Duzentos anos atrás, antes do advento do capitalismo, o status social de um homem permanecia inalterado do princípio ao fim de sua existência: era herdado dos seus ancestrais e nunca mudava. Se nascesse pobre, pobre seria para sempre; se rico - lorde ou duque -, manteria seu ducado, e a propriedade que o acompanhava, pelo resto dos seus dias. A população rural se expandiu e passou a haver um excesso de gente no campo. Os membros dessa população excedente, sem terras herdadas ou bens, careciam de ocupação. Também não lhes era possível trabalhar nas indústrias de beneficiamento, cujo acesso lhes era vedado pelos reis das cidades. O número desses "párias" crescia incessantemente, sem que todavia ninguém soubesse o que fazer com eles. Eram, no pleno sentido da palavra, "proletários", e ao governo só restava interná-los em asilos ou casas de correção. Em algumas regiões da, Europa, sobretudo nos Países Baixos e na Inglaterra, essa população tornou-se tão numerosa que, no século XVIII, constituía uma verdadeira ameaça à preservação do sistema social vigente.
Outro sério problema era a falta de matérias-primas. Os ingleses eram obrigados a enfrentar a seguinte questão: que faremos, no futuro, quando nossas florestas já não nos derem a madeira de que necessitamos para nossas indústrias e para aquecer nossas casas? Para as classes governantes, era uma situação desesperadora. Os estadistas não sabiam o que fazer e as autoridades em geral não tinham qualquer idéia sobre como melhorar as condições.
Foi dessa grave situação social que emergiram os começos do capitalismo moderno. Dentre aqueles párias, aqueles miseráveis, surgiram pessoas que tentaram organizar grupos para estabelecer pequenos negócios, capazes de produzir alguma coisa. Foi uma inovação. Esses inovadores não produziam artigos caros, acessíveis apenas às classes mais altas: produziam bens mais baratos, que pudessem satisfazer as necessidades de todos. E foi essa a origem do capitalismo tal como hoje funciona. Foi o começo da produção em massa - princípio básico da indústria capitalista. Enquanto as antigas indústrias de beneficiamento funcionavam a serviço da gente abastada das cidades, existindo quase que exclusivamente para corresponder às demandas dessas classes privilegiadas, as novas indústrias capitalistas começaram a produzir artigos acessíveis a toda a população. Era a produção em massa, para satisfazer às necessidades das massas.
Este é o principio fundamental do capitalismo tal como existe hoje em todos os países onde há um sistema de produção em massa extremamente desenvolvido: as empresas de grande porte, alvo dos mais fanáticos ataques desfechados pelos pretensos esquerdistas, produzem quase exclusivamente para suprir a carência das massas.
As empresas dedicadas à fabricação de artigos de luxo, para uso apenas dos abastados, jamais têm condições de alcançar a magnitude das grandes empresas. E, hoje, os empregados das grandes fábricas são, eles próprios, os maiores consumidores dos produtos que nelas se fabricam. Esta é a diferença básica entre os princípios capitalistas de produção e os princípios feudalistas de épocas anteriores.
Quando se pressupõe ou se afirma a existência de uma diferença entre os produtores e os consumidores dos produtos da grande empresa, incorre-se em grave erro. Nas grandes lojas dos Estados Unidos, ouvimos o slogan: "O cliente tem sempre razão."
E esse cliente é o mesmo homem que produz, na fábrica, os artigos à venda naqueles estabelecimentos. Os que pensam que a grande empresa detém um enorme poder também se equivocam, uma vez que a empresa de grande porte é inteiramente dependente da preferência dos que lhes compram os produtos; a mais poderosa empresa perderia seu poder e sua influência se perdesse seus clientes.
O desenvolvimento do capitalismo consiste em que cada homem tem o direito de servir melhor e/ou mais barato o seu cliente. E, num tempo relativamente curto, esse método, esse princípio, transformou a face do mundo, possibilitando um crescimento sem precedentes da população mundial.
Não obstante todos os seus benefícios, o capitalismo foi furiosamente atacado e criticado. É preciso compreender a origem dessa aversão. É fato que o ódio ao capitalismo nasceu não entre o povo, não entre os próprios trabalhadores, mas em meio à aristocracia fundiária - a pequena nobreza da Inglaterra e da Europa continental. Culpavam o capitalismo por algo que não lhes era muito agradável: no início do século XIX, os salários mais altos pagos pelas indústrias aos seus trabalhadores forçaram a aristocracia agrária a pagar salários igualmente altos aos seus trabalhadores agrícolas. A aristocracia atacava a indústria criticando o padrão de vida das massas trabalhadoras. Marx era aristocrata e filho de aristocratas!
Obviamente, do nosso ponto de vista, o padrão de vida dos trabalhadores era extremamente baixo. Mas, se as condições de vida nos primórdios do capitalismo eram absolutamente escandalosas, não era porque as recém-criadas indústrias capitalistas estivessem prejudicando os trabalhadores: as pessoas contratadas pelas fábricas já subsistiam antes em condições praticamente subumanas.
A velha história, repetida centenas de vezes, de que as fábricas empregavam mulheres e crianças que, antes de trabalharem nessas fábricas, viviam em condições satisfatórias, é um dos maiores embustes da história. As mães trabalhavam nas fábricas porque não tinham o que cozinhar: não abandonavam seus lares e suas cozinhas para se dirigir às fábricas - corriam a elas porque não tinham cozinhas e, ainda que as tivessem, não tinham comida para nelas cozinharem. E as crianças não provinham de um ambiente confortável: estavam famintas, estavam morrendo. E todo o tão falado e indescritível horror do capitalismo primitivo pode ser refutado por uma única estatística: precisamente nesses anos de expansão do capitalismo na Inglaterra, no chamado período da Revolução Industrial inglesa, entre 1760 e 1830, a população do país dobrou, o que significa que centenas de milhares de crianças - que em outros tempos teriam morrido - sobreviveram e cresceram, tornando-se homens e mulheres.
segunda-feira, 31 de março de 2008
Dicionário - Proletário
do Lat. proletariu
cidadão pobre que pertencia à classe mais baixa, entre os Romanos;
trabalhador manual que vive do produto do seu trabalho por vezes, com baixa remuneração.
cidadão pobre que pertencia à classe mais baixa, entre os Romanos;
trabalhador manual que vive do produto do seu trabalho por vezes, com baixa remuneração.
Você sabe como capturar porcos selvagens?
Havia um professor de química em um grande colégio com alunos de intercâmbio em sua turma. Um dia, enquanto a turma estava no laboratório, o professor notou um jovem do intercâmbio que continuamente coçava as costas e se esticava como se elas doessem.
O professor perguntou ao jovem qual era o problema. O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os comunistas de seu país nativo, que estavam tentando derrubar o governo e instalar um novo regime, um "outro mundo possível".
No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta:
- O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?
O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada.
- Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca, mas só em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir.
- Quando eles se acostumam com a cerca, ele voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer. Você continua desse jeito, até colocar os quatro lados da cerca em volta deles, com uma porta no último lado. Os porcos, que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, começam a vir sozinhos pela entrada. Então, você fecha a porteira e captura o grupo todo.
- Assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão.
O jovem, então, disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer neste país. O governo ficava empurrando-os para o comunismo e o socialismo, disfarçados de democracia, e espalhando o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo, impostos variados, estatutos de "proteção", cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, pagamentos para não plantar, programas de "bem-estar social", medicina e medicamentos "gratuitos", sempre e sempre novas leis, etc, tudo ao custo da perda contínua das liberdades, migalha a migalha.
Devemos sempre lembrar que "não existe esse negócio de almoço grátis" e também que "não é possível alguém prestar um serviço mais barato do que seria se você mesmo o fizesse". Finalmente, se você percebe que toda essa maravilhosa "ajuda" governamental é um problema que se opõe ao futuro da democracia em nosso país, e à dignidade humana, você vai divulgar esta mensagem entre seus amigos.
Mas se você acha que políticos e ongueiros pedem mais poder para as classes deles tirarem liberdades e dinheiro dos outros para beneficiar "você" ou "os pobres" então você provavelmente vai esquecer esta mensagem. Mas que Deus o ajude quando trancarem a porteira!
O professor perguntou ao jovem qual era o problema. O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os comunistas de seu país nativo, que estavam tentando derrubar o governo e instalar um novo regime, um "outro mundo possível".
No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta:
- O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?
O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada.
- Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca, mas só em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir.
- Quando eles se acostumam com a cerca, ele voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer. Você continua desse jeito, até colocar os quatro lados da cerca em volta deles, com uma porta no último lado. Os porcos, que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, começam a vir sozinhos pela entrada. Então, você fecha a porteira e captura o grupo todo.
- Assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão.
O jovem, então, disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer neste país. O governo ficava empurrando-os para o comunismo e o socialismo, disfarçados de democracia, e espalhando o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo, impostos variados, estatutos de "proteção", cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, pagamentos para não plantar, programas de "bem-estar social", medicina e medicamentos "gratuitos", sempre e sempre novas leis, etc, tudo ao custo da perda contínua das liberdades, migalha a migalha.
Devemos sempre lembrar que "não existe esse negócio de almoço grátis" e também que "não é possível alguém prestar um serviço mais barato do que seria se você mesmo o fizesse". Finalmente, se você percebe que toda essa maravilhosa "ajuda" governamental é um problema que se opõe ao futuro da democracia em nosso país, e à dignidade humana, você vai divulgar esta mensagem entre seus amigos.
Mas se você acha que políticos e ongueiros pedem mais poder para as classes deles tirarem liberdades e dinheiro dos outros para beneficiar "você" ou "os pobres" então você provavelmente vai esquecer esta mensagem. Mas que Deus o ajude quando trancarem a porteira!
A TRAGÉDIA DO NEOPOPULISMO
O ex-deputado federal Wilmar Rocha, de Goiás, foi presidente do Instituto Tancredo Neves (ITN) na época em que eu fui diretor, em meados dos anos 90. Grande sujeito, missão ingrata a dele. Explico: por força de lei, todos os partidos devem criar um instituto de estudos e pesquisas, para melhor fundamentarem seu posicionamento no Congresso. Até aí, tudo bem. Ocorre que, no Congresso, ninguém, em sã consciência, é capaz de dispor de um minuto sequer de seu tempo para discutir ideologia. Não que esta não seja importante. O problema é que, na prática, cada um adapta o discurso da maneira que quiser. Restamos nós, os bravos mosqueteiros do ITN, para formular, de maneira simplificada, simplória até, os postulados de nosso partido. Alguns, a esta altura, vão dizer que o PFL - hoje DEM - não tem ideologia. Acontece que o mesmo problema afligia todos os partidos, inclusive o (então vestal) Partido dos Trabalhadores.
Éramos meia dúzia de deputados, mas a nossa ação sugeria que fôssemos mais de cem. Devemos tudo isso ao Wilmar Rocha, que, a par de seus sólidos conhecimentos sobre sociologia política, tinha um senso de marketing inigualável.
Pois bem, o Wilmar esteve em São Paulo na semana passada, para lançar o seu excelente e atual livro O Fascínio do Neopopulismo, que ele diferencia do antigo em função de algumas características básicas: o velho populismo alavancava o seu poder graças ao apoio incondicional dos sindicatos urbanos, aos quais concedia, em troca, vantagens salariais e privilégios trabalhistas; o neopopulismo, ao contrário, prefere cortejar a massa dos destituídos de tudo - são os sem-terra, os sem-teto, os sem-emprego.
Essa mudança estratégica se deve ao fato de o operariado, hoje, estar longe de ser a camada mais sacrificada da sociedade. De modo geral, o operário tem casa própria, TV em cores, automóvel e, cercado pelo conforto que seus eletrodomésticos lhe proporcionam, não tem mais disposição para sair às ruas em passeatas de protesto.
O livro de Wilmar Rocha traz numerosos exemplos de como estão pipocando pela América Latina presidentes populistas, agora com ideologia renovada, e a ameaça que isso representa. O populismo, seja de que tipo for, redunda sempre em desastre. No início, o governo começa a gastar mais do que arrecada e, assim, pode dar aumentos salariais polpudos aos proletários e tocar um sem-número de programas sociais. Na segunda fase, o governo descobre que precisa criar receitas para fazer frente às crescentes despesas e passa a emitir bônus da dívida pública, na esperança de que essa fonte de receita seja inesgotável. Na terceira fase, o volume de bônus em poder do público é tão grande que ninguém mais acredita que o governo poderá pagá-los. O resto é sabido: a nação entra em colapso, não sem antes drenar toda a poupança do público.
Presidentes ou chefes de Estado personalistas existem em todas as partes do mundo. Nicolas Sarkozy, na França, é um deles, Silvio Berlusconi, que governou a Itália até recentemente, é outro. Barak Obama, caso venha a vencer as eleições norte-americanas, é um terceiro.
Por que eles não são classificados como populistas? Porque o poder de mando deles, uma vez no poder, é baixo. Quer falemos de França, Itália ou EUA, são todos países politicamente amadurecidos, cujos povos resistem, com ferocidade, a qualquer tentativa de conspurcar as suas instituições.
A América Latina é o berço e, felizmente, a única pátria do populismo. Na África, simplesmente não existem instituições; nos países desenvolvidos, elas são fortes demais para que alguém ouse confrontá-las. Já na América Latina, as instituições existem, porém são fracas demais para resistir às investidas de aventureiros dotados de uma boa dose de carisma.
Pesquisa recente levada a cabo em toda a América Latina demonstra o desapreço que nossos povos têm pelas instituições democráticas. Questionados a respeito, apenas 55% dos pesquisados consideraram a democracia o melhor regime. Esses números também são válidos para o Brasil, com uma agravante: boa parte dos pesquisados condicionou sua resposta a uma circunstância - se a economia for bem, se os salários subirem, etc.
Acende-se, assim, uma luz vermelha no painel. O mais correto seria pensar que a democracia é importante quando as coisas vão bem e imprescindível quando vão mal (grifo meu). Caso contrário, nós estaremos à mercê do primeiro tiranete que apareça, em situações de crise, prometendo tão-somente que, por intermédio dele, "dias melhores virão".
Prova disso tive recentemente, quando um aluno do terceiro ano de uma das mais renomadas faculdades de Administração do Brasil me procurou para que eu desse um testemunho vivo em seu trabalho de escola sobre os anos da ditadura. (É nessas horas que percebemos que estamos ficando velhos...)
Procurei mostrar-lhe que a nossa ditadura foi ambivalente: truculenta e cruel no trato com a oposição, com os dissidentes e até mesmo com os descontentes, eficiente e bem planejada no que tange à administração pública.
Para surpresa minha, a essa altura, aquele rapaz que estudava na fina-flor da elite acadêmica, me aparteou: "Mas, se os governos militares tocavam a economia e a administração pública com muito mais eficiência do que o regime democrático, não teria sido mais inteligente mantê-los no poder?"
Confesso que fiquei perplexo. Não é só ele que pensa assim. Provavelmente, a maioria de seus colegas de faculdade pensa dessa forma. Arrisquei uma resposta: "O que se discutia ali era a liberdade. E a liberdade não é um bem que se possa trocar no mercado."
Terminamos a entrevista, notei que ele não ficou nem um pouco convencido com a minha resposta. Queira Deus que não seja mais um, no futuro, a cerrar fileiras com os ditadores.
Fonte: O Estado de São Paulo - Opinião - 28/03/2008
*João Mellão Neto, jornalista, deputado estadual, foi deputado federal, secretário e ministro de Estado E-mail: j.mellao@uol.com.br
Éramos meia dúzia de deputados, mas a nossa ação sugeria que fôssemos mais de cem. Devemos tudo isso ao Wilmar Rocha, que, a par de seus sólidos conhecimentos sobre sociologia política, tinha um senso de marketing inigualável.
Pois bem, o Wilmar esteve em São Paulo na semana passada, para lançar o seu excelente e atual livro O Fascínio do Neopopulismo, que ele diferencia do antigo em função de algumas características básicas: o velho populismo alavancava o seu poder graças ao apoio incondicional dos sindicatos urbanos, aos quais concedia, em troca, vantagens salariais e privilégios trabalhistas; o neopopulismo, ao contrário, prefere cortejar a massa dos destituídos de tudo - são os sem-terra, os sem-teto, os sem-emprego.
Essa mudança estratégica se deve ao fato de o operariado, hoje, estar longe de ser a camada mais sacrificada da sociedade. De modo geral, o operário tem casa própria, TV em cores, automóvel e, cercado pelo conforto que seus eletrodomésticos lhe proporcionam, não tem mais disposição para sair às ruas em passeatas de protesto.
O livro de Wilmar Rocha traz numerosos exemplos de como estão pipocando pela América Latina presidentes populistas, agora com ideologia renovada, e a ameaça que isso representa. O populismo, seja de que tipo for, redunda sempre em desastre. No início, o governo começa a gastar mais do que arrecada e, assim, pode dar aumentos salariais polpudos aos proletários e tocar um sem-número de programas sociais. Na segunda fase, o governo descobre que precisa criar receitas para fazer frente às crescentes despesas e passa a emitir bônus da dívida pública, na esperança de que essa fonte de receita seja inesgotável. Na terceira fase, o volume de bônus em poder do público é tão grande que ninguém mais acredita que o governo poderá pagá-los. O resto é sabido: a nação entra em colapso, não sem antes drenar toda a poupança do público.
Presidentes ou chefes de Estado personalistas existem em todas as partes do mundo. Nicolas Sarkozy, na França, é um deles, Silvio Berlusconi, que governou a Itália até recentemente, é outro. Barak Obama, caso venha a vencer as eleições norte-americanas, é um terceiro.
Por que eles não são classificados como populistas? Porque o poder de mando deles, uma vez no poder, é baixo. Quer falemos de França, Itália ou EUA, são todos países politicamente amadurecidos, cujos povos resistem, com ferocidade, a qualquer tentativa de conspurcar as suas instituições.
A América Latina é o berço e, felizmente, a única pátria do populismo. Na África, simplesmente não existem instituições; nos países desenvolvidos, elas são fortes demais para que alguém ouse confrontá-las. Já na América Latina, as instituições existem, porém são fracas demais para resistir às investidas de aventureiros dotados de uma boa dose de carisma.
Pesquisa recente levada a cabo em toda a América Latina demonstra o desapreço que nossos povos têm pelas instituições democráticas. Questionados a respeito, apenas 55% dos pesquisados consideraram a democracia o melhor regime. Esses números também são válidos para o Brasil, com uma agravante: boa parte dos pesquisados condicionou sua resposta a uma circunstância - se a economia for bem, se os salários subirem, etc.
Acende-se, assim, uma luz vermelha no painel. O mais correto seria pensar que a democracia é importante quando as coisas vão bem e imprescindível quando vão mal (grifo meu). Caso contrário, nós estaremos à mercê do primeiro tiranete que apareça, em situações de crise, prometendo tão-somente que, por intermédio dele, "dias melhores virão".
Prova disso tive recentemente, quando um aluno do terceiro ano de uma das mais renomadas faculdades de Administração do Brasil me procurou para que eu desse um testemunho vivo em seu trabalho de escola sobre os anos da ditadura. (É nessas horas que percebemos que estamos ficando velhos...)
Procurei mostrar-lhe que a nossa ditadura foi ambivalente: truculenta e cruel no trato com a oposição, com os dissidentes e até mesmo com os descontentes, eficiente e bem planejada no que tange à administração pública.
Para surpresa minha, a essa altura, aquele rapaz que estudava na fina-flor da elite acadêmica, me aparteou: "Mas, se os governos militares tocavam a economia e a administração pública com muito mais eficiência do que o regime democrático, não teria sido mais inteligente mantê-los no poder?"
Confesso que fiquei perplexo. Não é só ele que pensa assim. Provavelmente, a maioria de seus colegas de faculdade pensa dessa forma. Arrisquei uma resposta: "O que se discutia ali era a liberdade. E a liberdade não é um bem que se possa trocar no mercado."
Terminamos a entrevista, notei que ele não ficou nem um pouco convencido com a minha resposta. Queira Deus que não seja mais um, no futuro, a cerrar fileiras com os ditadores.
Fonte: O Estado de São Paulo - Opinião - 28/03/2008
*João Mellão Neto, jornalista, deputado estadual, foi deputado federal, secretário e ministro de Estado E-mail: j.mellao@uol.com.br
sexta-feira, 28 de março de 2008
Contra Fatos Não Há Argumentos
Tomo emprestado alguns FATOS publicados no site do Waldemar Neto a respeito da época da "ditadura" dos militares:
Eles fizeram a maior revolução industrial do séc XX. Pegaram um país com o 45º PIB do mundo e, 21 anos depois, entregaram aos civis o 10º PIB do mundo. Estamos há 23 anos sob autoridade civil e ainda estamos em 10º.
Outras coisinhas que eles fizeram:
Eles fizeram a maior revolução industrial do séc XX. Pegaram um país com o 45º PIB do mundo e, 21 anos depois, entregaram aos civis o 10º PIB do mundo. Estamos há 23 anos sob autoridade civil e ainda estamos em 10º.
Outras coisinhas que eles fizeram:
- É restabelecida a autoridade por 21 anos;
- Criação de 13 milhões de empregos;
- A Petrobrás aumenta a produção de 75 mil para 750 mil barris/dia de petróleo;
- Estruturação das grandes construtoras nacionais;
- PIB de 14%;
- Construção de 4 portos e recuperação de outros 20;
- Criação da Eletrobras;
- Criação da Nucleobras e subsidiária;
- Criação da Embratel e Telebras;
- Usina Angra I e Angra II;
- Industria aeronáutica, naval, bélica e automotiva;
- Pró-alcool (95% dos carros no país);
- Construída as maiores usinas do MUNDO: Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipú;
- Exportações crescem de 1,5 bilhões de dólares para 37 bilhões;
- Rede Asfaltada de 3mil para 45 mil KM;
- Redução da inflação de 100% ªª para 12% ªª, sem controle do preço* e sem massacre do funcionalismo público;
- Fomento e financimento de pesquisa: CNPq, FINEP e CAPES;
- Cursos de mestrado e doutorado;
- INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM;
- FUNRURAL;
- Programa de merenda escolar e alimentação do trabalhador;
- Criação do FGTS, PIS, PASEP;
- Criação da EMBRAPA (70 milhões de toneladas de grãos);
- Duplicação da rodovia Rio-Juiz de Fora e da Via Dutra;
- Criação da EBTU;
- Implementação do Metrô em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza;
- Criação da INFRAERO, proporcionando a criação e modernização dos aeroportos brasileiros (Galeão, Guarulhos, Brasília, Confins, Campinas - Viracopos, Salvador, Manaus);
- Implementação dos Pólos Petroquímicos em São Paulo (Cubatão) e na Bahia (Camaçari);
- Prospecção de Petróleo em grandes profundidades na bacia de Campos;
- Construção do Porto no Maranhão;
- Construção dos maiores estádios, ginásios, conjuntos aquáticos e complexos desportivos em diversas cidades e universidades do país;
- SNI;
- Polícia Federal;
- Código Tributário Nacional;
- Código de Mineração;
- Zona Franca de Manaus;
- IBDF Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal;
- Conselho Nacional de Poluição Ambiental;
- Reforma do TCU;
- Estatuto do Magistério Superior;
- INDA Instituto de Desenvolvimento Agrário;
- Criação do Banco Central (DEZ/64);
- SFH Sistema Financeiro Habitacional;
- BNH Banco Nacional de Habitação;
- Construção de 4 milhões de moradias;
- Regulamentação do 13º salário;
- Banco da Amazônia;
- SUDAM;
- Reforma Administrativa, Agrária, Bancária, Eleitoral, habitacional, Política e Universitária;
- Ferrovia da soja;
- Rede Ferroviária ampliada de 3mil e remodelada para 11 mil KM;
- Frota mercante de 1 para 4 milhões de TDW;
- Corredores de exportações de Vitória, Santos, Paranaguá e Rio Grande;
- Matrículas do ensino superior de 100 mil em 1964 para 1,3 milhões em 1981;
- Mais de 10 milhões de estudantes nas escolas (que eram realmente escolas);
- Estabelecimento de assistência médico sanitária de 6 para 28 mil;
- Crédito Educativo;
- Projeto RONDON;
- MOBRAL.
Num próximo post, pretendo contar a Verdade Histórica que levou aos militares implantarem a contra-revolução - porque não fossem os cabeças de bagre das esquerdas (os socialistas e comunistas da época, entre os quais estão a ministra Dilma Roussef, José Dirceu e Marco Aurélio Garcia) - jamais teríamos tido a "ditadura".
A Fábula da Galinha Vermelha
Houve uma vez, uma galinha vermelha que achou alguns grãos de trigo e disse a seus vizinhos:
- Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer. Alguém quer me ajudar a plantá-lo?
- Eu não, disse a vaca.
- Nem eu, emendou o pato.
- Eu também não, falou o porco.
- Eu muito menos, completou o ganso.
- Então eu mesma planto, disse a galinha vermelha. E assim o fez e o trigo cresceu alto e amadureceu em grãos dourados.
- Quem vai me ajudar a colher o trigo?, quis saber a galinha.
- Eu não, disse o pato.
- Não faz parte de minhas funções, disse o porco.
- Não depois de tantos anos de serviço, exclamou a vaca.
- Eu me arriscaria a perder o seguro-desemprego, disse o ganso.
- Então eu mesma colho, falou a galinha, e colheu o trigo ela mesma
Finalmente, chegou a hora de preparar o pão.
- Quem vai me ajudar a assar o pão? indagou a galinha vermelha.
- Só se me pagarem hora extra, falou a vaca.
- Eu não posso por em risco meu auxílio-doença, emendou o pato.
- Eu não fui à escola e nunca aprendi a fazer pão, disse o porco.
- Caso só eu ajude, é discriminação, é preconceito, resmungou o ganso.
- Então eu mesma faço, exclamou a pequena galinha vermelha.
Ela assou cinco pães, e pôs todos numa cesta para que os vizinhos pudessem ver. De repente, todo mundo queria pão, e exigiu um pedaço. Mas a galinha simplesmente disse:
- Não, eu vou comer os cinco pães sozinha.
- Lucros excessivos!, gritou a vaca.
- Sanguessuga capitalista!, exclamou o pato.
- Eu exijo direitos iguais!, bradou o ganso.
O porco, esse só grunhiu.
Então, eles pintaram faixas e cartazes dizendo 'Injustiça' e marcharam em protesto contra a galinha, gritando obscenidades.
Quando um agente do governo chegou, disse à galinhazinha vermelha:
- Você não pode ser assim egoísta!
- Mas eu ganhei esse pão com meu próprio suor, defendeu-se a galinha.
- Exatamente - disse o funcionário do governo - Essa é a beleza da livre empresa. Qualquer um aqui na fazenda pode ganhar o quanto quiser. Mas sob nossas modernas regulamentações governamentais, os trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto de seu trabalho com os que não fazem nada.
E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha vermelha, que sorriu e cacarejou:
- Eu estou grata, eu estou grata.
Mas os vizinhos sempre se perguntavam por que a galinha nunca mais fez um pão.
(Divulgada por Ronald Reagan, nos anos 70)
Essa 'fábula' deveria ser distribuída e estudada em todas as escolas brasileiras. Quem sabe assim, em uma ou duas gerações, sua mensagem central pudesse tomar o lugar de toda essa papagaiada pseudo-socialista que insiste em assombrar nosso país e condená-lo à eterna miséria, porque nessa geração em que vivemos, parece não haver mais jeito!
Essa estória me lembra alguns grupos como 'Sem Terra', 'Sem Bolsa Escola', 'sem vergonha', enfim tudo que se veste de vermelho e faz protestos absurdos e falcatruas ainda maiores, como as que vemos todos os dias acontecendo no governo do PT e seus apaniguados.
- Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer. Alguém quer me ajudar a plantá-lo?
- Eu não, disse a vaca.
- Nem eu, emendou o pato.
- Eu também não, falou o porco.
- Eu muito menos, completou o ganso.
- Então eu mesma planto, disse a galinha vermelha. E assim o fez e o trigo cresceu alto e amadureceu em grãos dourados.
- Quem vai me ajudar a colher o trigo?, quis saber a galinha.
- Eu não, disse o pato.
- Não faz parte de minhas funções, disse o porco.
- Não depois de tantos anos de serviço, exclamou a vaca.
- Eu me arriscaria a perder o seguro-desemprego, disse o ganso.
- Então eu mesma colho, falou a galinha, e colheu o trigo ela mesma
Finalmente, chegou a hora de preparar o pão.
- Quem vai me ajudar a assar o pão? indagou a galinha vermelha.
- Só se me pagarem hora extra, falou a vaca.
- Eu não posso por em risco meu auxílio-doença, emendou o pato.
- Eu não fui à escola e nunca aprendi a fazer pão, disse o porco.
- Caso só eu ajude, é discriminação, é preconceito, resmungou o ganso.
- Então eu mesma faço, exclamou a pequena galinha vermelha.
Ela assou cinco pães, e pôs todos numa cesta para que os vizinhos pudessem ver. De repente, todo mundo queria pão, e exigiu um pedaço. Mas a galinha simplesmente disse:
- Não, eu vou comer os cinco pães sozinha.
- Lucros excessivos!, gritou a vaca.
- Sanguessuga capitalista!, exclamou o pato.
- Eu exijo direitos iguais!, bradou o ganso.
O porco, esse só grunhiu.
Então, eles pintaram faixas e cartazes dizendo 'Injustiça' e marcharam em protesto contra a galinha, gritando obscenidades.
Quando um agente do governo chegou, disse à galinhazinha vermelha:
- Você não pode ser assim egoísta!
- Mas eu ganhei esse pão com meu próprio suor, defendeu-se a galinha.
- Exatamente - disse o funcionário do governo - Essa é a beleza da livre empresa. Qualquer um aqui na fazenda pode ganhar o quanto quiser. Mas sob nossas modernas regulamentações governamentais, os trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto de seu trabalho com os que não fazem nada.
E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha vermelha, que sorriu e cacarejou:
- Eu estou grata, eu estou grata.
Mas os vizinhos sempre se perguntavam por que a galinha nunca mais fez um pão.
(Divulgada por Ronald Reagan, nos anos 70)
Essa 'fábula' deveria ser distribuída e estudada em todas as escolas brasileiras. Quem sabe assim, em uma ou duas gerações, sua mensagem central pudesse tomar o lugar de toda essa papagaiada pseudo-socialista que insiste em assombrar nosso país e condená-lo à eterna miséria, porque nessa geração em que vivemos, parece não haver mais jeito!
Essa estória me lembra alguns grupos como 'Sem Terra', 'Sem Bolsa Escola', 'sem vergonha', enfim tudo que se veste de vermelho e faz protestos absurdos e falcatruas ainda maiores, como as que vemos todos os dias acontecendo no governo do PT e seus apaniguados.
Por que este governo age assim?
Sim, cabe a pergunta. A resposta é simples:PORQUE É ESTA A SUA NATUREZA.E isso é menos simples do que parece.
Por que o governo de um presidente que tem uma popularidade inédita opta pelo ilegal, pelo truculento, pelo antidemocrático? Prestem atenção à resposta: PORQUE LULA NÃO CREDITA NENHUMA DAS VIRTUDES DE SUA GESTÃO AO REGIME DEMOCRÁTICO.
Ele considera que todas elas decorrem da sua divina interferência pessoal — daí que negue constantemente a história alheia (e até a sua própria). E porque lidera um partido que, historicamente, sempre se aproveitou dos momentos de maior popularidade do governo para fazer avançar o que tem de autoritário — seja pelas vias aparentemente legais, como o Conselho Federal de Jornalismo (para citar um caso), seja pelas vias ilegais: os dossiês.
Os discursos agressivos de Lula nesta semana eram, como se vê, evidências de que ele sabia que a tramóia viria à tona. E ele vai fazer agora o que se espera dele: acusar as oposições — mais a imprensa — de sabotar os seus sucessos. Sim, tentará segurar a “companheira” Dilma no governo; dirá que tudo não passa de medo do 1% que ela detém hoje nas pesquisas de intenção de voto.
E há a questão geral, que abordo num artigo na próxima edição de VEJA. Há a intimidade das esquerdas com o crime, o que é uma questão histórica. E, por mais larápios que esquerdista sejam — admito que haja aqueles que acreditam ter uma causa e possam até ser individualmente honestos —, estarão sempre justificando o malfeito em nome do futuro.
Os pobres zumbis que formam a militância petista nas universidades (e na imprensa), por exemplo, dirão que o dossiê precisou ser feito para tentar salvar a honra do “governo operário”, agredido pela "direita conservadora". Como ser um esquerdista sem estar justificando, permanentemente, alguma forma de crime?
Não tenho resposta para isso e suponho que ela não exista. Porque a admissão do ato criminoso como forma de atuação política está no DNA desse tipo de pensamento, pouco importa a corrente. Está em Marx, Lênin, Stálin, Trotsky, Gramsci, todos os doutores que formam a “bíblia” da religião petista, por mais que se possa considerar o partido apenas um arremedo de uma legenda de esquerda, dividida em facções.
Convenham: é a esquerda possível, dada a institucionalidade do Brasil. Houvesse condições, esses caras fariam o que a esquerda sempre fez para chegar ao poder: dar um golpe. A chamada Revolução Russa, nao custa lembrar, foi um golpe bolchevique. Isso é fato. Não é assim porque eu quero.
E também é bom notar: esses valentes são bastante complacentes com o seu passado, não é mesmo? Adoram investir no mito da resistência e na suposição, falsa, de que, um dia, lá atrás, eram anjinhos enfrentando os demônios. Até as minisséries de TV investem nessa antítese essencialmente mentirosa. Como ainda se consideram anjos, continuam a sacar contra o regime — só que este, de agora, é democrático. E o nome do que fazem é crime, sem nenhuma ditadura para turvar com belas utopias de enfrentamento o seu malfeito essencial.
Publicado no blog do Reinaldo Azevedo
Para vermos como Lula e seus asseclas respeitam a democracia, basta ver suas entrevistas:
"Estou querendo mostrar que é falsa a democracia formal. Primeiro, estamos tentando cumprir as regras do jogo. Não achamos que o Parlamento é um fim, ele é um meio. E vamos tentar utilizá-lo até onde for possível. Na medida em que a gente perceber que pela via parlamentar, pela via puramente eleitoral, você não conseguirá o poder eu assumo a responsabilidade de dizer à classe trabalhadora que ela tem de procurar outra via."
(Entrevista de Lula à Folha de S.Paulo, 29.12.1985)
Explico: Quando Lula diz que "Não achamos que o Parlamento é um fim, ele é um meio", entenda-se por ACHAMOS, as esquerdas - e principalmente o PT; quanto ao ELE É UM MEIO, a coisa fica óbvia: é o modelo de ação mais batido dos métodos socialistas para a tomada do poder: qualquer meio justifica os fins, i.e., faz-se qualquer coisa para que o poder esteja nas mãos das esquerdas.
"Primeiramente temos de dar a impressão de que somos democratas. No início, teremos que aceitar certas coisas. Mas isto não durará muito tempo".
(Marco Aurélio Garcia em entrevista ao jornal argentino "La Nación", em 5 de Outubro de 2002)
Esta última nem precisa ser explicada! É o que estamos vendo no dia a dia...
Por que o governo de um presidente que tem uma popularidade inédita opta pelo ilegal, pelo truculento, pelo antidemocrático? Prestem atenção à resposta: PORQUE LULA NÃO CREDITA NENHUMA DAS VIRTUDES DE SUA GESTÃO AO REGIME DEMOCRÁTICO.
Ele considera que todas elas decorrem da sua divina interferência pessoal — daí que negue constantemente a história alheia (e até a sua própria). E porque lidera um partido que, historicamente, sempre se aproveitou dos momentos de maior popularidade do governo para fazer avançar o que tem de autoritário — seja pelas vias aparentemente legais, como o Conselho Federal de Jornalismo (para citar um caso), seja pelas vias ilegais: os dossiês.
Os discursos agressivos de Lula nesta semana eram, como se vê, evidências de que ele sabia que a tramóia viria à tona. E ele vai fazer agora o que se espera dele: acusar as oposições — mais a imprensa — de sabotar os seus sucessos. Sim, tentará segurar a “companheira” Dilma no governo; dirá que tudo não passa de medo do 1% que ela detém hoje nas pesquisas de intenção de voto.
E há a questão geral, que abordo num artigo na próxima edição de VEJA. Há a intimidade das esquerdas com o crime, o que é uma questão histórica. E, por mais larápios que esquerdista sejam — admito que haja aqueles que acreditam ter uma causa e possam até ser individualmente honestos —, estarão sempre justificando o malfeito em nome do futuro.
Os pobres zumbis que formam a militância petista nas universidades (e na imprensa), por exemplo, dirão que o dossiê precisou ser feito para tentar salvar a honra do “governo operário”, agredido pela "direita conservadora". Como ser um esquerdista sem estar justificando, permanentemente, alguma forma de crime?
Não tenho resposta para isso e suponho que ela não exista. Porque a admissão do ato criminoso como forma de atuação política está no DNA desse tipo de pensamento, pouco importa a corrente. Está em Marx, Lênin, Stálin, Trotsky, Gramsci, todos os doutores que formam a “bíblia” da religião petista, por mais que se possa considerar o partido apenas um arremedo de uma legenda de esquerda, dividida em facções.
Convenham: é a esquerda possível, dada a institucionalidade do Brasil. Houvesse condições, esses caras fariam o que a esquerda sempre fez para chegar ao poder: dar um golpe. A chamada Revolução Russa, nao custa lembrar, foi um golpe bolchevique. Isso é fato. Não é assim porque eu quero.
E também é bom notar: esses valentes são bastante complacentes com o seu passado, não é mesmo? Adoram investir no mito da resistência e na suposição, falsa, de que, um dia, lá atrás, eram anjinhos enfrentando os demônios. Até as minisséries de TV investem nessa antítese essencialmente mentirosa. Como ainda se consideram anjos, continuam a sacar contra o regime — só que este, de agora, é democrático. E o nome do que fazem é crime, sem nenhuma ditadura para turvar com belas utopias de enfrentamento o seu malfeito essencial.
Publicado no blog do Reinaldo Azevedo
Para vermos como Lula e seus asseclas respeitam a democracia, basta ver suas entrevistas:
"Estou querendo mostrar que é falsa a democracia formal. Primeiro, estamos tentando cumprir as regras do jogo. Não achamos que o Parlamento é um fim, ele é um meio. E vamos tentar utilizá-lo até onde for possível. Na medida em que a gente perceber que pela via parlamentar, pela via puramente eleitoral, você não conseguirá o poder eu assumo a responsabilidade de dizer à classe trabalhadora que ela tem de procurar outra via."
(Entrevista de Lula à Folha de S.Paulo, 29.12.1985)
Explico: Quando Lula diz que "Não achamos que o Parlamento é um fim, ele é um meio", entenda-se por ACHAMOS, as esquerdas - e principalmente o PT; quanto ao ELE É UM MEIO, a coisa fica óbvia: é o modelo de ação mais batido dos métodos socialistas para a tomada do poder: qualquer meio justifica os fins, i.e., faz-se qualquer coisa para que o poder esteja nas mãos das esquerdas.
"Primeiramente temos de dar a impressão de que somos democratas. No início, teremos que aceitar certas coisas. Mas isto não durará muito tempo".
(Marco Aurélio Garcia em entrevista ao jornal argentino "La Nación", em 5 de Outubro de 2002)
Esta última nem precisa ser explicada! É o que estamos vendo no dia a dia...
quinta-feira, 27 de março de 2008
Lições de Gramsci e Lênin
A esquerda brasileira mistura recomendações de Gramsci e de Lenin nos seus métodos de ação. De Gramsci, ela adquiriu a técnica de firmar posições estratégicas em setores econômicos e sociais relevantes. Gramsci considerava-as uma espécie de catapulta para chegar ao socialismo pacificamente. E, desde a posse do presidente Lula, o núcleo mais à esquerda do PT vem trabalhando duro para lotar com gente sua, ou influenciar indiretamente, cargos e pessoas importantes de sindicatos, estatais, ONGs, partidos políticos, universidades, meios de comunicação, Igreja e outros que ajudem de alguma forma a alcançar o socialismo. Irrelevante se, segundo estudo da cientista política Maria Celina dAraújo, a maioria dos indicados para os cargos públicos não tenham preparo técnico para desempenhá-los. Ou que o orçamento de 2008 contemple 56.348 novas contratações pelo governo federal (29 mil derivadas de cargos a serem criados), que vão elevar os gastos de pessoal da União de R$ 118,1 bilhões em 2007 para R$ 130,8 bilhões em 2008. Os fins justificam os meios.
(parte da matéria escrita por Alfredo Marcolin Peringer publicado no jornal Zero Hora, em 27.11.2007)
(parte da matéria escrita por Alfredo Marcolin Peringer publicado no jornal Zero Hora, em 27.11.2007)
No Brasil, Chávez defende uma Otan para a América do Sul
Conforme matéria d'O Estado de São Paulo, "Ao desembarcar na base aérea de Recife, onde se encontrará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder venezuelano, Hugo Chávez, defendeu nesta quarta-feira, 26, a criação de uma Organização do Tratado do Atlântico Sul para a defesa da região. 'O plano de Bolívar era esse, uma aliança não só política e econômica mas militar também, para assegurar a nossa independência', disse Chávez nesta quarta-feira, sugerindo em seguida a criação 'da Otas como existe a Otan' (Organização do Tratado do Atlântico Norte). "
Comento:
Alguém conhece o Foro de São Paulo? Não? Bem, o FSP foi fundado em 1990 por nada mais, nada menos do que o PC Cubano e o nosso PT, tendo como presidentes Lula e Fidel, que já se conheciam muitos anos antes disso, e congrega todas as esquerdas latino-americanas. Segundo o próprio Fidel Castro, foi o PT quem organizou o primeiro encontro, em São Paulo, daí a razão do nome, ratificado no segundo encontro.
Alguém aí duvida? Então, basta ler o discurso que Lula fez no discurso de encerramento do Encontro de Governadores da Frente Norte do Mercosul, em 6 de Dezembro de 2007.
Este Foro de discussões, conforme seus membros o chamam, toma RESOLUÇÕES DE TRABALHO, que nada mais são do que indicações para as ações tomadas e/ou fomentadas pelas esquerdas.
Lendo as atas do tal Foro (atualmente você só as encontra no site Mídia Sem Máscara, pois o site referente ao Foro saiu misteriosamente do ar, embora reapareça vez por outra), além de descobrir que as FARC são parte integrante do FSP e as esquerdas têm compromisso em abrigar e defender seus membros, verá que este absurdo que Chávez chama de OTAS, já está há muito programado para acontecer - e que, na verdade, havia sido fomentado a partir do Diálogo Interamericano, que é outra reunião das esquerdas, porém de todas as Américas.
Mas qual a estratégia seguem tais membros? Simples. Chávez, o bufão, segue as diretrizes Stalinistas e Trotskistas: a conquista pela truculência, pela força; os outros membros, tais como Lula, os Kirshner, Evo, Correa, etc. seguem o caminho gramsciano, conquistando o Estado por denrto, aparelhando-o com seus asseclas, a fim de tomá-lo sem dar espaço à "direita".
Assim, uns contrapõem aos outros, quando às vistas da comunidade: é a forma enganosa de sempre, como ensina Lenin, para mostrar que o socialismo é melhor como "escolha de vida"; porém, todos seguem os mesmos ditâmes: a dominação da América Latina, a fim de formar não somente a OTAS, mas a URSAL (União das Répúblicas Socialistas da América Latina).
Infelizmente, em meio a tudo isto, existe um presidente digno que está sob ataque constante: Uribe, uma pedra no sapato das esquerdas, pois, com mais de 90% de aprovação dos colombianos, certamente fará seu candidato ser eleito. E não sendo Uribe de esquerda, e põe-se como "aliado do império", somente fazendo com que todas as outras nações latino-americanas já dominadas pelas esquerdas se unam política e militarmente é que se poderá fazer frente ao dito "império".
Todo cuidado, é pouco.
Comento:
Alguém conhece o Foro de São Paulo? Não? Bem, o FSP foi fundado em 1990 por nada mais, nada menos do que o PC Cubano e o nosso PT, tendo como presidentes Lula e Fidel, que já se conheciam muitos anos antes disso, e congrega todas as esquerdas latino-americanas. Segundo o próprio Fidel Castro, foi o PT quem organizou o primeiro encontro, em São Paulo, daí a razão do nome, ratificado no segundo encontro.
Alguém aí duvida? Então, basta ler o discurso que Lula fez no discurso de encerramento do Encontro de Governadores da Frente Norte do Mercosul, em 6 de Dezembro de 2007.
Este Foro de discussões, conforme seus membros o chamam, toma RESOLUÇÕES DE TRABALHO, que nada mais são do que indicações para as ações tomadas e/ou fomentadas pelas esquerdas.
Lendo as atas do tal Foro (atualmente você só as encontra no site Mídia Sem Máscara, pois o site referente ao Foro saiu misteriosamente do ar, embora reapareça vez por outra), além de descobrir que as FARC são parte integrante do FSP e as esquerdas têm compromisso em abrigar e defender seus membros, verá que este absurdo que Chávez chama de OTAS, já está há muito programado para acontecer - e que, na verdade, havia sido fomentado a partir do Diálogo Interamericano, que é outra reunião das esquerdas, porém de todas as Américas.
Mas qual a estratégia seguem tais membros? Simples. Chávez, o bufão, segue as diretrizes Stalinistas e Trotskistas: a conquista pela truculência, pela força; os outros membros, tais como Lula, os Kirshner, Evo, Correa, etc. seguem o caminho gramsciano, conquistando o Estado por denrto, aparelhando-o com seus asseclas, a fim de tomá-lo sem dar espaço à "direita".
Assim, uns contrapõem aos outros, quando às vistas da comunidade: é a forma enganosa de sempre, como ensina Lenin, para mostrar que o socialismo é melhor como "escolha de vida"; porém, todos seguem os mesmos ditâmes: a dominação da América Latina, a fim de formar não somente a OTAS, mas a URSAL (União das Répúblicas Socialistas da América Latina).
Infelizmente, em meio a tudo isto, existe um presidente digno que está sob ataque constante: Uribe, uma pedra no sapato das esquerdas, pois, com mais de 90% de aprovação dos colombianos, certamente fará seu candidato ser eleito. E não sendo Uribe de esquerda, e põe-se como "aliado do império", somente fazendo com que todas as outras nações latino-americanas já dominadas pelas esquerdas se unam política e militarmente é que se poderá fazer frente ao dito "império".
Todo cuidado, é pouco.
terça-feira, 25 de março de 2008
Teoria: A burguesia
A burguesia foi uma classe social que surgiu nos últimos séculos da Idade Média (por volta dos séculos XII e XIII) com o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de mercadorias (roupas, especiarias, jóias, etc) e prestação de serviços (atividades financeiras). Habitavam os burgos, que eram pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas ricas, que trabalhavam com dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes do clero católico.
Para entender como esta classe iniciou este processo de enriquecimento, é necessário entender como se deu o renascimento comercial e urbano.
Quando retornavam das cruzadas, muito cavaleiros saqueavam cidades no oriente. O material proveniente destes saques (jóias, tecidos, temperos etc.) eram comercializados no caminho. Foi neste contexto que surgiram as rotas comerciais e as feiras medievais. A saída dos muçulmanos do mar Mediterrâneo também favoreceu o renascimento comercial.
Foi neste contexto que começou a surgir uma nova camada social: a burguesia. Dedicados ao comércio, os burgueses enriqueceram e dinamizaram a economia no final da Idade Média. Esta nova camada social necessitava de segurança e buscou construir habitações protegidas por muros.
Surgiam, assim, os burgos que, com o passar do tempo, deram origem a várias cidades (renascimento urbano). Tais cidades passaram a significar maiores oportunidades de trabalho. Muitos habitantes da zona rural passaram a deixar o campo para buscar melhores condições de vida nas cidades européias (êxodo rural).
Com a diminuição dos trabalhadores rurais, os senhores feudais tiveram que mexer nas obrigações dos servos, amenizando os impostos e taxas. Em alguns feudos, chegaram a oferecer pequenas remunerações para os servos. Estas mudanças significaram uma transformação nas relações de trabalho no campo, desintegrando o sistema feudal de produção.
Com o aquecimento do comércio surgiram também novas atividades como, por exemplo, os cambistas (pois com o avanço do comércio eram necessárias as trocas de moedas, para o bom funcionamento das relações comerciais entre as várias regiões da Europa já que, nesta época, cada cidade ainda possuía um tipo de moeda diferente) e os banqueiros (para garantir e proteger, com segurança, as fortunas dos prósperos burgueses. Cheques, cartas de créditos e outras modalidades financeiras também começaram a ser utilizadas neste período).
Estes novos componentes sociais (burgueses, cambistas, banqueiros, etc) passaram a começar a se preocupar com a aquisição de conhecimentos. Este fato fez surgir, nos séculos XII e XIII, várias universidades na Europa. Estas instituições de ensino dedicavam-se ao aos conhecimentos matemáticos, teológicos, medicinais e jurídicos.
Eis aí, as bases do que Karl Marx erroneamente chamou de capitalismo.
Para entender como esta classe iniciou este processo de enriquecimento, é necessário entender como se deu o renascimento comercial e urbano.
Quando retornavam das cruzadas, muito cavaleiros saqueavam cidades no oriente. O material proveniente destes saques (jóias, tecidos, temperos etc.) eram comercializados no caminho. Foi neste contexto que surgiram as rotas comerciais e as feiras medievais. A saída dos muçulmanos do mar Mediterrâneo também favoreceu o renascimento comercial.
Foi neste contexto que começou a surgir uma nova camada social: a burguesia. Dedicados ao comércio, os burgueses enriqueceram e dinamizaram a economia no final da Idade Média. Esta nova camada social necessitava de segurança e buscou construir habitações protegidas por muros.
Surgiam, assim, os burgos que, com o passar do tempo, deram origem a várias cidades (renascimento urbano). Tais cidades passaram a significar maiores oportunidades de trabalho. Muitos habitantes da zona rural passaram a deixar o campo para buscar melhores condições de vida nas cidades européias (êxodo rural).
Com a diminuição dos trabalhadores rurais, os senhores feudais tiveram que mexer nas obrigações dos servos, amenizando os impostos e taxas. Em alguns feudos, chegaram a oferecer pequenas remunerações para os servos. Estas mudanças significaram uma transformação nas relações de trabalho no campo, desintegrando o sistema feudal de produção.
Com o aquecimento do comércio surgiram também novas atividades como, por exemplo, os cambistas (pois com o avanço do comércio eram necessárias as trocas de moedas, para o bom funcionamento das relações comerciais entre as várias regiões da Europa já que, nesta época, cada cidade ainda possuía um tipo de moeda diferente) e os banqueiros (para garantir e proteger, com segurança, as fortunas dos prósperos burgueses. Cheques, cartas de créditos e outras modalidades financeiras também começaram a ser utilizadas neste período).
Estes novos componentes sociais (burgueses, cambistas, banqueiros, etc) passaram a começar a se preocupar com a aquisição de conhecimentos. Este fato fez surgir, nos séculos XII e XIII, várias universidades na Europa. Estas instituições de ensino dedicavam-se ao aos conhecimentos matemáticos, teológicos, medicinais e jurídicos.
Eis aí, as bases do que Karl Marx erroneamente chamou de capitalismo.
O início
Começo hoje a fazer minhas postagens. Este é um blog pessoal, no qual pretendo mostrar minha visão de mundo e criticar os caminhos pelos quais estamos enveredando em nosso país.
Devido a isto, haverá muitos que irão dizer, pelo que irei comentar, que sou da elite. E realmente é o que eu mais desejo: ser da elite!
Aos ignorantes de plantão: elite (do francês élite) , significa "o que há de melhor numa sociedade ou grupo"; portanto, é minha meta pertencer à elite. Se há os que preferem ser da ralé, como eu sempre digo, "cada um com seus problemas", porque "alguém tem que se ferrar", nem que seja por escolha própria ou falta de criticidade para escolher aquilo que toma como base para dirigir suas vidas!
Devido a isto, haverá muitos que irão dizer, pelo que irei comentar, que sou da elite. E realmente é o que eu mais desejo: ser da elite!
Aos ignorantes de plantão: elite (do francês élite) , significa "o que há de melhor numa sociedade ou grupo"; portanto, é minha meta pertencer à elite. Se há os que preferem ser da ralé, como eu sempre digo, "cada um com seus problemas", porque "alguém tem que se ferrar", nem que seja por escolha própria ou falta de criticidade para escolher aquilo que toma como base para dirigir suas vidas!
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