sexta-feira, 26 de junho de 2009

Atos Secretos

No Senado, quanto mais se mexe, mais a mer...cadoria fede. A opinião pública fica estarrecida diante de tanta lambança com os tais "atos secretos" - inda mais quando envolve o ex-presidente José "tudo pelo social" Sarney.

Mas você acha que o coisa do "coroné" maranhense é nova? Né não, sô! Em sua edição 923 datada de 14 de Maio de 1986, a revista Veja já apontava os tais "atos secretos" da máfia do clã Sarney.


Nesta época, Lula, já no PT e ainda no sindicato dos metalúrgicos, bradava em alto e bom som contra a sem-vergonhice de Sarney: "É um grande ladrão!".


Hoje, carinhos e afagos entre ambos, diz apenas que "Sarney não é uma pessoa comum".


Veja a seguir, o que este senhor, que não é uma pessoa comum, já fazia em 1986:



Depois, estes vagabundos esquerdistas ainda tem coragem de dizer que é a culpa dos males do país é do capitalismo...

Querem Acabar Com Tudo...

Os grevistas da USP querem acabar com tudo. Claudionor, o técnico de ar-condicionado do SINTUSP e do PSTU, é um "marxista-revolucionário". Como todo esquerdista, conhece a cantilena "contra u capitalismu", "contra azeliti", "contra uzempresariu", "contra azoposissão" como ninguém. E não tolera a divergência.

O site de votação da greve está com a notícia abaixo em sua página principal:

Os baderneiros infiltrados na USP - e alguns "alunos" já bastante doutrinados pela "idiotologia" esquerdista - falam em democracia, em melhoria do ensino (prá quê, se não assistem às aulas?), em tolerância. Mas a pergunta de um milhão de dólares é: ELES RESPEITAM AQUELES QUE DIVERGEM DE SUAS OPINIÕES E VONTADES?

Não! Eles não respeitam! Não fosse assim, liberariam o transporte, o bandejão, deixariam de tomar as aulas e de intimidar e atacar os verdadeiros alunos, funcionários e professores.

Veja abaixo a ficha política do tal Claudionor Brandão, ex-diretor do Sintusp e líder das chamadas “ações diretas” do sindicato:

Este caro senhor, que comanda a minoria grevista, tem "fundamental completo" como grau de instrução (ensino formal), mas "superior completo" na "idiotologia" marxista. Deve ser daqueles que anda com a camiseta imunda do "Che" Guevara. Faltou-lhe competência até para ser eleito deputado.

Como já dizia Gramsci, eles tomam até os órgãos destinados ao ensino...

O Paradoxo da Praça


O protesto contra o grevismo na USP reuniu cerca de 200 estudantes. Está de bom tamanho. O tempo também não ajudou: chuva, frio etc. “Ah, os filhinhos de papai não querem enfrentar as intempéries, né?” Bobagem! Não há diferença de classe social entre os que querem estudar e os que não querem. A diferença é só, digamos assim, de horizonte utópico. Um grupo, o dos não-grevistas, pertencente à esmagadora maioria dos 78 mil alunos que seguem estudando, entende que uma boa maneira de mudar o Brasil é cumprindo a sua tarefa — estudar —, lutando, eventualmente, para reformar a universidade. O outro grupo é formado pelos extremistas que usam a USP como mero pretexto. O que eles querem? Bem, suas lideranças se dizem “marxista-revolucionárias”. O que posso informar é o que gente dessa espécie quis e fez quando lhe foi dado o poder: 70 milhões de mortos na China, 35 milhões na URSS, 3 milhões no Camboja, 100 mil em Cuba. No Brasil, a contrapelo da história, esses dinossauros podem não matar uma mosca. Mas atrapalham a vida de quem estuda e trabalha.

Não esperava, como escrevi aqui, mais do que isso. Estamos diante, como já expliquei, do chamado “Paradoxo da Praça”. Os baderneiros, que também marcaram manifestação para hoje, certamente reunirão mais gente, o que dará a falsa impressão de que são maioria. Ocorre que a minoria costuma ir quase toda à rua porque julga ter uma “causa”. A maioria tende a se acomodar porque, de fato, não sente o statu quo ameaçado. É assim no mundo inteiro. Também nas manifestações que não são especialmente políticas.

Marque uma marcha do “Orgulho Heterossexual”, e é provável que se reúnam menos do que os 200 da USP. Além de haver uma ponta — ou muito — de ridículo da coisa, tal condição não é, de modo nenhum, ameaçada pela, sei lá eu, “homossexualização” da cultura. Embora exista esse esforço, não passa de espuma. Ademais, creio que a maioria dos heterossexuais considere justo que não haja discriminação civil contra homossexuais. E pronto: ou ficam em casa ou vão espiar a marcha gay. Se os católicos, mais de 70% dos brasileiros, decidirem “marchar com Jesus”, talvez não reúnam nem metade do que reúnem os evangélicos — pouco mais de 20%, dizem, divididos em dezenas de denominações. Também nesse caso, o fato de ser “minoria” açula o desejo de ocupar a praça, de se fazer visível.

Notem: estou apenas dando exemplos outros, não-virulentos, do “Paradoxo da Praça”. Evidentemente, gays ou evangélicos nas ruas não ameaçam os direitos de heterossexuais ou de católicos. Não se trata, pois, de uma comparação com o que acontece na USP, onde uma minoria se impõe de modo ditatorial e ilegal à esmagadora maioria.

Finalmente, descaracterizo aqui uma tolice, em que os greveiros reiteram em comentários boçais enviados, e jamais publicados, ao blog: “Quem não vai a uma reunião de condomínio não pode reclamar depois das decisões tomadas”. Opa! Claro que pode! Se os presentes tomarem decisões contrárias ao estatuto, podem, sim. Se os presentes decidirem mudar o estatuto, tornando-o incompatível com a Constituição e com as leis que regem a sociedade, podem, sim.

Uma banana, macaco! Mesmo os 78 mil se negando a participar das pantomimas que alguns chamam “assembléias”, eles têm todo o direito de rechaçar a ação dos extremistas. Porque essa gente não viola só o estatuto da USP. Viola também as leis. Viola a Constituição. E o Ministério Público, creio, só não agiu até agora porque, nesse caso, parece mais próximo da minoria do que da maioria; mais próximo de quem transgride a lei do que de quem a respeita.

por Reinaldo Azevedo

Memórias Tarja Preta

Ao discursar na cerimônia de anúncio de iniciativas do governo federal para facilitar o acesso a informações públicas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a ação não deve ser vista como revanchismo contra os militares, que se opõem à abertura de arquivos da ditadura (1964-85). Lula disse que a democracia ganhará quando se conseguir "desvendar alguns mistérios" ainda sem solução, numa referência indireta ao paradeiro de 140 desaparecidos políticos durante o regime militar, ontem classificados pelo ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vannuchi, como "heróis e heroínas".

O projeto enviado pelo Executivo ao Congresso reduz de 30 para 25 anos o prazo máximo de sigilo para arquivos classificados como ultrassecretos. Mas ainda mantém a possibilidade de deixar informações sob sigilo por tempo indeterminado, caso a Comissão de Averiguação e Análise de Informações Sigilosas, integrada por sete ministros, renove os prazos de classificação do documento. Mas não haverá sigilo para papéis sobre violação de direitos humanos, como assassinatos, desaparecimentos e torturas.

Arquivos do regime serão publicados na internet
Na solenidade, foi assinada uma portaria que garante o anonimato a quem entregar arquivos sobre a ditadura militar que estejam nas mãos de particulares, como militares da reserva. Também foi lançado o portal Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional, que publicará arquivos do regime na internet (http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/).

Lula declarou que o acesso à informação é essencial e que, quando deixar o governo, em 2011, se tiver feito algo de errado, a informação deve se tornar pública. A nova lei, enviada ao Congresso, inova ao determinar que informações sobre direitos humanos não poderão ser ocultadas. A chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ambos perseguidos na época da ditadura e pré-candidatos à Presidência em 2010, participaram da solenidade.

"Estou convencido que nós vamos prestar um serviço à democracia brasileira na hora que a gente conseguir desvendar alguns mistérios que ainda persistem na nossa História", afirmou Lula. "E que ninguém veja isso como se fosse revanchismo."

Para o presidente, o direito à informação pública é um dos mais eficazes instrumentos de combate ao arbítrio e à corrupção: "O anteprojeto contém dispositivos para garantir que as instituições do Estado não possam ocultar violações de direitos humanos cometidas pelos seus agentes ou a mando dos mesmos", informou Lula. "Não se pode acobertar a violação de direitos humanos sob quaisquer argumentos, inclusive o da segurança nacional."

"O interesse de ser protegido é sempre da sociedade, e não dos agentes públicos", disse o presidente.

O projeto regulamenta, pela primeira vez, o direito de acesso a informações públicas. Os órgãos dos três poderes terão 20 dias, prorrogáveis por mais dez, para prestar esclarecimentos pedidos por qualquer cidadão. Se o prazo for descumprido, o caso poderá ser levado à Controladoria Geral da União (CGU), e o servidor ficará sujeito a penas que vão da suspensão à exoneração do cargo.

Antes do evento, parentes de desaparecidos políticos cobravam a divulgação de papéis dos serviços secretos de Marinha, Exército e Aeronáutica. A vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais, Diva Santana, disse que os papéis são sua única esperança de localizar as ossadas da irmã e do cunhado, mortos na Guerrilha do Araguaia.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, voltou a dizer que os papéis teriam sido destruídos antes da redemocratização: "As informações que temos sobre esses arquivos é que foram queimados no período anterior a 1985. Já fiz a verificação pessoal, e não tem mais nada."

por Chico de Gois e Bernardo Mello Franco, O Globo

Comentários de "A Verdade Sufocada"

Já está na internet o que foi prometido pelo presidente Lula: acesso à informação. No final vejam como são recebidas as informações solicitadas.

Jaime Dolce, que teve seu pai, Cardênio Jayme Dolce, assassinado no assalto praticado na Casa de Saúde Dr Eiras em 02/09/71, requereu ao Arquivo Nacional documentos sobre esta ação praticada pela Ação Libertadora Nacional - ALN -, que resultou na morte de seu pai e de mais duas pessoas.

Recebeu 28 páginas , onde constam:

- a confirmação do assalto à Casa de Saúde Dr Eiras;

- as iniciais dos assaltantes que participaram do assalto;

- o nome completo das testemunhas que reconheceram os terroristas que praticaram o assalto;

- o nome completo do capitão-tenente encarregado do IPM instaurado pelo 1º Distrito Naval para apurar as atividades subversivas de ... (o nome está coberto por uma tarja preta) e de .... (o nome está coberto por uma tarja preta) que foram presos no dia 09/11/2009 por estarem implicados neste assalto;

- o nome completo do capitão encarregado do IPM que apurou o envolvimento de funcionários do Banco Central que, segundo a Informação 983 da AC/SNI de 09 /12/1971, estavam ligados a terroristas e responsáveis pelo planejamento do assalto à Casa de Saúde Dr Eiras;

-as iniciais dos funcionários do Banco Central que estavam sendo investigados;

O interessante é que das 28 páginas recebidas pelo requerente, 21 páginas tem os nomes cobertos com tarjas pretas.

Para complementar o acesso à informação, prometido pelo presidente, pela ministra da Casa Civil Dilma Rousseff e pelo Secretário Especial de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vannuchi, como estamos fazendo permanentemente, vamos mandar nossa colaboração para que o Arquivo Nacional e o Portal Memórias Reveladas - recém criado - possam atualizar suas informações.

Memórias Reveladas - ALN
A exemplo de São Paulo, a Guanabara desenvolvia esforços, para estabelecer sua imprensa própria. No dia 22 de julho, foi realizada uma ação contra a empresa RUF, .na Rua Debret, com roubo de uma copiadora eletrônica de matrizes, um mimeógrafo e várias máquinas de escrever. Uma semana depois, no dia 29 de julho, os recursos financeiros para o empreendimento foram conseguidos através do assalto ao Hospital da Ordem Terceira da Providência, que rendeu cento e cinquenta e sete mil cruzeiros.

Dias antes da ação, chegara à Guanabara, vinda de São Paulo, a militante Sônia Hipólito, para montar o Setor de Documentação da Coordenação Regional/GB. Sônia e Antonio Carlos Nogueira Cabral alugaram um "aparelho" onde instalaram o esquema de fornecimento de documentação. O material necessário foi conseguido através dos assaltos ao cartório do Registro Civil José Alves Linhares, na Rua Joaquim Méier, com o roubo de duas mil certidões, carimbos e máquinas, no dia 9 de agosto, e aos 5º e18º Postos Eleitorais, na Rua Miguel de Lemos, com o roubo de mil e quinhentos titulos eleitorais, em 17 de agosto.

Ainda em agosto, a CR/GB conseguia publicar e difundir o primeiro número de seu jornal "Ação". Dentro da mesma orientação do "Venceremos" e de "O Guerrilheiro", "Ação" fazia propaganda das atividades criminosas da organização, endeusando os militantes da Ação Libertadora Nacional - ALN -, pela sua coragem e ousadia.

As ações da CR/GB passaram a ser orientadas para a propaganda armada e para a intimidação. O Grupo Tático Armado - GTA-, com a experiência adquirida nas ações bem sucedidas, decidiu eleger viaturas policiais como fonte de suprimentos de armamento e munição.

O GTA da CR/GB era dirigido por Flávio Augusto Neves Leão de Sales e articulava-se em dois grupos. O primeiro grupo, chefiado pelo próprio Flávio, era constituído por Aurora Maria do Nascimento Furtado, Isis Dias de Oliveira e Carlos Alberto Maciel Cardoso. O segundo grupo, chefiado por Antonio Carlos Nogueira Cabral, era formado por Sònia Hipólito, Paulo César Botelho Massa e Merival de Araújo.

Com o fito de desmoralizar as forças policiais, as viaturas eram incendiadas. Assim, ocorreram os assaltos às radiopatrulhas :na Avenida Prado Junior, em 31 de julho, na Praça. Avaí, em 19 de novembro; e na Rua Dias da Cruz, em 31 de outubro. Na Praça Avaí os subversivos simularam um acidente de trânsito, a poucos metros do local da viatura , e quando os patrulheiros foram verificar o ocorrido, foram rendidos e algemados a um poste. Em seguida a viatura foi incendiada e o local panfletado.

Nesse meio tempo , foi feito uma ação de sucesso, contra o Hospital da Ordem Terceira da Penitência. O levantamento foi real izado por intermédio de Carlos AIberto Maciel Cardoso, ex-marinheiro, cassado em 1964. Ele aliciara para a organização sua amásia Hermelinda de Jesus Melo e Silva, funcionária do Hospital da Ordem Terceira. Hermelinda de Jesus realizou o levantamento da data do pagamento dos funcionários e o assalto foi um sucesso.

O jornal 0 estado de São Paulo, de 15/06/72, ao anunciar a morte de três terroristas, relaciona, algumas ações de Yuri Xavier Pereira, um dos mortos, como um dos autores do assalto ao Hospital da Ordem Terceira da Penitência.

Animados com o resultado do assalto ao Hospital , a CR/GB planejou o assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras em Botafogo . O levantamento do dia do pagamento foi feito por Maria da Conceição Nascimento, servente do estabelecimento e namorada do irmão de Carlos Alberto, o fuzileiro navaI Paulo Sérgio Fonseca Cardoso. Com as informações de Maria da Conceição Nascimento, foi definido o dia 2 de setembro de 1971 como a data da ação. José Milton Barbosa, Antonio Sérgio de Matos e Hélber José Gomes Goulart foram de São Paulo para o Rio de Janeiro para reforçar o GTA.

No dia do pagamento, o GTA, comandado por Flávio Augusto Neves Leão de Sales e contando com a participação de Hélcio Pereira Fortes, Antonio Carlos Nogueira Cabral, Sõnia Hipólito, Aurora Maria do Nascimento Furtado, Isis Dias de Oliveira e Paulo César Botelho Massa, além do reforço paulista, entrou em ação com a chegada do carro pagador na casa de saúde.

Surpreendida, a guarda de segurança do nosocômio reagiu ao assalto. Ao final de um intenso tiroteio, o rol das vítimas fatais da subversão estava acrescido de Cardênio Jayme Dolce, agente federal aposentado e chefe do serviço de segurança e dos seus auxiliares Silvano Amâncio dos Santos e Demerval Ferreira dos Santos, enquanto o médico Dr. Marilton Luiz dos Santos Morais e o enfermeiro Almir Rodrigues de Morais saíam feridos. Os assaltantes, além de oitenta mil cruzeiros levaram as armas dos guardas abatidos.

O jornal "Ação" nº 2, de .setembro/outubro/1971, fazendo apologia da chacina, da Casa Dr. Eiras, assim justificava os assassinatos: "A imprensa .da ditadura procurou explorar politicamente a morte dos guardas, apresentando-os como vítimas inocentes. No entanto, é preciso ficar bem claro que, conscientemente ou inconscientemente, naquele momento agiram como defensores dos exploradores e de seu governo, atacando os guerrilheiros. Por isso não foram poupados e nem o serão aqueles que tomarem a mesma atitude".

Carlos Alberto Maciel Cardoso e sua companheira Hermelinda de Jesus Melo e Silva foram presos dia 9 de outubro pela Polícia Federal, por suspeita de participação no assalto ao Hospital da Ordem Terceira da Penitência. Admitiram algumas coisas, procurando ganhar a confiança de seus inquisidores. Vislumbrando a possibilidade de ser solto, Carlos Alberto propôs entregar os militantes da organização. Solto no dia 10, Carlos Alberto entregou um "ponto frio", com um dirigente de CR/GB, conseguindo fugir do controle dos policiais.

Retornando ao seio da organização, narrou a sua astúcia para conseguir a liberdade. Não convenceu. Foi julgado por um "tribunal revolucionário", composto da direção da CR/GB, naquela altura constituÍda por Hélcio Pereira Fortes, Flávio Augusto Neves Leão de Sales e Antonio Carlos Nogueira Cabral e condenado à morte.

No dia 13 de novembro os juizes, transvestidos de carrascos, tiveram um encontro com Carlos Alberto e informaram-no do seu destino. Apavorado, Carlos Alberto saiu correndo, sendo perseguido por Flávio Augusto e Antonio Carlos, disparando suas armas.

Ferido, ainda tentou abrigo no interior de uma casa da Rua Bernardo, no Encantado, onde seus algozes terminaram o serviço. Hélcio Pereira Fortes recolheu os companheiros, de carro, após concluída a missão de " justiçamento".

Os dirigentes da CR/GB não se preocuparam com Carlos Alberto, apesar dos "relevantes serviços" prestados em levantamentos que proporcionaram ações de vulto para a organização. Os argumentos de traição não se confirmaram, pois a organização nada sofreu com a prisâo de Carlos Alberto. Apenas as suspeitas de três elementos, constituidos em "tribunal revolucionário", foram suficientes para determinar a sua morte ....

Em janeiro de 2005, uma certidão , fornecida pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) , atestava que Carlos Alberto nunca passou qualquer informação ao Cenimar ( O Globo- 31/01/2005- página 3). O "tribunal revolucionário" errou. Carlos Alberto fora "justiçado" sem ter traído os terroristas.

Fonte:Projeto ORVIL

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A Baderna e a Esclerose do Sistema

Estou aposentado há mais de 20 anos e, de vez em quando, volto a dar aulas, quando possível para o primeiro ano. É o que fiz neste semestre. Como de costume, no mês de maio começou a greve. Na primeira semana, meu curso foi interrompido por outros alunos, mas, com a anuência dos presentes, metade da aula foi dedicada à análise das reivindicações do movimento. Na segunda semana, depois do conflito com a polícia e da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp) ter decretado a greve, deixei de dar aula, o tempo sendo aproveitado para que os estudantes fizessem uma análise política da nova situação. Na terceira semana, contrariando a decisão do sindicado dos professores, do qual estou desligado há muito tempo, fui dar minha aula. Logo no início a sala foi invadida por grevistas para, como eles mesmos disseram, inviabilizar nossos trabalhos. Em 1969, foram os militares que me caçaram a palavra. Em 2009, um bando de alunos exaltados.

Explicara que retomava o curso em protesto contra uma greve que se tornou selvagem, prejudicando sobretudo os alunos. Sou favorável a greves, considero natural que sejam decretadas quando negociações chegam a um impasse. Mas, quando elas se tornam selvagens, quando os representantes perdem o contato com os representados, quando a minoria oprime a maioria, elas devem ser postas em causa. Esta greve por tempo indeterminado, que contraria os ideais e os interesses da maior parte dos universitários, precisa ser denunciada. Uma declaração de greve é sempre uma aposta das lideranças. Quando o movimento chega a um impasse e elas não têm a capacidade de recuar, perdem legitimidade.

É preciso considerar que as greves nos setores públicos se processam quase sem ônus para os grevistas. Professores e funcionários estão seguros de que seus salários serão recebidos, farão de conta que vão repor as tarefas adiadas, por isso as férias forçadas do primeiro semestre costumam se prolongar indefinidamente. Por sua vez, as lideranças estudantis têm se mostrado indiferentes à sua formação intelectual; basta ler seus documentos para constatar sua enorme ignorância, mistura de marxismo vulgar com palavras de ordem vazias.

Quando a greve se isola, aqueles que discordam de seu rumo têm o direito de voltar ao trabalho. Foi o que fiz. Por sua vez, os grevistas têm todo o direito de protestar, de pressionar, mas não têm o direito de usar a violência para impedir que outros não se comportem como projetam. Já que minha aula foi violentamente interrompida, só me resta encerrar o Curso de Introdução à Filosofia programado para este semestre.

Esta greve selvagem atinge apenas uma parte da universidade. Como de costume, os grevistas se encontram sobretudo nas faculdades de sempre – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Escola de Comunicações e Artes, (ECA) e a Faculdade de Educação – já que as outras unidades trabalham normalmente. Isso acontece porque essas faculdades estão na ponta do conhecimento, porque possuem uma visão mais ampla dos problemas atuais das universidades? Não é o que constato. Pelo contrário, as atuais lideranças grevistas continuam pensando e agindo em termos dos anos 60, como se a sociedade brasileira fosse a mesma, como se o sistema capitalista, em crise, não estivesse se reformulando, como se não estivéssemos sob um Estado de Direito, cujas mazelas reconhecemos, mas cuja vigência sustentamos.

Não são inéditas as greves selvagens nos campi universitários – e isso não só no Brasil. Podem durar meses, a sociedade em torno não lhes dá atenção. A falta de ressonância e a auto-referência da política interna da universidade não revela suas dimensões caducas? Na USP essa velhice é preocupante. Felizmente não a atinge como um todo; mesmo nas três faculdades mais “quentes” existe uma enorme distância entre o fluxo de bons trabalhos e o palavrório e a violência dos ativistas.

Estes se digladiam por migalhas de poder, cada grupo configurando seus interesses particulares como se fossem universais. Assume-se como se fosse representante da vontade geral, por conseguinte legitimado a forçar a obediência da minoria. Mas, na realidade, não passa de minoria a emergir por causa do absenteísmo e da despolitização geral. As decisões são tomadas em ambientes fechados, as greves resolvidas em reuniões manipuladas. Quando os dirigentes percebem que uma reunião está fugindo ao seu controle, passam a prolongá-la até que os presentes se reduzam ao quórum que lhes convém.

Por certo a presença da polícia esquentou os ânimos. Mas não tem propósito confundir a invasão dos militares golpistas nos anos 60 com a vinda da PM a chamado da reitoria e dos próprios alunos. Essa é mais grave, porque evidencia a falência de um projeto educacional, o reconhecimento de que o curso dos trabalhos da universidade pode ser perturbado por baderneiros. Como os autênticos universitários não isolaram os extremistas, como a reitoria não preparou a segurança interna para proteger as pessoas e o patrimônio? E se, em último recurso, a polícia precisasse ser chamada, por que os dirigentes não foram previamente convocados?

Tudo leva a crer que o impasse no qual a USP se meteu provém da esclerose dos seus processos decisórios, começando pelos departamentos, passando pelas congregações, chegando ao conselho universitário e ao núcleo da reitoria. O aumento das decisões burocráticas e fragmentadas libera uma onda de políticas fantasiosas. Representantes de professores, funcionários e alunos, desprovidos de uma base de representados articulados, passam a encenar papéis políticos caducos.

Dois personagens dominam a cena. O primeiro é o porta-bandeira. Um professor, um funcionário, um aluno sobressalente ergue a flâmula da liberdade e da democracia, apresenta-se como se fosse representante da vontade geral, do passado magnífico e do futuro radiante, e fala à massa reduzida o que esta quer ouvir. Depois, calmamente retira-se para a tranquilidade de seus afazeres. Mas a eficácia desse discurso vazio depende da atividade violenta do leão-de-chácara. Este é que interrompe a aula, junta cadeira nos corredores, invade a reitoria, fecha os restaurantes universitários. A voz libertária dos porta-bandeiras está associada à violência dos protofascistas.

Aqui me parece estar um dos nós da questão: a política universitária, isolada dos processos decisórios reais, se canaliza por vias esclerosadas, obedece a parâmetros antiquados, muito distantes do que venha a ser uma política contemporânea. Em nossas sociedades os atores políticos lutam sobretudo por direitos localizados. Quando falam em nome do povo é porque souberam conciliar pontos de vista diferentes sem que essas diferenças se percam. Não operam tendo como pano de fundo uma vontade geral que, mesmo quando se opõe a uma minoria, ainda se imagina como o bem da nação. Este se tece pela conciliação de múltiplos interesses que, não podendo confluir num interesse geral, formam uma colcha de retalho negociada para que a maioria tenha sua vez. Daí sua instabilidade, mas, por isso mesmo, seu enorme potencial democrático. A arbitragem não é monárquica. Resulta da confluência de vários planos e de vários pontos de decisão.

A USP, as outras universidades paulistas, por fim todo o ensino público universitário necessita de uma profunda reforma, que atinja seus processos decisórios para que se tornem mais efetivos e democráticos. Mas que não se confunda democracia com aumento do colégio eleitoral. Pelo contrário, a mera eleição é apenas um lado do processo; torna-se abstrata quando a sociedade civil não se organiza. Que as universidades públicas alimentem suas próprias redes de interesses e projetos, que não percam de vista a missão que receberam da sociedade. Três são os seus princípios já estabelecidos: a educação, a pesquisa e a extensão. Mas não podem ser perseguidos igualmente. Haverá institutos de ensino superior que privilegiam a educação de massa; outros, a pesquisa e a formação de elites; outros ainda, suas relações com a sociedade. Nada mais falso imaginar que todas as universidades confluirão para o mesmo projeto. A USP tem uma enorme vocação para a pesquisa. Que sua massificação não a prejudique.

por José Arthur Giannotti, professor emérito da FFLCH/USP e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Museu Global do Comunismo

O Museu Global do Comunismo, uma iniciativa da Victims of Communism Memorial Foundation, foi inaugurado nesta terça-feira (16), em Washington, DC.

Enquanto o Brasil vai se rendendo dia após dia aos valores da ideologia coletivista mais assassina de todos os tempos, no exterior ainda surgem belos trabalhos de resgate histórico como esse, que mostram as conseqüências macabras da aplicação das idéias de Marx e Lênin, defendidas pela esmagadora maioria dos tais intelectuais tapuias.Conheça um pouco mais do "outro mundo possível" de que tanto falam os petistas, os baderneiros mimados de nossas universidades, e as "pessoas maravilhosas" do nosso establishment cultural.

Acesse o museu virtual agora mesmo, clicando na imagem abaixo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O Fim do Silêncio dos Inocentes...

Alunos contrários à barbárie na USP, chamada por alguns de “greve”, pretendem fazer uma manifestação na próxima quinta-feira, dia 26.

A concentração está marcada para as 12h30, em frente ao prédio da FEA. Depois haverá a caminhada até a Praça do Relógio e a dispersão.

Lembrem-se os que defendem a universidade: considerem a máxima de que a omissão dos bons acaba sendo pior do que a ação dos canalhas.

Então que os bons se manifestem. São, como todos sabemos e como sempre, a esmagadora maioria da USP. Mas é preciso começar a mostrar a cara. Ou, um dia, o pior deles ainda vai lhe dizer o que pensar.

Não cedam a provocações, mas não se deixem intimidar pela truculência.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Notáveis Grevistas da USP

Há muito nada escrevo. Primeiro porque há muita gente boa fazendo o mesmo por aí - muitos, melhores do eu, como o Reinaldo Azevedo, o Heitor de Paola, o Gustavo Bezerra, o Coronel, o pessoal do MOVCC etc. Segundo porque tenho tido pouco tempo. E terceiro, porque as coisas, - infelizmente - nestes tempos de esquerdalha dominante, são sempre as mesmas: o "socialismo democrático", como se esse paradoxo pudesse mesmo existir, avança a passos largos.

Mas a pauta destes dias, entre muitas maracutaias no governo, é a greve na USP. Ia eu continuar calado a este respeito. Mas li a pérola que vai abaixo no Estadão. E não pude me conter. Leiam. Comento depois.



Alunos, funcionários e docentes da USP tiveram ontem pela manhã uma "aula" em apoio à greve na universidade de dois intelectuais renomados da instituição, a filósofa Marilena Chauí e o crítico literário Antonio Candido. No auditório lotado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) - do lado de fora havia um telão, para que mais pessoas pudessem acompanhar os discursos -, ambos condenaram a presença da Polícia Militar no câmpus.

"A ação imediata é apenas um episódio, o importante são as redefinições a partir disso", disse Antonio Candido. "Atuem, exagerem, sejam justos e injustos. Aproximem a faculdade da realidade social. Essa é uma luta constante, para transformar a sociedade."

Os dois professores estavam no grupo de notáveis da USP que foi decisivo no desfecho da greve de estudantes da FFLCH em 2002. O movimento cobrava mais professores e melhor estrutura na unidade e durou mais de 100 dias. Depois de um apoio público de Candido, Marilena e outros, a reitoria passou a negociar com os alunos, o que culminou com o fim da greve.

O crítico literário, de 91 anos, disse ter ficado preocupado com o "significado histórico e o valor simbólico" das medidas tomadas pela reitora Suely Vilela, que pediu à Justiça o envio da PM ao câmpus para impedir piquetes feitos pelos grevistas. "É a violação do direito sagrado de uma pessoa opinar." A polícia confrontou-se com estudantes no dia 9 de junho e seis pessoas saíram feridas.

Antonio Candido disse que desconhece detalhes da mobilização. "Isso são os professores da ativa que podem explicar. Posso contribuir com o que sei da história da universidade." A greve começou no dia 5 de maio e reivindica aumento de 16%, a não implementação de cursos a distância e a saída da reitora.

O professor aposentado, que pertenceu à primeira turma da USP, na década de 30, disse que, antes da formação da universidade e, particularmente, da FFLCH, a formação universitária era apenas para elite e não se analisavam questões sociais. Ele falou durante 15 minutos e foi aplaudido de pé.

Marilena Chauí fez uma retrospectiva pessoal, relembrando protestos dos quais participou em seus tempos de estudante. "É uma repetição interminável do autoritarismo e da repressão. Não fazemos outra coisa que defender a universidade e a democracia."

A filósofa disse aos alunos que a mobilização precisa ir além das palavras de ordem contra a reitora. "Não é a eleição de um novo reitor que vai mudar a universidade, nós temos de pensar uma maneira de desestruturar essa gestão vertical. Temos que recuperar a universidade como espaço de discussão."

Chauí afirmou que o ensino a distância desqualifica a formação universitária, mas cabe aos alunos explicar à sociedade o motivo do seu repúdio. Ela chamou o consórcio de universidades para ensino a distancia, intitulado Univesp, de "Univespa".

"Eles servem para reforçar o nosso espírito de combate e mostram que a luta não é breve, é contínua", disse Marco Brinati, da diretoria da Associação dos Professores (Adusp).

por Elida Oliveira, Sergio Pompeu e Renata Cafardo


Olha aí, que beleza, não? Chamaram o tal crítico literário Antonio Cândido de "notável". E ele realmente tem uma fala notável. Notável e completamente estúpida.

Os grevistas, comandados pelo belicoso bolchevique Claudionor Brandão, que nem aluno é - é ex-presidente de um sindicato -, lá estão porque, palavras do energúmeno Brandão, a verdadeira luta é contra o "imperialismo norte-americano".

E o "notável" Cândido lhes dá lenha para suas fogueiras: "Atuem, exagerem, sejam justos e injustos. Aproximem a faculdade da realidade social. Essa é uma luta constante, para transformar a sociedade."

Exagerar? Serem injustos? Isto estes grevistas já estão fazendo. Há um site onde você pode acompanhar uma votação de alunos, docentes, funcionários etc. da USP. A esmagadora maioria é contra a greve.

Mas, como sempre, a maioria que quer ESTUDAR, COMPREENDER E TRABALHAR DENTRO DOS PARÂMETROS LEGAIS, DE BOM SENSO E DE RESPEITO PARA COM OUTRÉM A FIM DE AJUDAR A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE fica refém da truculência daqueles que querem fazer a revolução na sociedade para instalar o comunismo - basta ver que todos eles, Brandão, Candido e Chauí, são ligados a partidos e organizações de esquerda, fãs do facinoro Fidel, e ardorosos discípulos do falacioso Karl Marx, aquele que escreveu "O Capital", livros que contava com dados completamente deturpados.

Cândido, que diz haver "significado histórico e valor simbólico" no envio da PM, solicitado pela reitora Suely Vilela, que fez, segundo ele, uma "violação o direito sagrado de uma pessoa opinar", fala pelo traseiro: os filhos do Claudionor Brandão estavam fazendo piquetes, barricadas e impedindo os demais alunos e professores, contrários à greve, de ir e vir e assistir às aulas. Ademais, é muito fácil falar para um bando de militontos doutrinados pelo esquerdismo quando se "desconhece detalhes da mobilização", como ele fez questão de frisar.

Já Marilena... Bem, essa realmente não tem jeito. A lambe-botas dos Castro só sabe mesmo falar bobagens. Ela, acostumada que deve estar aos pensamentos Castristas da "DEMONIOcracia" da ilha-cárcere, acha que tudo é "uma repetição interminável do autoritarismo e da repressão".

Como sempre, esse pessoal esquerdopata adora falar em defesa da democracia apenas para solapá-la, como estava - e ainda está - fazendo o próprio Brandão.

É claro que, para eles, a luta contínua. Sempre. Ao menos enquanto não conseguirem destruir toda a democracia que existe para implantar o socialismo. Afinal, se fossem mesmo tão defensores da democracia, respeita-la-iam: a maioria é contra a greve, portanto, que se acabe-a. Mas eles, "intelectuais" que são, sabem mais que esta maioria. A greve contínua. A luta contínua.

Até a próxima Cuba!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A Violência em Três Atos: 2º Ato

No dia 16 de abril de 1970, foi preso, no Rio de Janeiro, Celso Lungaretti, militante do Setor de Inteligência da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) , uma das organizações comunistas que seguiam a linha militarista cubana.

Em seus primeiros depoimentos, Lungaretti revelou a existência de uma área de treinamento de guerrilhas, organizada e dirigida pela VPR, localizada num sítio da região de Jacupiranga, próxima a Registro, no Vale da Ribeira, a cerca de 250 quilômetros ao sul da Grande são Paulo.

Dois dias depois, foi presa, também no Rio de Janeiro, Maria do Carmo Brito, militante da VPR, que confirmou a denúncia de Lungaretti.

Imediatamente, tropas do Exército e da Policia Militar do Estado de São Paulo foram deslocadas para a área, a fim de apurar a veracidade das declarações dos dois militantes.

Desde janeiro de 1970, a VPR, com a colaboração de outras organizações comunistas, instalara essa area de treinamento sob o comando de Carlos Lamarca ex-Capitão do Exército, abrigando
duas bases, num total de 18 terroristas vindos de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.

As primeiras tropas, ao chegarem à região, em 20 de abril, encontraram apenas 9 terroristas na área, pois 1 já havia saído no início do mês e os outros 8, inclusive um boliviano, retiraram-se na manhã daquele dia, por ordem de Lamarca, em decorrência da prisão de Flozino, um dos proprietários da área. Permaneceram apenas os elementos necessários para desativar as bases.

Na noite do dia 21, um tiroteio marcou o primeiro choque, e, no dia seguinte, foram descobertas uma base e uma área de treinamento, encontrando-se armamento, munição, alimentos, medicamentos, rádios-transmissores, material de acampamento, mapas, fardamentos, bússolas, etc.

Em 26 de abril, foi descoberta nova área de treinamento. Darcy Rodrigues e José Lavecchia haviam permanecido em um Posto de Observação, a fim de acompanhar os movimentos das tropas regulares.

Entretanto, a quebra de seu rádio-transmissor os isolou dos demais terroristas, levando-os a tentar a fuga da área cercada. No dia seguinte, ambos foram presos, quando pediam carona na BR-116.

A partir daí, alguns dias passaram sem que houvesse qualquer contato. Uma parte da tropa da Polícia Militar foi retirada, permanecendo, apenas, um pelotão. Como voluntário para comandá-lo, apresentou-se um jovem de 23 anos, o tenente Alberto Mendes Júnior. Com 5 anos de policial Militar, o tenente Mendes era conhecido, entre seus companheiros, por seu espírito afável e alegre e pelo altruísmo no cumprimento das missões. Idealista, acreditava que era seu dever permanecer na área, ao lado de seus subordinados.


O dia 8 de maio marcou a tentativa de fuga dos 7 terroristas restantes. Alugaram uma "pick-up"e, no final da tarde, ao pararem num posto de gasolina, em Eldorado Paulista, foram abordados por seis policiais militares que lhes exigiram a identificação. Apesar de alegarem a condição de caçadores, não conseguiram ser convincentes. Os policiais desconfiaram e, ao tentarem sacar suas armas, foram alvejados por tiros que partiram dos terroristas que se encontravam na carroceria do veículo. Após o tiroteio, sem mortes, a "pick_up" rumou para Sete Barras.

Ciente do ocorrido, o tenente Mendes organizou uma patrulha, que, em duas viaturas, dirigiu-se de Sete Barras para Eldorado. Cerca das 21 horas, houve o encontro com os terroristas. Intenso tiroteio foi travado. O tenente Mendes, em dado momento, verificou que diversos de seus comandados estavam feridos à bala, necessitando urgentes socorros médicos.

Um dos terroristas, com um golpe astucioso, aproveitando-se daquele momento psicológico, gritou-lhes para que se entregassem. Julgando-se envolvido, o oficial aceitou render-se, desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo os demais componentes da patrulha permanecido corno reféns, o tenente levou os feridos para Sete Barras sob a intimação de suspender os bloqueios existentes na estrada.

De madrugada, a pé e sozinho, o tenente Mendes buscou contato com os terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens. Interrogado por Lamarca, afirmou que não havia nenhum bloqueio na direção de Sete Barras. Todos, então, seguiram para lá. Próximo a essa localidade, foram surpreendidos por um tiroteio. Dois terroristas, Edmauro Gopfert e José Araújo de Nóbrega, desgarraram-se do grupo (foram presos poucos dias depois) e os 5 terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando o tenente da Polícia Militar. Depois de andarem um dia e meio, no. início da tarde do dia 10 de maio de 1970, pararam para um descanso. O tenente.Mendes foi acusado de tê-los' traído, e responsabilizado pelo desaparecimento dos seus companheiros. Por isso, teria que ser executado. Nesse momento, Carlos Lamarca, Yoshitane Fugimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se, ficando Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima tomando conta do prisioneiro.

Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram e, posicionando-se por trás do oficial, Yoshitane Fugimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça com a coronha de um fuzil. Ferido e com a base do crânio partida, o tenente Mendes gemia e contorcia-se em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensanguentada, o tenente Mendes foi enterrado.

Alguns meses mais tarde, em 8 de setembro de 1970, Ariston Oliveira Lucena, que havia sido preso, apontou o local onde o tenente Mendes estava enterrado. As fotografias tiradas de seu
crânio atestam o horrendo crime cometido.

Ainda em setembro do mesmo ano, a VPR emitiu um comunicado "Ao Povo Brasileiro", onde tenta justificar o assassinato do tenente Mendes, no qual aparece o seguinte trecho:

"A sentença de morte de um Tribunal Revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos' próximo ao inimigo, dentro de um cerco que pode ser executado em virtude da existência de muitas estradas na Região. O Tenente Mendes foi condenado a morrer a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado."

Dos 5 assassinos do tenente Mendes, sabe-se que:
  • o ex-Capitão Carlos Lamarca morreu na tarde de 17 de setembro de 1971, no interior da Bahia, durante tiroteio com as forças de segurança;
  • Yoshitane Fugimore morreu em 5 de dezembro de 1970, em São Paulo, durante tiroteio com as forças de segurança;
  • Diógenes Sobrosa de Souza e Ariston Oliveira Lucena foram anistiados em 1979 e vivem livremente no Brasil; e
  • Gilberto Faria Lima fugiu para o exterior e desconhece-se o seu paradeiro atual.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Violência em Três Atos: 1º Ato

O público e as autoridades já estavam reunidos no Parque 13 de Maio, aguardando o início das comemorações que seriam levadas a cabo, a partir das 9 horas daquela manhã do último dia de março. Um grupo de estudantes retardatários, com seu alarido habitual, andava apressado em direção ao Parque. Nisso, essas milhares de pessoas foram surpreendidas com violenta explosão,
seguida de espessa nuvem de fumaça que envolveu o prédio dos Correios e Telégrafos de Recife.

Passados os primeiros momentos, quando a fumaça se esvaiu, os relógios registravam 8 horas e 47 minutos. Já podiam ser vistos, na parte externa do prédio, manchas negras, buracos e falhas de onde havia se desprendido o reboco, tal a violência da explosão. A enorme vidraça do sexto andar do edifício havia se estilhaçado com o deslocamento de ar provocado pelo petardo de
alto teor.

Estava perpetrado o primeiro atentado terrorista na capital pernambucana.

Ao mesmo tempo, uma segunda explosão atingiu a residência do comandante do IV Exército. Mais tarde, foi encontrada uma terceira bomba, falhada, num vaso de flores da Câmara Municipal de Recife, onde havia sido realizada uma sessão solene em comemoração ao segundo aniversário da Revolução de 31 de Março. Esta bornba falhada deveria estar sendo vista como um parcial fracasso no planejamento terrorista.

Para corrigi-lo, em 20 Maio de 1966, 50 dias após esse ensaio geral, foram lançados dois coquetéis "molotov" e um petardo de dinamite contra os portões da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco.

As autoridades, desconcertadas, buscavam os autores dos atos terroristas, sem sucesso. O Governo não dispunha de órgãos estruturados para um eficiente combate ao terrorismo. A Nação, estarrecida, vislumbrava tempos difíceis que estariam por vir.

Em 25 de julho de 1966, nova série de três bombas, com as mesmas características das anteriores, sacode Recife. Uma, na sede da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), ferindo, com escoriações e queimaduras no rosto e nas mãos, o civil José Leite. Outra, nos escritórios do Serviço de Informações dos Estados Unidos (USIS), causando, apenas, danos materiais. A terceira bomba, entretanto, acarretando vítimas fatais, passou a ser o marco balizador do início da luta terrorista no Brasil.

Na manhã desse dia, o Marechal Costa e Silva, candidato à Presidência da República, era esperado por cerca de 300 pessoas que lotavam a estação de passageiros do Aeroporto Internacional dos Guararapes. Às 8:30 horas, poucos minutos antes da chegada do Marechal, o serviço de som anunciou que, em virtude de pane no avião, ele estava se deslocando por via terrestre, de João Pessoa até Recife, indo diretamente para o prédio da Superintedência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Esse comunicado provocou o início da retirada do público.

O guarda-civil Sebastião Tomaz de Aquino, o "Paraíba", outrora popular jogador de futebol do Santa Cruz, percebeu que uma maleta escura estava abandonada junto à livraria "SODILER", localizada no saguão do aeroporto. Julgando que alguém a havia esquecido, pegou-a para entregá-la no balcão do Departamento de Aviação Civil (DAC). Ocorreu uma forte explosão. O som ampliado pelo recinto, a fumaça, os estragos produzidos e os gemidos dos feridos provocaram o pânico e a correria do público. Passados os momentos de pavor, o ato terrorista mostrou um trágico saldo de 15 vitimas.

Morreram o jornalista Edson Régis de Carvalho, casado e pai de cinco filhos, com um rombo no abdômen, e o Almirante reformado Nelson Passos Fernandes, com o crânio esfacelado, deixando viúva e um filho menor. O guarda-civil "Paraíba" sofreu ferimento lácero-contuso no frontal e no maxilar, no membro inferior esquerdo e na coxa direita, com exposição óssea, e que resultou na amputação de sua perna direita. O então Tenente-Coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva sofreu amputação traumática dos dedos da mão esquerda, fratura exposta no ombro do mesmo lado, lesões graves na coxa e queimaduras de primeiro e segundo graus.


O Tenente-Coronel Sylvio Ferreira da Silva aguardando socorro.

Destruição do saguão

O corpo do Almirante Nelson Gomes Fernandes sendo retirado do local.

O guarda civil Sebastião Tomaz Aquino
em estado de choque e mutilado
O jornalista Regis de Carvalho não resistiu aos ferimentos

Solidariedade com os feridos


Ficaram, ainda, gravemente fetidos os advogados Haroldo Collares da Cunha Barreto e Antonio Pedro Morais da Cunha, os funcionários públicos Fernando Ferreira Raposo e Ivancir de Castro, os estudantes José Oliveira Silvestre e Amaro Duarte Dias, a professora Anita Ferreira de Carvalho, a comerciária Idalina Maia, o guarda-civil José Severino Pessoa Barreto, além de Eunice Gomes de Barros e seu filho, Roberto Gomes de Barros, de apenas 6 anos de idade.

O acaso, transferindo o local da chegada do futuro Presidente, impediu que a tragédia fosse maior. O terrorismo indiscriminado, atingindo pessoas inocentes, inclusive mulheres e crianças, mostrou a frieza e o fanatismo de seus executores.

Naquela epoca, em Recife, apenas uma organização subversiva, o Partido Comunista Revolucionário (PCR), defendia a luta armada como forma de tomada do poder. Entretanto, os inquéritos abertos nunca conseguiram provas para apontar os autores dos atentados. Dois militantes comunistas, então indiciados, vivem, hoje, no Brasil. Um é professor do Departamento de Engenharia Elétrica de uma Universidade Federal. O outro, ex-candidato a Deputado Estadual, trabalhava, em 1985, como engenheiro da prefeitura de São Paulo.

terça-feira, 2 de junho de 2009


Projeto ORVIL: Uma Explicação Necessária

Em Setembro de 2008, havia feito um post em que prometia iniciar a divulgação do projeto ORVIL, documento que deveria divulgar a verdade sobre as ações terroristas dos comunistas no país, principalmente durante os anos 60 e 70 do século passado.

Agora, conforme prometido - e bastante protelado -, inicio a divulgação. Àqueles que desejarem tomar conhecimento mais rapidamente deste documento, que irei postar por partes, eis o
link para download da cópia em PDF (requer o Adobe Reader).

Que as revelações contidas neste documento abra os olhos extremamente embotados da maioria dos brasileiros, que não veem a nova investida comunista que os partidos esquerdistas, hoje capitaneados pelo PT, tem feito no Brasil.



No final dos anos sessenta, diversas organizações clandestinas de corte comunista iniciaram uma nova tentativa de tomada do poder, desta vez por meio da luta armada.

Ao iniciarmos as pesquisas para este trabalho, nosso objetivo era estudar os fatos que compõem esse episódio entre os anos de 1967 e 1973. Pelo conhecimento que tínhamos, tal período enquadrava os anos em que a luta havia sido mais acirrada e violenta.

Para a compreensao dessa luta, foram suscitadas muitas perguntas: Como se formaram? Qual a inspiração ideológica? Quais os objetivos das organizações subversivas nela empenhadas? Qual
o caráter da revolução que pretendiam fazer? Quais as experiências externas que procuraram apreender? Quais os modelos e métodos revolucionários que tentaram transplantar para nosso país? Como se estruturaram? Como se compunha sua infra-estrutura de apoio, de inteligência, etc.? Em que segmentos sociais e de que forma recrutavam seus quadros e como os formavam no País e no exterior? O que buscavam ao perpetrar assaltos, seqüestros, assassinatos e outras formas cruentas de terrorismo? Que objetivos alcançaram com essas ações?

As indagações, porém, não se esgotavam em torno dessas organizações clandestinas. Envolviam o próprio Estado e o sistema político vigente. O nível que as ações terroristas alcançaram colocava em cheque o monopólio da força armada organizada? Tirava do sistema político a sua característica de universalidade e a qualidade final de sua força? O seu combate exigia o envolvimento das Forças Armadas? Era imprescindível que provocasse a restrição da liberdade e que se suprimisse do público as informações a que tem direito numa sociedade democrática?

É sabido que as ações empreendidas acabaram por envolver as Forças Armadas, e a esse resp:ito outras questões tinham que ser levantadas porque fazem parte da luta a ser examinada. Estavam as Forças Armadas preparadas e estruturadas para esse combate insólito? Tiveram que promover alterações na sua estrutura, na instrução, nos seus efetivos, na conduta das operacões? Que sacrifícios lhes foram impostos? Como atuaram? Venceram a luta? Mas o fizeram em todos os seus aspectos?

Naturalmente sabíamos que, para responder a essa ambiciosa lista de indagações e a outras que surgiriam no decorrer do trabalho, teríamos que ultrapassar os limites do período de tempo previamente estipulado, como foco de nossa atenção.

Era de nosso conhecimento, por exemplo, que a primeira das organizações da esquerda revolucionária havia surgido em 1961 e que outras tiveram origem no período que medeia esse ano e 1967. Sabíamos,também, que quase todas as organizações haviam surgido ou se formado em oposição à linha política do PCB, tentando ser, cada uma delas, uma alternativa a ele. Sabíamos, portanto, que para conhecer as causas dessas divergências e compreender as dissidências, cisões e fusõs, que caracterizaram o período de que nos ocuparemos prioritariamente, teríamos que recuar no tempo, pelo menos até 1956 - ano em que se realizou o
XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), que foi a geratriz das mais sérias discordâncias no Movimento Comunista Internacional. A rigor, esse entendimento teria que nos
fazer retroceder até o ano da fundação do Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista (PC-SBIC).

Esse retorno no tempo, ainda que feito apenas a pontos essenciais à compreensão da luta armada, que permanecia como nosso objetivo prioritário, permitiria que perpassássemos duas outras tentativas de tornada do poder pelos comunistas: a primeira, em 1935, pelo caminho da violência, e a segunda, que culminou com a Revolução Democrática de 1964, pela chamada via pacífica, cujo limite anterior, não muito nítido, pode estar em 1961, ou mesmo antes.

O recuo ao passado colocou-nos diante de uma outra visão: a do processo mais amplo da subversão que se materializa em nosso País, na seqüência dessas tentativas de tornada do poder pelos comunistas, nas suas diferentes formas. Se a extrapolação do limite anterior do período inicialmente fixado mostrou-se importante, muito mais o seria no seu outro extremo, buscando uma visão além de 1974 - uma visão de hoje. Aí tivemos a percepção nítida daquilo que consubstancia a quarta tentativa da tomada do poder.

Essa tentativa de fato já teve início há alguns anos. Vencida na forma de luta que escolheu - a luta armada - a esquerda revolucionária tem buscado transformar a derrota militar que lhe foi imposta em todos os quadrantes do território nacional, em vitória política.

Após a autocrítica, uma a uma das diferentes organizações envolvidas na luta armada, concluíram que foi um erro se lançarem na aventura militarista, sem antes terem conseguido o apoio de boa parte da população. A partir desse momento, reiniciaram a luta para a tomada do poder mudando de estratégia.

Ao optarem por essa mudança, colocaram-se lado a lado com a esquerda ortodoxa, de que divergiam desde os últimos anos da década de cinqüenta, vendo-se perseguindo os mesmos objetivos táticos e valendo-se das mesmas técnicas e processos. Nessa fase, encontraram ainda um poderoso aliado, o clero dito "progressista", que pouco a pouco tirara a máscara e propugnava por uma "nova sociedade", igualitária e sem classes, uma sociedade também socialista.

Se esses fatores já nos induziam a fazer uma pequena modificação na estrutura inicialmente imaginada para este livro, dois outros nos levaram à decisão definitiva.

O primeiro é que, se boa parte dos possíveis leitores deste livro viveu essas experiências passadas, muitos deles, como nós mesmos, poderão constatar como nossa memória é fraca. No entanto, o que nos preocupava era o fato de a maioria da população brasileira ser formada por jovens de menos de 30 anos. Obviamente, não eram nascidos quando se deu a primeira experiência, e, ou não eram nascidos ou eram muito jovens quando ocorreu a segunda, que já conheceram deturpada ideologicamente.

O segundo fato é que concluímos que, se a terceira tentativa da tomada do poder - nosso foco de atenção - foi a mais violenta e a mais nítida, nem por isso foi a mais perigosa.

Assim, sem nos desviarmos da luta armada - a terceira tentativa de tomada do poder, cuja história ainda não foi escrita -, faremos numa primeira e segunda partes deste livro uma retrospectiva dos pontos essenciais, respectivamente da primeira e segunda tentativas de tomada do poder. Aliás, o fracasso de uma tentativa é sempre uma das causas e o ponto de partida para a tentativa seguinte. Daí, também, a importância desse conhecimento anterior para a compreensão da luta armada. Finalmente, esperamos que as informações que transmitiremos ao longo deste trabalho e as conclusões que comporão uma quarta parte do livro sejam suficientes para que o leitor faça a sua própria avaliação da quarta tentativa de tomada do poder, para nós a mais perigosa e, por isso, a mais importante.

Se conseguirmos transmitir essa percepcão final para nossos leitores, teremos atingido nosso objetivo e ficaremos com a certeza de haver conseguido prestar uma simples mas a mais significativa das homenagens que poderíamos oferecer aos companheiros que tombaram nessa luta, hoje esquecidos e até vilipendiados.

Suas mães, esposas, filhos e amigos já não terão dúvidas de que eles não morreram em vão. Porque, ao longo da história, temos a certeza de que a Pátria livre, democrática e justa será reconhecida a todos os que se empenharam nesse combate.