segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Lula está quase em 100%

Partindo do pressuposto de que as pesquisas espelham a verdade e que há honestidade nos métodos empregados pelos Montenegros da vida, tentemos encontrar a explicação para essa quase unânime aceitação do governo de Luiz Inácio fazendo uma espécie de retrospectiva.

Embora fora de ordem cronológica, vamos lá:
  1. Explode o escândalo do mensalão – Lula sobe na pesquisa;

  2. Os velhinhos aposentados são taxados em 11% - Lula sobe na pesquisa;

  3. O irmão de Genoino é apanhado com 200 mil dólares na cueca – Lula sobe na pesquisa;

  4. Lula confessa em entrevista que fez uso do caixa 2 – mais alguns pontos na pesquisa;

  5. Duda Mendonça confessa que "lavava" dinheiro do PT – Lula sobe na pesquisa;

  6. Inquérito envolve gente de Lula no assassinato do prefeito Celso Daniel – mais alguns pontos na pesquisa;

  7. Ameaçada de morte, a família do ex-prefeito deixa o país – Lula sobe na pesquisa;

  8. Delúbio Soares, tesoureiro do PT, é indiciado por peculato – Lula sobe na pesquisa;

  9. O ministro Antônio Palocci viola o sigilo bancário do caseiro – Lula sobe na pesquisa;

  10. A Telemar doa 15 milhões a Lulinha, filho do Lulão, em troca de favores do governo – mais pontos na pesquisa;

  11. A revista Veja revela que os bancos foram os maiores financiadores da reeleição de Lula – mais pontos na pesquisa;

  12. CPI lista 161 ligações telefônicas de um amigo de Lula a envolvidos no mensalão – mais pontos na pesquisa;

  13. Dona Marisa renega a cidadania brasileira e adota a italiana – Lula sobe na pesquisa;

  14. O MST invade e destrói fazendas – Lula sobe na pesquisa;

  15. Mensaleiros são absolvidos na Câmara e deputada petista samba em plenário – Lula sobe na pesquisa;

  16. Sílvio Pereira, secretário do PT, ajuda a firma GDK numa negociata com a Petrobras e ganha um Land Rover – Lula sobe na pesquisa;

  17. Ministério Público Federal oferece denúncia contra 40 petistas e assemelhados por envolvimento com o mensalão – Lula fica de fora e sobe na pesquisa;

  18. Petistas aloprados falsificam documento de Furnas para incriminar políticos da oposição – Lula sobe na pesquisa;

  19. Explode o escândalo das sanguessugas – Lula sobe na pesquisa;

  20. Vem à tona a farra de milhões de reais da família Silva com os chamados cartões corporativistas – Lula sobe na pesquisa;

  21. Irmão de Lula é flagrado vendendo facilidades de órgãos do governo a empresas paulistas – mais pontos na pesquisa;

  22. Lula esnoba a Embraer e compra por 80 milhões de dólares avião de empresa estrangeira – mais pontos na pesquisa;

  23. Milhares de companheiros são nomeados e passam a mamar na teta do Tesouro - Lula sobe na pesquisa;

  24. Evo Morales invade e se apropria de usina da Petrobras - Lula bate palmas e sobe na pesquisa;

  25. Lula beija a mão de Jader Barbalho e chama usineiros de mártires - mais pontos na pesquisa.

Bem, acho que só faltam mais umas três ou quatro proezas para o Homem chegar aos 100%.

por Homero Vianna Jr.

O Paraíso Comunista

Fidel Castro tem conseguido um tratamento favorável, em nível mundial, que contrasta amplamente com o que recebem a maiorira dos tiranos. Isto é mais visível se se tem em conta que ele é o gestor do episódio mais sangrento da história republicana na América Latina e que seu regime de terror já dura cinco décadas.

Com efeito, Fidel Castro tem sido o guru de uma das campanhas propagandísticas de maior êxito da história. O elemento chave por trás da grande manipulação tem sido a ocultação de seus piores crimes e pelo profundo desconhecimento do enorme custo em vidas causado pela "dinastia" castrista.

Isso explica, ao menos em parte, por que há tal grau de ignorância sobre a essência sanguinária e implacável do regime e, por sua vez, como tem-se justificado o estado policial cubano, em função dos supostos princípios de igualdade e justiça social que muitos associam a ele. Porém, esta empulhação é facilmente desmascarada quando confrontada com a verdade que se vive na ilha.

Desde fins dos anos noventa, o
Arquivo Cuba vem rebatendo a enorme e milionária máquina de propaganda castrista, para por a descoberto os rios de sangue que o regime tem deixado para trás. Para tanto, criou um imenso registro de mortes baseado no consolidação de esforços anteriores, num trabalho de documentação de casos novos ou nãoo reconhecidos anteriormente, o que, espera-se, dificultará que se continue escondendo os piores crimes do castrismo, bem como a magnitude e o caráter da tragédia.

O Arquivo Cuba documentou mais de 8.200 vítimas dos Castro a partir de 1959, a partir da investigação realizada até 2003 por um de seus diretores, o doutor Armando Lago, para seu livro ainda inédito. Recentemente, o esfoço se voltou para a obtenção de testemunhos diretos e novas fontes de informação.

A colaboração com o
Memorial Cubano foi decisiva para aproximar-se da comunidade cubana a fim de melhorar a documentação sobre as vítimas. Até 15 de dezembro de 2008, foram documentados 5.732 fuzilamentos, assassinatos e deseparecimentos. Ademais, registraram-se 515 mortes nas prisões por negligência médica, suicídio e acidentes. Estas cifras, que representam uma soma parcial e crescente, já constituem mais de duas vezes o total oficial de todos os desaparecimentos e mortes (3.197) causadas pelo regime militar chileno de Augusto Pinochet e quase 15 vezes o número de mortos de desaparecidos dos chamados "anos de chumbo" no Brasil (1968-1974), e embora Pinochet tenha sido objeto de escárnio mundial e haja verdadeiro revanchismo promovido pelos ex-terroristas ora no governo brasileiro, Fidel e Raul Castro são recebidos como heróis em praticamente todos os países do mundo.

Somente em 2008, registraram-se 42 mortes nas prisões cubanas - 2 assassinatos causados por "guardas penais", 23 mortes por falta de cuidado médico, 11 sucídios e 2 acidentes em ciscunstâncias não espcificadas.

Entre 1º de janeiro de 1959 e 15 de dezembro de 2008, a relação parcial de mortes ocasionadas pelo triunfo da revolução socialista dos Castro alcança 8.237 se se incluírem as mortes em combate contra o governo comunista.

Fora esta cifra demolidora, estima-se que os mortos em tentativas de fuga pelo mar superem os 77.000, cálculo efetuada a partir de dados da Universidade de Harvard, do Serviço de Guarda-Costeira dos EUA e de estudos realizados nas universidades de Miami e La Habana. Porém, a cifra exata de "balseros" é impossível de ser constatada.

Quando Francisco Chaviano Gozález tentou, internamente na ilha, criar um registro de desaparecidos, principalmente por mar, foi preso, em 1994, e cumpriu 13 anos de uma sentença de 15, por revelar "segredos de Estado". Liberado em 2007, tinha a saúde totalmente debilitada. Um dos aspectos mais pavorosos desta tragédia é o assassinato, por parte das autoridades cubanas, de civis tentando escapar da ilha.

Os "guarda-fronteiras" cubanos afundam embarcações, e atiram contra civis, sem importar-se com sua idade ou condição. Os massacres de Canímar, em 1980, e de "13 de Março" de 1994, que deixaram centenas de vítimas, incluindo muitas crianças, são apenas os episódios mais conhecidos. Calcula-se que o número de vítimas chegue aos milhares, porém só se poderá ter certeza se algum dia forem recuperados os arquivos secretos do estado cubano, pois, em geral, existem somente testemunhos dos próprios sobreviventes.


O caso de Iskander Maleras Pedraza, de 26 anos, e Luiz Angel Valverde Linfernal oferece um grau excepcional de comprovação: ambos foram metralhados por "guarda-fronteiras" cubanos ao tentar chager, por mar, à base naval de Guantánamo, em 19 de Fevereiro de 1994. Do grupo de quatro amigos, somente um chegou ao destino. Outro foi preso, julgado e enviado à prisão. Maleras, por ser de Guantánamo e seus pais serem profissionais conhecidos e respeitados, foi poupado. Porém, o governo fez uma extensa campanha publicitária sobre o caso, a fim de disseminar o medo entre possíveis imitadores: foram exibidas fotos dos cadáveres e os guardas foram condecorados publicamente por estarem cumprindo ordens.


Em outro caso, reportado oficialmente como desaparecimento, envolve Miguel Guerra Mora, Daniel Cosme Ramos e Federico Marti Jiménez. Guerra Mora, de 26 noas e pai de dois filhos, era técnico de dragas. Em 19 de Maio de 1991, durante uma obra no porto de Palo Alto, Ciego de Avila, ele e seus dois companheiros tomaram um embarcação para fugir da ilha. Nunca mais se ouviu falar deles.

Suas famílias buscaram notícias desdesperadamente, inclusive em países em que poderiam ter chegado. Ao final de cinco anos, um dos "guarda-fronteiras" se compadeceu e, secretamente, informou que os três haviam sido metralhados por terem tentado escapar.

O Arquivo Cuba tem centenas de casos registrados - tanto de assassinatos quanto de fuzilamentos, cada um mais aterrador que o outro - por tentativas de sair da ilha sem a devida "licença do governo". Hoje em dia, vários "presos políticos" cubanos cumprem penas de até 25 anos por tais "delitos"

Raúl, o sucessor de Fidel Castro, ordenou pessoalmente o fuzilamento de pelo menos 550 pessoas na província de Oriente, quando a Revolução triunfou, sendo que muitos sequer tiveram qualquer tipo de julgamento. Além disso, como Ministro da Defesa, sempre esteve diretamente ligado aos "guarda-fronteiras". E a matança alcança não somente cubanos: já foram constatados os assasinatos de 68 estrangeiros por fuzilamento ou desaparecimento.

Numa contagem parcial, feita extra-oficialmente, os Castro comandaram mais de 100.000 mortes, se levarmos em conta as baixas cubanas ocorridas em conflitos armados. Se somarmos as vítimas estrangeiras das guerras na África e a subversão internacional organizada e financiada por Cuba em nível mundial, o saldo certamente é muito maior. Tais cifras, porém, jamais farão honra ao enorme sofrimento humano que tais tragédias têm provocado.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Imposturas

O presidente da República tem, mui patrioticamente, repetido o bordão da gastança. Onde quer que vá, discursa com a narina inflamada do indignado, acusa meia dúzia de “torcer pela crise” e exorta a platéia a gastar dinheiro. “Se tem dívidas, pague. Mas se não tem, vá e faça suas compras”, é o brado do homem, nas paradas de caixeiro-viajante país afora.

Ruim de palanque, mas boa de escritório, invariavelmente a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, aparece depois do chefe para preencher as lacunas da retórica. Diz ela que as pessoas pararam de gastar porque temem perder o emprego — devido à tal crise, é claro. Ora, raciocina a ex-guerrilheira, se ninguém compra, as lojas não vendem. Se as lojas não vendem, não fazem encomendas à indústria. Que por seu lado, não produz. No fim das contas, o operário vai mesmo ser mandado embora, assim como o comerciário e daí pra frente todos os demais.

Há nas grandes linhas do comportamento da alta cúpula governamental uma ligeira impostura. E me explico. Ele transfere à chusma uma responsabilidade do comandante. Sim, pois, pelo que dizem nossos historiadores econômicos, o Brasil nunca, jamais, desde a industrialização, teve problemas quanto à propensão ao consumo por parte da população — variável decisiva de uma das equações que explicam o crescimento de um país.

Por outro lado, desde a fundação da República até hoje, passamos por crises fiscais cíclicas (quem duvida pode se certificar lendo A ordem do progresso – Cem anos de política econômica republicana, organizado por Marcelo de Paiva Abreu, Editora Campus, 445 páginas). Em geral, elas são provocadas pela ganância dos políticos, gastadores irresponsáveis do dinheiro público, sugado a tragadas cada vez mais profundas pelo Estado perdulário e corrupto.

Nos países em desenvolvimento, a despoupança do setor público gera um desequilíbrio tal que afeta os preços, a produção ou ambos. Ao chegar ao poder, em 2003, o presidente Lula encontrou o coquetel completo de inflação e baixo crescimento paridos do déficit público.

Para resolvê-lo, não só adotou, mas aprofundou uma política que passou a vida inteira xingando (na verdade, o faz até hoje), de controlar o caixa com mão de ferro. Resolveu o velho problema formando poupança pública. Provavelmente, você, leitor atento, já ouviu falar do resultado dessa política: é o superávit primário, aquele mesmo que os esquerdistas só o mencionam após um adjetivo pejorativo.

Por tê-lo feito, Lula soltou as amarras que detinham a nau. A despoupança pública virou poupança. Os investimentos privados aconteceram, a taxa de juros caiu, houve ganho de renda em todos os setores. Os brasileiros, sempre gastadores, voltaram às compras.

Como o mundo também se expandia — ou seja, havia vento a favor —, fiat lux, o neoliberalismo tocado pelo PT, mais puro que o dos tucanos, produziu um crescimento acima de 6% na economia brasileira. Melhor, sem correlação negativa nos preços. A inflação esteve domada todo esse tempo. Um lindo céu azul, até hoje devidamente refletido nos altíssimos índices de aprovação do presidente.

Mas...

E esse é o mal da hipocrisia, ainda mais nos políticos, pior naqueles que vencem eleições. O homem condenara a vida inteira as políticas das quais lançava mão depois de eleito. Reeleito, começou a duvidar delas. Diante da claudicância, seu governo rendeu-se à infinita paixão que nutre por si mesmo. O rigor fiscal dos primeiros anos anuviou-se. A permissividade quanto às despesas públicas misturou-se a interesses tacanhos e partidários. O Orçamento do próximo ano já mostra explosivo e exorbitante gasto com pessoal.

Incapaz de cortar investimentos, o Congresso fez a escolha de sofia. Ao discutir as despesas de 2009, aplicou corte sumário sobre bolsas de estudo para pesquisa e sobre os gastos correntes dos hospitais universitários. Duas temeridades, sobre as quais o próprio governo chiou. Mas tirar de onde?

O vento parou de soprar a favor e uma tormenta irresistível se avizinha. Já em meio à chuva grossa e ondas pesadas, confundidas ingenuamente com cândidas marolas, o comandante sai de sua cabine e grita: remem, a todo vapor a frente, remem. Tenha santa paciência, senhor. Já não há lastro no barco para essa aventura. Reconstrua-o ou lance a âncora. Mas, por favor, não jogue culpa e responsabilidade sobre aqueles que não as têm.

Nas Entrelinhas - Correio Braziliense

Quem é Essa Gente?

Essa gente passou da conta, acaba de avisar o presidente da República. Desde a posse, essa gente torceu dia e noite para que não desse certo o governo do torneiro-mecânico que virou estadista. Em seguida, Lula informou que, sempre sonhando com o fracasso do migrante nordestino que desde 2002 se hospeda no Palácio da Alvorada, essa gente deu de acordar e dormir orando para que o país inteiro fosse para o buraco (sifu, diria em português-pra-trabalhador-petista o médico desalmado da metáfora infame). Pois agora essa gente partiu para a radicalização. "Tem gente que vai deitar rezando: ‘Tomara que essa crise pegue o Brasil pra esse Lula se lascar’", revelou o presidente num dos improvisos da safra de dezembro. Assim já é demais.

Tudo bem que um punhado de maus brasileiros torça contra Lula. Até que o Datafolha e o Sensus anunciem que a avaliação da performance do campeão chegou a 100% de ótimo ou bom (talvez 102%, já que a margem de erro é de 2% para cima e 2% para baixo), até que dê traço no Ibope o balaio de gatos pingados que insistem em fazer reparos a uma performance perfeita, Lula tem de aturar invejosos incuráveis e os demais inconformados com o desempenho do maior dos governantes desde a chegada das caravelas.

Tudo bem que essa gente viva exibindo olheiras de galã de cabaré por sonhar acordado com o fiasco daquele que se mostrou mais esperto que Getúlio Vargas, mais sedutor que JK, melhor que todos os antecessores desde a chegada das caravelas, incluídos os três governadores-gerais e os dois imperadores. O que não se pode tolerar é essa gente rezando pelo triunfo da crise econômica. Coisa de traidor da pátria, inimigo da nação, quinta-coluna de quinta categoria. Quem topa até morrer afogado desde que o timoneiro também afunde com o barco não merece o anonimato concedido por Lula.

Quem é essa gente?, perguntam milhões de brasileiros ao detentor do segredo. Só o presidente, pelo jeito, sabe o nome completo, data e local do nascimento, estado civil e signo de cada sócio do clube do contra. Publicamente, só parecem contentes com a crise ministros de Estado, figurões do PT e oficiais da tropa revolucionária bolivariana. Mas não torcem contra Lula, nem contra o país. Torcem contra o imperialismo ianque em particular e o capitalismo em geral, ambos condenados pela crise a morrer por afogamento.

Essa gente também não inclui os banqueiros, todos felizes com os lucros obtidos ou por obter e com o pronto-socorro montado pelo governo. Tampouco os empresários da indústria automobilística, cada vez mais animados com o gentil patrocínio dos cofres federais. Nem os chefões da telefonia, que Lula tem tratado com cuidados de pai. Muito menos os grandes comerciantes, satisfeitos com os sucessivos pedidos do presidente para que a freguesia gaste até o que não tem neste Natal.

Os pobres que ainda esperam a vez de subir para a classe média não enxergam uma só nuvem no céu de brigadeiro. Acham que 2009 será ainda melhor que 2008, que foi ótimo. A velha classe média nem quer ouvir falar em crise. Teme o desemprego, a inflação, a erosão do poder de compra, sobretudo a suspensão das viagens anuais a Buenos Aires. Os reacionários golpistas e os grã-finos paulistas estão concentrados em salvar o que restou de aplicações desastradas. Os suspeitos de sempre desta vez estão fora. Só Lula pode dizer quem é essa gente.

Num dos discursos da semana, o orador infatigável tornou a explicar que a economia brasileira cresceu nos últimos anos porque era ele o presidente, não porque o mundo andou bem, mas a economia brasileira está sujeita a abalos não porque é ele o presidente, mas porque o mundo anda mal. Noutro improviso, evocou de novo a misteriosa entidade: essa gente continua ajoelhada no altar dos santos milagreiros, à espera do desastre tremendo. Se algo der errado, os queixosos que procurem o guichê dessa gente. Não é muita, reiteram as pesquisas. Mas é poderosa. Consegue até transformar marolinha em tsunâmi.

Se descobrissem seu endereço, os brasileiros que pensam tratariam de pedir, no minuto seguinte, um presente de Natal. Em vez de usar tanta força para piorar o Ano-Novo (e castigar tanto culpados quanto inocentes), essa gente poderia melhorar 2009 com um pequeno milagre: obrigar o presidente a parar de dizer tanta bobagem.

em Coisas da Política - Jornal do Brasil

Ainda o Mensalão

O processo do mensalão – que começou a correr no Supremo Tribunal Federal em agosto do ano passado, com o acolhimento da denúncia contra 40 réus, à frente o ex-ministro José Dirceu – vai entrar em 2009, numa outra longa fase: a inquirição das testemunhas da defesa. Na última terça-feira, o ministro-relator da ação penal (nº 470), Joaquim Barbosa, proferiu despacho em ofício à juíza da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Maria de Fátima Pessoa Costa, que informava estar tomando o depoimento das últimas testemunhas de acusação domiciliadas em Brasília, constantes da lista de 41 pessoas apresentada, em junho último, pelo procurador-geral da República.

No despacho – ao determinar a “extração de cartas de ordem para a oitiva das testemunhas de defesa, que deverão ser realizadas, por delegação deste relator, pelos juízos federais com competência no lugar de residência das testemunhas” – o ministro Joaquim Barbosa solicita “máxima urgência e empenho na realização da diligência, tendo em vista o grande número de testemunhas arroladas e o perigo de esta fase da ação penal se arrastar excessivamente no tempo, comprometendo o bom andamento do feito”.

O ministro Joaquim Barbosa não confirma nem desmente ter ficado insatisfeito com a marcha lenta da tomada dos depoimentos das testemunhas de acusação, sobretudo no que se refere às domiciliadas em Brasília. O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, informou-lhe que havia ainda um obstáculo à conclusão das inquirições por ele requeridas.

O deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) – que teria feito a apresentação dos parlamentares do PT ao publicitário-empresário Marcos Valério – tem, como congressista, a prerrogativa de marcar o dia e a hora para ser ouvido. Enquanto não o fizer, o ministro-relator não pode dar seguimento ao processo.

por Giulio Sanmartini

Sobre Esquimós e Larápios

Dizem que os esquimós têm 32 diferentes palavras para descrever a neve, elemento onipresente em sua vida. Não sei quantas temos, no Brasil, para falar de desonestidade, mas – para início de conversa – além de ladrão e corrupto, me ocorrem meliante, gandaia, bandalheira, larápio, picareta, maracutaia, batedor de carteira, gatuno, trambicagem, safadeza, bandido e malandro.

Curiosidades etimológicas à parte, isso certamente confirma que a questão vem de longe, e que não por acaso permeia a vida e a língua que hoje une mais de 180 milhões de brasileiros.

É evidente que a desonestidade não é um fenômeno nativo nem recente. Existe desde que os homens desenvolveram o conceito da honestidade e seu oposto e se encontra em todas as culturas e línguas desde o início da civilização – inclusive nas leis e religiões que há tantos milênios visam a reprimi-la e puni-la.

É aí que fico fascinado com o que me parece ser uma das principais e mais urgentes questões da nossa vida pública: a impunidade. Pois, se é verdade que na vida real somos todos permanentemente tentados a cometer uma ou outra desonestidade, é também verdade que a grande maioria consegue resistir às tentações correspondentes por uma mistura de ensinamentos, princípios éticos ou religiosos e – certamente – receio de alguma punição.

Como múltiplas reportagens (...) vêm mostrando ao longo do tempo, o que diferencia o Brasil dos países mais avançados e desenvolvidos do planeta não é o número de casos em que nossos governantes desviam recursos públicos ou se aproveitam de seu cargo para obter vantagens ilícitas. Isso, infelizmente, parece ser uma constante planetária. O que varia muito de um país para outro é o que acontece aos transgressores quando descobertos. É o que lhes acontece em seguida.

A progressiva – e muito bem-vinda – institucionalização do país vem resultando em crescente número de investigações e denúncias nessa frente por parte da Polícia Federal, do Ministério Público e da grande imprensa. Mas o que vem acontecendo em seguida? As ações entre amigos no âmbito legislativo, o corporativismo, o nosso tortuoso sistema jurídico e os intermináveis recursos de muitos competentes e bem remunerados advogados vêm se juntando para frustrar praticamente todas as tentativas de punir os governantes que – em todos os níveis da vida pública nacional – abusam da sua autoridade, traindo a confiança dos seus eleitores, desviando recursos públicos e se locupletando impunemente.

Sei que é virtualmente impossível esperar que todos os nossos prefeitos, vereadores, deputados, senadores, governadores e outros dirigentes políticos sejam íntegros e dedicados apenas à boa gestão da coisa pública e ao bem comum. E é exatamente por isso que urge acelerar as mudanças indispensáveis para garantir que todos os que violarem a lei sejam não apenas julgados e condenados, mas – quando assim for determinado – que também passem a cumprir sua pena na prisão. Pois um bom sinônimo de desonesto é indigno. E servidor do povo indigno não pode e não deve escapar incólume.

Somente quando virmos cada vez mais corruptos atrás das grades é que poderemos finalmente festejar o fim da impunidade que tantos males tem trazido ao país.

por Roberto Civita

terça-feira, 23 de dezembro de 2008


Formando Perfeitos Idiotas

De um total de 96 cursos superiores de instituições particulares que obtiveram nota um – a mais baixa possível – no último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), 67% deles estão credenciados pelo Ministério da Educação para oferecer bolsas de estudo a alunos de baixa renda no Programa Universidade para Todos (ProUni). É o que aponta levantamento feito pela Agência Brasil. Da lista dos 127 cursos com nota 1 foram excluídas 31 universidades públicas que, por sua natureza, não fazem parte do programa.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), o problema acontece porque, de acordo com a lei do ProUni, a instituição só pode ser descredenciada após dois resultados ruins no Enade. Mas como cada área é avaliada de três em três anos, há a possibilidade de os cursos mal avaliados receberam alunos pelo ProUni durante esse período.

“Como o ciclo [avaliativo] foi iniciado com uma portaria em fevereiro de 2007, ele precisa se completar. Essa exigência de qualidade na educação superior ainda está passando por uma transição, mas com um ou dois anos estará sendo aplicada de maneira irreversível. Por enquanto, nós trabalhamos nos limites do marco estabelecido pelo Poder Legislativo”, afirma a secretária de Ensino Superior do ministério, Maria Paula Dallari Bucci.

Para o professor da Universidade de São Paulo (USP) Romualdo Oliveira, especialista em ensino superior, a lei que regula o programa é falha por não apresentar nenhuma exigência de desempenho mínimo dos cursos credenciados. Em troca da oferta de bolsas integrais e parciais, as instituições privadas de ensino recebem incentivos fiscais por parte do governo. Romualdo defende que o acesso a cursos de má qualidade, por meio do ProUni, pode prejudicar o futuro dos bolsistas.

“É uma contradição porque o governo está financiando cursos de baixa qualidade, o que provavelmente vai resultar em uma exclusão do aluno no futuro em termos de mercado. Você protela o desemprego”, avalia.

A secretária Maria Paula ressalta que as bolsas adicionais que não recebem contrapartida do governo, previstas em portaria do MEC, não podem ser oferecidas por cursos de nota 1 e 2. “A leitura que deve ser feita não é a de que vamos esperar dois ciclos avaliativos de braços cruzados. Ao longo desse tempo, todas as medidas previstas na lei já estão sendo implementadas. Os cursos estão sendo chamados para assumir termos de saneamento e, em alguns casos, com corte de vagas. A exigência de qualidade virá por todos os instrumentos e todas as oportunidades que a lei faculta”, justifica Maria Paula.

Na opinião do professor Oliveira, sem uma cláusula de barreira para garantir a qualidade do ensino oferecido aos alunos, o programa “vende gato por lebre”. “Eu tenho uma crítica ao próprio programa, não acho que seja uma alternativa de viabilização de acesso ao ensino superior justamente porque subsidia cursos de má qualidade. Seria mais eficiente usar esses recursos para a expansão do ensino superior público, porque nesse há garantia de uma boa educação”, defende.

A secretária recomenda aos candidatos de bolsas no ProUni que procurem saber mais sobre a qualidade do curso antes de se inscrever. "Já que a questão econômica está equacionada, o bolsista, ao fazer a sua escolha, não precisa escolher o curso olhando se ele poderá ou não pagar a mensalidade. Ele deve observar se o curso atende à demanda dele e se é qualificado, se informar para saber se aquele é um bom curso, porque é a formação dele que está em jogo", indica.

Desde a criação do ProUni, em 2005, já foram distribuídas mais de 430 mil bolsas. Para concorrer, o aluno precisa ter cursado todo o ensino médio em escola pública. As bolsas parciais, que custeiam 50% do valor da mensalidade, podem ser pleitadas por estudantes cuja renda per capita familiar é de até três salários mínimos. Já as bolsas integrais são restritas a alunos com renda familiar de até um salário mínimo e meio por pessoa.

Na última edição do programa, cujas inscrições encerraram-se na segunda-feira (15) da semana passada, foram oferecidas 56 mil bolsas. A uma semana do término das inscrições, os candidatos passavam de 320 mil.

por Amanda Cieglinski, da Agência Brasil



Tenho muitos conhecidos que, embora não freqüentem meu bloig, acham que eu torço prá que tudo dê errado no país.

Não. Eu não torço prá que tudo dê errado; torço, isso sim, prá que tudo dê certo da forma certa. O que não está ocorrendo. Assim, torço prá que a crise pegue bem mais do que pegou até agora, prá ver se o "comandante" Mula tem realmente todo esse aparato que diz ter no controle da marolinha.

E não torço prá que a educação piore mais do já está. Fico-me perguntando, inclusive: onde estão aqueles esquerdistas que, até antes do apedeuta nos (des)governar, ficavam bradando contra o que chamavam de "privatização" da educação e pediam a melhoria do ensino? Onde está a UNE? Brigando pela posse da emissão das carteirinhas para pagar meia-entrada em cinemas e espetáculos e ajudando o MST e a Força Sindical a fazer baderna no sociedade?

Aliás, as esquerdas - inclusive essa massa de manobra ignara do PT/PSOL/PSTU/PC do B -, que tanto invocam a Declaração Universal dos Direitos Humanos, deveriam prestar mais atenção no que esta diz a respeito de ensino:

Artigo XXVI.
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.

Viram? A instrução superior deve estar baseada no mérito! O que isto quer dizer? Ora, os melhores, aqueles que realmente tem preparo para passar num vestibular de uma instituição de ensino qualificada, deverão cursar tais cursos. E estes devem preparar os acadêmicos para o mercado de trabalho, a fim de continuem sendo os melhores.

Mas o que vem fazendo "noço guia" e seus palermas? Sucateando ainda mais o ensino. E erram aqueles que dizem que políticas como estas, ditas de afirmação e inclusão, são somente populistas ou eleitoreiras. Na verdade, elas têm um outro fim: a cubanização do Brasil.

Lembrem-se que Cuba é considerada, pelas esquerdas, como o paraíso, inclusive do saber.

Quantas vezes não nos deparamos com comentários de que os médicos cubanos estão entre os melhores do mundo (embora Fidel tenha preferido um médico espanhol que não estudou em Cuba para operá-lo, talvez por conhecer a realidade da ilha-cárcere).

Sabemos que a prisão dos Castro está cheia de taxistas-advogados, médicos-garçons, administradores de empresa-porteiros, entre outros tipos "formados" em Universidades cubanas.

E todos ficam quietinhos, porque "Esteban", como os "cubanos descalços" o chamam, sempre foi um ótimo governante.

Assim, "noço guia" investe em "universidades", prounis, enades, cotas de inclusão e outras mendácias e não faz qualquer alusão em melhorar o ensino básico para que o cidadão possa enfrentar um vestibular numa faculdade de qualidade e passar por seus próprios méritos, como cita a Declaração Universal dos Direitos Humanos, como já disse acima, e que os petralhas adoram ficar citando e usando como se fosse, com o perdão da palavra, "pano de bunda".

Mas ora, onde está o mérito destas "assões afirmativas", que irão trazer, para o mundo real, pessoas completamente desqualificadas profissionalmente? Em lugar nenhum. Sequer em Cuba.

Pensando, porém, como um liberal, surge a pergunta: todo brasileiro tem o direito de fazer um curso ruim? Sim, claro. Desde que com seu (dele) dinheiro. Com dinheiro público, não pode. É como credenciar um médico-açougueiro para atender pacientes pelo SUS.

É importante acabar com essa mistificação em torno dos "dipromas". Pessoas com formação universitária tendem a ganhar mais porque, regra geral, as profissões que exigem curso superior são mais bem-remuneradas. Mas, para tanto, precisam estar na profissão. E, para que atuem na área do curso que escolheram, têm de estar muito bem capacitadas.

Como disse Reinaldo Azevedo em sua coluna, "há um certo laxismo que supõe que a expansão de faculdades e estudantes universitários acabe trazendo, em algum momento, um salto de qualidade — e o mercado se encarregaria de fazer a seleção: os melhores acabariam nas melhores escolas e empregos, e os piores, nas piores. Assim seria se a grana oficial não estivesse metida nessa

"Se 30% dos cursos pagos pelo governo estivessem entre os piores, já seria uma lástima. Mas estamos falando de quase 70%. Se o Estado dá o dinheiro, a contrapartida tem de ser a qualidade. Nada menos. E o governo Lula golpeou esse princípio de dois modos:

- quando mudou as regras do antigo provão; o atual Enade já faz uma avaliação muito menos eficaz do que o exame anterior; tanto é assim que as instituições particulares pararam de brigar para ter 'doutores' no corpo docente;

- quando fez do ProUni um mero programa de preenchimento de vagas ociosas nas piores faculdades e universidades do país".

Diferentemente de Cuba que, logo após a Revolução de 1959, exterminou 10% de sua população mais qualificada (médicos, advogados, policiais, administradores de empresas etc.) à bala, nossos governantes querem eliminar toda a população através do emburrecimento progressivo. Mas todos com "dipromas de faculdade". Assim, poderemos trocar "profiçonais" com a ilha-prisão sem temor algum. Assim, o grande gulag que irá se tornar a América Latina poderá intercambiar qualquer "perfeito idiota" entre seus estados.

Já pensou, que beleza? O Brasilistão poderá enviar médicos-lixeiros para o Venezuelistão, que por sua vez trocará analistas de sistemas-costureiras com o Chilestão, que enviará sociólogos-porteiros para o Bolivistão. Tudo sob a supervisão dos Castro e seus comparsas do Foro de São Paulo.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Os Perfeitos Idiotas

Conheço o complexo de hotéis da Costa do Sauípe, na Bahia, onde se deu a tal Cúpula da América Latina e do Caribe. Há áreas com extensos gramados. Depois será preciso verificar o estado das gramíneas. É possível que boa parte tenha sido consumida até a terra nua. As palavras “perfeito idiota” que abrem o título deste post estão no livro “Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano”, de Álvaro Vargas Llosa (filho do romancista peruano), Plinio Apuleyo Mendonza e Carlos Alberto Montaner. No Brasil, foi publicado há 11 anos, antes ainda da tal “onda vermelha” na América Latina. Trata-se de uma crítica severa às esquerdas do continente, que centravam a sua política no ataque “ao imperialismo” — com forte sotaque, como não poderia deixar de ser, antiamericano. Pois é... Boa parte delas chegou ao poder. E agora explico a referência à grama.

Llosa chegou a criar uma distinção entre as esquerdas latino-americanas: haveria a “carnívora”, como a dos irmãos homicidas Fidel e Raúl Castro e do bandoleiro Hugo Chávez, e a “vegetariana”, do Estimado Apedeuta, entre outros. Jorge Castañeda, intelectual mexicano, ex-esquerdista, hoje moderado (ajudou Vicente Fox a derrotar o PRI no México e foi seu chanceler), também vê as diferenças entre a “boa” e a “má” esquerdas latino-americanas. Lamento. Tanto o conservador como o ex-esquerdista estão errados neste particular. E, no dia 13 de janeiro, expliquei por quê.

Esquerda vegetariana? Data venia, isso não passa de besteira. Até porque a esquerda lulista, se for o caso, deve ser chamada de “herbívora”. E do tipo ruminante.

A diferença não é ideológica ou de essência. A diferença está na história. Explico-me. Os “carnívoros” de Llosa — ou “esquerda má”, na definição de Castañeda — chegaram ao poder à esteira de severas crises institucionais em seus respectivos países. A “esquerda boa” (dita “vegetariana”) assumiu o poder num quadro de estabilidade institucional. Foi assim com Bachelet, no Chile, e com Lula no Brasil.

Para ficar no exemplo doméstico, note-se que Lula não é Chávez porque não pode, não porque não queira. Quem o impede são as instituições fortalecidas, que herdou de FHC e que não conseguiu, embora tenha tentado, enfraquecer. Basta lembrar quantas vezes essa gente tentou botar canga na imprensa. Observe-se, também, que Lula tem sido, sim, um aliado incondicional — INCONDICIONAL, repito — de Hugo Chávez e Evo Morales. No ambiente internacional, a agenda brasileira é, sem tirar nem pôr, a da esquerda.

O que estou dizendo é que essas diferenças a que aludem tanto Castañeda como Llosa são absolutamente irrelevantes. Lula leva o desprestígio das instituições, no Brasil, até onde é possível levar. Se mais não faz, é porque mais não pode.

E hoje...Pois é... Vejam que a “esquerda vegetariana” — NA VERDADE, HERBÍVORA — acaba de incluir Cuba na tal Cúpula da América Latina e do Caribe (CALC). E que exigência se fez àquela tirania? Nenhuma! Ao contrário: Raúl Castro, com 95 mil mortos nas costas, foi tratado como herói e resistente. Sob o comando de Lula, o encontro pediu o fim do embargo americano à ilha (irrelevante, insisto, para a miséria em que vive o povo). E, de novo, sem quaisquer condicionantes.

Castañeda e Llosa não se davam conta, então, que a dita esquerda “vegetariana” (herbívora) era só uma espécie de veículo da esquerda “carnívora”. Alguém poderia perguntar: “Mas que mal tem isso, Reinaldo?” O avanço de regimes que flertam abertamente com a ditadura, como se dá na Venezuela, no Equador e na Bolívia, e a admissão de uma ditadura descarada no grupo dos países respeitáveis — segundo Lula, essa foi a maior conquista da reunião na Costa do Sauípe.

A confusão é gigantesca. Alexei Barrionuevo, do The New York Times, escreve sobre a cúpula: “Apesar de toda a popularidade do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, aliado dos EUA, o Brasil não conseguiu impedir os líderes de celebrar a inclusão do presidente cubano, Raúl Castro, nesse encontro. Lula também não pôde impedir que os outros presidentes aproveitassem a ocasião para atacar os Estados Unidos e a Europa por seu papel na crise econômica global, que também afeta a região.”

Viram só? Barrionuevo, coitado!, não entendeu nada. Em primeiro lugar, não sei por que a popularidade de Lula teria alguma interferência numa reunião de chefes de estado. Em segundo, notem que, para ele, o brasileiro estaria algo contrariado com a “celebração” a Raúl Castro e com os discursos antiamericanos. Epa! Calma lá! Ele foi o chefe da torcida — não tão caricato quanto um Chávez ou um Evo Morales. Mas é fato que pôs o indiscutível peso do Brasil na região a serviço de um discurso jurássico. Ou como ler o que publica hoje o Estadão? “Lula afirmou ontem no encerramento da CALC que, para enfrentar a crise financeira internacional, os países da região devem reforçar a intervenção do Estado na economia. Lula também recomendou que as economias regionais evitem optar pelo ajuste fiscal. "O Estado, que não valia nada, passou a ser o salvador da pátria", afirmou Lula, referindo-se às medidas adotadas pelos países desenvolvidos e por nações latino-americanas, que vêm investindo dinheiro do governo em bancos privados e no setor produtivo.”

Num daqueles momentos em que a sua retórica assombra o mundo, o brasileiro mandou ver: “Éramos um continente de surdos, que não nos enxergávamos". Não entendi se a cegueira se juntava à surdez ou se o Apedeuta citava, indiretamente, Elias Canetti e prometia escrever o seu “Uma Luz em Meu Ouvido”... Mais compatível com a reunião, lembrei-me também da figura dos três macaquinhos, mas com uma diferença: a América Latina até podia tapar os olhos e os ouvidos, ser cega e surda, mas tinha e tem uma língua imensa, fala pelos cotovelos — e sempre culpando terceiros pelos seus próprios desastres.

Sei... Há muita gente entusiasmada com tudo isso etc e tal. Bom divertimento. Da formidável jornada de Lula no que pretendem seja a nova política externa brasileira, já podemos colher alguns resultados. Quando o Apedeuta assumiu, o país respondia por 1,1% do comércio mundial. Antes da crise, já estava em 1,1%... Antes de ele assumir, o Brasil guardava prudente distância de ditadores de qualquer viés. Hoje em dia, avançamos muito: já aprendemos a tratar bem os ditadores e candidatos a tanto. Um avanço espetacular.

Ontem, a Câmara aprovou o ingresso da Venezuela no Mercosul — que também TINHA a “democracia” como critério de inclusão (e de exclusão). Ora, Lula já afirmou que o país do bandoleiro é democrático até demais...

Quem disse que não pode haver harmonia entre herbívoros e carnívoros?

por Reinaldo Azevedo

Cuba Lançando - Ainda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 18, que os embargos econômicos a Cuba não têm sustentação política, ética e moral. Em discurso de recepção ao presidente cubano Raúl Castro, no Itamaraty, Lula voltou a defender a revogação do ato de exclusão de Cuba da Organização dos Estados Americanos (OEA) e pedir o fim do bloqueio à ilha imposto pelos Estados Unidos. "É por isso que o Brasil vai se empenhar para a volta de Cuba à OEA", disse Lula.

Lula, em seu discurso, lembrou que a revolução cubana de 1959 serviu de fonte de inspiração para uma geração brasileira durante o regime militar brasileiro (1964-85). "O patrimônio desse povo revolucionário (cubano) nos inspirou nos tempos terríveis da opressão e continua a nos motivar na construção de um mundo melhor", disse. "Muitas gerações de brasileiros, inclusive a minha, celebraram as transformações sociais que Cuba realizou, nesses últimos 50 anos, e estas mudanças colocaram o seu país na condição de nação extremamente desenvolvida em matéria de saúde e educação", completou.

No discurso, Lula pediu mudanças no sistema econômico e político internacional. "Quando a ganância de uns poucos ameaça as legítimas aspirações de bem-estar de muitos, torna-se inadiável uma profunda revisão no sistema financeiro internacional", afirmou o presidente. "Isso exige que os países em desenvolvimento tenham a voz mais ativa nas decisões que afetam toda a humanidade", completou. Lula ainda elogiou Raúl Castro pela adesão de Cuba a tratados internacionais nas áreas de direitos civis, políticos, econômicos e sociais e culturais. "Isso demonstra que o caminho é o da negociação e não apenas o enfrentamento", disse. O presidente observou que a balança comercial entre os dois países se multiplicou cinco vezes desde 2002. No ano passado, a corrente de comércio somou US$ 412 milhões. Ele defendeu parcerias comerciais e tecnológicas, principalmente nas áreas de agricultura, saúde e exploração de petróleo e gás em águas profundas.

Após o discurso de Lula, Raúl Castro agradeceu o governo brasileiro pela "permanente rejeição" ao bloqueio econômico imposto a Cuba pelos Estados Unidos. Ele defendeu a integração dos países do continente. "Nós, os latinos americanos, somos maiores de idade e já podemos ter voz própria e dizer para os vizinhos do norte do nosso continente, da Europa, da Ásia, do mundo inteiro que podemos dar passos que nos conduzam a outra situação", disse. Ele lembrou que o irmão, o ex-presidente Fidel Castro, tem muito afeto pelo povo brasileiro e por Lula.

Raúl Castro disse que Cuba e Brasil trabalham para que os países do continente não tenham intermediários e possam lutar pelo multilateralismo e pela livre determinação dos seus povos. O presidente cubano ainda agradeceu a Lula pela ajuda do governo brasileiro às vítimas de furacões que, neste ano, causaram danos à ilha. Segundo ele, essas perdas representaram 20% do PIB cubano.

Por Leonencio Nossa, no Estadão Online
discurso feito por Lula em 2005 tecendo loas aos membros da entidade.

Agora, os esquerdistas, enriquecidos pelo dinheiro que tiram dos governos, fazem cada vez mais foros (UNASUL, CALC, Mercosul etc.), mas todos eles são apenas mesas diversas para a mesma conversa: a dominação completa da América Latina e a fundação da URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina), a fim de "recuperar aquilo que se perdeu no Leste Europeu".

Precisamos URGENTEMENTE nos unir à recém fundada UnoAmérica, dando-lhe apoio para que possamos rechaçar esta estratégia de dominação das esquerdas, antes que terminemos num gulag, numa prisão, como em Cuba, ou num "paredón".

É nosso dever começar a tentar convencer as pessoas menos esclarecidas de que, apesar da aparente calmaria econômica e das bolsas-migalha, o que nosso governante e seus apaniguados, juntamente com os governantes participantes do Foro de São Paulo, querem-nos apenas como escravos, e que, em breve, vão tirar-nos toda e qualquer liberdade que ainda nos resta!



Estamos chegando lá! Em 1990, quando Lula/PT e Fidel/PC Cubano fundaram o Foro de São Paulo, congregando partidos e entidades de esquerda da América Latina - incluindo as FARC -, houve grande interesse em esconder as relações entre todo este pessoal.Várias denúncias foram feitas durante todos estes anos, mas até hoje, muitas pessoas ou desconhecem do que se trata esta entidade ou pensam tratar-se de alguma "teoria da conspiração".

A partir de algumas reportagens feitas por alguns veículos nacionais sérios da mídia (Veja e Estadão), muitas pessoas passaram a acreditar na existência do Foro, principalmente a partir do

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Cuba Lançando

Em outros tempos, o ingresso de Cuba no tal Grupo do Rio, sob o patrocínio do Brasil, provocaria um certo alarido na imprensa brasileira. O petralha indagaria: “Nos tempos da ditadura?” Não. Diria que, há coisa de cinco ou seis anos, tal atitude não passaria sem uma crítica severa feita pelos radares, vá lá, democrático-liberais da nossa imprensa. Agora, se houver um muxoxo, será muito. O tal Grupo do Rio reúne países da América Latina e Caribe. Uma das cláusulas de inclusão — e, pois, de exclusão — era a “democracia”. Sim, exigia-se que o país cultivasse um regime democrático. Cuba é uma tirania — notem: nem escrevo “ditadura”, mas tirania mesmo. E é agora membro permanente da tal cúpula.

A reunião se realizou na Costa do Sauípe. A estrela da festa foi o ditador cubano Raúl Castro, que aproveitou para deitar falação contra o embargo americano, afirmando que o país sofre há décadas com isso etc e tal. Conversa. Até quando existia a URSS, a tirania tinha tudo aquilo de que precisava para ser, em suma, uma tirania. Na prática, o embargo hoje já não tem grande importância. O que mantém na miséria a população da ilha é a ditadura.

Celso Amorim, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, não cabe em si de contentamento. Está feliz porque o Brasil conseguiu fazer a reunião sem observadores externos — leia-se assim: ninguém dos Estados Unidos. De fato, trata-se de uma grande honra: a democracia americana não vem nem para olhar, mas se joga no lixo um princípio do grupo e se acolhe uma ditadura. Dela, nada é exigido. Ao contrário: Raúl Castro foi tratado como um grande herói. Entre os presentes, notórios aproveitadores — gente que vem desafiando e humilhando o Brasil nas relações bilaterais: com destaque, Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador); na segunda linha, Fernando Lugo (Paraguai). Todos eles regidos pelo maestro Hugo Chávez (Venezuela).

Amorim foi mais discreto no ataque à OEA, mas Castro, que não está muito acostumado a esses ambientes, vá lá, um pouquinho mais plurais, entregou o jogo: a idéia é fazer o tal Grupo do Rio substituir a OEA — porque, afinal de contas, a Organização dos Estados Americanos conta com a presença dos Estados Unidos. A cúpula da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) aproveitou a oportunidade para uma rápida reunião, formalizando a criação do Conselho Sul-Americano de Defesa — outra tentativa de sabotar a OEA de lado. Não custa lembrar que, no conflito havido entre o filoterrorista Equador e a democrática Colômbia, não fosse a Organização, o país que estava sendo realmente agredido — aquele presidido por Álvaro Uribe — teria ficado sozinho. O Brasil — sim, o Brasil — liderou a tentativa de censura à Colômbia. Por quê? Ora, Brasília não considera as Farc terroristas. Logo, não considerava grave que Rafael Correa abrigasse os bandidos em seu território. Como sei disso? Procurem algum documento da época ou declaração censurando o Equador. Nada! Amorim se mobilizou contra a Colômbia — sem contar o Marco Aurélio Top Top Garcia, que, por estes dias, decidiu submergir um pouco.

Os que, no Brasil, pedem com tanta energia a revisão da Lei de Anistia para punir, como dizem, os torturadores não se importam que Cuba seja paparicada pelo Brasil. A ilha tem reservadas suas masmorras para intelectuais, artistas e oposicionistas em geral. A dupla Castro, por 100 mil habitantes, criou e lidera um regime assassino. Já demonstrei aqui que Fidel é 2.700 vezes mais homicida do que o regime militar brasileiro. Mas o que estou dizendo, não é? Os 95 mil mortos da tirania cubana certamente eram reacionários nojentos, direitistas safados, contra-revolucionários asquerosos, gente que merecia morrer mesmo por não entender os altos desígnios daqueles bravos guerreiros do povo.

Para Lula, este é um momento de ouro. Amorim comentou nestes termos o ingresso de Cuba no grupo: “A posição do Brasil sobre esse tema sempre foi de manter o diálogo aberto. Eu acho que não foi feito com a intenção de pressionar ninguém, isso é uma decisão da América Latina e do Caribe e dos países que integram o Grupo do Rio. Agora, se servir para que o futuro presidente dos Estados Unidos veja para que lado estão soprando os ventos, eu acho válido”. Entenderam? Amorim está mandando um recado para Barack Obama: “Os ventos estão mudando”. Ora, se os ventos mudam porque Cuba passa a integrar um clube, eles mudam necessariamente para pior. Trazem o cheio da morte. Em seu discurso, Raúl Castro teve a coragem de falar dos “muitos que tombaram” para Cuba ser o que é. Nem diga. A sua ditadura matou, reitero, 95 mil pessoas.

por Reinaldo Azevedo

Direitos Humanos e as Esquerdas

Sabemos todos que, nestes dias, estão acontecendo vários encontros de govenantes sul-americanos e caribenhos na Costa do Sauípe, na Bahia. Dentre eles, está o sr. Raul Castro, governante de Cuba, que substituiu seu irmão Fidel.
Vamos ver duas notícias que saíram hoje. Depois, eu as comento.


O presidente de Cuba, Raúl Castro, agradeceu nesta terça-feira, 16, a decisão da América Latina e do Caribe de condenar o embargo dos Estados Unidos a seu país e ofereceu a "modesta" ajuda da ilha caribenha à integração regional. "Em nome de uma Cuba que sofreu quase 50 anos com o bloqueio agradeço aos países da América Latina e do Caribe por seu firme apoio à declaração contra a ilegal e injusta política que viola os direitos humanos de nosso povo", disse o presidente em seu discurso na Cúpula da América Latina e do Caribe.

"Cuba, apesar do vingativo bloqueio, está disposta a compartilhar sua modesta experiência para colaborar com a região, já que a colaboração, junto com a solidariedade e o internacionalismo, constituem a base de nossas relações com o mundo", frisou Raúl.

Com seu discurso nesta terça na Costa do Sauípe, na Bahia, Raúl Castro, que em fevereiro passado assumiu oficialmente a Presidência de Cuba, estreou como governante em fóruns internacionais fora de seu país. Segundo o chefe de Estado cubano, o encontro que reúne pela primeira vez todos os líderes da região sem exclusões e sem a presença de países de fora tem "inquestionável transcendência".

"As condições são propicias para dar andamento a um processo estratégico para os destinos de nossa região", afirmou. Para ele, é necessário passar paulatinamente das palavras aos atos de modo a superar um modelo de integração baseado na "globo-colonização" e alcançar um modelo com base na solidariedade.

"As ações integradoras desta cúpula devem ser guiadas pela cooperação entre nossos povos. É essencial que a cúpula tenha acompanhamento e que não se reduza à oportunidade de nos ver e intercambiar opiniões nesta ocasião", destacou o chefe de Estado.

Segundo Raúl, a América Latina conta para sua integração com recursos, evolução tecnológica e um potencial científico pouco aproveitado. Ele assegurou que uma das prioridades do atual processo tem que ser a busca por uma resposta regional para a situação econômica mundial.

"A complexidade da crise requer uma participação de todos para sua solução. Por isso, realizamos os esforços que conduziram à criação de diferentes grupos de modo a buscar alternativas para uma crise cujos efeitos ainda não se podem prever", sustentou.

da EFE


Autoridades cubanas prenderam mais de 30 pessoas nesta semana, quando foi comemorado o Dia Internacional os Direitos Humanos, disse na quinta-feira a entidade nova-iorquina Human Rights Watch, citando relatos da imprensa e de grupos cubanos.

A entidade afirmou que vários dos presos estavam se dirigindo a Havana para participar de passeatas na quarta-feira, quando foi comemorado o 60º aniversário da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

"O governo cubano deveria libertar de forma imediata e incondicional os dissidentes que foram arbitrariamente detidos nos últimos dias", disse a HRW em nota. O governo cubano não se manifestou, mas costuma chamar os dissidentes de "mercenários a soldo dos EUA".

A nota da HRW diz que alguns dos presos já foram liberados, mas não se sabe quantos permanecem detidos. Entidades do setor dizem que em outras ocasiões o regime cubano já deteve pessoas para impedir sua participação em protestos.

Cerca de 30 parentes e seguidores de dissidentes presos desde 2003 fizeram uma passeata em Havana na quarta-feira para marcar o Dia dos Direitos Humanos. Outro protesto marcado para a capital foi cancelado, por razões desconhecidas.

Recentemente, Cuba assinou dois acordos da ONU sobre direitos civis e políticos, e a União Européia em junho decidiu suspender as sanções que havia imposto a Cuba em 2003 por causa da prisão de 75 dissidentes - dos quais cerca de 50 permanecem encarcerados.

O chanceler Felipe Pérez Roque disse na quarta-feira que Cuba se submeterá no começo de 2009 a uma revisão do Conselho de Direitos Humanos da ONU. A Comissão Cubana para os Direitos Humanos, entidade ilegal mas tolerada pelo governo de Cuba, estima que haja cerca de 200 presos políticos na ilha.

O grupo disse na quarta-feira que cerca de 50 pessoas foram detidas nesta semana para não participar de atividades em Havana.

por Reuters

Tá bem... Tá bom... Então, Cuba só não é um paraíso dos direitos humanos porque o embargo econômico - e não bloqueio, como os bocós esquerdistas adoram dizer - dos EUA (e vejam bem, só os EUA, praticamente, fazem este embargo) é desumano para com o povo da ilha-cárcere?

E estas prisões que ocorreram em Cuba? São justas e democráticas pela visão distorcida destes militontos sub-marxistas?

É assim, na verdade, que Cuba comemora os direitos humanos: revogando todos eles! Porque para os esquerdistas, somente eles têm direitos: direito à vida, direito à felicidade, direito à liberdade, direito ao dinheiro, direito à prosperidade, direito à escravização de todos os outros indivíduos na nação que governam!

Para comemorar, então, a declaração das nações que querem o fim do embargo a Cuba, uma foto recente de Raul, quando tomaram Cuba e organizaram a festinha chamada Revolução Cubana. Ele é o que está amarrando o rapazola que foi friamente assassinado logo depois.

Este é o direito humano que eles mais gostam: direito de ficar calado durante a execução!

Um Século de Hipocrisia

"É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: que admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar - bons cachês em moeda forte; ausência de censura e consumismo burguês. Trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola..."
Roberto Campos

O arquiteto Oscar Niemeyer completou um século de vida sob grande reverência da mídia. Ele foi tratado como "gênio" e um "orgulho nacional", respeitado no mundo todo. Não vem ao caso julgar suas obras em si, em primeiro lugar porque não sou arquiteto e não seria capaz de fazer uma análise técnica, e em segundo lugar porque isso é irrelevante para o que pretendo aqui tratar.

Entendo perfeitamente que podemos separar as obras do seu autor, e julgá-los independentemente. Alguém pode detestar a pessoa em si, mas respeitar seu trabalho. O problema é que vejo justamente uma grande confusão no caso de Niemeyer e tantos outros "artistas e intelectuais". O que acaba sendo admirado, quando não idolatrado, é a própria pessoa. E, enquanto figura humana, não há nada admirável num sujeito que defendeu o comunismo a vida inteira.

Niemeyer, sejamos bem francos, não passa de um hipócrita. Seus inúmeros trabalhos realizados para governos, principalmente o de JK, lhe renderam uma bela fortuna. O arquiteto mamou e muito nas tetas estatais, tornando-se um homem bem rico. No entanto, ele insiste em pregar, da boca para fora, o regime comunista, a "igualdade" material entre todos. Não consta nas minhas informações que ele tenha doado sua fortuna para os pobres. Enquanto isso, o capitalista "egoísta" Bill Gates já doou vários bilhões à caridade. Além disso, a "igualdade" pregada por Niemeyer é aquela existente em Cuba, cuja ditadura cruel o arquiteto até hoje defende.

Gostaria de entender como alguém que defende Fidel Castro, o maior genocida da América Latina, pode ser uma figura respeitável enquanto ser humano. São coisas completamente contraditórias e impossíveis de se conciliar. Mostre-me alguém que admira Fidel Castro e eu lhe garanto se tratar ou de um perfeito idiota ou de um grande safado. E vamos combinar que a ignorância é cada vez menos possível como desculpa para defender algo tão nefasto como o regime cubano, restando apenas a opção da falta de caráter mesmo. Ainda mais no caso de Niemeyer.

Na prática, Niemeyer é um capitalista, não um comunista. Mas um capitalista da pior espécie: o que usa a retórica socialista para enganar os otários. Sua festa do centenário ocorreu em São Conrado, bairro de luxo no Rio, para 400 convidados. Bem ao lado, vivem os milhares de favelados da Rocinha. Artistas de esquerda são assim mesmo: adoram os pobres, de preferência bem longe.

Outro aclamado artista socialista é Chico Buarque, mais um que admira Cuba bem de longe, de sua mansão. E cobra caro em seus shows, mantendo os pobres bem afastados de seus eventos. A definição de socialista feita por Roberto Campos nos remete diretamente a estes artistas: "No meu dicionário, 'socialista' é o cara que alardeia intenções e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros".

Aquelas pessoas que realmente são admiráveis, como tantos empresários que criam riqueza através de inovações que beneficiam as massas, acabam vítima da inveja esquerdista. O sujeito que ficou rico porque montou um negócio, gerou empregos e criou valor para o mercado, reconhecido através de trocas voluntárias, é tachado de "egoísta", "insensível" ou mesmo "explorador" por aqueles mordidos pela mosca marxista. Mas quando o ricaço é algum hipócrita que prega aos quatro ventos as "maravilhas" do socialismo, vivendo no maior luxo que apenas o capitalismo pode propiciar, então ele é ovacionado por uma legião de perfeitos idiotas, de preferência se boa parte de sua fortuna for fruto de relações simbióticas com o governo. Em resumo, os esquerdistas costumam invejar aquele que deveria ser admirado, e admirar aquele que deveria ser execrado. É muita inversão de valores!

Recentemente, mais três cubanos fugiram da ilha-presídio de Fidel Castro. Eles eram artistas, como o cantor Chico Buarque, por exemplo. Aproveitaram a oportunidade e abandonaram o "paraíso" comunista, que faz até o Brasil parecer um lugar decente. Eu gostaria de aproveitar a ocasião para fazer uma proposta: trocar esses três "fugitivos" que buscam a liberdade por Oscar Niemeyer, Chico Buarque e Luiz Fernando Veríssimo, três adorados artistas brasileiros, defensores do modelo cubano. Claro que não seria uma troca compulsória, pois estas coisas autoritárias eu deixo com os comunistas, que abominam a liberdade individual. A proposta é uma sugestão, na verdade. Acho que esses três comunistas mostrariam ao mundo que colocam suas ações onde estão suas palavras, provando que realmente admiram Cuba. Veríssimo recentemente chegou a escrever um artigo defendendo Zapata e Che Guevara. Não seria maravilhoso ele demonstrar a todos como de fato adora o resultado dos ideais dessas pitorescas figuras?

Enfim, Niemeyer completa cem anos de vida. Um centenário defendendo atrocidades, com incrível incapacidade de mudar as crenças diante dos fatos. O que alguém como Niemeyer tem para ser admirado, enquanto pessoa? Os "heróis" dos brasileiros me dão calafrios! Eu só lamento, nessas horas, não acreditar em inferno. Creio que nada seria mais justo para um Niemeyer quando batesse as botas do que ter de viver eternamente num lugar como Cuba, a visão perfeita de um inferno, muito mais que a de Dante. E claro, sem ser amigo do diabo, pois uma coisa é viver em Cuba fazendo parte da nomenklatura de Fidel, com direito a casas luxuosas e Mercedes na garagem, e outra completamente diferente é ser um pobre coitado qualquer lá. Acredito que esse seria um castigo merecido para este defensor de Cuba, que completa um século de hipocrisia sendo idolatrado pelos idiotas.

por Rodrigo Constatino

Por um Planeta Melhor

Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta.

Anônimo

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

América Latina se Une Contra o Foro de São Paulo

É com imensa alegria que o blog divulga a fundação de uma organização que reúne intelectuais, acadêmicos, juristas, escritores e estudantes de vários países da América Latina, em defesa da democracia e da liberdade em nossos países. E com muita honra anuncio que Graça Salgueiro, do NotaLatina, e Heitor De Paola, do Papéis Avulsos, são os representantes do Brasil nesta organização que se chama “União de Organizações Democráticas da América” – UNOAMÉRICA.

A iniciativa da criação desta entidade partiu de Alejandro Peña Esclusa, presidente da ONG Fuerza Solidaria, da Venezuela, que há anos viaja pelo mundo denunciando os ardis do Foro de São Paulo e tentando agrupar pessoas que estejam dispostas a fazer frente ao avanço do comunismo em nosso continente criando um “Anti-Foro de São Paulo”. Finalmente a Federación Verdad Colombia encontrou as condições propícias para organizar o evento que ocorreu neste fim de semana, dias 13 e 14 de dezembro em Bogotá, Colômbia.

Abaixo, segue a tradução, feita por Graça Salgueiro, da nota divulgada por Fuerza Solidaria e a Declaração Final do evento, que dá uma panorâmica do que propõe a UNOAMERICA. Em breve divulgaremos outras notícias a respeito desta entidade que já nasce grande e merecedora de respeito, pois tem como presidente, aclamado por unanimidade, o incansável e abnegado Alejandro Peña Esclusa.


Meus parabéns a todos os participantes pela escolha de Alejandro.Criam confederação de ONGs para enfrentar o avanço do Foro de São Paulo
Bogotá, 14 de dezembro – Foi criada hoje nesta cidade uma confederação internacional de organizações não-governamentais, denominada União de Organizações Democráticas da América – UNOAMÉRICA – cujo objetivo principal será a defesa da democracia e da liberdade, ameaçadas pela expansão do castro-comunismo e sua nova versão, o Socialismo do Século XXI, através do Foro de São Paulo. A reunião fundacional contou com a participação de delegados e adesões da Argentina, da Bolívia, do Brasil, da Colômbia, de El Salvador, do Peru, do Uruguai e da Venezuela.

Os delegados denunciaram os métodos que os integrantes do Foro de São Paulo usam para destruir as democracias e acabar com as liberdades, utilizando mecanismos como as reformas constitucionais e a fraude eleitoral, para controlar os poderes públicos e eternizar-se no poder, assinalando particularmente Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e Daniel Ortega.

Do mesmo modo, acusaram a UNASUL de ser um instrumento do Foro de São Paulo para intervir nos assuntos internos de outras nações e favorecer a seus membros, como ocorre na Bolívia, onde a UNASUL avalizou a gestão totalitária de Evo Morales e tergiversou os fatos sobre o massacre de Pando (Informe Mattarollo), culpando injustamente o governador Leopoldo Fernández. Também criticaram o intervencionismo de Chávez, que financia ilegalmente seus aliados, como o fez com Cristina de Kirchner e o faz agora com o salvadorenho Mauricio Funes, da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN).

Segundo indica sua
declaração final (ler abaixo em português), a Uno-América proporcionará aos setores democráticos do continente um mecanismo de intercâmbio de informação, coordenação e permanente apoio mútuo. Adicionalmente, UnoAmérica elaborará programas de desenvolvimento e industrialização, a fim de resolver os problemas de fundo da região, particularmente o da pobreza, como verdadeiro antídoto ao totalitarismo.

UnoAmérica será presidida por Alejandro Peña Esclusa, presidente da ONG venezuelana
Fuerza Solidaria, que foi eleito por unanimidade, enquanto que a Secretaria Executiva ficará a cargo da Federação de Organizações Não-Governamentais Verdad Colombia. Ao finalizar o encontro, os delegados invocaram a guia e a proteção de Deus, para cumprir cabalmente com seus objetivos, e convidaram todas as forças democráticas da América a incorporar-se a esta iniciativa.
UNIÃO DE ORGANIZAÇÕES DEMOCRÁTICAS DA AMÉRICA
O continente americano atravessa um momento importante. As mais antigas e tradicionais democracias estão ameaçadas por movimentos de procedências duvidosas, como o expansionista Socialismo do Século XXI. À crítica situação venezuelana se unem, entre outros, o Equador, a Nicarágua e a Bolívia, e na mira encontram-se democracias que resistiram a cair nos encantos do prodigioso talão de cheques petroleiro de Hugo Chávez.

Fraude eleitoral, expropriação de terras e empresas, perseguição a líderes da oposição, vínculos com grupos terroristas, malversação de dinheiros provenientes de recursos públicos, censura a meios de comunicação, tolerância com o narcotráfico e desejos de perpetuar-se no poder, são algumas das características de quem lidera o Socialismo do Século XXI.

Os principais grupos terroristas do continente se uniram a representantes de governos e partidos políticos afeitos a movimentos extremistas, e conformaram um engendro que se conhece como Foro de São Paulo. Desde sua fundação, a cargo de Fidel Castro, até seus recentes encontros liderados por Hugo Chávez, esse Foro se caracterizou por servir de porta-voz dos grupos terroristas para o logro de seus objetivos políticos e armados.

Preocupados pelo destino dos países do continente, um grupo de analistas e representantes de organizações não-governamentais, nos unimos para formular alternativas de solução frente à crescente ameaça expansionista de movimentos extremistas. Convidamos-lhes a conhecer, por meio de nossa página eletrônica, a
União de Organizações Democráticas da América – UNOAMÉRICA.

A Elite que Virou Massa

Em 1939, Eric Voegelin observava que as condições essenciais para a democracia, tal como haviam sido concebidas no século XVIII, já não existiam mais. De um lado, a economia e a administração pública tinham se tornado tão complexas que o cidadão comum já não preenchia as condições mínimas para formar uma opinião racional a respeito: sua razão refluíra para o círculo estreito das atividades profissionais e familiares, deixando suas escolhas políticas à mercê de apegos emocionais, desejos pueris, sonhos e fantasias que o tornavam presa fácil da propaganda totalitária. De outro lado, as novas classes surgidas na sociedade moderna – o proletariado urbano, o baixo funcionalismo público, os empregados de escritório – eram bem diferentes dos pequenos proprietários que criaram a democracia iluminista: eram exemplares do “homem massa” de Ortega y Gasset, menos inclinados à busca da independência pessoal do que a confiar-se cegamente à mágica do planejamento estatal e da disciplina coletiva. Tudo, no mundo, convidava ao totalitarismo.

Passados setenta anos, a composição da sociedade tornou-se ainda mais vulnerável à manipulação totalitária. O advento de massas imensas de subempregados, dependentes em tudo da proteção estatal, somada à destruição da intelectualidade superior por meio da transformação global das universidades em centros de propaganda revolucionária, reduziu praticamente o eleitorado inteiro à condição de massa de manobra. As conseqüências disso para a democracia foram devastadoras:

  1. A quase totalidade dos eleitores já nem tem idéia do que possa ter sido a independência pessoal, e aqueles que ainda sabem algo a respeito estão cada vez mais dispostos a abdicar dela em troca da proteção governamental, de benefícios previdenciários, etc.;
  2. A defesa das liberdades públicas e privadas tornou-se irrelevante. A mística do “planejamento” apossou-se de todas as conciências ao ponto de que o que resta de debate público ser hoje nada mais que o confronto entre diferentes – e em geral não muito diferentes – planos mágicos;
  3. A possibilidade mesma de iniciativas sociais independentes foi praticamente eliminada, na medida em que a regulamentação das ONGs as transformou em extensões da administração estatal e em instrumentos de manipulação das massas pela elite iluminada e bilionária;
  4. A “liberdade de opinião” tornou-se apenas a liberdade de aderir a distintos ou indistintos discursos de propaganda pré-moldados. O exame racional da situação tornou-se virtualmente incompreensível, sendo marginalizado ou absorvido, "malgré lui", em algum dos discursos de propaganda existentes.
  5. A implantação de políticas de controle totalitário – da economia, da cultura, da religião, da moral, da vida privada – mostrou-se plenamente compatível com a subsistência do processo eleitoral formal, hoje tido como suficiente para conferir a uma nação o título de “democracia”. Com esse nome ou o de “democracia de massas”, a ditadura por meios democráticos tornou-se praticamente o regime universal.
  6. Restringir o uso da racionalidade às atividades profissionais imediatas, abandonando as escolhas políticas à mercê de sonhos e desejos irracionais, deixou de ser um hábito limitado às classes populares. As próprias “elites”, hoje em dia – empresários, militares, jornalistas e formadores de opinião em geral – são tão dependentes de propaganda, slogans e imagens ilusórias, tão incapazes de um exame realista do estado de coisas, quanto os empregadinhos de escritório de que falava Eric Voegelin. Se um analista político lhes dá fatos, razões, diagnósticos fundamentados e previsões acertadas, a “elite” se sente mal. Ela não se ofende quando você lhe sonega a verdade, como ocorreu no caso do Foro de São Paulo ou da biografia de Barack Hussein Obama, mas quando você lhe conta alguma verdade que divirja das pseudocertezas estereotipadas da mídia popular, hoje investida de autoridade pontifícia. A elite, em suma, tornou-se massa – e, como massa, não quer conhecimento, visão, maturidade: quer aquele reconforto, aquele amparo psicológico, aquelas ilusões anestésicas que os manipuladores totalitários jamais deixarão de lhe fornecer.

O exercício da razão, hoje, é um privilégio dividido entre os grandes planejadores estratégicos e engenheiros comportamentais, que por motivos óbvios não pensariam em partilhá-lo com ninguém mais, e os estudiosos independentes que tentam em vão partilhá-lo com quem não o deseja.

por Olavo de Carvalho

Sobre o Desarmamento no Brasil

"Uma arma de fogo não pode ferir ninguém, a menos que exista um ser humano para puxar o gatilho. Dez milhões de armas seriam inofensivas, a não ser que algum humano seja motivado pelo ódio, ganância ou preconceito. Assim, essa controvérsia sobre armas transforma-se num problema espiritual. Embora leis restritivas sobre armas possam ter algum efeito em mostrar ao mundo que estamos preocupados com o problema da violência, esta é, realmente, relacionada com o coração e a consciência humana. Se os homens tiverem o desejo de matar e mutilar, eles acharão um jeito, com ou sem armas"
Reverendo Billy Graham, 1968


O Alto Comissário do Povo para a Justiça, Tarso Genro, é um cidadão preocupado com a segurança da sua amada família. Não é por acaso que ele possui duas armas registradas em seu nome: um revólver e uma pistola. Ele sabe que assaltantes, assassinos e estupradores não se importam com o que está escrito no código penal. Sabe também que no seu estado, o Rio Grande do Sul, os homicídios aumentam a cada ano, mesmo após a entrada em vigor da lei nº 10.826/2003, o Estatuto do Desarmamento (v.
Relatório de Homicídios no Brasil - Ministério da Saúde – MS - SVS. 2007).

No entanto, ao mesmo tempo em que demonstra tamanha sensatez no âmbito familiar, nosso Comissário parece não se importar com a segurança do resto da população. Bem protegido com suas armas, Tarso Genro tem promovido uma intensa campanha para o desarmamento civil mesmo após o sonoro NÃO recebido no Referendo em 2005.

Nossos amigos marxistas devem estar desconfiados. Tarso, marxista-leninista e autor do livro “Lênin Coração e Mente”, não se lembra mais das recomendações de Marx e Engels sobre o “armamento de todo o proletariado, com fuzis, carabinas, canhões e munições”. Por que ele estaria desarmando o povo? Terá ele se tornado um inimigo do povo ao assumir o poder? Ou será que ele sempre foi um vendido para o
capital especulativo internacional e só usou seus companheiros de ideologia como massa de manobra?

O certo é que o governo desrespeita todos os dias a vontade dos brasileiros e, definitivamente, nos toma por idiotas. Não existe no Brasil maior promotor da exploração e desrespeito do que ele. Além da arrecadação bilionária de tributos em troca de absolutamente nada, temos ainda que vê-lo gastar sem cerimônia e com a maior cara de pau do mundo o suado dinheiro da população, recolhido através de impostos, taxas e contribuições sem fim, contra os interesses dela mesma.

O Governo Federal tem tentado ludibriar a população apresentando o resultado de suas políticas fracassadas como vitórias triunfais. A principal artimanha utilizada atualmente é tirar conclusões com base somente nos números totais (ou variação dos números absolutos) de homicídios. Evita qualquer conclusão que envolva os números totais separados ou discriminados por estado (v.
A Farsa do Desarmamento no Brasil ).

Por que, então, o governo não para com essa palhaçada de uma vez? Porque o Estatuto do Desarmamento é a sexta aplicação no Brasil das diretrizes da ONU, aquela organização totalitária dos petralhas globais.O Estatuto do Desarmamento não foi promulgado para proteger os brasileiros. Muito pelo contrário, ele é o instrumento perfeito para subjugar a população e guiá-la, a força se necessário, pelo
Caminho da Servidão. É uma norma ditada pela ONU, faz parte de um plano maior que pretende desarmar a população civil mundial. A derrota no referendo em 2005 não significou nada. A população não quer ser desarmada? E daí? A ONU mandou desarmar todo mundo, então pronto, fique quieto, entregue sua arma e ponto final.

"Os planos do governo mundial estão expostos desde 1995 no documento 'Our Global Neighborhood', publicado por uma 'Comissão de Governança Global', que prega abertamente 'a subordinação da soberania nacional ao transnacionalismo democrático'. Esses planos incluem:

1. Imposto mundial.
2. Exército mundial sob o comando do secretário-geral da ONU.
3. Legislações uniformes sobre direitos humanos, imigração, armas, drogas etc. (sendo previsível a proibição dos cigarros e a liberação da maconha).
4. Tribunal Penal Internacional, com jurisdição sobre os governos de todos os países.
5. Assembléia mundial, eleita por voto direto, passando por cima de todos os Estados Nacionais.
6. Código penal cultural, punindo as culturas nacionais que não se enquadrem na uniformidade planetária 'politicamente correta'.

É o Estado policial global, a total liquidação das soberanias nacionais. E não são meros 'planos': com os Estados Unidos da Europa, tudo isso entra em vigor imediatamente no Velho Continente, da noite para o dia, sem consulta popular, sem debates, sem oposição, anunciando para prazo brevíssimo a extensão das mesmas medidas para o globo terrestre inteiro pelo mesmo método rápido da transição hipnótica". (Olavo de Carvalho,
Golpe de estado no mundo)

Na
excelente entrevista concedida ao jornal eletrônico Mídia Sem Máscara, o presidente do Movimento Viva Brasil, prof. Bene Barbosa, afirmou que as origens do atual lobby antiarmas é promovido pela ONU desde a década de 1950. Explica também que a ONU considera as armas em posse da população civil – caçadores, atiradores e cidadãos armados – uma ameaça para as futuras intervenções das tropas da ONU.

A ONU está trabalhando para implantar o totalitarismo mundial. O projeto e os objetivos estão expostos em linhas gerais no documento
“Our Global Neighborhood”. Para ver uma outra análise sobre este documento clique aqui.

Um ponto do documento não mencionado pelo professor
Olavo de Carvalho na citação inicial é o apoio explícito e efetivo “para incentivar [as iniciativas d]o desarmamento dos civis” em todo o mundo. (Confira o capítulo Promoting Security ; Último parágrafo).

A ONU utiliza uma técnica de autopromoção através de Organizações Não Governamentais. As ONGs recebem a denominação “Agentes de Mudança na Sociedade Civil” nos seus documentos. A própria ONU com o apoio de Fundações bilionárias pró-Governo Mundial, como a Fundação Ford, financiam milhares de ONGs pelo mundo e estas, por sua vez, têm a missão de promover “uma cultura da não-violência” cuja finalidade real é desarmar a população.

As ONGs e entidades da Rede Desarma Brasil - entre as quais Sou da Paz, Viva Rio, Paz pela Paz e Não Violência - não estão preocupadas em promover a segurança dos brasileiros. O mais engraçado é que a sua função está explicita em sua própria denominação. Querem desarmar o Brasil, o povo brasileiro. Custe o que custar. A segurança é só um pretexto, uma desculpa.

Caro leitor, a palavra “democracia” não possui o mesmo significado para você e a ONU. Para ela esse termo possui o mesmo significado que nas denominações dos seguintes países: República Popular Democrática da Coréia do Norte e República Popular Democrática da China. É a mais cínica aplicação do duplipensar orwelliano. Democracia é Totalitarismo.
por Wellington Moraes

A matéria é muito bem explícita quanto aos desejos totalitaristas dos diversos membros da ONU, em especial, daqueles pertencentes a estas comissões, pois, como meu falecido pai já dizia, "de boas intenções, o inferno está cheio".

Discordo, porém, do articulista quando ele diz que "Tarso, marxista-leninista e autor do livro 'Lênin Coração e Mente', não se lembra mais das recomendações de Marx e Engels sobre o 'armamento de todo o proletariado, com fuzis, carabinas, canhões e munições'", pois nosso sinistro da Justiça, Falso Gênero, exatamente por seguir a cartilha Leninista, pretende implantar o socialismo de acordo com o que Lenin dizia ser o "modus operandi" ideal para a implantação do socialismo (idéias tais bastante aprofundadas por Antonio Gramsci em seus "Cadernos do Cárcere") em seu famoso Decálogo.

Um dos "dez mandamentos" Leninista para a implantação e tomada do poder pelos socialistas é justamente aquele que diz que deve-se "catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa".

Como AINDA estamos numa democracia, no momento em que os governantes queriam, literalmente, tomar todas as armas da população civil, em 2005, surgiu uma grande resistência popular; optou-se, então, por fazer o referendo citado pelo autor.

Porém, em nenhum momento queria-se parar com o recolhimento das armas dos cidadãos respeitadores das leis - e, aí, não interessam os meliantes, pois eles ajudam os socialistas a "promover distúrbios", para que eles façam com que as autoridades legais não os coíbam, através dos chamados "direitos humanos".

Se verificarmos o "Decálogo de Lenin", veremos que, desde o primeiro governo civil, mas mais especialmente a partir de FHC, cada ítem tem sido cuidadosamente cuidado pelas esquerdas para implantarem o socialismo, quer como ordem nacional (Brasil), transnacional (URSAL ou UNASUL, como queiram) ou global (Governança Mundial da ONU).

Eis o Decálogo:
  1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
  2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;
  3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
  4. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
  5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;
  6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;
  7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
  8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não os coíbam;
  9. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa;
  10. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista.



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