segunda-feira, 22 de março de 2010

A APEOESP e o "Professor" Delúbio Soares

A VEJA desta semana publica uma reportagem que evidencia que o limite de um petista pode ser a falta de vergonha na cara de um outro petista. Delúbio Soares, acreditem, foi chamado para ser o patrono de 22 formandos da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba, no interior de Goiás. Ou melhor: ele foi mais ou menos convidado. Os estudantes confeririam a honraria a quem desse grana para a festa. Fizeram a oferta para Delúbio, ele aceitou, depositou R$ 6 mil na conta da moçada e apareceu para dar a sua palestra. Sabem sobre o que ele falou? SOBRE ÉTICA NA POLÍTICA.

Isso não é uma piada. Aconteceu assim mesmo. Faz sentido, né? Se é para Delúbio falar sobre ética, isso tem de ter um preço. Se você ainda não o fez, leia o post ”ACREDITEM! ISTO ACONTECEU! EU JURO!!!” . E não é que o companheiro já andou deixando seus rastros na Apeoep, o sindicato de professores da rede oficial de ensino de São Paulo. Isto mesmo: aquele presidido pela notória Bebel, que comanda uma greve política da categoria. O sindicato, como sabem, é filiado à CUT e não passa de uma aparelho sindical do PT. Sigamos.

Leia esta maravilha publicada no site do próprio Delúbio, no dia 1º de setembro do ano passado (não adianta tirar do ar; já fiz PDF). Controlem o estômago e leiam até o fim:

Os movimentos sindical e estudantil, através da juventude da APEOESP e do Movimento ParaTodos, ambos referenciados na corrente Artsind e CNB do Partido dos Trabalhadores, realizou nos dias 29 e 30 de agosto o “I Seminário Juventude: Desafios e Perspectivas na construção de um novo modelo de Educação”.

Através desse seminário foi possível articular os movimentos estudantil e sindical na formulação e ação em defesa de um projeto educacional a serviço da construção de um país mais justo, solidário e socialmente sustentável.

Com isso, a certeza de que a educação é estratégica para alcançar um projeto de desenvolvimento nacional que vise à emancipação do povo, bem como a construção de um mundo melhor foram os norteadores de toda a discussão do seminário.

Essa atividade contou com a presença de várias lideranças do Partido dos Trabalhadores e do movimento sindical e popular, presentes em diversas regiões do Estado de São Paulo.

Ao final do primeiro dia de debate, houve o lançamento da revista do nosso companheiro Delúbio Soares, que além de contar sua trajetória política na militância social e partidária, também discutiu conosco conjuntura e a história do Partido dos Trabalhadores.

O convite feito ao nosso companheiro Delúbio Soares parte do entendimento do seu papel, não só na construção da história vitoriosa que o PT possui, mas também na sua contribuição para a trajetória da esquerda brasileira. É fundamental que a juventude resgate a todo o momento aqueles e aquelas que foram e são fundamentais na história do PT, como reconhecimento de que ninguém começa a História, senão contribui para mover a história de coletivos que fazem, por sua vez, girar a roda maior da luta por transformações radicais.

Sendo assim, o debate com nosso Delúbio é central para uma juventude militante, combativa e que não se cala frente a ataques constantes à nossa história de lutas e nas idéias pelas quais acreditamos e defendemos.

É preciso que o conjunto do Partido dos Trabalhadores não só compreenda, mas também defenda a história de Delúbio Soares que, cumpriu e cumpre um papel fundamental na luta pelo outro mundo possível.

Nós da Juventude da APEOESP - Artsind - e da Juventude do PT - Construindo um Novo Brasil - apoiamos a reintegração do companheiro Delubio Soares ao Partido dos Trabalhadores.

Por fim, reiteramos: Delúbio Soares, a juventude está presente na defesa de sua trajetória e se orgulha de poder chamá-lo de companheiro na luta da esquerda brasileira!


Juventude da Artsind / APEOESP e Movimento PARATODOS / Juventude do PT

Voltei
Adivinhem a qual corrente pertence a ínclita Bebel, que comanda a greve política da Apeoesp? Acertaram! Justamente à “Artsind”, ou Articulação Sindical, aquela empenhada em resgatar a biografia do nobre Delúbio Soares, que, como viram, foi chamado a dividir com seus pares a sua notável experiência.

Não basta dizer que a greve da Apeoesp (e não dos professores) — com a sua pauta obscurantista e contrária à qualidade na educação — é tocada pelo PT. É preciso que fique claro que ela é comandada pelo pior do PT, se é que se pode falar assim.

Os vínculos da direção do sindicato com o partido são óbvios, e os de Bebel são escancarados. Sua militância lhe rendeu até uma cadeira no Conselho Nacional de Educação. Uma pesquisa rápida na Internet evidenciará as vezes em que esta senhora deixou claro que sua luta é contra o governo do PSDB, contra “a educação tucana”. Vale dizer: trata-se de uma ação político-partidária. A reivindicação salarial não passa de cortina de fumaça para uma tarefa que, parece-me, é de alcance puramente eleitoral.

Ora, Serra será o candidato do PSDB à Presidência da República. É um candidato que se opõe ao nome escolhido pelo PT e apoiado pela CUT, pela Apeoesp e pela Artsind — aquela corrente que recebe lições de educação, moral e civismo de Delúbio Soares. Para tanto, Bebel usa os professores como massa de manobra, os estudantes pobres como bucha de canhão e Delúbio Soares como mestre.

por Reinaldo Azevedo

Pensem Nisso

Um dos traços constantes da vida brasileira é a coexistência de dois tipos de política heterogêneos e incomunicáveis: de um lado, a política "profissional" cuja única finalidade é o acesso a cargos públicos, compreendidos como posições privilegiadas para a conquista de benefícios pessoais ou grupais (acompanhados ou não de boas intenções de governo); de outro, a política revolucionária, empenhada na conquista do poder total sobre a sociedade e na introdução de mudanças estruturais irreversíveis. A segunda usa ocasionalmente os instrumentos da primeira, mas sobretudo cria os seus próprios, desconhecidos dela. Os "movimentos sociais", o adestramento de formidáveis massas militantes dispostas a tudo, a ocupação de espaços não só na administração federal mas em todas as áreas estrategicamente vitais e, last not least, a conquista da hegemonia cultural estão entre esses instrumentos, que para o político "profissional" são distantes e até incompreensíveis, tão obsessiva e autocastradora é a sua concentração na mera disputa de cargos eleitorais.

As próximas eleições presidenciais vão opor, numa disputa desigual, as armas da política revolucionária às da política "profissional". Estas últimas consistem apenas nos meios usuais de propaganda eleitoral, enquanto as daquela abrangem o domínio sistêmico de todos os meios disponíveis de ação sobre a sociedade: o político "profissional" tem a seu favor apenas os eleitores, que se manifestam uma vez a cada quatro anos e depois o esquecem ou passam a odiá-lo. O revolucionário tem a vasta militância organizada, devotada a uma luta diária e constante, pronta a matar e morrer por aquele que personifica as suas aspirações.

Nas últimas décadas a expansão maciça da política revolucionária colocou os políticos "profissionais" numa posição de impotência quase absoluta, que reduz a praticamente nada as vantagens de uma eventual vitória nas eleições.

Se eleito, o Sr. Jose Serra terá de comandar uma máquina estatal dominada de alto a baixo pelos seus adversários, a começar pelos oito juízes lulistas do Supremo Tribunal Federal. O PT e seus partidos aliados comandam, além disso, uma rede de organizações militantes com alguns milhões de membros devotos, prontos a ocupar as ruas gritando slogans contra o novo presidente ao primeiro chamado de seus líderes. Comandam também o operariado de todas as indústrias estratégicas e a rede de acampamentos do MST espalhados ao longo de todas as principais rodovias federais e estaduais: podem paralisar o país inteiro da noite para o dia. Reinam, ademais sobre um ambiente psicossocial inteiramente seduzido pelos seus estereótipos e palavras de ordem, a que nem mesmo seus mais enfezados inimigos ousam se opor frontalmente.

Somente a política revolucionária entende o que é o poder na sua acepção substantiva. O velho tipo do político "profissional" entende apenas a disputa de cargos, confunde o mandato legal com a posse efetiva do poder. Sem militância, sem ocupação de espaços, sem guerra cultural, não há domínio do poder. Fernando Collor de Mello pagou caro por ignorar essa distinção elementar: confiou na iniciativa espontânea de seus eleitores - massa espalhada e amorfa, incapaz de fazer face à força organizada da militância.

Não vejo no horizonte o menor sinal de que os adeptos do Sr. José Serra tenham aprendido a lição: hipnotizados pela esperança da vitória eleitoral, não vêem que tudo o que estão querendo é colocar na presidência um homem isolado, sem apoio militante, escorado tão somente na força difusa e simbólica da "opinião pública" -- um homem que, à menor sombra de deslize, terá contra si o ódio da militância revolucionária explodindo nas ruas e será varrido do cenário político com a mesma facilidade com que o foi o ex-presidente Collor.

Há pelo menos vinte anos venho advertindo aos próceres antipetistas que o voto, ainda que avassaladoramente majoritário, não garante ninguém no poder: o que garante é militância, é massa organizada, disposta a apoiar o eleito não só no breve instante do voto mas todos os dias e por todos os meios. Vejam a situação da governadora do Rio Grande do Sul e entenderão o que estou dizendo: quando a oposição se vangloriou de ter "varrido o PT do Estado gaúcho", não percebeu que o expulsara somente de um cargo público.

Não desprezo as vitórias eleitorais, mas sei que, por si, elas nada decidem a longo prazo. E não vejo que, até agora, as forças de oposição tenham tomado consciência disso.

por Olavo de Carvalho

Você Vai Votar em Quem?


sexta-feira, 19 de março de 2010

A Caminho do Totalitarismo

Caro leitor, ler os jornais diários com atenção leva-nos inevitavelmente ao desespero. Parece cada vez mais claro que o desfecho das eleições presidenciais que aproximam terá papel decisivo nos destinos da Nação. São cada vez mais evidentes os indícios de que a candidata oficial não pode perder, pois um projeto megalomaníaco e totalitário de poder está em curso e a continuidade do status quo político é imprescindível para que tal projeto seja concluído.

Desesperador mesmo é saber que a única candidatura oposicionista, a de José Serra, se não representa perigo igual por comungar das mesmas crenças e partilhar do mesmíssimo projeto, quando muito serviria para retardar o desfecho, período no qual o país poderá ficar ingovernável, vez que toda a burocracia, os sindicatos, os movimentos sociais, parte considerável dos parlamentares, o Poder Judiciário, ou seja, todas as instâncias de poder estão sob controle da agenda política do partido governante e respondem ao seu comando. Um presidente não pode representar a si mesmo. Para governar teria que levar em conta a realidade de poder, mais ou menos nos termos que vemos agora Barack Obama no EUA, que praticamente abandonou sua agenda de campanha, curvando-se à correlação real de poder. José Serra poderia perfeitamente virar um fantoche das forças petistas, controladoras de fato do Estado.

Com certo desespero li hoje no Caderno de Economia do jornal Estadão que a Petrobrás, sozinha, já movimenta mais de 10% do PIB, em face de sua acelerada expansão dos últimos meses. Some-se a isso a estatização continuada em vários setores feita pelo PT, a última agora com a ressurreição da Telebrás para prestar serviços de banda larga, e teremos o descortino de como caminhou a economia brasileira nos últimos oito anos. O Estado mastodôntico nunca foi tão gigantesco, nunca tributou tanto, regulou tanto e produziu tanto. O governo tenta agora, de todas as formas, se expandir por áreas que ainda estão sob o controle da iniciativa privada, como o de produção de notícias e de comunicação de entretenimento. Para isso, fez a Confecom. Para isso está mobilizando todas as suas forças, pois sabe que é questão de tempo os empresários engajados no setor fazerem oposição aberta e denunciarem o processo revolucionário, como vimos na Venezuela. Aliás, nem sei por que não o fizeram ainda e nem pelo que esperam. Cada dia perdido de luta dá uma vantagem a mais para os inimigos da democracia e da sociedade aberta.

A notícia mais preocupante (...), todavia, é a de que o governo deverá encaminhar projeto de lei ao Congresso Nacional alterando a estrutura do Ministério da Defesa, dando ao ministro atribuições que hoje são competências dos comandantes das Forças. Entre as modificações está a de escolher os oficiais indicados para promoção e a centralização da compra de material bélico. Não preciso dizer que esses dois itens são a essência do poder das Forças. Uma vez uma lei dessas em vigor teremos as Forças Armadas neutralizadas e o caminho aberto para o totalitarismo franco.

por Nivaldo Cordeiro

Professores: Não Se Deixem Manipular!

Os professores de boa-fé leiam o texto até o fim; os outros podem ir parando por aqui…

Na Folha de S. Paulo de ontem, há um editorial intitulado “O valor da educação”. Trata das dificuldades do setor, aborda os baixos salários dos professores no Brasil e lastima a desídia de governos na área. Tudo muito certo. A imprensa costuma ter “boas opiniões”. Tanto é assim que Lula reclamou dia desses dos editoriais. Não poderia reclamar muito das notícias. Nesse caso, as coisas estão quase “dominadas”. Vejamos um caso.


Um grupo de delinqüentes, de bandidos disfarçados de professores, resolveu fazer um protesto ontem contra o governador José Serra na inauguração de uma escola técnica. Antevi que os jornais dariam destaque ao “baguncismo” segundo a visão de mundo da canalha. Não deu outra! Quando o assunto é a cobertura política feita em São Paulo, NÃO IMPORTA O VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO, APOSTE NO PIOR, LEITOR E TELESPECTADOR! VOCÊ SEMPRE ACERTA.

Falei em “delinqüentes”, em “bandidos”, em “canalha”? Falei, sim. Leiam este trecho, que está no Estadão:“Gritando palavras de ordem e segurando pedaços de madeira com pregos, arrancados de uma cerca ao lado da escola, os manifestantes se posicionaram diante do carro, dificultando a partida. Davam chutes e murros no veículo, que se desvencilhou com a ajuda de policiais e partiu “cantando” pneus. Um ovo atingiu a parte traseira do veículo.”

Isso aí é professor? São eles que educam as nossas crianças? Na Folha, há a menção à reivindicação dos professores de reajuste de 34%. Não há uma miserável linha sobre os outros itens da pauta da Apeoesp. O ESTADÃO COMETE O CRIME DE LESA INFORMAÇÃO DE PUBLICAR UM PEQUENO QUADRO COM AS REIVINDICAÇÕES. SEGUNDO O JORNAL, SÃO ESTAS:- Reajuste salarial imediato de 34,3%;- Plano de carreira justo;- Garantia de emprego;- Fim de avaliações excludentes;- Concurso público de caráter classificatório;- não municipalização do ensino.

Viram como a Apeoesp é bacana e só quer o bem? Como um jornal pode considerar “reivindicação” um “plano de carreira justo”? Qual é a objetividade disso? Basta ler o site da Apeoesp e o blog da sua “presidenta”, a tal Bebel, para saber o que os “greveiros” querem de fato (além de fazer campanha eleitoral):


- reajuste de 34,3%
- fim do programa de promoção salarial por mérito;
- fim do decreto que limita o número de faltas;
- fim do concurso que seleciona os mais capazes;
- fim do currículo mínimo para as escolas;
- fim do bônus por resultado

A Apeoesp — que é o MST das cidades — quer acabar, em suma, com um programa de qualificação dos professores e das escolas, que está dando resultado, conforme evidenciam os dados do Idesp e do Saresp.

Em seu editorial em defesa da educação, a Folha escreve:

“Pode-se reformar de tudo no ensino, mas ele jamais será de qualidade sem bons professores. E estes não serão atraídos por salários medíocres. Lei sancionada em 2008 fixou um piso salarial nacional para docentes, hoje no valor de R$ 1.024,67 (inferior até à renda média do Brasil, R$ 1.117,95). No entanto, seis Estados (GO, TO, RO, CE, PE e RS) ainda pagam salários aquém disso. Sobre as escolas municipais não há dados, mas se presume que a situação seja ainda mais grave.”

Muito bem. Em São Paulo, o salaria inicial de um professor — EU ESCREVI “INICIAL” — para 40 horas é 79,08% ACIMA DO PISO. Com o plano de carreira e de promoção por mérito, com o qual a Apeoesp quer acabar, pode chegar a R$ 6.270 — 460% ACIMA da média de rendimento dos brasileiros e 510% ACIMA DO PISO NACIONAL DA CATEGORIA. A Apeoesp mente e divulga números com carga de trabalho de 24 horas semanais? Quem trabalha 24 horas por semana? A Apeoesp mente afirmando que não há reajuste para os professores desde 2005. Entre 2005 e 2009, a folha de salários cresceu 33,33% — de R$ 7,8 bilhões para R$ 10,4 bilhões — em razão dos programas de qualificação.

Não! Não há uma linha no editorial da Folha sobre o programa de São Paulo — onde já se viu fazer um elogio a Serra??? O editorial aplaudiu anteontem, como boa surpresa, o fato de Marina Silva considerar a educação uma prioridade. Que bom!

Jornalismo tem de ser isento, certo? Informa a Folha:

O governo de São Paulo diz que o movimento é político — em razão da provável candidatura de Serra- e que apenas 1% dos professores aderiram à greve. O sindicato nega. Afirma que 60% dos professores participam da paralisação no Estado. Ontem a reportagem telefonou para 108 escolas estaduais da capital e das regiões de Ribeirão Preto, Campinas, Jundiaí e São José dos Campos, escolhidas de forma aleatória. Desse total, 42 foram afetadas de alguma maneira pela greve (38,5%) -em nove nenhum professor trabalhou (8%) e em 33 uma parte não deu aula (30,5%). Em 66 escolas todos os docentes trabalharam normalmente (61,5%).

A amostragem, como fica claro, não é científica. Mas digamos que fosse. O que significa “escolas afetadas de alguma maneira pela greve”? Devem ser as escolas onde alguns professores faltaram. Como saber se as faltas foram motivadas pela greve? Todos os dias, milhares de professores faltam às aulas. Com esse texto, a reportagem fica ISENTÍSSIMA. Corresponde a dizer que nem governo nem Apeoesp falam a verdade. Houve um empate. Ainda que, para isso, a reportagem tenha encontrado um meio de transformar 6% em 30,5%. Atenção! Mesmo assim, estou sendo condescendente com o critério, já que seria perfeitamente possível a paralisação de apenas 1% dos professores e de isso ”afetar de alguma maneira” 100% das escolas.

ESSA É A HORA EM QUE O ISENTISMO E O OUTRO-LADISMO ATINGEM UM PRINCÍPIO BÁSICO DO JORNALISMO: A PRECISÃO. A razão é simples: em vez de um critério de apuração, o recurso se transforma num maneirismo.

Resumo da óperaOS EDITORIAIS DOS JORNAIS PEDEM MAIS QUALIDADE NA EDUCAÇÃO. AS REPORTAGENS DOS JORNAIS SE TRANSFORMAM EM PORTA-VOZES DE UM SINDICATO CUJA PAUTA É DESTRUIR QUALQUER CHANCE DE ALCANÇAR A… QUALIDADE NA EDUCAÇÃO!!!

Os editorialistas, de que Lula não gosta, cobram eficiência; o editor e o repórter, de que Lula certamente gosta — sobretudo, eles gostam de Lula —, querem outra coisa. A exemplo de seus colegas militantes armados de paus com pregos, querem “DIL-MA PRESIDENTE”! A educação que se dane! E não se esqueçam: neste momento, a CUT e o PT tramam greves na Saúde, na Justiça e na Polícia Civil.

Delinqüentes, avante! A imprensa de São Paulo garante!


por Reinaldo Azevedo.

Nunca Antes Nestepaiz se Viu um Jornalismo Tão Isento!

É inacreditável!

Um texto assinado por Daniel Roncaglia, na Folha Online, sustenta o seguinte:

“Antes do escândalo do Distrito Federal, que começou em novembro passado, o governador cassado, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), era um dos mais cotados para ser o vice de Serra. No entanto, a crise arranhou não só Arruda como o partido.”

NÃO TENHAM RECEIO DE SUSTENTAR: É UMA MENTIRA CRETINA!!!

Isso nunca chegou a ser nem sequer cogitado. Imaginem se Arruda trocaria uma reeleição que estão era certa para o Distrito Federal — e hoje nós sabemos como era doce aquele poder — por uma disputa de resultado incerto. Mas não é só por causa da questão lógica, não!

Quem faz essa afirmação é a rede petralha na Internet. Desafio Roncaglia e a Folha Online a demonstrarem quando essa questão chegou a ser pauta do PSDB ou do DEM. Até outro dia, não se sabia nem mesmo quem seria o candidato tucano. Quando se teve a definição. Arruda já tinha se estourado.

O que impressiona é que uma fofoca de Internet, inventada por uma rede de difamação, seja reproduzida como se fosse um dado da realidade por um veículo que tem compromisso com a verdade.

“Fuga”
Num outro texto da Folha Online, de Yogor Salles, lê-se: “Serra minimiza greve dos professores e ‘fuga’ de evento em SP”.

A “fuga” refere-se ao fato de que o governador mudou a agenda e não foi a um evento, onde um grupo de Bebel já o aguardava, preferindo vistoriar uma obra. Conforme previ aqui, eles se sentiriam vitoriosos depois que Folha e Estado deram destaque à sua ação delinqüente ontem. Então a Folha Online fala em “fuga”, com aspas, como a indicar que não é bem isso, mas que é quase isso… “Fuga” ou fuga, trata-se de uma “notícia” que ficaria bem no site da Apeoesp.

NUNCA ANTES NESTEPAIZ SE VIU UM JORNALISMO TÃO ISENTO, NÃO É MESMO?

por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 17 de março de 2010

Pela Libertação Imediata dos Presos Políticos na Ilha-Cárcere

Pela libertação imediata e sem condições de todos os presos políticos das prisões cubanas; pelo respeito ao exercício, promoção e defesa dos direitos humanos em qualquer parte do mundo; pelo decoro e o valor de Orlando Zapata Tamayo, injustamente preso e brutalmente torturado nas prisões cubanas, morto após greve de fome por denunciar estes crimes e a falta de liberdade e democracia no seu país; pelo respeito à vida dos que correm o risco de morrer como ele para impedir que o governo de Fidel e Raul Castro continue eliminando fisicamente aos seus opositores pacíficos, levando-os a cumprir condenações injustas de até 28 anos por "delitos" de opinião; pelo respeito à integridade física e moral de cada pessoa, assinamos esta carta, e encorajamos a assiná-la também, a todos os que elegeram defender a sua liberdade e a liberdade dos outros.

Assine o manifesto aqui.

O "Vírus da Paz" de Lula

Desta vez, a proverbial sorte do presidente Lula parece tê-lo deserdado. Ele desembarcou domingo em Tel-Aviv em meio a uma rara crise entre Israel e os Estados Unidos e a mais um bloqueio da Cisjordânia em represália a um novo surto de manifestações palestinas contra a política israelense de anexações em Jerusalém Oriental. Nesse ambiente, a pretensão de Lula de ser o “profeta do diálogo”, como foi chamado dias antes pelo jornal israelense Haaretz, se revelou, no mínimo, fútil. Enquanto o brasileiro fazia as malas para a viagem de 5 dias que o levará também aos territórios ocupados sob o controle nominal da Autoridade Palestina (AP) e, por fim, à Jordânia, um ministro israelense ainda mais à direita do que o premiê Benjamin Netanyahu fez o que em outras circunstâncias seria impensável.

Em plena visita do vice-presidente americano, Joe Biden, ele anunciou a construção de 1.600 moradias em Jerusalém Oriental, onde os palestinos querem instalar a capital do seu futuro país. Foi um golpe deliberado nos esforços do governo Obama para ressuscitar as negociações de paz na região, congeladas desde dezembro de 2008. Biden saiu humilhado de Israel. Em Washington, a secretária de Estado Hillary Clinton se disse “insultada” e o principal assessor do presidente, David Axelrod, falou em “afronta”. Se Israel se permite ofender a tal ponto o seu maior e mais poderoso protetor, para não dar aos palestinos o Estado contínuo e viável reclamado pela comunidade internacional, incluídos os EUA, que diferença Lula imagina que poderá fazer?

Ontem, ele disse ser portador, “desde que estava no útero da minha mãe”, do “vírus da paz”. O metafórico micróbio não contaminou os israelenses. O presidente Shimon Peres foi absolutamente protocolar quando disse em discurso saber que o brasileiro trazia uma mensagem de paz, e que “sua contribuição será bem-vinda”. Do lado israelense é que não será. Primeiro, porque a ideia lulista de “ouvir mais gente”, como já não bastassem a ONU, a União Europeia, os Estados Unidos e a Rússia, é anátema para um governo que acha que a maioria dos países tende a ser pró-palestinos e quer forçar Israel a concessões “inaceitáveis” (como coibir os assentamentos na Cisjordânia e dividir Jerusalém em duas). Segundo, porque a “gente” em que Lula pensa inclui ninguém menos do que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que prega a erradicação de Israel (perto disso, a negação do Holocausto é detalhe).

Segundo o assessor Marco Aurélio Garcia, o Irã não pode ser ignorado porque tem “influência de peso” na questão. É o contrário. A República Islâmica é que não poderá ignorar o eventual acordo de paz a que se opõe porque legitimaria o Estado judeu. Influência de peso na questão, isso sim, tem a Liga Árabe, a começar da Arábia Saudita. Em 2002, os sauditas conseguiram que a entidade aprovasse um plano de paz pelo qual, em troca da devolução dos territórios tomados na Guerra dos Seis Dias as relações entre Israel e o mundo árabe seriam “normalizadas”. Deu em nada. Há pouco, a Liga defendeu a retomada de negociações, indiretas, entre Israel e a Autoridade Palestina. (Dezessete anos depois do aperto de mãos de Yitzhak Rabin e Yasser Arafat na Casa Branca, fala-se em conversações indiretas como se fosse um progresso.)

Lula e o Itamaraty parecem ignorar ainda que a aproximação do Brasil com o Irã, valha o que valer, não é malvista só em Israel, na região. A Arábia Saudita e o Egito, os dois principais países árabes, tampouco se rejubilam com isso. Enfim, a soberba da diplomacia lulista chega ao disparate de supor que a atual posição “cética e dura” dos EUA em relação a Israel, nas palavras de Garcia, facilitará o ingresso de outros atores, um deles o Brasil, no processo de paz no Oriente Médio. É, de novo, o mundo de ponta-cabeça. Se Netanyahu não ceder a Obama, cederá a quem? A Lula? O sonho faraônico de se transformar no estadista global que entrará para a história por ter tido êxito ali onde todos fracassaram nos últimos 60 anos conduz Lula da futilidade à ridicularia. E isso porque a diplomacia lulista, partidária e eleitoreira, só visa a promover a imagem de seu guia perante o público interno.

Propondo-se a mediar não apenas o conflito histórico entre judeus e palestinos, mas também o conflito interno entre palestinos do Hamas e do Fatah, Lula exibe o grau de exacerbação da sua megalomania.

Opinião, no Estadão On-Line

Mais um Chefão Petista no Mensalão

Reportagem de capa da VEJA desta semana mostra que:


“em 2003, enquanto cuidava das finanças da Bancoop, João Vaccari [tesoureiro do PT] acumulava a função de administrador informal da relação entre o PT e os fundos de pensão das empresas estatais, bancos e corretoras. Ele tocava o negócio de uma maneira bem peculiar: cobrando propina. Propina que podia ser de 6%, de 10% ou até de 15%, dependendo do cliente e do tamanho do negócio. Uma investigação sigilosa da Procuradoria-Geral da República revela, porém, que 12% era o número mágico para o tesoureiro - o porcentual do pedágio que ele fixava como comissão para quem estivesse interessado em se associar ao partido para saquear os cofres públicos”.


Pois bem. O Estadão traz hoje reportagem em que os petistas aparecem em ação em outro negócio, segundo denúncia de Lúcio Bolonha Funaro. Leiam a reportagem:


Em depoimentos prestados ao Ministério Público Federal em 2005, o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro acusou o deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu de ter se beneficiado pessoalmente em negócios fechados por fundos de pensão sob controle do PT. Funaro afirma que, em duas operações do Portus - fundo de pensão dos servidores do setor portuário -, Dirceu e o PT teriam recebido, “por fora”, comissões de R$ 5,5 milhões, valor superior ao divulgado na época.


Nos depoimentos, Funaro aponta o atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, como responsável por gerenciar os negócios dos fundos de pensão ligados ao partido. Vaccari é alvo de um pedido de quebra de sigilo bancário, feito pelo promotor José Carlos Blat, por suspeita de envolvimento em um suposto desvio de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) para o PT. Investigado por participação no escândalo do mensalão, Funaro mantém há quatro anos acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Nos depoimentos, aos quais o Estado teve acesso, ele detalha as operações que teriam beneficiado Dirceu e o PT e causado prejuízos milionários a fundos de pensão como o Portus e o Petros, dos funcionários da Petrobrás.
Os personagens citados pelo corretor são os mesmos que protagonizaram o escândalo do mensalão. Em novembro de 2005, Funaro se refere a Vaccari como homem de confiança de Dirceu e Delúbio Soares, o tesoureiro do mensalão.


Shopping
Um dos negócios a que o corretor se refere é a venda de ações de um shopping na cidade catarinense de Blumenau. Funaro afirma que o Portus vendeu sua participação no Shopping Neumarkt justamente no momento em que o ativo estava melhorando sua rentabilidade e que o negócio foi fechado “com o intuito de receber recursos para o ministro José Dirceu”.


De acordo com Funaro, a transação foi fechada com uma offshore (empresa sediada em paraíso fiscal) de propriedade do sócio majoritário do shopping. O Neumarkt pertence ao Grupo Almeida Júnior, dono de quatro shoppings em Santa Catarina. “Para comprovar a péssima operação do fundo basta ver que o comprador, após dar uma ínfima entrada, pagaria o restante do saldo devedor apenas com os dividendos das cotas compradas da Fundação Portus”, declarou Funaro. A transação se deu em 2004, um ano antes de estourar o escândalo do mensalão petista. O grupo Almeida Júnior confirma o negócio, mas nega ter dado propina a Dirceu e ao PT.


Pedágio
Para adquirir as ações do Portus em condições facilitadas, prosseguiu Funaro, o pedágio era de R$ 500 mil. O dinheiro deveria ser entregue a representantes de Dirceu e do PT - o corretor afirma que a direção do fundo, na ocasião, já estava a cargo de indicados do ex-ministro. Diz que ele próprio se interessou pelo negócio, “financeiramente muito atraente”, mas desistiu ao saber que era preciso pagar a suposta propina, que, nos depoimentos, ele chama de “por fora”. Na mesma época, em 2004, diz o corretor, o Portus vendeu uma participação em outro empreendimento imobiliário, dessa vez em Joinville (SC). Nesse negócio, o “por fora” teria sido de R$ 5 milhões.


Ao se referir a outras transações que teriam por objetivo favorecer o PT, ele sugeriu aos procuradores “intensa investigação sobre a corretora ASM Asset Management, com sede no Rio. Ele lança suspeitas, em especial, sobre um fundo de direitos creditórios subscrito “em quase sua totalidade” pelos fundos de pensão ligados ao partido.


O que eles dizem
Procurado pela reportagem do Estado, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu delegou a tarefa de responder às acusações do corretor de valores Lúcio Funaro a seu advogado, José Luís de Oliveira Lima.


“(Funaro) É uma pessoa com a qual o ministro jamais teve qualquer contato pessoal, telefônico ou por terceiros e essas afirmações são levianas, desprovidas de qualquer documento”, declarou o advogado. “Esse senhor não merece credibilidade.”


Em nota, o Grupo Almeida Júnior afirmou que, por ser sócio majoritário do Shopping Neumarkt, tinha preferência na compra quando o Portus decidiu, em 2004, vender sua participação no empreendimento. O fundo de pensão dos servidores do setor portuário fundo detinha 20% das frações ideais do shopping. “Os valores da oferta foram objeto de avaliação independente promovida pela própria Portus, e os empreendedores exerceram seu legítimo direito de preferência”, informa o texto da nota divulgada ontem.


Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a corretora ASM Asset Management limitou-se a declarar que as afirmações de Funaro são irresponsáveis e lêvianas. A assessoria da Direção Nacional do PT avisou que o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, não vai se pronunciar sobre as denúncias envolvendo fundos de pensão. O advogado do tesoureiro, Luiz Flávio D’Urso, não respondeu aos telefonemas feitos pela reportagem.


Por Rodrigo Rangel


Um dos bons mistérios da República, e seria um bom assunto para ocupar os partidos de oposição, é por que as denúncias envolvendo os fundos de pensão dormitam há anos no Ministério Público Federal. Quantas diligências foram feitas? Investigou-se a coisa para valer, e nada foi encontrado? Algum procedimento ainda será aberto? Que diabos acontece, afinal? Outro mistério é a origem da dinheirama do mensalão — refiro-me, claro, só aquela pequena parte que irrigava os parlamentares da base aliada, os “modestos” pouco mais de R$ 50 milhões!!! De algum lugar, a grana saiu. Esses dois segredos parecem estreitar-se num abraço.


Os petistas tentam desacreditar Lúcio Funaro. Ora, ele, com efeito, não é candidato a confessor nem a professor de Educação Moral e Cívica. Tanto é assim que entrou no programa de delação premiada. Só tem algo a delatar quem andou se metendo em operações suspeitas. O rapaz não é herói de ninguém. Até agora não vi os petralhas questionando a moral de Durval Barbosa, o verdugo de José Roberto Arruda. O advogado de Dirceu dispara: “Esse senhor não merece credibilidade”. É… O advogado de Arruda poderia dizer o mesmo sobre seus acusadores.


Se as informações de Funaro fossem irrelevantes, ele já teria perdido o benefício da delação premiada. Logo, conclui-se que relevantes elas são. Se é assim para todo o resto que diz respeito ao mensalão, por que não vale para as acusações que ele faz envolvendo os petistas e os fundos de pensão?


Alguém precisa cobrar essas informações da Procuradoria Geral da República, não é mesmo? Peguemos este caso do shopping em Santa Catarina. Que o negócio aconteceu, ah, isso aconteceu. As partes envolvidas admitem. Negam que tenha havido o pagamento de propina. A fumaça existe; não se tem a certeza do fogo. E não se sabe também se a devida investigação foi feita. Igualmente desconhecidos são os motivos que levaram os fundos das estatais a injetar alguns milhões da micada Bancoop.


As oposições vão se mexer para cobrar explicações do Ministério Público Federal ou continuarão a pisar nos astros distraídas?

Mais uma Pré-Constituinte Comunista

Terminou no domingo a Segundo Conferência Nacional de Cultura. Os desocupados elegeram 32 prioridades que devem orientar as políticas públicas na cultura. Adivinhem! O “controle social” dos meios de comunicação está na lista, repetindo a ladainha da Conferência de Comunicação e do "Plano Nacional-Socialista dos Direitos Humanos". Lê-se lá:

"Regulamentar e implementar o capitulo da comunicação social na Constituição Federal, tendo em vista a integração das políticas de comunicação e cultura, em especial o artigo 223, que garante a complementaridade dos sistemas publico, privado e estatal. Fortalecer as emissoras de radio e TV do campo público (comunitárias, educativas, universitárias e legislativas) e incentivar a produção simbólica que promova a diversidade cultural e regional brasileira, produzida de forma independente. Implantar mecanismos que viabilizem o efetivo controle social sobre os veículos do campo público de comunicação e criar um sistema de financiamento que articule a participação da união, estados e municípios".

O mais encantador nessas conferências é que elas tratam rigorosamente de tudo. A “Confecul” chega a pedir a “demarcação de terras” e anuncia ao mundo uma descoberta fenomenal: o Brasil é um celeiro de “raças” — pelo visto, além da “raça humana”, outras andaram se criando por aqui. Leiam:

"Garantir políticas públicas de combate à discriminação, ao preconceito e à intolerância religiosa por meio de: a) campanhas educativas na mídia, em horário nobre, mostrando as diversas raças e etnias existentes em nosso país, ressaltando o caráter criminoso da discriminação racial; b) demarcação de terras das populações tradicionais (ribeirinhos, seringueiros, indígenas e quilombolas), estendendo serviços sociais e culturais a essa população, a fim de garantir sua permanência na terra; c) campanhas contra homofobia visando respeito a diversidade sexual e identidades de gênero".

E é claro que o Santo Daime não poderia ficar de fora, né? Outra das 32 prioridades chama a atenção pela, como direi?, abrangência dos particularismos:

"Registrar, valorizar, preservar, e promover as manifestações de comunidades e povos tradicionais (conforme o decreto federal 6.040 de 7 de fevereiro de 2007), itinerantes, nômades, das culturas populares, comunidades ayahuasqueiras, LGBT, de imigrantes, entre outros com a difusão de seus símbolos, pinturas, instrumentos, danças, músicas, e memórias dos antigos, por meio de apresentações ou produção de CDs, DVDs, livros, fotografias, exposições e audiovisuais, incentivando o mapeamento e inventário das referencias culturais desses grupos e comunidades".

Leitor, se você não está em nenhum dos grupos citados, provavelmente você pertence à maioria dos brasileiros. Inclua-se, então, no “entre outros”.

Li as 32 propostas. O que os conferencistas querem é a estatização da cultura. E o mais notável é que cada minoria exige a intervenção do Leviatã para que possa, então, se impor à maioria — em nome da qual supostamente falam.

Nunca tantos libertários pediram com tanta insistência uma ditadura para falar em nome da pluralidade!

por Reinaldo Azevedo

Caia Fora, Vannuchi!

Paulo Vannuchi, ministro dos Direitos Humanos, havia assegurado que se demitiria sumariamente se o governo alterasse uma linha do “Programa Nacional-Socialista dos Direitos Humanos”. Não vai mudar uma, mas muitas.

Bem, gente, vamos dar todo apoio a Vannuchi: ele realmente não pode aceitar uma ofensa dessas, não é mesmo? Tem de se demitir imediatamente!

Afinal, que direito humano poderá cobrar quem não tem nem palavra?

Ministro, o senhor tem todo o meu apoio para cair fora! Em nome da honra!

Impondo uma Derrota aos Esquerdistas

Este blogueiro está exultante! Junto com outros blogueiros e seus milhares de leitores, bem como com todas as outras pessoas que amam a democracia e a liberdade, conseguimos fazer os comunistas instalados no governo - essa gente que verdadeiramente detesta a liberdade - recuarem e rever o PNDH III (Plano Nacional de Direitos Humanos), aquela estrovenga totalitária que iniciaria a cubanização do Brasil, como já faz Hugo Chávez na Venezuela!

Vejam, aí, o que vai no Estadão:

O governo federal se rendeu à onda de críticas da sociedade e de entidades sociais e anunciou que vai alterar todos os pontos polêmicos do decreto que instituiu, em dezembro passado, o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3). Isso inclui artigos como o que prevê a legalização do aborto, a proibição de símbolos religiosos em locais públicos e o que prevê a necessidade de ouvir invasores de terras no cumprimento de decisões judiciais sobre conflitos agrários, como reintegrações de posse.

As mudanças também vão eliminar do texto qualquer vestígio que signifique risco de censura à imprensa. "Estamos dispostos a promover as correções necessárias", afirmou.

As medidas foram anunciadas hoje pelo ministro Paulo Vannuchi, da secretaria especial de Direitos Humanos, autor do plano, ao abrir a primeira reunião anual do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana Nacional (CDDPH). Ele disse que está instalada uma nova etapa de negociações com as partes insatisfeitas e que o novo texto será publicado até o final desse semestre.

Vannuchi observou que as alterações foram determinadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reforçadas recentemente pela Comissão de Ética do Palácio do Planalto, que proibiu os ministros de se engalfinharem em polêmicas pela imprensa, como fizeram neste caso. O ministro Nelson Jobim (Defesa), por exemplo, ameaçou renunciar se não fosse alterado o texto que cria a Comissão da Verdade, com poderes para inviabilizar a lei da anistia e abrir espaço para a punição de autores de crimes hediondo, como tortura, no regime militar (1964-1985).

O artigo foi o primeiro a ser alterado, por iniciativa do próprio presidente Lula, que retirou do texto expressões que induziam à abertura de processo criminal contra torturadores, questão que a seu ver está para ser deliberada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As demais mudanças ele deixou a cargo do próprio Vannuchi.

Ele admitiu que houve erros em alguns pontos e que aspectos do programa precisavam de reparos. "Da forma como estão redigidos, há consenso de que precisamos alterar os temas do aborto, dos símbolos religiosos e da mediação pacífica dos conflitos agrários".


Comento:
O que sinistro Paulo Vannuchi anunciou hoje que o governo vai alterar no Programa Comunista de Supressão de Direitos Humanos são AQUELES TÓPICOS QUE FORAM AQUI APONTADOS E DISSECADOS COMO HOSTIS À LIBERDADE E À DEMOCRACIA. E o que esperamos que o sinistro faça?

- Imprensa - desapareça a referência ao controle dos meios de comunicação;
- Invasões - elimine o artigo que transforma invasor de propriedade privada em parte da comissão de negociação nos casos de reintegração de posse, sobrepondo esta negociação à Justiça;
- Aborto - desapareça do programa a referência à descriminação do aborto;
- Crucifixo - elimine do texto a perseguição a símbolos religiosos.

E por quê o sinistro resolveu modificar a pré-constituinte comunista? Por que virou a casaca e descobriu-se um verdadeiro democrata?

Não! Nunca! Jamais! Comunista é comunista e sempre o será. O seguidor do "mini-manual do guerrilheiro" de Marighella fez apenas o óbvio diante da grita da sociedade organizada: recuou porque, neste ano eleitoral, estas coisas trariam prejuízo ao governo e à candidata de Lula, a terrorista Dilma!

Lembrem-se que o governo já tinha recuado em outra questão: a tal “Comissão da Verdade” perdeu o seu caráter revanchista contra os militares e de tentativa de revogação da Lei da Anistia.

MAS NÃO PODEMOS BAIXAR A GUARDA, FICANDO AINDA MAIS ATENTOS! Vamos ver se eles irão realmente encaminhar as mudanças prometidas. Vamos ver se eles não irão propor coisa semelhante, como já o fizeram nas conferências de Comunicação e de Cultura, para tentar privar-nos de nossas liberdades. Afinal de contas, como "bons" esquerdistas, mentem, mentem, mentem e, prá não perder a viagem, mentem e enganam!

Aqui, não vão passar!

A Diplomacia do Nhambu

Em visita a Israel, Lula, com efeito, deu demonstrações da sua enorme capacidade de ser um “novo interlocutor” no Oriente Médio. No Parlamento de Israel, suas críticas foram dirigidas exclusivamente ao país. No encontro com autoridades palestinas, os isaelenses apanharam de novo. “Ah, mas e as 1.600 casas?”, poderia indagar alguém. A crise é um tanto mais antiga, não é mesmo?

Um “negociador” tenta encontrar um meio-termo entre os litigantes; os mais sagazes sabem que uma de sua tarefas é reduzir a pauta de reivindicações, em vez de ampliá-la. Lula aproveitou a visita à Autoridade Nacional Palestina para pedir a derrubada do muro que separa a Cisjordânia de Israel, o que não está sendo cogitado, no momento, nem por Mohamoud Abbas. É como apagar incêndio com gasolina, para usar imagem popular sofisticada perto de outra a que Celso Amorim, o Megalonanico, recorreu. Já falo a respeito.

Talvez não tenham informado a Lula que o tão detestado muro reduziu a praticamente zero os atentados terroristas em território israelense praticados por palestinos oriundos da Cisjordânia. O nosso gênio da negociação sempre poderá dizer que este não é melhor caminho. Claro que não! O melhor é pôr fim aos atentados terroristas. Mas Lula não tocou no assunto, preferindo destacar o sofrimento do povo palestino com o muro e o bloqueio. As razões por que existem uma coisa e outra foram solenemente ignoradas.

Hoje, Lula depositará flores no túmulo de Yasser Arafat, o histórico líder palestino, que tinha as mãos inequivocamente sujas de sangue. Levará as flores que se negou a deixar sobre o campa de Theodor Hezrl, o fundador do Movimento Sionista, que nunca matou ninguém.

EIS O PERFIL ACABADO DO HOMEM QUE PRETENDE SER UM NOVO ATOR NAS NEGOCIAÇÕES NO ORIENTE MÉDIO.

Lula visitou o Museu do Holocausto em Jerusalém. Fez o discurso de praxe, afirmando que aquilo nunca mais pode se repetir etc e tal. E dramatizou: “Nunca Mais, nunca mais, nunca mais!”, como uma litania. Daqui a dois meses, encontra-se com um contumaz negador do Holocausto, Mahmoud Arhmadinejad. Na visita do facínora ao Brasil, o governo brasileiro deixou claro que Lula não tocaria no assunto. E o próprio Demiurgo se encarregou de resumir: como chefe de estado, não tinha de se meter nos conflitos entre judeus e árabes — ele pensava que iranianos fossem árabes…

Esse é o grande negociador que chegou ao Oriente Médio! Ele se quer “uma alternativa”. Israel está sob fogo cerrado. Ontem, a Casa Branca confirmou o cancelamento da visita ao país do enviado para o Oriente Médio, George Mitchell, prevista para sexta. A decisão acentuou a crise entre os dois países. Indagado a respeito, Amorim deu uma resposta iluminada: “Em briga de jacu, nhambu não entra. Não vou me meter nas discussões entre Hillary Clinton e Binyamin Netanyahu”.

Lula volta a se encontrar com Mahamoud Abbas nesta quarta. Uma das suas intenções é promover o entendimento entre os terroristas do Hamas, que deram um golpe na Faixa de Gaza, e o Fattah. Vai tentar emprestar a sua tecnologia “companheira” de negociação. Deve imaginar que isso é mais ou menos como fazer um acordo por aqui entre a CUT e a Força Sindical…

Lula já tinha revelado ao mundo seu real tamanho na questão cubana. Em Israel, dá seqüência à obra. Daqui a dois meses, ele faz um arremate abraçando Ahmadinejad.

É a diplomacia do nhambu!

por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 16 de março de 2010

O Verdadeiro Estadista

Traídos pela indiferença ultrajante do Itamaraty, afrontados pela infame hostilidade do presidente da República, presos políticos cubanos e dissidentes em liberdade vigiada endereçaram ao presidente da Costa Rica o mesmo pedido de socorro que Lula rechaçou. Fiel à biografia admirável, Oscar Arias nem esperara pela chegada do apelo (que o colega brasileiro ainda não leu) para colocar-se ao lado das vítimas do arbítrio. Já estava em ação ─ e em ação continua.


Quero juntar minha voz ao coro de indignação que corre boa parte de nossa América e do mundo. Em 23 de fevereiro passado, enquanto os líderes latino-americanos nos encontrávamos reunidos em Cancún, falando sobre democracia e liberdade, morreu em Havana Orlando Zapata Tamayo, um opositor do regime de Castro e preso político durante sete anos.

Uma greve de fome por 85 dias não foi suficiente para convencer o governo cubano de que era necessário preservar a vida desta pessoa, acima de qualquer diferença ideológica. 85 dias não foram suficientes para induzir à compaixão um regime que se vangloria de sua solidariedade, mas que, na prática, somente aplica esta solidariedade a seus simpatizantes.

Nada podemos fazer agora para salvar este dissidente, mas ainda podemos erguer a voz em nome de Guillermo Farinas Hernandez, que há 17 dias se encontra em greve de fome em Santa Clara, pedindo a libertação de outros prisioneiros políticos, em particular daqueles em estado de saúde precário.

Sem dúvida, a greve de fome é uma arma delicada como uma ferramenta de protesto. Seria arriscado que qualquer Estado de Direito se visse na obrigação de libertar seus presos que decidirem deixar de se alimentar. Mas estes prisioneiros não são como os demais, nem Cuba cumpre as condições do Estado de Direito. Eles são presos políticos ou de consciência, que não cometeram outro delito que não se opor a um regime, que foram julgados por um sistema judicial de independência questionável e que devem sofrer penas excessivas, sem terem causado qualquer dano a outrem.

Os presos políticos não existem nas democracias. Em nenhum país verdadeiramente livre, você vai para a prisão por pensar diferente. Cuba pode fazer todos os esforços de oratória que deseje para vender a idéia de que é uma "democracia especial", mas cada preso político, na prática, nega esta afirmação. Cada preso político é prova irrefutável de autoritarismo.

Adicione a isso o fato de que se trata de pessoas com uma saúde debilitada. E aqui é certo que não importa os motivos pelos quais alguém chegou na prisão: todo governo que respeite os direitos humanos, deve, ao menos, mostrar compaixão ante o estado fraco de uma pessoa, ao invés de chamá-la de "chantagista".

Eu sempre lutei para que Cuba faça uma transição para a democracia. Eu sempre lutei para o regime de partido único se converta em um regime pluralista, e deixar de ser uma exceção no continente americano. Estou convencido de que em uma democracia, se não existe uma oposição, deve-se criá-la, e não persegui-la, reprimi-la e condená-la a uma prisão infernal, que é o que o faz o regime de Raúl Castro.

O governo cubano tem agora em suas mãos a oportunidade de mostrar ao mundo os primeiros sinais dessa transição democrática, que há muito tempo esperamos. Tem a oportunidade para mostrar que pode aprender a respeitar os direitos humanos, sobretudo os direitos de seus opositores, porque não há nenhum mérito em respeitar somente os direitos de seus partidários. Se o governo cubano libertar os seus presos políticos, teria mais autoridade para exigir o respeito a seu sistema político e à sua maneira de fazer as coisas.

Estou consciente de que, ao fazer estas declarações, estou exposto a todo tipo de acusações por parte do regime cubano. Irão me acusar de interferir nos assuntos internos, de desrespeitar sua soberania e, quase certamente, de ser um lacaio do império. Sem dúvida, eu sou um lacaio do império: do império da razão, da compaixão e da liberdade. Não vou me calar quando os direitos humanos são violados. Não vou me calar quando a mera existência de um regime como Cuba é uma afronta à democracia. Não vou me calar quando se põe em xeque a vida de seres humanos, para defender, a todo o custo, uma causa ideológica há anos ultrapassada. Eu vivi o bastante para saber que não há nada pior do que ter medo de dizer a verdade.

Comento:

Árias, presidente recém eleito na Costa Rica é de direita. Isso já diz tudo sobre o seu caráter. E nós, brasileiros, ainda votamos na esquerda troglodita, revolucionária, sanguinária, causadora das piores mazelas do mundo, que sempre quer posar de "defensora dos direitos humanos".

Lula já mostrou o quanto respeita a determinação das Justiça de outros países: praticamente invadiu Honduras para colocar o golpista Zelaya de volta ao poder. E agora, mostra o quanto respeita os direitos humanos, nada falando a respeito da morte de Orlando Zapata.

Assim são os esquerdistas: "respeito" e "direitos humanos" somente são aplicados ao seu séquito de seguidores. Para o restante, a cadeia, o assassinato, o "páredón", os dossiês, o direito achado na rua, a eliminação pura e simples do opositor. Eles só gostam de dominar tiranicamente - com todo a dinheirama possível que só o capitalismo pode proporcionar, pois o socialismo de doutrinação bovina é para o povaréu.

Mensalão do PT: Lula Mentiu ao Povo por Cinco Anos!

A Folha de S. Paulo antecipou há uma semana o que Lula dirá à Justiça no depoimento sobre o escândalo do mensalão: ouviu o palavrão pela primeira vez em março de 2005, numa conversa com Roberto Jefferson. O presidente da República mentiu durante quase cinco anos, deveria ter acrescentado o jornal, que divulgou no início de junho de 2005 o encontro que Lula sempre negou ter existido.


E continua mentindo, informa a releitura da entrevista concedida à Folha por Jefferson, então deputado federal e presidente do PTB, que começou a escancarar o maior escândalo político-policial do Brasil republicano. A conversa no Palácio do Planalto não ocorreu em março, mas em janeiro. No gabinete presidencial, Lula ouviu a narrativa ─ testemunhada, segundo Jefferson, pelos ministros José Dirceu, Aldo Rebelo e Walfrido dos Mares Guia ─ em silêncio e aparentando perplexidade, declarou-se grato ao informante e prometeu providências imediatas.

Dez dias mais tarde, no depoimento à CPI que nasceu para investigar a roubalheira nos Correios mas acabou devassando o pai de todos os escândalos, Jefferson enriqueceu com detalhes hiperbólicos o encontro no Planalto. ”A reação do presidente foi a de quem levara uma facada nas costas”, comparou. “As lágrimas desceram dos olhos dele. Ele levantou e me deu um abraço”.

Em seguida, decidido a poupar Lula do tiroteio, o depoente concentrou-se no alvo preferencial. “Vi um homem de bem se sentir traído por um cordão de isolamento que havia em torno dele”, mirou no chefe da Casa Civil. “Aí descobri por que a gente era sempre barrado no Zé Dirceu. No Rasputin”. O discurso foi subindo de tom até desembocar na exortação famosa: “Saí daí, Zé! Rápido, sai daí rápido, Zé”.


Zé não demorou a ser despejado, mas as providências imediatas ficaram na promessa, confirma a reportagem da Folha que revelou as linhas gerais do depoimento ensaiado por Lula. Ele dirá à Justiça que, depois de ouvir as denúncias feitas por Jefferson, escalou para investigá-las o ministro Aldo Rebelo e o deputado Arlindo Chinaglia, líder do governo na Câmara. A dupla de sherloques apresentou em poucos dias as conclusões do inquérito: não haviam localizado nenhuma evidência, nenhum indício, nenhuma pista.


Não enxergaram sequer vestígios da montanha de provas acumuladas nos meses seguintes. Em vez de dois detetives governistas, trataram do caso a imprensa, a polícia, o Ministério Público, a CPI dos Correios, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal. Passados quase cinco anos, o que se sabe é mais que suficiente para que os integrantes da organização criminosa sofisticada sofram o castigo merecidíssimo.


Mas Lula repete desde junho de 2005 que todos os bandidos de estimação são inocentes. Entre as inumeráveis mentiras que contou, só vai revogar a que ocultou o encontro com Jefferson. E decerto dirá, mais uma vez, que o mensalão não existiu. Se o Brasil fosse menos primitivo, o depoente seria preso por perjúrio, ocultação de provas e obstrução da Justiça.


por Augusto Nunes

segunda-feira, 15 de março de 2010


RESPOSTA ABERTA AO PRESIDENTE LULA

Por Pedro A. Yinterian*

Não se assustem não. Os chimpanzés, os grandes primatas e o GAP nada tem a ver com isso. Isto está relacionado com o meu passado cubano. Eu sou um ex–prisioneiro político, que, para o nosso Presidente, são comparáveis aos bandidos que lotam as prisões paulistas, e não teria direito a protestar, nem a fazer greve de fome, como o operário cubano Orlando Zapata, que morreu após 85 dias desse protesto.

Em 1961, eu tinha 20 anos. Desde os 16 lutei contra a ditadura de Batista e anos depois tive que lutar contra a dos irmãos Castro, amigos fraternos do nosso Presidente.

Na prisão de Cabana, dirigida por Che Guevara, passei várias semanas. Presenciei a morte de vários de meus companheiros estudantes, garotos até mais jovens do que eu.

Também presenciei a morte do Comandante Humberto Sori Marin, que redigiu a primeira lei de Reforma Agrária quando lutava na Serra Maestra, junto aos irmãos Castro, e depois lutou contra a ditadura implantada por eles.

Todos aqueles fuzilados no Paredão da Cabana nunca tiveram um julgamento, um advogado de defesa, nem puderam falar sua verdade. Essa história se repetiu centenas, milhares de vezes. Algum dia essa história terrível e tenebrosa da Cuba Castrista será conhecida.

Eu era Secretário Geral da Federação de Estudantes Católicos de Cuba, com três universidades e dezenas de colégios. Todas as universidades e escolas foram fechadas e ocupadas pelo regime ditatorial e nunca mais o ensino privado existiu.

Para a Justiça Castrista só opinar contrário ao regime te condena. Se fosse publicada em Cuba, esta carta me levaria à prisão por longos anos. Por isso Orlando Zapata morreu, por querer opinar, falar sua verdade. Isso em Cuba é um privilégio dos irmãos Castro e os que vivem sob sua sombra.

Eu fiz o compromisso de nunca falar de política cubana neste espaço, já que as causas dos grandes primatas e ambientais não têm cor política e precisam do apoio de todos. Porém, estaria traindo a mim mesmo, aos meus companheiros que caíram em 50 anos de luta, e ao meu “país adotivo” - o Brasil - se não falasse o que sinto neste instante, ao ser humilhado duplamente pelo Presidente do meu país, que me condenou sem conhecer-me, sem julgar-me e sem poder defender-me, como os irmãos Castro – assassinos múltiplos – fazem com o seu povo.

* O dr. Pedro A. Yinterian, diretor presidente e fundador do Grupo Interlab, criou, no município de Sorocaba, São Paulo, um criadouro conservacionista para fauna silvestre e um santuário para grandes primatas que se converteu no maior centro de primatas da América Latina de origem privada. O empreendimento recebe e mantém primatas e outros animais ameaçados de extinção.

A Banalização do Mal Revisitada.

Adolf Eichman foi um criminoso de guerra nazista responsável por milhares de mortes de judeus e outras minorias na Segunda Guerra Mundial. Durantes anos ele viveu escondido na Argentina, até que, numa operação ousada, um comando israelense o capturou em Buenos Aires, em 1960. Julgado em Israel por crimes contra a humanidade, foi condenado à morte na forca e executado.

Em seu julgamento, Eichman surpreendeu a muitos, pois não aparentava ser o monstro de sadismo que seus crimes faziam crer que ele era, mas, antes, um sujeito comum, um cinzento e inexpressivo burocrata. Sua linha de defesa tornou-se famosa: ele, Eichman, estava apenas cumprindo ordens. Tal argumentação daria origem a um conceito que a filósofa judia alemã Hannah Arendt, presente ao julgamento, imortalizaria num livro famoso: a "banalidade do mal".

Para Eichman, as ações que cumpriu, como a deportação de milhares de pessoas para a morte em campos de concentração, eram decisões morais porque, afinal de contas, ele estava cumprindo determinações superiores, amparadas na legislação alemã da época. Para ele, era preciso respeitar a legislação. O fato de essa mesma legislação decorrer de um Estado totalitário, e respaldar massivas violações dos direitos humanos, não fazia diferença. Era irrelevante. O importante era que os trens cheios de gente para o matadouro fossem despachados na hora, e que a "Solução Final" do "problema judaico" fosse alcançada, conforme estabelecera o Führer Adolf Hitler..

Luiz Inácio Lula da Silva é o atual presidente do Brasil. Diante da greve de fome de opositores à ditadura comunista dos irmãos Castro em Cuba, ele saiu em defesa desta última. Comparou os dissidentes a bandidos e pediu respeito à legislação cubana que os colocou atrás das grades. Para Lula, é preciso respeitar a legislação cubana. O fato de essa mesma legislação decorrer de um Estado totalitário, e respaldar massivas violações dos direitos humanos, não faz diferença para ele, é irrelevante. O importante é que se respeite a decisão do Estado cubano de prender, torturar e matar presos de consciência. Para ele, Lula, isso é perfeitamente moral.

Num exercício de pura especulação histórica, imaginem Lula como o presidente do Brasil na década de 30, quando Adolf Hitler, o patrão de Eichman, era o Führer da Alemanha. Alguém lembra a Lula que os nazistas estão prendendo e torturando pessoas. Aí Lula responde, entre um "ou seja" e um "sabe":

“Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo alemães de prender as pessoas em função da legislação da Alemanha, como quero que respeitem a do Brasil”.

(Só lembrando: o presidente do Brasil na época, Getúlio Vargas, pensava de forma parecida - a deportação de Olga Benario para a Alemanha está aí para provar. Não por acaso, Getúlio é um dos ídolos de muita gente na esquerda).

Agora pensem em Lula como o presidente do Brasil na década de 40. Em uma entrevista, ele assim se expressa sobre a greve de fome que o Mahatma Gandhi está fazendo contra a dominação colonial britânica na Índia:

“Eu acho que greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto dos [da luta por] Direitos Humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade”.

Gandhi equiparado aos bandidos do PCC. Conseguem imaginar?

Voltando à década de 30 e à Alemanha. Lula responde à mesma pessoa que lembrou das prisões de opositores políticos pelo regime nazista:

“Eu gostaria que não ocorresse [prisão de presos políticos], mas não posso questionar as razões pelas quais a Alemanha os prendeu, como não quero que a Alemanha questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil”.

Então? Captaram a profunda sabedoria das palavras de Nosso Líder?

Adolf Eichman passou à História como paradigma de frieza burocrática diante da morte, de justificação do terror totalitário e de insensibilidade perante a dor dos outros. Um tipo monstruoso de criminalidade e desumanidade, sem sombra de dúvida. A perfeita expressão de uma mente psicopata, diriam muitos.

Já Lula é considerado, por muita gente dita inteligente, um líder respeitável e um amante da democracia.

A questão é: por quê?

por Gustavo Bezerra

sexta-feira, 12 de março de 2010

Um Presente para Kelly, a Comentarista Socialista

A imagem ao lado é um presente para a Kelly, que, num comentário, afirmou que "não há liberdade quando o ser humano em nome do capital não consegue compreender a dependência que tem em relação à natureza e polui o próprio meio em que vive ".


Kelly, querida, esta imagem é recente. É uma usina na periferia de Moscou, herança da implementação do socialismo na extinta URSS. Como eu disse num post anterior, Kelly, só podemos comparar a realidade com a realidade.


Pelo visto, os socialistas russos também não compreendiam a dependência que tinham em relação à natureza, não é mesmo? Mesmo tendo a "liberdade", pois não eram seres humanos que agiam em nome do capital, mas da, como é mesmo?, ah!, sim, "coletividade".


É realmente difícil, né, Kelly? A gente fica sonhando acordado, flertando com o paraíso na terra que os socialistas prometem e, depois, vem essa gentinha vil e egoísta e deturpa a, se eu lembro bem como você disse, "experiência verdadeiramente socialista". É mesmo um acinte, né?


Mas, se lhe serve de consolo, Kelly, há dois lugares onde você poderá viver essa "experiência realmente socialista" que parece tanto desejar: no sonhos e no pensamento. E sabe por que? Porque somos humanos, diferentes, competidores por natureza, desejosos de uma série de coisas - e muitas delas, até desnecessárias, eu diria. Mas é assim que somos. Não cupins, formigas ou abelhas. Somos leões, jaguares, tartarugas, golfinhos, orcas, girafas, zebras, asnos até!


Demarcamos nossos territórios. Brigamos pelo acasalamento. Temos machos alfa. E até fêmeas alfa. E assim, desde que a humanidade surgiu, sempre foi. E sempre será. E sempre haverá aqueles que querem dominar a tudo e a todos - mesmo falando que todos devem ser iguais.


Você, que cursa biologia - não sei se já se formou -, deveria saber disso: é uma cadeira chamada etologia, que compara o comportamento humano ao dos animais ditos irracionais. O paralelismo entre ambos os comportamentos é impressionante. Só isso já lhe diria o por quê é impossível o socialismo. A dica está dada, mas eu deixo o restante prá você descobrir sozinha, como lição de casa, tá?

quarta-feira, 10 de março de 2010

País Curioso, de Poderes Confusos

Desde a promulgação da Constituição de 1988, argumenta-se que o Estado brasileiro tornou-se, definitivamente, um Estado Democrático de Direito, com a eliminação de diferenças e de discriminações e com a implementação de uma sociedade solidária, estando a lei assegurada pela independência e autonomia dos Três Poderes.

Apesar de tais desideratos estarem plasmados no texto constitucional, a realidade não tem correspondido à intenção dos constituintes. De início, não conseguem, o governo federal e os governos estaduais, fazer com que determinados movimentos respeitem a Carta Magna. MST, Vila Campesina e outros vivem, exclusivamente, da violação da Constituição e da lei, com o beneplácito e a colaboração, principalmente do governo federal, por meio de financiamentos e desapropriações, parte delas barrada nos Tribunais.

A destruição da Câmara dos Deputados, de pesquisas científicas, de terras, de lavouras, por tais movimentos repudiados pela população e que se negam a fazer o teste das urnas, tem sido uma constante e clara demonstração de que determinadas autoridades são coniventes com tais maculações da lei maior.

Por outro lado, magistrados de Tribunais Regionais, inclusive da Suprema Corte, criticam o excesso de prisões preventivas – muitas vezes arbitrárias – de pessoas, sem haver processos ou autos lavrados, quase sempre lastreadas em trechos pinçados de gravações telefônicas.

A imprensa publicou manifesto de eminentes desembargadores, que ficaram estupefatos quando souberam da existência de 409.000 escutas telefônicas autorizadas no Brasil, em 2007, tendo, inclusive, o ministro Sepúlveda Pertence, em depoimento na Câmara dos Deputados , tecido duras críticas a tais abusivas ações. Nem Orwell imaginaria, em seu dramático 1984, uma tal violação de privacidade.

Uma interpretação equivocada – a nosso ver – da Constituição, são os artigos 231 CF e 68 da ACDT, que ofertam direitos aos índios e aos quilombolas sobre terras que, no momento da promulgação da lei suprema, ocupariam e não que ocuparam no passado. Isso gera problemas. Pela interpretação oficial, o presente do indicativo do texto maior passou a ser o pretérito perfeito e onde se lê "ocupam" passou-se a ler "ocuparam".

Com isso, para aproximadamente 700 mil índios, nascidos no Brasil ou nos países vizinhos, estão sendo entregues 13% de território nacional. Aos declarados quilombolas – e são poucos aqueles que descendem efetivamente dos quilombos coloniais e vivem naquelas terras históricas – houve tal extensão conceitual do termo que a maior parte dos afro-descendentes passou a ser considerada quilombola.

Por outro lado, à luz de uma exegese controversa do que seja o neoconstitucionalismo, ou seja, dar praticidade aos princípios constitucionais – tese de rigor que deu origem ao constitucionalismo americano e francês, não sendo, portanto, novo, mas apenas mais uma tentativa de adaptar-se o "construtivismo" americano à realidade social –, o Poder Judiciário tem-se outorgado o direito de se transformar em legislador positivo, não poucas vezes, sobrepondo-se ao Poder Legislativo no suprir o que entende ser omissão daquele poder.

Por seu lado, o Poder Executivo continua utilizando-se das medidas provisórias, que só foram colocadas no texto constitucional – pois a Constituição de 1988 deveria ser para uma República Parlamentar do Governo – tornando-se, de rigor, no verdadeiro legislador.

Temos, portanto, um Brasil curioso. O Poder Executivo assumiu funções legislativas, por meio das medidas provisórias. O Poder Legislativo, diminuído em suas funções, por meio das CPIs transformou-se em Poder Judiciário. E o Poder Judiciário, de legislador negativo – ou seja, de não dar sequência às normas constitucionais –, assume, mais e mais, à luz de estranha concepção do neoconstitucionalismo, a função de legislador positivo.

É, neste País de contradições e de preconceitos às avessas, que os privilégios das cotas universitárias e para pessoas de opções sexuais diversas estão a refletir discriminações contra a grande maioria dos demais cidadãos comuns. Dessa forma, a juventude busca alternativas para o futuro, não encontrando, entretanto, nos seus líderes atuais, um modelo paradigmático a ser seguido.

Nossa esperança reside na educação e no trabalho daqueles que ainda acreditam no ensino e estão dispostos a tentar influenciar as futuras gerações com ideias não contaminadas, sem preconceitos, sabendo que solidariedade não se faz com o semear do joio, nem se cria uma grande nação com ódio e preconceitos, favorecendo grupos contrários ao Estado de Direito, ou beneficiando aqueles que se enquistam no poder, não para servir à sociedade, mas para dela se servir.

Infelizmente, gerar conflitos sociais encontra-se na base do PNDH-3.

por Ives Gandra Martins e João Ricardo Moderno

O "Socialismo Democrático" do PT Não Basta Mais

O presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante, finalmente vai trombar com o governo. É que Lula tirou da gaveta um antigo projeto, de inspiração fascista, que autoriza o governo a quebrar sigilo bancário e fiscal, confiscar bens, executar dívidas fiscais e até arrombar portas e cofres de contribuintes, tudo sem autorização judicial. Pelo projeto, o governo julgaria processos tributários e decretaria execuções fiscais.

Filme de horror
O projeto de Lula foi defendido ontem pelo ministro Luis Adams (AGU) no conselho federal da OAB, provocando indignação e perplexidade.

Violência jurídica
Lula quer que o Fisco penhore bens sem autorização judicial, “fazendo justiça com as próprias mãos”, diz Márcia Melaré, conselheira da OAB.

Nem na ditadura
Se o projeto de Lula for aprovado, o governo poderá entrar em contas bancárias e declarações fiscais sem pedir licença nem ao Judiciário.

por Claudio Humberto


Agora sim Lula está dizendo a que veio! Aquela "Carta ao Povo Brasileiro" era só mais uma empulhação esquerdista.

O propósito é a dominação pura e simples, ao estilo Fidel Castro. Apenas o "modus operandi" é diferente: a revolução petista é ao estilo Gramsci, "comendo pelas bordas" como se diz por aí.

Ele sabia muito bem o que estava fazendo quando assinou o PNDH III, o Plano Nacional de Direitos dos Humanos (Comunistas).

Agora, tira da gaveta mais uma parte do plano de dominação que acordou com os outros membros do Foro de São Paulo, a fim de não ficar muito atrás de Chávez, Evo e Correa. Afinal, eles têm uma meta: transformar a América Latina e o Caribe numa imensa União Soviética - com todas as mazelas resultantes da implantação do socialismo, como sempre ocorreu em todos os lugares e tempos.

Só lamento que Cláudio Humberto ainda não dê o verdadeiro nome aos bois! Cláudio, meu querido, o projeto não é de inspiração fascista. É genuinamente COMUNISTA! É a essência de Fidel correndo nas veias dos luláticos petistas.

Maldade Patológica

Não dá nem para justificar que Lula não intercede em favor do preso político cubano Guillermo Fariñas porque ele é sociólogo e o presidente do Brasil odeia esta "raça".

Orlando Zapata, que morreu praticamente nos braços de Lula, suplicando pela sua ajuda, era um operário e também não recebeu um só gesto de solidariedade por parte do brasileiro.

Fica assim provado que Lula está sendo desumano em relação a todas as classes sociais. A maldade de Lula, portanto, não é ideológica. É patológica.

Assine a petição para tentarmos fazer com que o comunista Lula queira tentar mostrar que é um ser humano e peça ao comunista Fidel, seu parceiro de Foro de São Paulo, para parar de prender e torturar e matar aqueles que discordam de seu governo.

O Silêncio dos Indecentes

“Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos de prender as pessoas em função da legislação de Cuba, como quero que respeitem a do Brasil”.

É a forma que a “autodeterminação dos povos” tomou no discurso de Lula. A questão nada irrelevante é que este “respeito” implica mais do que a convivência pacífica com uma tirania: implica mesmo a sua defesa. Eis o governo que anseia por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Resisto sempre a apelar aos extremos da ignomínia quando analiso a fala e a ação de políticos contemporâneos porque, diante daqueles, as barbaridades ora perpetradas acabam parecendo menores. Mas, nesse caso, acho pertinente, porque Lula expressa o que parece ser um norte moral de seu governo. E isso explica o seu apoio incondicional ao Irã, por exemplo.

Imaginem Lula como o presidente do Brasil nas décadas de 30 e 40 do século passado. Quando lhe dissessem que na Alemanha — e, depois, nos países ocupados — judeus eram presos, confinados em guetos, assassinados, o valente diria: “Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo da Alemanha de prender as pessoas em função da legislação da Alemanha, como quero que respeitem a do Brasil”. Getúlio, outro grande herói das nossas desditas, chegou bem perto disso, é verdade.

E, se a fala poderia ter servido para justificar o totalitarismo nazista, então é útil para endossar qualquer horror, porque todos os outros tenderão a ser menores.

Da questão mais geral, uma consideração de lesa humanidade, para a questão específica:
“Eu acho que greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto dos [da luta por] Direitos Humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade”.

Pois é… Penso na gritaria que vigaristas estão fazendo no Brasil, distorcendo de maneira miserável, pilantra, safada, a fala do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que se limitou a lembrar fatos históricos sobre o escravismo e o tráfico negreiro. A essa altura, as franjas do partido na USP — onde há mais comunistas do que em Pequim — já devem ter sido convocadas para a guerra. Preparem-se! Tentarão associar os que combatem as cotas ao fascismo, ao golpismo, à terrível “direita”. E não! Não virão com fatos. Tentarão jogar contra “os reacionários” a sua suposta superioridade moral, como fez um certo Marcos Nobre num artigo que esculhambei aqui. Uma superioridade assentada sobre milhões de cadáveres.

Penso na canalha que sai por aí defendendo o Programa Nacional-Socialista dos Direitos Humanos, aquele que prevê censura à imprensa em nome da defesa do que essa gente vagabunda entende por humanismo. Penso na sua gritaria em favor da revisão da Lei de Anistia, tentando fazer a história voltar para trás, como se já não bastasse a santificação de notórios terroristas — creio que a indenização para alguns deles tenha sido dada segundo o número de homicídios que carregam nas costas…

Todos eles são, sem dúvida, muito humanos, muito generosos, preocupadíssimos com as liberdades públicas. E, por isso mesmo, esses farsantes não emitirão um pio sobre as barbaridades ditas por Lula, que retratam a degradação da política externa brasileira, que atinge, assim, baixezas nunca antes alcançadas nestepaiz.

E sabem por que o silêncio? Porque essa gente acredita que o governo cubano faz muito bem em prender os dissidentes, em torturá-los, em matá-los. ELES ESTÃO DIZENDO O QUE TERIAM FEITO NO BRASIL SE TIVESSEM VENCIDO. ELES ESTÃO DIZENDO O QUE ESPERAM QUE SE FAÇA NO BRASIL SE CONSEGUIREM, COMO PRETENDEM, ANIQUILAR A OPOSIÇÃO.

A anistia e os indecentes
Ora, só foi possível aprovar uma Lei de Anistia no Brasil porque o regime, afinal de contas, não era de esquerda. Ou me digam qual é a tradição do comunismo nessa área. Regimes comunistas caíram de podre, ou seus dirigentes foram vitimados por golpes internos, substituídos por outros tarados. No máximo, gangues que caíram em desgraça foram reabilitadas, mas jamais se operou o perdão político. Porque a “racionalidade” do partido nunca permitiu que isso acontecesse.

Essa canalha tenta achincalhar e extinguir a Lei de Anistia justamente porque, no seu modelo, não cabe uma “anistia”. Para os seus bandidos, ela considera que o perdão político é uma obrigação; para os bandidos dos outros, um privilégio inaceitável. Não é que essa gente se oponha, por princípio, ao crime, à violência, à tortura, à eliminação física do adversário. Considera que essas são ações inaceitáveis só quando elas colhem os seus sequazes. Mas é a prática que ela admite e defende quando se trata de enfrentar seus inimigos.

Por isso os indecorosos vão silenciar diante da fala de Lula, que compara presos políticos a bandidos comuns. Cuba não teria mesmo por que indagar o Brasil sobre os seus encarcerados porque não há presos de consciência por aqui. Na ilha, há. E aos montes. Lula já tinha chegado ao esmero de acusar o dissidente Zapata pela própria morte. Agora, compara um preso político a um assassino ou traficante.

Eis “o cara” que assombra o mundo, o “estadista global” dos tontos de Davos, o homem do ano do “Le Monde” e do “El País”, o herói de certa “intelectualha” brasileira pela qual o meu desprezo, a cada dia, só faz aumentar. Silenciar diante da entrevista de Lula é ser conivente com os fanáticos homicidas do regime cubano e com a violência como princípio aceitável da política.

por Reinaldo Azevedo

In Statu Quo Res Erant Ante Bellum

Em 19/08/2008, escrevi um post a respeito do racismo extremado do "mestre" esquerdista Karl Marx. Como sempre, quando tocamos nas feridas dos esquerdistas, eles tentam logo nos incutir que o sistema socialista - o pai do comunismo - é a melhor coisa do mundo. Kelly Braga, professora formada em pedagogia, que ensina sociologia e filosofia, foi uma destas pessoas. E eu lha respondi num outro post chamado "In Statu Quo Ante Bellum".


Agora, quase um ano depois, Kelly volta à carga, tentando fazer-me crer - ou tentando fazer crer a si própria - que o socialismo é melhor que o "capitalismo".


Uma das coisas que Kelly diz ensinar é filosofia. Não sei onde ela aprendeu, mas a filosofia é essencialmente a arte do pensamento. E uma das principais bases do pensamento filosófico é justamente a lógica, que nada mais é do que um pensamento puramente matemático.


Aliás, eu, como analista de sistema, utilizo constantemente a lógica para analisar o contexto dos vários sistemas existentes - aqueles em que atuo, os que me afetam, os que desenvolvo. É a partir desta base lógica que descubro qual a minha participação como ator na sociedade em que vivo. E por isto, costumo deixar minhas emoções serem direcionadas para aqueles que delas necessitam - minha mulher, meus filhos, parentes, amigos próximos; e os necessitados, quando há grandes calamidades ou quando passo a conhecê-los e saber se fizeram a lição de casa para tentar crescer neste "mundo capitalista", como muitas pessoas fazem.


Mas vamos ao seu comentário, afinal é por causa dele que este post está sendo feito, não é mesmo? Kelly segue em vermelho e eu em azul.


Você diz que no capitalismo existe liberdade, mas essa liberdade na verdade é uma falácia. Liberdade onde? Como pode existir liberdade onde as televisões utilizam a arte para massificar o pensamento do ser humano, para deformar o imaginário infantil destruindo os valores, onde há alienação.
Sim, Kelly, eu digo - e afirmo - que no "capitalismo", que eu costumo chamar de LIVRE MERCADO (e só não é mais livre graças ao Estado, que sempre quer interferir em tudo o que se refere aos sistemas em que estamos inseridos), existe liberdade. Afinal de contas, você é livre para trocar de canal e procurar outra programação; é livre para fazer uma assinatura de TV a cabo ou por satélite; e, mais radicalmente ainda, é livre para escolher nada disso e desligar sua TV!

Ademais, Kelly, sabemos que quem gosta de destruir valores são os socialistas, não é mesmo? Marx o fez, Lenin o fez, Stalin o fez. Gramsci teorizou muito sobre isto. Aliás, todos os grandes teóricos socialistas sempre ensinaram sobre a destruição de valores ditos "burgueses", como a família, a religião, o trabalho, a liberdade, a propriedade privada etc., para que tudo fosse "socialmente" de todos - e nada fosse de ninguém, exceto de alguns que tivessem mais direitos que os outros.

Basta ver, por exemplo, as propostas socialistas do PNDH III do PT: extinção da Lei da Anistia para apenas um dos lados da época dos governos militares, controle da mídia ao estilo cubano/venezuelano; extinção do agronegócio, principal fonte incremento do PIB, para a formação de gulags para o MST; instituição do assassínio puro e simples, com a implementação do aborto como prática corrente; criação de um abismo social, através da criação de direitos diferenciados para determinados grupos - principalmente aqueles engajados na luta pela implementação do socialismo.

Quanto à alienação, Kelly, que dizer? Aqui, no "capitalismo", você tem o direito de ir, vir, aprender, conhecer, se esforçar para vencer na vida, escolhendo todas as coisas que você acha serem melhor para si própria e para toda a sua vida.

Há dificuldades e desafios nestas escolhas? Claro, que há, Kelly! Quando você faz uma escolha que paute sua vida, você deixa outra opção de lado.

Você, por exemplo, escolheu uma tendência esquerdista. Logo, deixou-se levar pela utopia do "novo homem para um novo mundo", deixando de lado a outra escolha, que é lutar para a evolução da sociedade como um todo sem qualquer utopia, encarando a realidade que a cerca, melhorando sua vida e auxiliando outros a melhorar também. E se alguns ganham mais do que outros, por capacidade, merecimento, escolha etc., o que podemos fazer é dar-lhes mérito e seguir em frente.


Não há liberdade quando o ser humano em nome do capital não consegue compreender a dependência que tem em relação à natureza e polui o próprio meio em que vive.
Kelly está confundindo conceitos e não consegue, como professora de filosofia, pensar sobre a liberdade. "Somos todos livres para fazermos o que quisermos fazer" é uma máxima que ela ainda não compreendeu - e é uma das máximas que eu defendo.

É óbvio que, em tudo que fazemos, a terceira lei de Newton é aplicada inexoravelmente: sempre há consequências, quer boas ou ruins.

Assim é que os indivíduos são livres para poluir o meio em que vivem - quer por ignorância, quer por puro e simples mau-caratismo -, mas têm que aguentar os revezes advindos desta liberdade. E eles também são livres para mudar de idéia e parar de poluir e lutar para que outros não o façam.

E embora os países "capitalistas" tenham um largo histórico de poluição ambiental, causado pelo desenvolvimento que sofreram, sabemos que os maiores poluidores mundiais sempre foram, na verdade, os socialistas: estes, historicamente, sempre utilizaram tecnologia extremamente defasada em todos os aspectos da vida - assim foi na extinta URSS, assim é na Coréia do Norte e na China, ainda hoje. Lá, diferentemente daqui, quem decide quem vai fazer, o quê vai ser feito e como qualquer coisa deve ser feita é o Estado, não importando o meio ambiente, a poluição ou os indivíduos: todos, lá, são animais gregários, meras formigas trabalhadeiras a serviço da rainha que ocupa o poder.



Não disse que o socialismo é a salvação da lavoura, mesmo porque não acredito que tenha existido uma experiência realmente socialista, existiram e existem caminhos com erros e acertos em busca do socialismo.
Ainda bem que Kelly não disse que o socialismo é salvação da lavoura, não é mesmo? Porque aí sim estaria caindo na maior falácia que existe. A socialista Cuba que o diga: não tem lavoura praticamente alguma. Aliás, nem papel higiênico - pelo menos, para a população, que tem que usar o Granma, o principal jornaleco socialista daquele país, que não deixa o povo "alienado", como disse Kelly, e conta as verdades que interessam à manutenção do statu quo de Fidel Castro.

Mas, ah!, eis a que vem, finalmente, a Kelly: como todos os esquerdistas mais modernos, nega a Verdade, corroborada por fatos! Nunca houve uma "experiência realmente socialista"!

Lembram-se que, no início deste post, eu falei sobre lógica? Pois é! Kelly esqueceu-se de usá-la. Aliás, este é um dos males dos esquerdistas: falta de lógica.

Kelly - como todos os outros esquerdistas - esquece-se de que só podemos comparar a realidade com a realidade. As "experiências socialistas" foram reais, de acordo com o que os "mestres" socialistas Marx/Engels, Lenin, Stalin propugnaram e implementaram. E TODOS os outros teóricos socialistas, de uma forma ou de outra, corroboraram estas experiências.

Fosse para buscar os utópicos caminhos do socialismo perfeito que a Kelly imagina ser o verdadeiro - e sempre que conversei com esquerdistas notei que cada indivíduo o imagina de uma forma diferente dos outros, em maior ou menor grau -, buscaríamos os utópicos caminhos do "capitalismo" perfeito, com grandes ganhos para todos numa sociedade.


Conclusão
Kelly esquece - ou não leu, na verdade - o que eu citei no primeiro post em que lhe respondi: não somos animais gregários. Somos indivíduos, com pensamentos, anseios, atitudes, desejos diferentes. Somos bons, somos ruins. Somos diferentes. E cada pessoa deve lidar com todos os fatos de sua vida, porque ali os colocou e a ela cabe decidir o que com eles fazer, pois são fruto de suas escolhas.


Veja abaixo, o que as "experiências socialistas" causaram em termos de mortes até hoje.


Eu escolho não ser apenas mais um numa manada e combater o socialismo, antes que ele parteje o comunismo por aqui. E o que você escolhe, Kelly?