O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista à TV Brasil que apóia a decisão do presidente Evo Morales de expulsar da Bolívia o embaixador dos Estados Unidos Philip Goldberg. "Se for verdade que o embaixador dos EUA fazia reunião com a oposição do Evo Morales, o Evo está correto de mandá-lo embora."
"Não é de hoje e é famosa a interferência das embaixadas americanas em vários momentos da história do continente americano. Então, eu acho que houve um incidente diplomático, se o embaixador estava tendo ingerência na política lá, o Evo está correto", completou.
Morales expulsou Goldberg há uma semana sob a alegação de que ele dava apoio à oposição da Bolívia por ter interesse nos ideais separatistas do grupo. O processo de expulsão ocorreu em meio a violentos e freqüentes protestos de grupos anti-Morales. O pior deles ocorreria na madrugada seguinte à expulsão, na localidade de El Porvenir, e deixaria ao menos 15 mortos.
"O papel de embaixador não é fazer política dentro do país. Ele está como representante do seu país, em uma relação de Estado com Estado, ele representa o Estado. Aqui no Brasil, uma vez, uma embaixadora americana, em um jornal brasileiro, respondeu uma crítica que eu tinha feito ao Bush. Eu mandei o Celso Amorim chamá-la e dizer que não era admissível ela dar palpite sobre a entrevista do presidente da República", contou Lula.
O boliviano Gustavo Guzmán e o venezuelano Bernardo Alvarez
No caso da Bolívia, a expulsão deu origem a uma crise diplomática. No dia seguinte, os EUA expulsaram o embaixador boliviano Gustavo Guzmán. Por solidariedade a Morales, então, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, expulsou o embaixador dos EUA Patrick Duddy. Mais uma vez os EUA reagiram, expulsando o embaixador venezuelano Bernardo Alvarez.
Na entrevista, Lula diz ter conversado "várias vezes" com o presidente dos EUA, George W. Bush, recentemente, por causa da crise política boliviana. O presidente brasileiro contou que, nas conversas, tinha o objetivo de pressionar Bush a aprovar "tarifas especiais" para alguns "produtos bolivianos".
Segundo Lula, as negociações estavam avançadas, "mas, como houve essa expulsão do embaixador eu penso que agora essas coisas podem ficar paralisadas".
Quanto às aspirações separatistas da oposição boliviana, Lula disse "pedir a Deus" para que isso não aconteça. O presidente disse esperar que a resolução de apoio a Morales elaborada na Unasul (União das Nações Sul-Americanas) seja cumprida. "Eu acho que as pessoas estão percebendo que nós estamos bem-intencionados com a Bolívia. Todo mundo quer ajudar a Bolívia, agora é preciso que a Bolívia queira ser ajudada."
Interferência
Como às vésperas do encontro de emergência da Unasul, Lula demonstrou preocupação com a chance de a ajuda brasileira ser interpretada como uma interferência nos assuntos internos do país vizinho. "Nem pensar em ingerência brasileira na Bolívia. Muito menos tropas."
De acordo com o presidente brasileiro, na Unasul, ficou acordado que o Brasil irá avaliar a possibilidade de vender caminhões para as tropas militares bolivianas. Ficou acordado ainda que os ministros da Justiça de ambos os países irão "tentar estabelecer uma ação conjunta da Polícia Federal na fronteira para evitar trânsito de pessoas, de gente com armas, evitar contrabando, evitar o narcotráfico".
"O Evo estava na reunião e depois que eu ouvi alguns discursos de alguns presidentes, quando chegou minha vez de falar, eu falei à presidenta do Chile: 'Eu, em vez de falar, eu queria perguntar ao Evo Morales o que ele acha que nós precisamos falar para ajudá-lo, ele é quem tem que dizer", relatou Lula.
Toda a entrevista de Lula vai ao ar às 22h, na estréia do programa "3 a 1", da TV Brasil.
Fonte: Folha On-Line
Como diria o primeiro nordestino que chegou em São Paulo e viu um alto prédio na cidade: "É difícil". E como é!
O apedeuta desandou, novamente, a falar bobagens. Ele e seus ministros não querem que ninguém fale das besteiras que fazem, das falcatruas que promovem, mas querem-se os campeões da liberdade e da democracia! E ainda querem dar pitaco no que ocorre nos países alheios - principalmente se os governantes destes pertencenrem ao Foro de São Paulo.
Estes "ses" todos de Lula são bem característicos da esquerda. É o "suposto" usado pela ECA ("Emprensa" Comunista Abobada): "suposto dossiê FHC", "suposto grampo ilegal", "suposto mensalão", "suposta máfia dos correios", "supostos dólares na cueca". E, afinal de contas, tratam-se de embaixadores do "império". Fosse o contrário, com os EUA expulsando, primeiro, os embaixadores bolivianos e venezuelanos, Lula cairia matando em cima do governo estadunidense.
Mas como se tratam de companheiros do Foro, estão certos, afinal, eles só querem a América Latina para os latino-americanos... do Foro de São Paulo!
O molusco deveria calar-se e lembrar a vergonha que sentimos todos os brasileiros (estou falando de BRASILEIROS e não de comunistas, socialistas, marxistas, trotskistas e demais "istas" que são adoradores do demônio Karl Marx) durante a crise Colômbia x Equador, quando Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia, o rei do tártaro comunista, fizeram sequer um milésimo das críticas que a oposição boliviana tem sofrido.
Deveria calar-se e lembrar, também, a vergonha que sentimos (continuo falando de BRASILEIROS somente) da notinha sem-vergonha redigida pelo ex-terrorista Franklin Martins que, ao invés de elogiar a ação de resgate de Ingrid Bettancourt, extremamente bem elaborada e executada, limitou-se a solicitar (na verdade, quase a intimar) a Uribe que negociasse com a narco-guerrilha das FARC e a tratasse como "força beligerante", como quer o bufão da Venezuela.
Mas a oposição da Bolívia, como com Uribe, não é preciso diálogo. Afinal, é a esquerda que lá domina e está sendo "lesada pelos porcos da direita", pobrezinha... Assim, todo o apoio a Evo é pouco. Se preciso, farão como Chávez: intervirão militarmente e exterminarão os "porcos".
Lula, um pouco mais "experto" que o bufão, não quer ser acusado de ingerência; por isso, já negocia a venda de caminhões para o governo boliviano, afinal os estados da meia-lua fazem fronteira com o Brasil. E como há já um "acordo" para vigiar as fronteiras entre os países, a fim de impedir o narco-tráfico, fica fácil apontar os traficantes: os "porcos direitosos"! E fogo neles! E fim da crise na Bolívia...
Ufa! Que felicidade...
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