“No Brasil, não há antagonismos entre as partes que o compõem. Cimenta-as, ao contrário, forte solidariedade. O Brasil é perfeitamente homogêneo, material e moralmente, pelo lado social e pelo lado étnico, pois nele se cruzam e se fundem todas as raças. Lucraremos, sem exceção, em permanecer um vasto conjunto intimamente ligado e compactado. Exigem-no, imopõem-no poderosos interesses. Ainda quando, por desgraça geral antipatriótica e cega política determinasse a cisão, ela seria forçosamente passageira.
Erguer-se-ia incontinente um valente partido com a bandeira da junção e, em breve prazo, triunfaria, como triunfou em outras regiões de vínculos menos sólidos. A unificação se realizaria em nome de um passado quatro vezes secular“.
(Affonso Celso de Assis Figueiredo, o Conde Affonso Celso, in Por que me ufano do meu país, Editora Expressão e Cultura, Rio de Janeiro, 1998, pg. 225 e 226.)
Para comemorar o 4º centenário do Descobrimento do Brasil, o Conde Affonso Celso escreveu, no início do século passado, Por que me ufano do meu país, uma ode à riqueza, à beleza e aos grandes feitos históricos do Brasil.
Hoje, tal obra é interpretada como sendo uma visão ingênua e romântica do Brasil, face aos últimos desmandos do governo federal, especialmente com o advento da Nova República e a implantação da República dos Companheiros, ocasião em que a corrupção viceja como nunca e a integridade nacional corre perigo.
O Conde Affonso Celso celebrava a unidade nacional em torno de um país “homogêneo”, onde “se cruzam e se fundem todas as raças”. E que se algum perigo pudesse pôr a perder esse legado de 400 anos de História, imediatamente surgiria um “valente partido com a bandeira da junção”.
Um século depois de surgir o escrito de Affonso Celso, assistimos à anticomemoração dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, ocasião em que sociólogos e antropólogos demonizaram toda a rica cultura brasileira, que está alicerçada em valores cristãos, dentro da ótica marxista de reinterpretação da História - com as devidas bênçãos dos “teólogos da libertação”, como Leonardo Boff e Frei Betto. Como se fosse possível o retorno de toda a sociedade brasileira à Idade da Pedra e dos sacrifícios humanos feitos pelos canibais latino-americanos da época pré-colombiana.
Hoje, esse “partido da junção” se faz necessário, porque o Brasil corre sério perigo. Brasileiros apátridas trabalham pela balcanização do Brasil através da criação de inúmeras reservas indígenas, áreas extensas, do tamanho de Portugal, que são destinadas a 10.000, 15.000 pessoas, tornando-as os maiores latifundiários improdutivos do planeta, em detrimento do resto da sociedade brasileira.
Mas, cadê o “valente partido com a bandeira da junção”? Por que ele ainda não foi criado pela sociedade brasileira, que diz que defende o Brasil?
Além das “nações indígenas”, que amanhã poderão se emancipar do território nacional, quais novas Kosovo, aumenta cada vez mais o número de outros tipos de bantustões, que são os acampamentos do MST e as terras reivindicadas pelos quilombolas. Apesar de esses territórios, em princípio, continuarem sob o domínio da União, na prática estão se tornando estados dentro do Estado Brasileiro, face à autonomia que já gozam ou irão gozar no futuro, por conta de “direitos de minoria”, étnica ou não, dentro de estritos parâmetros socialistas, como os antigos kolkhoses soviéticos ou fazendas coletivas.
Infelizmente, o Brasil está caminhando rapidamente para sua autodestruição como nação continental. A balcanização do Brasil que se observa no momento, transformada em múltiplos guetos étnicos e sociais - um novo Apartheid, do tipo sul-africano, de triste memória -, terá como conseqüência a fragmentação de um país “intimamente ligado e compactado”, que era o sonho do Conde Affonso Celso.
Se não houver uma rápida reação da sociedade brasileira contra esse crime de lesa-pátria, iniciada timidamente pelas declarações do general Augusto Heleno Ribeiro Pereira sobre a Amazônia, em pouco tempo nosso País será conhecido mundialmente como Brasilistão - uma mistura de Brasil com Afeganistão, onde proliferarão os novos senhores do pedaço, os chefes tribais de inúmeras etnias, especialmente as etnias negras e indígenas.
Brasilistão: o Brasil não merece este destino!
por Félix Maier
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