quarta-feira, 17 de junho de 2009

Notáveis Grevistas da USP

Há muito nada escrevo. Primeiro porque há muita gente boa fazendo o mesmo por aí - muitos, melhores do eu, como o Reinaldo Azevedo, o Heitor de Paola, o Gustavo Bezerra, o Coronel, o pessoal do MOVCC etc. Segundo porque tenho tido pouco tempo. E terceiro, porque as coisas, - infelizmente - nestes tempos de esquerdalha dominante, são sempre as mesmas: o "socialismo democrático", como se esse paradoxo pudesse mesmo existir, avança a passos largos.

Mas a pauta destes dias, entre muitas maracutaias no governo, é a greve na USP. Ia eu continuar calado a este respeito. Mas li a pérola que vai abaixo no Estadão. E não pude me conter. Leiam. Comento depois.



Alunos, funcionários e docentes da USP tiveram ontem pela manhã uma "aula" em apoio à greve na universidade de dois intelectuais renomados da instituição, a filósofa Marilena Chauí e o crítico literário Antonio Candido. No auditório lotado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) - do lado de fora havia um telão, para que mais pessoas pudessem acompanhar os discursos -, ambos condenaram a presença da Polícia Militar no câmpus.

"A ação imediata é apenas um episódio, o importante são as redefinições a partir disso", disse Antonio Candido. "Atuem, exagerem, sejam justos e injustos. Aproximem a faculdade da realidade social. Essa é uma luta constante, para transformar a sociedade."

Os dois professores estavam no grupo de notáveis da USP que foi decisivo no desfecho da greve de estudantes da FFLCH em 2002. O movimento cobrava mais professores e melhor estrutura na unidade e durou mais de 100 dias. Depois de um apoio público de Candido, Marilena e outros, a reitoria passou a negociar com os alunos, o que culminou com o fim da greve.

O crítico literário, de 91 anos, disse ter ficado preocupado com o "significado histórico e o valor simbólico" das medidas tomadas pela reitora Suely Vilela, que pediu à Justiça o envio da PM ao câmpus para impedir piquetes feitos pelos grevistas. "É a violação do direito sagrado de uma pessoa opinar." A polícia confrontou-se com estudantes no dia 9 de junho e seis pessoas saíram feridas.

Antonio Candido disse que desconhece detalhes da mobilização. "Isso são os professores da ativa que podem explicar. Posso contribuir com o que sei da história da universidade." A greve começou no dia 5 de maio e reivindica aumento de 16%, a não implementação de cursos a distância e a saída da reitora.

O professor aposentado, que pertenceu à primeira turma da USP, na década de 30, disse que, antes da formação da universidade e, particularmente, da FFLCH, a formação universitária era apenas para elite e não se analisavam questões sociais. Ele falou durante 15 minutos e foi aplaudido de pé.

Marilena Chauí fez uma retrospectiva pessoal, relembrando protestos dos quais participou em seus tempos de estudante. "É uma repetição interminável do autoritarismo e da repressão. Não fazemos outra coisa que defender a universidade e a democracia."

A filósofa disse aos alunos que a mobilização precisa ir além das palavras de ordem contra a reitora. "Não é a eleição de um novo reitor que vai mudar a universidade, nós temos de pensar uma maneira de desestruturar essa gestão vertical. Temos que recuperar a universidade como espaço de discussão."

Chauí afirmou que o ensino a distância desqualifica a formação universitária, mas cabe aos alunos explicar à sociedade o motivo do seu repúdio. Ela chamou o consórcio de universidades para ensino a distancia, intitulado Univesp, de "Univespa".

"Eles servem para reforçar o nosso espírito de combate e mostram que a luta não é breve, é contínua", disse Marco Brinati, da diretoria da Associação dos Professores (Adusp).

por Elida Oliveira, Sergio Pompeu e Renata Cafardo


Olha aí, que beleza, não? Chamaram o tal crítico literário Antonio Cândido de "notável". E ele realmente tem uma fala notável. Notável e completamente estúpida.

Os grevistas, comandados pelo belicoso bolchevique Claudionor Brandão, que nem aluno é - é ex-presidente de um sindicato -, lá estão porque, palavras do energúmeno Brandão, a verdadeira luta é contra o "imperialismo norte-americano".

E o "notável" Cândido lhes dá lenha para suas fogueiras: "Atuem, exagerem, sejam justos e injustos. Aproximem a faculdade da realidade social. Essa é uma luta constante, para transformar a sociedade."

Exagerar? Serem injustos? Isto estes grevistas já estão fazendo. Há um site onde você pode acompanhar uma votação de alunos, docentes, funcionários etc. da USP. A esmagadora maioria é contra a greve.

Mas, como sempre, a maioria que quer ESTUDAR, COMPREENDER E TRABALHAR DENTRO DOS PARÂMETROS LEGAIS, DE BOM SENSO E DE RESPEITO PARA COM OUTRÉM A FIM DE AJUDAR A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE fica refém da truculência daqueles que querem fazer a revolução na sociedade para instalar o comunismo - basta ver que todos eles, Brandão, Candido e Chauí, são ligados a partidos e organizações de esquerda, fãs do facinoro Fidel, e ardorosos discípulos do falacioso Karl Marx, aquele que escreveu "O Capital", livros que contava com dados completamente deturpados.

Cândido, que diz haver "significado histórico e valor simbólico" no envio da PM, solicitado pela reitora Suely Vilela, que fez, segundo ele, uma "violação o direito sagrado de uma pessoa opinar", fala pelo traseiro: os filhos do Claudionor Brandão estavam fazendo piquetes, barricadas e impedindo os demais alunos e professores, contrários à greve, de ir e vir e assistir às aulas. Ademais, é muito fácil falar para um bando de militontos doutrinados pelo esquerdismo quando se "desconhece detalhes da mobilização", como ele fez questão de frisar.

Já Marilena... Bem, essa realmente não tem jeito. A lambe-botas dos Castro só sabe mesmo falar bobagens. Ela, acostumada que deve estar aos pensamentos Castristas da "DEMONIOcracia" da ilha-cárcere, acha que tudo é "uma repetição interminável do autoritarismo e da repressão".

Como sempre, esse pessoal esquerdopata adora falar em defesa da democracia apenas para solapá-la, como estava - e ainda está - fazendo o próprio Brandão.

É claro que, para eles, a luta contínua. Sempre. Ao menos enquanto não conseguirem destruir toda a democracia que existe para implantar o socialismo. Afinal, se fossem mesmo tão defensores da democracia, respeita-la-iam: a maioria é contra a greve, portanto, que se acabe-a. Mas eles, "intelectuais" que são, sabem mais que esta maioria. A greve contínua. A luta contínua.

Até a próxima Cuba!

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