segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Com as Esquerdas, Este é o Caminho do Brasil

O ministro dos Esportes da Coreia do Norte, Pak Myong-Chol, humilhou publicamente os jogadores e o treinador da seleção de seu país por causa do fiasco na Copa do Mundo. O elenco, que colecionou três derrotas em três jogos, levou 12 gols e marcou apenas um (contra a Seleção Brasileira), ouviu uma bronca diante de mais de 400 pessoas, no Palácio da Cultura, na capital norte-coreana, Pyongyang.
O técnico Kim Jong-Hun, o mais criticado, foi obrigado a realizar trabalhos forçados como punição – prática comum na Coreia do Norte a atletas e técnicos que não vão bem em competições esportivas.
Pak Myong-Chol discursou durante quase seis horas, diante de estudantes, jornalistas e integrantes do governo, sobre a péssima atuação da equipe na África. A expectativa era de boa campanha como na Inglaterra, em 1966, quando o time chegou às quartas de final e acabou eliminado por Portugal.

no MSN Esportes


Quem sabe alguma coisa sobre países comunistas e outro tanto sobre esportes teve como prever que essa história não ia dar certo: a seleção da Coréia do Norte, provavelmente a pior ditadura existente na face da Terra, participar de uma competição internacional sem nenhuma chance de vencer. E deu no que deu: os coreanos saíram humilhados e seu técnico foi mandado para os trabalhos forçados.

Nada disso poderia ser previsto, contudo, pelos gênios do marketing internacionalista, que enxergam num mero evento esportivo a chance de despejar todo o lixo de proselitismo político que podem conceber: especialmente as utopias infantilizadoras onde o esporte "une povos", "elimina diferenças", "celebra a raça humana", entre outras banalidades semelhantes. Como se fosse possível imaginar que a única diferença existente entre uma criança na Suíça ou na Somália sejam "circunstâncias culturais de menor importância", e não todo um espectro de realizações humanas e oportunidades criadas, via de regra, pelo ocidente livre, capitalista e judaico-cristão.

O fato é que aceitar a participação, em igualdade de condições, de ditaduras comunistas em eventos do mundo livre (expressão vaga, mas que cabe ao exemplo), sejam eles diplomáticos ou meramente esportivos, serve unicamente para dotar as elites desses países (de alguma forma legitimadas pela comunidade internacional) de um poder ainda maior para oprimir sua população e aumentar as retaliações do regime a cidadãos desamparados - como os bravos atletas da Coréia do Norte, enviados a uma espécie de túnel do terror na Copa do Mundo, sem chances de escapar do outro lado.

É óbvio para qualquer adulto alfabetizado, maduro e dotado de seu senso crítico. E por isso mesmo talvez seja tão difícil fazer alguém como Bono Vox - ou o simples militonto de um partido como o PT ou o PC do B - compreender tal natureza das coisas.

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