quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Yoani Sánchez,blogueira cubana, poderá vir ao Brasil para lançar livro

“Os cidadãos cubanos são como crianças. Precisam de autorização do “papá” para ir e vir”, diz, ao telefone, Yoani Sánchez. “Comportei-me mal porque conto como vivemos em Havana.” Para tentar tirar a autora do blog Generación Y do “castigo”, senadores brasileiros mobilizam-se para pressionar o governo de Cuba a liberar o visto de Yoani e permitir que ela venha ao Brasil em outubro, quando a Editora Contexto lançará seu livro De Cuba com Carinho.

O movimento começou a partir de conversas do historiador e editor Jaime Pinsky com a Embaixada de Cuba no Brasil para formalizar o convite à autora para o lançamento. Mas a blogueira já foi convidada a visitar outros países e as autoridades cubanas nunca a liberaram. O editor procurou, então, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), “que é do governo brasileiro e amigo do cubano”, para que ele intercedesse.

Em discurso no plenário na segunda-feira, Suplicy tratou do caso, usando o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Barack Obama na Assembleia-Geral da ONU como deixa. Confiante de que Lula pressionará o líder americano a rever o bloqueio econômico a Cuba, Suplicy acrescentou que um passo positivo nessa direção seria a liberação de vistos para os cidadãos entrarem e saírem do país. Cuba assinou, em 2008, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que garante o direito de livre circulação, até mesmo para o exterior. Mas Yoani já teve o visto negado três vezes só este ano. A permissão para a visita ao Brasil seria um sinal de que Cuba está disposta a praticar o que assina.

Sérgio Guerra (PSDB-PE) protocolou um pedido na embaixada de Cuba e Demóstenes Torres (DEM-GO) tenta aprovar hoje um convite formal do Senado brasileiro a Yoani, como forma de pressionar Havana. Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teria manifestado sua intenção de intervir na diplomacia cubana. “Não tenho esperanças de viajar. Viajo virtualmente no blog”, resigna-se Yoani. “Mas é a primeira vez que políticos tentam me levar a um país e fico feliz que seja o Brasil.”

Por Flávia Tavares, no Estadão


Comento:

Cuba assinou o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. E daí? Desde quando socialista, comunista ou qualquer outro tipo de esquerdista cumpre o que fala ou o que assina?

Eles só querem ser donos do alheio. São, desde o início do século XX, os novos escravizadores, embora não se detenham na cor da pele - todos devem ser seus escravos -, sendo eles os senhores da casa grande. Todos devem lhes servir e eles, magnânimos que se acham, devem governar aos outros com mãos de ferro.

Assassinos e apoiadores de assassinos, adoram o extinto regime soviético - o mesmo que ainda vigora em Cuba a na Coréia do Norte.

Yoani, que conta as mazelas pelas quais passam - e sempre passaram desde que Fidel assumiu o poder há 50 anos, INDEPENDENTEMENTE DO BLOQUEIO ECONÔMICO NORTE-AMERICANO, pois durante muitos anos a ilha fora sustentada regiamente pelo URSS -, é somente mais uma das prisioneiras de "Esteban", o "papá", aquele que é adorado por Chávez, Evo, Correa, entre muitos outros. E, claro, por Lula e a escória esquerdista nacional.

Leia Yoani, postando após o concerto que o cantor Juanes fez em Cuba (os grifos são meus):

Mañana amanecerá como cada lunes. El peso convertible seguirá por las nubes, Adolfo y sus colegas tendrán otro día tras las rejas en la prisión de Canaleta, mi hijo escuchará en la escuela que el socialismo es la única opción para el país y en los aeropuertos nos seguirán pidiendo un permiso para salir de la Isla. El concierto de Juanes no habrá cambiado significativamente nuestra vida, pero tampoco fui a la Plaza con esa ilusión. Sería injusto exigirle al joven cantante colombiano que impulse aquellos cambios que nosotros mismos no hemos logrado hacer, a pesar de desearlos tanto.

Estuve en aquella explanada para comprobar cuán diferente puede ser un mismo espacio cuando alberga concentraciones organizadas desde arriba o cuando cobija a un grupo de personas necesitada de bailar, cantar e interactuar, sin la política de por medio. Fue una experiencia rara estar allí, sin gritar una consigna y sin tener que aplaudir mecánicamente cuando el tono del discurso apuntaba que era el momento de ovacionar. Claro que algunos elementos sí se parecían a los de cualquier marcha por el primero de mayo, especialmente la proporción de policías vestidos de civil dentro del público.

Ciertos detalles técnicos resultaron incómodos. El audio no se escuchaba bien, la pequeña pantalla que reproducía lo que ocurría sobre el escenario no se veía en la distancia y la hora elegida era inhumana, por coincidir con los peores momentos del sol. Por suerte se nubló después de las cuatro y los que estaban atrincherados debajo de los pocos árboles se lanzaron a bailar con Orishas. Son detalles a superar en la próxima presentación que hará Juanes en Cuba, esa donde no abundarán las fallas técnicas y en la que sí podrán cantar los excluidos de esta tarde.

Si vemos la presentación de este 20 de septiembre como el ensayo general del concierto que algún día tendremos, entonces hay que felicitar a los que participaron. Incluso si no hubiera otra y la Plaza retomara sus solemnidad y su grisura, al menos esta tarde de domingo vivimos algo diferente. En un sitio donde se ha sembrado sistemáticamente la división entre nosotros, Juanes –al caer el sol- ha gritado “¡Por una sola familia cubana!”

Um comentário:

Escombros Hablaneros disse...

Soy cubano y vivo a 13 años en Brasil, el año pasado mi padre falleció y al pedir autorización en la embajada cubana para ir a despedirme de mi papá me fue negado, por lo que me parece valida la gestión de los parlamentares brasileño, pero pienso que no dará resultado. Tengo un blog www.escombroshablaneros.blogspot.com donde comento la situación de mi país, los invito a visitarlo. Saludo Javier Iglesias