quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A Mala Argentina ou o PT dos Outros é tão Corrupto Quanto o Nosso

O empresário venezuelano Guido Antonini Wilson complicou ontem a situação do governo de Cristina Kirchner no escândalo que ficou conhecido como "caso da mala". Ele confirmou o envio clandestino, em agosto de 2007, de US$ 6 milhões de Caracas para Buenos Aires (e não mais US$ 5 milhões, como havia afirmado antes), divididos em duas maletas, e disse que o destino do dinheiro era a campanha eleitoral de Cristina, eleita presidente da Argentina em outubro.

Diante da Justiça Federal americana em Miami, Antonini confirmou as conversas gravadas secretamente pelo FBI entre ele e agentes do governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez. Segundo Antonini, o total de dinheiro estava dividido em uma maleta com US$ 790 mil, que ele carregava, e outra com US$ 4,2 milhões. O envio dessa verba seria um indício das conexões irregulares entre o governo Chávez e o casal Kirchner.

Antonini disse que as malas foram embarcadas em Caracas em um vôo fretado por funcionários do governo do então presidente argentino Néstor Kirchner. As malas foram colocadas no avião por Claudio Uberti, homem de confiança dos Kirchners, e Rafael Reiter, chefe de segurança da estatal venezuelana petrolífera PDVSA.

O "caso da mala" veio à tona em agosto do ano passado, quando Antonini tentou desembarcar em Buenos Aires com os US$ 790 mil. Acompanhado por executivos da PDVSA, o empresário chegou à cidade em um vôo fretado pela estatal energética argentina Enarsa.

MALA CONFISCADA
Um dos passageiros argentinos, Claudio Uberti (diretor do organismo de fiscalização de pedágios, mas que na prática atua como negociador entre empresas venezuelanas e a Argentina), teria pedido a Antonini que carregasse uma mala para ele. Ao passar pela Polícia Alfandegária, o venezuelano foi então interrogado e disse que havia livros na mala, que foi confiscada em seguida.

Mesmo após o escândalo, Antonini foi ao palácio presidencial, para participar de um coquetel. Ele diz que ali foi apresentado ao ministro do Planejamento da Argentina, Julio De Vido, que nega conhecer o empresário. Após três dias em Buenos Aires, Antonini partiu para Miami, onde foi convencido pelo FBI a colaborar. O organismo gravou conversas do empresário (que mora há 15 anos em Miami e tem cidadania americana) com agentes venezuelanos, que tentavam convencê-lo a manter silêncio.

Antonini - que há 10 meses vive em um lugar secreto na Flórida, protegido pelo FBI - afirmou na terça-feira que, para não contar o que sabia, o governo argentino lhe ofereceu "o que quisesse". Suas declarações estão prejudicando a visita de Cristina a Nova York, onde pretendia recuperar a confiança dos mercados na Argentina, durante a Assembléia-Geral das Nações Unidas.

O "caso da mala" acabou, por um lado, esfriando as relações entre Buenos Aires e Chávez. Por outro, proporcionou mais munição à oposição argentina, que agora pede que a Justiça investigue irregularidades no financiamento da campanha de Cristina. O escândalo também prejudicou a popularidade da presidente.

O caso também abalou as relações de Cristina com o governo dos EUA. Diversos assessores da presidente argentina afirmaram que as acusações não passavam de uma "operação suja" promovida pelo FBI.

ESCÂNDALOS DA ERA KIRCHNER
Caso da Mala: Presidente Hugo Chávez teria enviado pelo menos US$ 5 milhões para a campanha de Cristina no ano passado.

Caso Skanska: Escândalo envolve empreiteiras argentinas e estrangeiras - entre elas a sueca Skanska - no superfaturamento das obras de dois gasodutos no país. Denúncias indicam subornos de US$ 5 milhões.

Fundos de Santa Cruz: Nos anos 90, o então governador de Santa Cruz, Néstor Kirchner, enviou US$ 500 milhões para o exterior. Com o dinheiro fora do país, a província salvou-se da crise financeira de 2002. Kirchner prometeu que, quando fosse eleito presidente, o dinheiro voltaria ao país. A Justiça, porém, indica que não há provas da volta desse dinheiro à Argentina.

Trem-bala: Oposição acusa governo de irregularidades no contrato assinado com a empresa francesa Alstom para a construção de um trem-bala.

Enriquecimento ilícito: Oposição, advogados independentes e a imprensa acusam os Kirchners de enriquecimento ilícito nos últimos anos.

por Ariel Palacios, em 25 de Setembro de 2008, no
Estadão



Êpa! Olha aí a turma "democrática" e "ética" aprontando mais uma das suas! E desta vez, envolvendo financiamento de campanha na Argentina.

Lembram-se da promessa das FARC de doar US$ 5 milhões à campanha do PT no Brasil para a eleição de Lula? Ou dos "dólares de Cuba"?

Ah! Mas isso é só "suposição", vão dizer os esquerdopatas. "Suposição"? O caso Venezuela-Argentina só evidencia o tipo de "suposição" que essa gente pode fazer.

Não podemos nos esquecer - e não há mais como os esquerdiotas abafarem esta Verdade - que todos estes governantes de esquerda pertencem ao Foro de São Paulo. Até no site do Planalto há
discurso de Lula tecente loas a esta famigerada instituição que quer solapar a democracia na América Latina para implantar "o que foi perdido no Leste Europeu" após a queda do Muro de Berlim, ou seja, o comunismo nos moldes da URSS.

A diferença entre os governantes deste eixo de “países solidários” do continente - e solidários, clero, somente com os países cuja esquerda governa - é somente de método de dominação: Lula, Kirshnar e Bachelet, por exemplo, utilizam os ditos de Gramsci, enquanto Chávez, Evo e Correa, preferem Lenin e Trotski - ou assim demonstram. E, como já disse, não para fortalecer a democracia, mas justamente para solapá-la sob a aparência de respeito às leis e à vontade das urnas - principalmente quando as oposições, que representam a maioria (silenciosa, mas respeitadoras das liberdades e das leis) da população.

Reitero: essa gente toda está abrigada sob o guarda-chuva do Foro de São Paulo, que tem como líder máximo, na região, Lula. Como país que exerce, naturalmente, a liderança regional, em vez de lições de democracia e institucionalidade, o Brasil condescende com o que eles têm de pior.

Ou será que o apedeuta, uma única vez que fosse, fez o contrário do que digo?

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