Pelo visto, no “governo silencioso” de Dilma Rousseff, eu diria “quase clandestino”, os escalões intermediários e que vão falar pelos cotovelos - sobretudo, vão pensar pelos cotovelos.
Lembram-se de Márcio Pochmann, o presidente do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas)? É aquele rapaz que se tornou notável não tanto por seu pensamento econômico, mas por usar umas camisas com umas golas à moda chinesa, à Mao Tse-Tung. Na China, elas já saíram de moda, junto com… Mao Tse-Tung. Mas Pochmann segue fiel ao estilo.
Pois bem. Ele participou nesta terça do lançamento do Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil. Seja lá o que for isso, foi organizado pelo Ipea e pela Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom). Oi, muito prazer, Socicom!!! Somos informados, numa única tacada, não só da existência de várias “associações científicas e acadêmicas de comunicação” como da existência de uma federação que as reúne. O Brasil deve ser o país do mundo com o maior número de desocupados dispostos a se reunir em associações disso e daquilo. Mas sigamos.
No tal lançamento, o presidente do Ipea - cujo pensamento econômico é um dos segredos mais bem-guardados da República - defendeu a “democratização” do setor de comunicação. Certo! Eu sou a favor de democratizações. Até da democratização da vergonha na cara. Quem pode ser contra? A gente toma certos cuidados, claro. Vocês sabem: até Hitler era a favor da democratização da Alemanha e defendia que os meios de comunicação só dissessem a verdade… Há um discurso histórico de Goebbels a respeito. Mas volto ao ponto.
Ao defender a “democratização”, Pochmann, o das golas chinesas, cujo pensamento econômico é um arcano a ser decifrado, flertou com a criação do Conselho Federal de Jornalismo, lamentando que não se tenha encontrado a “convergência” necessária. Quem disse que não? Os democratas do país convergiram, sim: o conselho seria censura. E ponto.
Quando as autoridades começam a falar aquela língua lassa, elástica, imprecisa, de complementos verbais incapturáveis, cuide-se, leitor! Segundo Pochmann, hoje, “há a necessidade muito maior que no passado de haver regulação [da comunicação] com o objetivo de conseguir condições isonômicas de competição”. Sei… Disse mais: “Como é um setor que tem forte presença do capital externo, é importante reconhecer a necessidade de constituir espaços para o capital nacional. É um setor estratégico, e a presença de grandes complexos estrangeiros pode, de certa maneira, impedir [a atuação de] países que hoje vêm ganhando maior responsabilidade na economia mundial”. Não entendi nada! Acho que ninguém entendeu. Será que deveríamos abrir facilidades especiais para a Índia, a Rússia e a China atuar no país? Sei lá eu.
A impressão que eu tenho - ou melhor: a certeza que eu tenho - é que o debate sobre a regulação da mídia pretende abandonar a seara ideológica onde a havia jogado o MR-8 - refiro-me a Franklin Martins, ex-ministro da Supressão da Verdade - para assumir uma roupagem técnica, tecnocrática até. Mas tenho pra mim que o objetivo segue sendo o mesmo.
As ideias de Pochmann também têm uma gola chinesa.
Por Reinaldo Azevedo
2 comentários:
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realizações do comunismo pelo mundo
1)estupro de 5.000.000 de mulheres pelos comunas(comunistas)
2)assassinato de 100.000.000 de pessoas pelos comunistas
só isso é o suficiente para mostrar que comunismo não presta
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