprendendo uma severa lição: quando finalmente o ser humano se dobrar de corpo e alma à tirania, seu prêmio, irremediavelmente, será a aniquilação...
por Hélio Angotti Neto
Lá no livro está o Partido Socialista Inglês, o super-partido que é a razão última da existência e agente coletivo do poder. Gramsci se sentiria em casa, pois o seu príncipe partidário e maquiavélico é facilmente reconhecível no Grande Irmão Orwelliano. Não se honra o país, a família, a religião; se vive e se honra somente o partido. O partido de 1984 é eterno, onisciente, onipotente e onipresente numa caricatura porca da Divindade renegada pelos homens. É o fechamento do ser humano à transcendência como Voegelin bem notara em sua época.
Lá está o duplipensar, caracterizado por aceitar contradições óbvias e acabar num emburrecimento completo, tornando-se incapaz de enxergar o óbvio perante o nariz:
- o Estado laico proíbe cristianismo nas escolas, mas ao mesmo tempo estimula o ensino das religiões africanas;
- o Estado não permite pena de morte, mas estimula a morte maciça de crianças no abortamento;
- o Estado prega a igualdade de direitos, mas favorece minorias declaradamente;
- o Estado prega a distribuição de renda, mas na verdade acumula poder num partido que engloba e afunda a noção de país soberano;
- o Estado proíbe drogas, mas está aliado a narcotraficantes terroristas de outros países.
Lá está a novafala (ou novilíngua), com seus conceitos que proíbem pensamentos. E aqui temos as palavras que são imbuídas de preconceitos paralisantes e dementes: o reacionário, a direita, o católico, o crente, o religioso, o certinho, e tantas outras palavras que são muitas vezes assumidas ou ditas com um pedido encoberto e covarde de desculpas.
Lá está o subjetivismo moderno e a recusa de uma realidade objetiva, subjetivismo este que motiva nossa política e nossa iletrada classe letrada.
O'Brien, o terrível agente da Polícia das Idéias e carrasco do Ministério do Amor (onde se encontram os presos políticos), hoje é visto nos nossos intelectuais subjetivistas e niilistas, que apóiam partidos e desconstroem o passado e a realidade. Como Viktor Frankl dizia, a culpa dos campos de concentração está nos filósofos niilistas ganhadores de prêmios internacionais.
O passado no 1984 inclemente de Orwell é um brinquedo na mão do partido: fatos são reescritos e a memória se perde num emaranhado de anseios políticos de dominação. Hoje nossos livros de história são porcamente escritos com propagandas descaradas que elogiam genocidas brutais e desumanos como Stalin e Mao.
Orwell captou bem o objetivo da elite pensante por trás das ideologias de massa: acumulação do poder, da força. Criar uma nova elite brutalmente poderosa. Controlar não só a economia, mas a mente e o coração.
O núcleo do partido deixou de ser composto por guerreiros e nobres, tornando-se uma elite de burocratas intelectuais. O resto do partido se enquadra no que Lênin chamava de inocentes úteis, passíveis de serem eliminados uma vez que se tornassem inconvenientes. O proletário continua proletário, mais pobre e mais oprimido, achando que melhorou, manobrado pelas idéias de seus governantes. Os inocentes úteis são os nossos intelectuais de segunda ordem, os professores e sociólogos que acham fazer um bem ao pregar suas ideologias ultrapassadas.
Ainda bem que Orwell não viveu para ver o Brasil de hoje! Ele morreria muito preocupado, percebendo que suas palavras foram jogadas ao vento.
E no fim, o herói morre aprendendo uma severa lição: quando finalmente o ser humano se dobrar de corpo e alma à tirania, seu prêmio, irremediavelmente, será a aniquilação...
por Hélio Angotti Neto
A Quadrilha Comunista Pronta para 2010 - e Muito Mais!
Na semana do "menino do MEP", do "boeing do Lulinha", do "mensalinho da Lurian", tudo foi esquecido porque explodiu o escândalo do Mensalão do DEM, guardado para a hora certa, que derrubou o seu único governador, o seu presidente de rabo preso e o próprio partido. Não há que ter culpa em cartório e o DEM tem, como tem.
O lulo-petismo teve, após a crise de 2005, quatro anos para organizar todo o tipo de dossiês contra a oposição. Dona Ruth Cardoso o diria, se aqui estivesse, agredida sem dó e nem piedade no escândalo dos cartões corporativos. Yeda Crusius, governadora gaúcha, pode dar o seu depoimento, vítima direta da máquina colocada a serviço de Tarso Genro, Ministro da Justiça, que deseja ser o novo governador gaúcho. José Fogaça, prefeito de Porto Alegre, e Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, estão na alça de mira do aparelho de estado montado por Lula e seus companheiros. Não vamos contabilizar Eduardo Azeredo, o mensaleiro tucano que, se o partido tivesse vergonha na cara, já teria imolado em praça pública.
A pergunta é para frente: o que está reservado para José Serra e Aécio Neves? Terão José Serra e Aécio Neves as suas próprias reservas para a guerra que se aproxima? Ou com as suas luvinhas brancas e punhos de renda pensam que não serão vítimas de todo o tipo de armadilha? Se para o governo do estado houve o Dossiê dos Aloprados, o que a turma do Berzô irá aprontar para 2010?
O projeto do PT é para algumas dezenas de anos. É um partido amoral, aético e absolutamente corrupto.
Os mensaleiros estão de volta. Tiveram quatro anos para aprender a não errar. Estão no ataque, estão com a faca nos dentes. Têm a máquina inteira nas mãos, desde os extratos bancários do Banco Central até os computadores da Receita Federal, desde os coletes pretos até os arapongas da ABIN, mais a máquina sindicalista, os movimentos sociais e os cofres abarratados da Petrobras. Neste contexto, se a oposição eleger o presidente, poderemos chamar o papa e canonizar. O vencedor terá feito um milagre e será um santo.
por Coronel, do Coturno Noturno
O lulo-petismo teve, após a crise de 2005, quatro anos para organizar todo o tipo de dossiês contra a oposição. Dona Ruth Cardoso o diria, se aqui estivesse, agredida sem dó e nem piedade no escândalo dos cartões corporativos. Yeda Crusius, governadora gaúcha, pode dar o seu depoimento, vítima direta da máquina colocada a serviço de Tarso Genro, Ministro da Justiça, que deseja ser o novo governador gaúcho. José Fogaça, prefeito de Porto Alegre, e Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, estão na alça de mira do aparelho de estado montado por Lula e seus companheiros. Não vamos contabilizar Eduardo Azeredo, o mensaleiro tucano que, se o partido tivesse vergonha na cara, já teria imolado em praça pública.
A pergunta é para frente: o que está reservado para José Serra e Aécio Neves? Terão José Serra e Aécio Neves as suas próprias reservas para a guerra que se aproxima? Ou com as suas luvinhas brancas e punhos de renda pensam que não serão vítimas de todo o tipo de armadilha? Se para o governo do estado houve o Dossiê dos Aloprados, o que a turma do Berzô irá aprontar para 2010?
O projeto do PT é para algumas dezenas de anos. É um partido amoral, aético e absolutamente corrupto.
Os mensaleiros estão de volta. Tiveram quatro anos para aprender a não errar. Estão no ataque, estão com a faca nos dentes. Têm a máquina inteira nas mãos, desde os extratos bancários do Banco Central até os computadores da Receita Federal, desde os coletes pretos até os arapongas da ABIN, mais a máquina sindicalista, os movimentos sociais e os cofres abarratados da Petrobras. Neste contexto, se a oposição eleger o presidente, poderemos chamar o papa e canonizar. O vencedor terá feito um milagre e será um santo.
por Coronel, do Coturno Noturno
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Recordar é Viver: o Mensalão Petista
Agora que temos o que os esquerdistas estão chamando de "Mensalão do DEM" - na verdade, até onde se sabe, um esquema semelhante ao Mensalão do PT, mas em menor escala, uma vez que capitaneado pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda -, é bom relembrar um pouco o passado.
E é bom relembrar para que nossa memória fique mais ativa! Porque aqueles políticos - de qualquer partido que seja - que cometem tais crimes contra o povo devem ser presos e perder não somente seus mandatos, mas qualquer chance de retornar à política!
Então, nesta época de "Mensalão do Arruda", vamos recordar quem são os 40 ladrões de Ali Lula:
OS PETISTAS
José Dirceu – deputado cassado do PT e ex-ministro da Casa Civil
Formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa
José Genoino – deputado federal do PT-SP e ex-presidente do partido
Formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa
Delúbio Soares – ex-tesoureiro do PT
Formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa
Silvio Pereira – ex-secretário-geral do PT
Formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa
João Paulo Cunha – deputado federal do PT-SP
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato
Luiz Gushiken - Ex-ministro da secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica e quadro do PT
Peculato
Henrique Pizzolato – Ex-diretor do Banco do Brasil e membro do PT
Pecultado, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Paulo Roberto Galvão da Rocha – Deputado federal (PT-PA)
Lavagem de dinheiro
Anita Leocádia – Ex-assessora de Paulo Rocha
Lavagem de dinheiro
Professor Luizinho – Ex-deputado (PT-SP)
Lavagem de dinheiro
João Magno – Ex-deputado (PT-MG)
Lavagem de dinheiro
OS EMPRESÁRIOS
Marcos Valério de Souza – empresário e publicitário
Formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Ramon Hollerbach – ex-sócio de Marcos Valério
Formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Cristiano de Mello Paz – ex-sócio de Marcos Valério
Formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Rogério Tolentino – Advogado e ex-sócio de Marcos Alérios
Formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Simone Vasconcelos – Ex-gerente da SMP&B, uma das agências de Valério
Formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Geiza Dias dos Santos – Funcionária da SMP&B
Formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Kátia Rabello - Presidente do Banco Rural
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta
José Roberto Salgado – Diretor do Banco Rural
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta
Vinícius Samarane – Diretor do Banco Rural
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta
Ayanna Tenório Tôrres de Jesus – Diretora do Banco Rural
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta
OS DOLEIROS
Enivaldo Quadrado – Doleiro, sócio da corretora Bônus-Banval
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro
Breno Fishberg - Doleiro, sócio da corretora Bônus-Banval
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro
Carlos Alberto Quaglia – Doleiro, acusado de operar com a Bônus-Banval
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro
OUTROS POLÍTICOS
Pedro Corrêa – Deputado cassado (PP-PE)
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
José Janene – Ex-deputado (PP-PR)
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Pedro Henry – Ex-deputado (PP-MT)
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
João Cláudio Genu – Ex-assessor do PP na Câmara
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Valdemar Costa Neto – Deputado federal do PR-SP
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Jacinto Lamas – Ex-tesoureiro do PL (hoje PR)
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Antônio Lamas – Ex-assessor da liderança do PR
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro
Bispo Rodrigues – Ex-deputado do PR-RJ
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Roberto Jefferson – Deputado cassado do PTB-RJ
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Emerson Eloy Palmieri – Tesoureiro do PTB
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Romeu Queiroz – Ex-deputado (PTB-MG)
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro
José Rodrigues Borba – Ex-deputado (PMDB-PR)
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Anderson Adauto – Ex-ministro dos Transportes
Corrupção ativa, lavagem de dinheiro
José Luiz Alvez – Ex-chefe de gabinete de Anderson Adauto
Lavagem de dinheiro
OS PUBLICITÁRIOS
Duda Mendonça – Dono de agência de publicidade
Lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Zilmar Fernandes Silveira – sócia de Duda Mendonça
Lavagem de dinheiro, evasão de divisas.
E é bom relembrar para que nossa memória fique mais ativa! Porque aqueles políticos - de qualquer partido que seja - que cometem tais crimes contra o povo devem ser presos e perder não somente seus mandatos, mas qualquer chance de retornar à política!
Então, nesta época de "Mensalão do Arruda", vamos recordar quem são os 40 ladrões de Ali Lula:
OS PETISTAS
José Dirceu – deputado cassado do PT e ex-ministro da Casa Civil
Formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa
José Genoino – deputado federal do PT-SP e ex-presidente do partido
Formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa
Delúbio Soares – ex-tesoureiro do PT
Formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa
Silvio Pereira – ex-secretário-geral do PT
Formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa
João Paulo Cunha – deputado federal do PT-SP
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato
Luiz Gushiken - Ex-ministro da secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica e quadro do PT
Peculato
Henrique Pizzolato – Ex-diretor do Banco do Brasil e membro do PT
Pecultado, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Paulo Roberto Galvão da Rocha – Deputado federal (PT-PA)
Lavagem de dinheiro
Anita Leocádia – Ex-assessora de Paulo Rocha
Lavagem de dinheiro
Professor Luizinho – Ex-deputado (PT-SP)
Lavagem de dinheiro
João Magno – Ex-deputado (PT-MG)
Lavagem de dinheiro
OS EMPRESÁRIOS
Marcos Valério de Souza – empresário e publicitário
Formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Ramon Hollerbach – ex-sócio de Marcos Valério
Formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Cristiano de Mello Paz – ex-sócio de Marcos Valério
Formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Rogério Tolentino – Advogado e ex-sócio de Marcos Alérios
Formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Simone Vasconcelos – Ex-gerente da SMP&B, uma das agências de Valério
Formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Geiza Dias dos Santos – Funcionária da SMP&B
Formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Kátia Rabello - Presidente do Banco Rural
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta
José Roberto Salgado – Diretor do Banco Rural
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta
Vinícius Samarane – Diretor do Banco Rural
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta
Ayanna Tenório Tôrres de Jesus – Diretora do Banco Rural
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta
OS DOLEIROS
Enivaldo Quadrado – Doleiro, sócio da corretora Bônus-Banval
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro
Breno Fishberg - Doleiro, sócio da corretora Bônus-Banval
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro
Carlos Alberto Quaglia – Doleiro, acusado de operar com a Bônus-Banval
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro
OUTROS POLÍTICOS
Pedro Corrêa – Deputado cassado (PP-PE)
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
José Janene – Ex-deputado (PP-PR)
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Pedro Henry – Ex-deputado (PP-MT)
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
João Cláudio Genu – Ex-assessor do PP na Câmara
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Valdemar Costa Neto – Deputado federal do PR-SP
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Jacinto Lamas – Ex-tesoureiro do PL (hoje PR)
Formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Antônio Lamas – Ex-assessor da liderança do PR
Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro
Bispo Rodrigues – Ex-deputado do PR-RJ
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Roberto Jefferson – Deputado cassado do PTB-RJ
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Emerson Eloy Palmieri – Tesoureiro do PTB
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Romeu Queiroz – Ex-deputado (PTB-MG)
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro
José Rodrigues Borba – Ex-deputado (PMDB-PR)
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro
Anderson Adauto – Ex-ministro dos Transportes
Corrupção ativa, lavagem de dinheiro
José Luiz Alvez – Ex-chefe de gabinete de Anderson Adauto
Lavagem de dinheiro
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Duda Mendonça – Dono de agência de publicidade
Lavagem de dinheiro, evasão de divisas
Zilmar Fernandes Silveira – sócia de Duda Mendonça
Lavagem de dinheiro, evasão de divisas.
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