A petista Dilma Rousseff foi ao programa de rádio de Paulo Barboza. Como se jamais tivesse pertencido ao governo, mandou ver: "Nos remédios, é um absurdo a tributação. A próxima ação imediata é remédio, porque é uma questão de sobrevivência da população". Sei. Até aí, vá lá.
O Estado Online informa:
Dilma deu como atingida a meta de construção de 1 milhão de casas estabelecida pelo governo federal ao lançar o Minha Casa, Minha Vida. "Fizemos só 1 milhão de casas nessa primeira fase. Entre 2011 e 2014 dá pra fazer, no mínimo, mais 2 milhões".
É mesmo? Dilma faltou com a verdade, e o site não pode correr o risco de multiplicar a mentira. Sabem quantas casas foram efetivamente entregues daquele 1 milhão prometido? 90 MIL! Os números são do mês passado. Foram contratadas 410 mil - que não estarão prontas e entregues até o fim de 2010. E há 800 mil pedidos. Pode até ser que se chegue a um milhão de PEDIDOS até o fim do ano.
Este é o governo Lula, trilha batida que Dilma está seguindo, com a ajuda da imprensa. A promessa era entregar um milhão de casas até o fim de 2010. A seis meses do fim do governo, não se chegou a 10% disso. No entanto, a candidata dá o trabalho como realizado e já promete mais dois milhões.
E fica tudo por isso mesmo.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Nunca Antes NeztePaiz Se Viu Tanto Sindicato...
O imposto sindical, um bolo tributário de quase R$ 2 bilhões formado por um dia de trabalho por ano de toda pessoa que tem carteira assinada, alimenta um território sem lei. Os 9.046 sindicatos que dividem esse dinheiro não são fiscalizados.
Resultado: abrir uma entidade sindical transformou-se em negócio lucrativo no País. Levantamento feito pela reportagem do Estado identificou sindicatos de todos os tipos: de fachada, dissidentes por causa de rachas internos e entidades atuando como empresas de terceirização de mão de obra.
Os dirigentes das centrais admitem que o imposto está por trás da proliferação sindical, o que transforma alguns sindicatos em verdadeiros cartórios. A reportagem constatou ainda que, só neste ano, o Ministério do Trabalho registrou um novo sindicato a cada dia, 126 no total, o que revela uma indústria debaixo da chamada liberdade sindical garantida pela Constituição.
A proliferação acirrou-se a partir de 2008, quando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu formalizar as centrais - a fatia do bolo que elas recebem é proporcional ao número de entidades filiadas. E tudo ficou mais fácil quando Lula decidiu que as centrais não precisam prestar contas do dinheiro que recebem.
“Parte dos sindicatos é constituída sem representatividade, só com o objetivo de arrecadar os recursos dos trabalhadores através das taxas existentes”, admitiu o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos. “Está havendo desmembramento de sindicatos, muitos deles artificiais e piratas”, concorda Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo. “É o banditismo sindical.”
Meio de vida
Estima-se que metade dos sindicatos em operação no País tem como função apenas o recebimento de tributos. Dirigir uma entidade passou a ser meio de vida de algumas pessoas, como no caso de Djalma Domingos Santos.
Ele dirige um sindicato que faz intermediação de mão de obra para empresas do agronegócio. Os abusos são tão flagrantes que a entidade está sob investigação do Ministério Público do Trabalho. Santos também preside sindicatos de trabalhadores da movimentação de mercadorias em pelo menos cinco cidades.
“Não é impossível, mas é pouco provável”, disse o secretário-adjunto de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, André Luis Grandizoli, ao ser questionado sobre como uma pessoa pode presidir tantos sindicatos ao mesmo tempo - e todos devidamente registrados. “Não temos como avaliar.”
Ainda segundo Grandizoli, o governo evita qualquer ação que possa parecer interferência na atividade sindical: “Temos de observar a Constituição, que garante a liberdade sindical.”
Debaixo desse guarda-chuva constitucional, a criação de sindicatos galopa. O Ministério do Trabalho requer apenas “um mínimo de democracia” no processo de abertura, como disse Grandizoli. É preciso realizar uma assembleia, convocada em jornal de grande circulação e no Diário Oficial, para pedir a formalização. A candidatura da entidade a um registro formal, que lhe dará acesso ao imposto sindical, é submetida a uma audiência pública por 30 dias.
por Lu Aiko Otta e Leandro Colon, no Estadão
Resultado: abrir uma entidade sindical transformou-se em negócio lucrativo no País. Levantamento feito pela reportagem do Estado identificou sindicatos de todos os tipos: de fachada, dissidentes por causa de rachas internos e entidades atuando como empresas de terceirização de mão de obra.
Os dirigentes das centrais admitem que o imposto está por trás da proliferação sindical, o que transforma alguns sindicatos em verdadeiros cartórios. A reportagem constatou ainda que, só neste ano, o Ministério do Trabalho registrou um novo sindicato a cada dia, 126 no total, o que revela uma indústria debaixo da chamada liberdade sindical garantida pela Constituição.
A proliferação acirrou-se a partir de 2008, quando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu formalizar as centrais - a fatia do bolo que elas recebem é proporcional ao número de entidades filiadas. E tudo ficou mais fácil quando Lula decidiu que as centrais não precisam prestar contas do dinheiro que recebem.
“Parte dos sindicatos é constituída sem representatividade, só com o objetivo de arrecadar os recursos dos trabalhadores através das taxas existentes”, admitiu o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos. “Está havendo desmembramento de sindicatos, muitos deles artificiais e piratas”, concorda Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo. “É o banditismo sindical.”
Meio de vida
Estima-se que metade dos sindicatos em operação no País tem como função apenas o recebimento de tributos. Dirigir uma entidade passou a ser meio de vida de algumas pessoas, como no caso de Djalma Domingos Santos.
Ele dirige um sindicato que faz intermediação de mão de obra para empresas do agronegócio. Os abusos são tão flagrantes que a entidade está sob investigação do Ministério Público do Trabalho. Santos também preside sindicatos de trabalhadores da movimentação de mercadorias em pelo menos cinco cidades.
“Não é impossível, mas é pouco provável”, disse o secretário-adjunto de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, André Luis Grandizoli, ao ser questionado sobre como uma pessoa pode presidir tantos sindicatos ao mesmo tempo - e todos devidamente registrados. “Não temos como avaliar.”
Ainda segundo Grandizoli, o governo evita qualquer ação que possa parecer interferência na atividade sindical: “Temos de observar a Constituição, que garante a liberdade sindical.”
Debaixo desse guarda-chuva constitucional, a criação de sindicatos galopa. O Ministério do Trabalho requer apenas “um mínimo de democracia” no processo de abertura, como disse Grandizoli. É preciso realizar uma assembleia, convocada em jornal de grande circulação e no Diário Oficial, para pedir a formalização. A candidatura da entidade a um registro formal, que lhe dará acesso ao imposto sindical, é submetida a uma audiência pública por 30 dias.
por Lu Aiko Otta e Leandro Colon, no Estadão
quinta-feira, 20 de maio de 2010
O Irã e as Política Anta-Atômica Petralha
O governo brasileiro foi apanhado de surpresa na segunda-feira, quando o diretor da Agência Iraniana de Energia Atômica, Ali Akbar Salehi, anunciou que seu país manteria o programa de enriquecimento de urânio em até 20%.
A declaração lançou suspeitas sobre a eficácia do acordo intermediado por Brasil e Turquia e serviu como argumento para as grandes potências, que acreditam que o compromisso firmado é uma manobra do Irã para evitar novas sanções.
Segundo confirmou ao Estado um alto assessor da presidência, embora o acordo não proibisse o país de continuar enriquecendo urânio, o governo brasileiro não esperava que o país abordasse o tema logo após as reuniões de Teerã. "Eles tentaram agradar a opinião pública interna", admitiu a fonte.
Outro assessor próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi mais claro. "Fomos pegos de surpresa." O governo brasileiro tentou improvisar uma reação. Tão logo ficou claro que o tema seria explorado por EUA, França e Grã-Bretanha para desacreditar o acordo, o Brasil adotou uma posição cautelosa, afirmando que o compromisso era apenas um passo e o enriquecimento deveria ser melhor discutida pelo Conselho de Segurança da ONU.
Silêncio
Diante de novas informações que surgiram na terça-feira, Lula optou pelo silêncio. "Quero deixar maturar as notícias. Quero ver tudo o que sai para ver o que vai acontecer", justificou, ao ser questionado pelo Estado durante a Cúpula América Latina e Caribe-União Europeia, que está sendo realizada em Madri.
Falando em seu lugar, o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. manteve um discurso duro em relação aos EUA, alertando para o risco político da adoção de sanções e cobrando o alargamento do grupo de seis potências (EUA, Rússia, França, Grã-Bretanha, China e Alemanha) que negocia com o Irã, com a inclusão do Brasil e da Turquia.
Críticas de Lula
Ontem, depois de receber o apoio público do ex-chefe de governo da Espanha, o socialista Felipe González, Lula quebrou o silêncio e afirmou que o acordo assinado em Teerã era "exatamente o que os EUA queriam cinco ou seis meses atrás".
O presidente brasileiro ressaltou que o objetivo não era obter um novo acordo sobre o programa nuclear, mas conseguir a palavra do governo iraniano de que aceitaria a proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que previa a troca de urânio não enriquecido por combustível nuclear.
"A única coisa que queríamos era convencer o Irã de que ele deveria assumir um compromisso com a gente. Tudo isso foi concordado", sustentou. Lula cobrou que a comunidade internacional discuta o tema sem ameaças. "Agora, tudo depende de o Conselho de Segurança da ONU sentar com disposição de negociar. Porque se ele sentar sem querer negociar, tudo voltará à estaca zero."
por Andrei Netto n'O Estado de S.Paulo
“Se o acordo for ignorado, vamos reagir”, avisou Celso Amorim. “Se vierem as sanções, os Estados Unidos vão se dar mal”, rosnou Marco Aurélio Garcia. “Vou esperar para ver o que vem”, completou Lula com cara de quem acordou invocado. Os recados do chanceler de bolso, do conselheiro para assuntos cucarachas e do presidente da potência emergente deixaram claro que a trinca recém-chegada de Teerã não estava para brincadeira. As demais nações que endossassem o acordo com os aiatolás atômicos. Se falassem em sanções contra o Irã, o desacato internacional ao Brasil e à Turquia não ficaria sem resposta.
É possível que tenham ocorrido falhas na tradução. É possível que os gringos tenham imaginado que o repertório de retaliações do Brasil não vai muito além do boicote à Copa do Mundo e do cancelamento do Carnaval. O fato é que ninguém deu importância às frases ameaçadoras. Com o apoio das nações que efetivamente influenciam os destinos do mundo, o governo americano substituiu o acordo malandro por outra rodada de castigos aos iranianos provocadores. Restou a Lula botar a culpa nos ianques, proclamar-se vitorioso e bater em retirada.
O problema do país tropical, confirmou o mais recente dos incontáveis fiascos internacionais da Era da Mediocridade, não é o complexo de vira-lata. Essa disfunção, diagnosticada por Nelson Rodrigues, só deu as caras entre 1950, quando a derrota na final contra o Uruguai transformou o brasileiro no último dos torcedores, e 1958, quando a Seleção triunfou na Copa da Suécia. O verdadeiro problema nacional é o contrário do complexo de vira-lata: é a síndrome de com-o-Brasil-ninguém-pode.
Aprende-se ainda no útero que a nossa bandeira é a mais bonita do mundo, embora ninguém se atreva a sair por aí tentando combinar camisa azul, calça verde e paletó amarelo. Aprende-se no berço que o nosso hino é o mais bonito do mundo, muitos sustenidos e bemóis à frente da Marselhesa. Aprende-se no jardim da infância que Deus é brasileiro, e portanto o país do futuro pode esperar que o futuro chegue dormindo em berço esplêndido.
Já chegou, acredita Lula, portador da síndrome em sua forma mais aguda. Ele decidiu que o país com quem ninguém pode é presidido por um governante que pode tudo. Acha-se capaz de solucionar conflitos cujas origens se perdem no tempo com fórmulas tão singelas quanto as usadas nos anos 70 pelo dirigente sindical escalado para entender-se com os patrões. Não enxerga diferenças entre povos divorciados por ódios milenares e um casal em crise. Dá palpites em conflagrações exemplarmente complexas com a desenvoltura de doutor no assunto. Essa mistura de ingenuidade, soberba e ignorância acabou produzindo uma forma muito singular de mitomania.
No cérebro de Lula, vale repetir, a área reservada à acumulação de conhecimentos é um terreno baldio. Por não ter assistido a uma só aula de geografia, ainda sofre para descobrir no mapa-múndi onde fica o Oriente Médio. Mas promete encerrar com duas conversas confrontos sobre os quais nada sabe. Por nunca ter lido um livro de história, ignora que o Irã é a antiga Pérsia, confunde o xá com chá, não faz a menor ideia de quem foi Khomeini. Desconhece o passado que produziu os ahmadinejads do presente. Mas chama de amigo um vigarista juramentado que promoveu a parceiro preferencial.
Entre os flagelos que atormentam o Brasil figuram mais de 10 milhões de analfabetos, um sistema de saneamento básico que só cobre metade das moradias, cicatrizes apavorantes no sistema de saúde e de educação, favelas miseráveis penduradas em morros sem lei, fronteiras fora do alcance do Estado, zonas de exclusão que encolheram o mapa oficial em milhões de quilômetros quadrados, a violência epidêmica, a corrupção endêmica, o primitivismo político, uma demasia de carências a eliminar. O presidente faz de conta que isso é conversa de inimigo da pátria e capricha na pose de conselheiro do mundo.
Candidato a secretário-geral da ONU, Lula já é um dos favoritos na disputa do título de idiota útil da década.
por Augusto Nunes
A declaração lançou suspeitas sobre a eficácia do acordo intermediado por Brasil e Turquia e serviu como argumento para as grandes potências, que acreditam que o compromisso firmado é uma manobra do Irã para evitar novas sanções.
Segundo confirmou ao Estado um alto assessor da presidência, embora o acordo não proibisse o país de continuar enriquecendo urânio, o governo brasileiro não esperava que o país abordasse o tema logo após as reuniões de Teerã. "Eles tentaram agradar a opinião pública interna", admitiu a fonte.
Outro assessor próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi mais claro. "Fomos pegos de surpresa." O governo brasileiro tentou improvisar uma reação. Tão logo ficou claro que o tema seria explorado por EUA, França e Grã-Bretanha para desacreditar o acordo, o Brasil adotou uma posição cautelosa, afirmando que o compromisso era apenas um passo e o enriquecimento deveria ser melhor discutida pelo Conselho de Segurança da ONU.
Silêncio
Diante de novas informações que surgiram na terça-feira, Lula optou pelo silêncio. "Quero deixar maturar as notícias. Quero ver tudo o que sai para ver o que vai acontecer", justificou, ao ser questionado pelo Estado durante a Cúpula América Latina e Caribe-União Europeia, que está sendo realizada em Madri.
Falando em seu lugar, o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. manteve um discurso duro em relação aos EUA, alertando para o risco político da adoção de sanções e cobrando o alargamento do grupo de seis potências (EUA, Rússia, França, Grã-Bretanha, China e Alemanha) que negocia com o Irã, com a inclusão do Brasil e da Turquia.
Críticas de Lula
Ontem, depois de receber o apoio público do ex-chefe de governo da Espanha, o socialista Felipe González, Lula quebrou o silêncio e afirmou que o acordo assinado em Teerã era "exatamente o que os EUA queriam cinco ou seis meses atrás".
O presidente brasileiro ressaltou que o objetivo não era obter um novo acordo sobre o programa nuclear, mas conseguir a palavra do governo iraniano de que aceitaria a proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que previa a troca de urânio não enriquecido por combustível nuclear.
"A única coisa que queríamos era convencer o Irã de que ele deveria assumir um compromisso com a gente. Tudo isso foi concordado", sustentou. Lula cobrou que a comunidade internacional discuta o tema sem ameaças. "Agora, tudo depende de o Conselho de Segurança da ONU sentar com disposição de negociar. Porque se ele sentar sem querer negociar, tudo voltará à estaca zero."
por Andrei Netto n'O Estado de S.Paulo
“Se o acordo for ignorado, vamos reagir”, avisou Celso Amorim. “Se vierem as sanções, os Estados Unidos vão se dar mal”, rosnou Marco Aurélio Garcia. “Vou esperar para ver o que vem”, completou Lula com cara de quem acordou invocado. Os recados do chanceler de bolso, do conselheiro para assuntos cucarachas e do presidente da potência emergente deixaram claro que a trinca recém-chegada de Teerã não estava para brincadeira. As demais nações que endossassem o acordo com os aiatolás atômicos. Se falassem em sanções contra o Irã, o desacato internacional ao Brasil e à Turquia não ficaria sem resposta.
É possível que tenham ocorrido falhas na tradução. É possível que os gringos tenham imaginado que o repertório de retaliações do Brasil não vai muito além do boicote à Copa do Mundo e do cancelamento do Carnaval. O fato é que ninguém deu importância às frases ameaçadoras. Com o apoio das nações que efetivamente influenciam os destinos do mundo, o governo americano substituiu o acordo malandro por outra rodada de castigos aos iranianos provocadores. Restou a Lula botar a culpa nos ianques, proclamar-se vitorioso e bater em retirada.
O problema do país tropical, confirmou o mais recente dos incontáveis fiascos internacionais da Era da Mediocridade, não é o complexo de vira-lata. Essa disfunção, diagnosticada por Nelson Rodrigues, só deu as caras entre 1950, quando a derrota na final contra o Uruguai transformou o brasileiro no último dos torcedores, e 1958, quando a Seleção triunfou na Copa da Suécia. O verdadeiro problema nacional é o contrário do complexo de vira-lata: é a síndrome de com-o-Brasil-ninguém-pode.
Aprende-se ainda no útero que a nossa bandeira é a mais bonita do mundo, embora ninguém se atreva a sair por aí tentando combinar camisa azul, calça verde e paletó amarelo. Aprende-se no berço que o nosso hino é o mais bonito do mundo, muitos sustenidos e bemóis à frente da Marselhesa. Aprende-se no jardim da infância que Deus é brasileiro, e portanto o país do futuro pode esperar que o futuro chegue dormindo em berço esplêndido.
Já chegou, acredita Lula, portador da síndrome em sua forma mais aguda. Ele decidiu que o país com quem ninguém pode é presidido por um governante que pode tudo. Acha-se capaz de solucionar conflitos cujas origens se perdem no tempo com fórmulas tão singelas quanto as usadas nos anos 70 pelo dirigente sindical escalado para entender-se com os patrões. Não enxerga diferenças entre povos divorciados por ódios milenares e um casal em crise. Dá palpites em conflagrações exemplarmente complexas com a desenvoltura de doutor no assunto. Essa mistura de ingenuidade, soberba e ignorância acabou produzindo uma forma muito singular de mitomania.
No cérebro de Lula, vale repetir, a área reservada à acumulação de conhecimentos é um terreno baldio. Por não ter assistido a uma só aula de geografia, ainda sofre para descobrir no mapa-múndi onde fica o Oriente Médio. Mas promete encerrar com duas conversas confrontos sobre os quais nada sabe. Por nunca ter lido um livro de história, ignora que o Irã é a antiga Pérsia, confunde o xá com chá, não faz a menor ideia de quem foi Khomeini. Desconhece o passado que produziu os ahmadinejads do presente. Mas chama de amigo um vigarista juramentado que promoveu a parceiro preferencial.
Entre os flagelos que atormentam o Brasil figuram mais de 10 milhões de analfabetos, um sistema de saneamento básico que só cobre metade das moradias, cicatrizes apavorantes no sistema de saúde e de educação, favelas miseráveis penduradas em morros sem lei, fronteiras fora do alcance do Estado, zonas de exclusão que encolheram o mapa oficial em milhões de quilômetros quadrados, a violência epidêmica, a corrupção endêmica, o primitivismo político, uma demasia de carências a eliminar. O presidente faz de conta que isso é conversa de inimigo da pátria e capricha na pose de conselheiro do mundo.
Candidato a secretário-geral da ONU, Lula já é um dos favoritos na disputa do título de idiota útil da década.
por Augusto Nunes
Faz um tempão...
Já há muito que eu nada escrevo. Estou praticamente sem tempo, uma vez que estou trabalhando muito para um grupo capitalista da área bancária, em seu processo de fusão (hehehe).
Mas hoje resolvi dar as caras novamente. Afinal, depois deste post, sabe-se lá quanto tempo mais vou poder escrever novamente... E tudo isto por causa de um comentário que um anônimo fez no post O Racista Marxista.
É realmente fácil saber quando um esquerdista leu um post qualquer, não é mesmo? Basta ver o comentário que o parvoalho fez!
No caso do referido post, um anônimo perguntou "cadê as fontes?"
E eu não vou perder meu tempo lho explicando. Vou logo "desenhar" e, quem sabe, ele deverá compreender onde estão as fontes.
Tá bom prá você, nego? Viu onde estão as fontes? Ah! E não se esqueça de reler o post a fim de verificar numa das cartas que o paspalhão fundador do comunismo, o aproveitador chamado Karl Marx, remete ao verdadeiro pagador de seus débitos, Engels.
Agora, vá estudar mais um pouquinho para aprender a ler as coisa direito, vai. Quem sabe você até consiga aprender a pensar por si mesmo.
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