terça-feira, 30 de setembro de 2008

Socialismo Selvagem

Uma série de notícias. Depois, comentários.


O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), órgão ligado ao governo, lidera os seis primeiros lugares dos 100 maiores desmatadores da floresta amazônica. Além do instituto, há várias empresas de agropecuária, cooperativas e pessoas físicas entre os principais destruidores do ambiente na Amazônia Legal.

A lista com os 100 maiores desmatadores, elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente, é divulgada no mesmo dia em que o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) informou sobre o aumento de 134% da região desmatada em agosto em comparação a julho deste ano.

A multa mais elevada será cobrada pelo Ministério do Meio Ambiente ao Incra, no valor de R$ 50 milhões, e a menor é de R$ 197 mil, que deverá ser paga por uma pessoa física.

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) afirmou que há uma força-tarefa de sua pasta em parceria com a AGU (Advocacia-Geral da União) e o MPF (Ministério Público Federal) "para levar todos estes 100 para o banco dos réus".

De acordo com o ministro, a área média desmatada por cada um deles é de 1.500 a 1.800 hectares. Para Minc, não pode haver flexibilização no sistema de fiscalização ambiental no período das eleições.

por Renata Giraldi, na
Folha de São Paulo, em 29/09/2008


Depois de divulgar que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) lidera a lista dos grandes desmatadores do país, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) evitou nesta segunda-feira responsabilizar os assentamentos pelo aumento do desmatamento na Amazônia legal. Segundo ele, o problema é causado pela falta de um plano de manejo e a ausência de concessão de licenças ambientais legais.

"O Incra aparece em oito citações entre os 100 maiores desmatadores. É bom esclarecer que estamos tomando medidas. São medidas para acelerar o licenciamento ambiental para que os assentamentos tenham sustentabilidade ambiental e econômica", disse Minc.

Ao ser questionado se não era inusitado um órgão do governo liderar as irregularidades, o ministro respondeu que a fiscalização é realizada de forma isenta. "Não é a primeira vez que isso ocorre [houve com a Petrobrás], nós temos de correr atrás do nosso prejuízo", afirmou.

De acordo com Minc, o objetivo é acabar com a chamada "impunidade ambiental". "Hoje em dia de cada 100 grandes, dez vão a juízo e um é condenado. Isso é a impunidade ambiental. Vamos tomar medidas contra a todos eles. Vamos ser duros. Também seremos duros no sentido de medidas urgentes", afirmou.

Após apontar as eleições municipais como uma das vilãs do desmatamento no país, Minc minimizou o discurso, informando que a dificuldade está na cobrança de ações efetivas por parte dos governadores e prefeitos no período eleitoral.

"Aumenta [o desmatamento em ano eleitoral] porque os governadores e prefeitos não querem ser antipáticos com ninguém. Não querem multar nem punir ninguém", afirmou.

Segundo o ministro, para evitar essas dificuldades é que o governo terá mais autonomia na fiscalização ambiental em todo país especialmente na Amazônia legal. "Vamos ter uma força federal que nos vai dar autonomia. Vamos ampliar o número de portais e barreiras porque as atuais estão insuficientes. Vamos intensificar o trabalho com os órgãos [estaduais e municipais]", disse.

Minc ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a intensificação das ações de fiscalização. '" fiscalização feita surtiu efeito. Agora mais que dobrou em relação ao mês passado e nós atribuímos a uma série de fatores. Por isso nós pedimos ao presidente Lula esse reforço e o presidente disse 'sim'", afirmou.

por Renata Giraldi, na
Folha de São Paulo, em 29/09/2008


O presidente do Incra, Rolf Hackbart, disse que vai recorrer das multas por desmate: "Estamos recorrendo de todas as multas, elas são indevidas".

O principal argumento do Incra é que o corte de árvores nos assentamentos é anterior à criação dos projetos de reforma agrária. Os assentamentos multados foram criados no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). E, até 2001, imóveis localizados no bioma amazônia ainda podiam desmatar até metade da área e não apenas 20%, como foi definido já na reta final do governo FHC.

"Até agora não obtivemos do Ibama uma informação precisa sobre quando ocorreu o desmatamento... Todos os imóveis rurais que o Incra obteve para a reforma agrária estavam degradados, isso é coisa antiga." As multas aplicadas pelo Ibama à autarquia somam R$ 265,6 milhões. A área total de corte de árvores somam 2,3 mil km2.

A Folha não conseguiu localizar ontem Léo Andrade Gomes, apontado pelo Ibama como responsável pela maior área de abate de árvores depois dos assentamentos. No endereço que consta nos documentos do Ibama não havia ontem nenhuma pessoa com esse nome.

da
Folha de S.Paulo, em Brasília, em 30/09/2008


Puxa vida! Que legal, não? Depois do "capitalismo" selvagem que os esquerdistas tanto degradam, temos o socialismo selvagem. Quem diria...

O Incra, órgão do governo responsável pelos assentamentos dos sem-terra na famigerada Reforma Agrária - essa estrovenga socialista - é comandada pelo tal Rolf (não sei porque, mas esse nome me lembra minha cadelinha, que é da raça fila brasileiro) Hackbart, um dos comandados por João Pedro Stédile, que também indica os diretores regionais do órgão.

Hein? Stédile, aquele comunista safado (perdoem-me o pleonasmo vicioso) que faz parte do conselho editorial da América Libre, revista do Foro de São Paulo? Isso. Esse mesmo.

Então, quando a mídia apaniguada fala em Incra, fala em MST, MAB, Via Campesina, MSLT, MXY, PT, PQP e todas estas siglas comunistas.

E se fizermos as contas dos desmatamentos, veremos que estes assentamentos feitos pelo MST, digo, Incra, são responsáveis por 44% da área total - e seis "projetos" são os maiores desmatadores. Ou em outras palavras, os vagabundos do MST, financiados pelo corrupto governo socialista do PT, com o dinheiro tirado na marra dos trabalhadores brasileiros que suam quase meio ano somente para pagar impostos, são os maiores responsáveis pelo acelerado desmatamento no país.

E o que disse Minc, o ex-terrorista e hoje ministro do Meio Ambiente? Que é tudo culpa das eleições, razão pela qual os governadores e prefeitos não fiscalizam, mas que o governo vai ser duro com os desmatadores - mas, claro, vai ter um carinho todo especial com o pessoal do MST, tomando "medidas para acelerar o licenciamento ambiental para que os assentamentos tenham sustentabilidade ambiental e econômica". Ou seja: o MST vai poder continuar desmatando à vontade e ainda vão ganhar por isso. Mas os apoiadores do "imperialismo", detentores do "grande capital" e "expropriadores da mais-valia dos proletários" (todos os outros que não pertençam a algum "movimento social"), vão se dar mal.

E Rolf (rolf.. rolf, rolf, rolf) vai mais longe e culpa, também, o "neoliberalismo" de FHC, culpado pelo desmatamento das áreas em que o MST tomou posse, numa clara conspiração contra a reforma agrária.

E por que ele faz isso? Porque, seguindo as orientações de seu chefe (Stédile), ele também é contra o agronegócio, que gera emprego e traz divisas para o país. E foi adiante: aproveitou para acusar outro organismo federal de desmatar ainda mais do que o Incra: a Funai. Segundo ele, em terras indígenas, a situação é muito pior.

E preste ainda especial atenção na zombaria que ele prentende fazer com os mais desavisados, quando diz que "os assentamentos multados foram criados no governo Fernando Henrique Cardoso. E, até 2001, imóveis localizados no bioma amazônia ainda podiam desmatar até metade da área e não apenas 20%, como foi definido já na reta final do governo FHC."

Entendeu a canalhice? O desmatamento destas áreas, que foram implantadas DURANTE o governo de FHC, não mais ocorreu depois, quando Lula assumiu.

Estamos diante de uma máquina de fabricar mentiras, mentiras e mais mentiras. Sempre se disse que os sem-terra não têm qualquer compromisso com a chamada preservação ambiental. E será tanto pior quanto mais se investir na mistificação pilantra de que todo mundo que “quer” terra tem direito a "ter" terra.

Temos que acabar com essa farra parando de transferir terras e recursos para “movimentos sociais” que, na verdade, não passam de parasitas. Até quando vamos aturar a baderna, destruição, pilhagem, invasão e também derrubada irresponsável de árvores por parte desses revolucionários comunistas? O orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário previsto para 2008 é de quase R$ 4 bilhões! É o trabalhador urbano ralando e suando para bancar as barbaridades cometidas pelos criminosos do MST.

Diante desses fatos sobre o desmatamento, já conhecidos, mas somente agora divulgados oficialmente, qual vai ser a desculpa da esquerda? Será que vão apenas ignorar a realidade, adotando uma vez mais a velha máxima "quando os fatos negam a teoria, pior para os fatos"? Vão insistir na defesa dessa "reforma agrária" fajuta, ao mesmo tempo em que condenam os latifúndios pelo desmatamento?

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