segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mensalão de Arruda ou do DEM?

O desastre protagonizado por José Roberto Arruda faz aflorar o enorme preconceito que parte importante da imprensa tem contra o DEM — considerado “de direita”. É preciso ser muito energúmeno para afirmar que o Democratas é direitista. Mas os energúmenos estão à solta… Por que escrevo isso? Porque já se chama o esquema de falcatruas do Distrito Federal de “mensalão do DEM”. Calma lá!


Quem exerce hoje no DEM a função que José Genoino exercia no PT quando estourou o mensalão petista? É o deputado Rodrigo Maia (RJ). Ele está metido na lambança do DF como Genoino estava na do PT? Não que se saiba. Quem seria o articulador político do DEM, fazendo, na legenda, o trabalho — refiro-me ao trabalho legal — que José Dirceu fazia no PT? Eu diria que é Jorge Bornhausen. Ele está metido na lambança do DF como Dirceu estava na do PT? Não que se saiba. Quem é o líder do DEM na Câmara, como João Paulo Cunha liderava o PT? É Ronaldo Caiado (GO). Ele está metido na lambança do DF, como Cunha estava na do PT? Não que se saiba.


O mensalão petista foi justamente classificado de “petista” porque a cúpula dirigente estava comprometida com ele. Não é o caso, até onde se sabe, das lambanças de Arruda. Enquanto não surgir uma evidência ao menos de que direção do partido tivesse ciência do esquema ou fosse sua beneficiária, chamar a coisa de “Mensalão do DEM” ou é manifestação do tal preconceito ou é prestação de serviços ao petismo.


E se Arruda for expulso do partido? Será, ainda assim, “mensalão do DEM” ??? No caso petista, não custa notar, os “Arrudas” estão de volta. E ocupam de novo a cúpula do partido.


por Reinaldo Azevedo

De Volta a Honduras

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) é membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e um dos mais de 300 observadores estrangeiros que acompanharam a eleição em Honduras neste domingo - o único brasileiro. Abaixo, ele conta o que viu e ouviu em Honduras quando esteve lá em setembro e agora. Os grifos são meus.



Estive em Honduras no fim de setembro chefiando uma missão parlamentar da Câmara dos Deputados. Naquela oportunidade, encontrei-me com toda a cúpula política do país - Corte Superior de Justiça, presidente, mesa diretora e líderes da Assembléia Nacional, Comissão Nacional de Direitos Humanos, presidente da República e presidente deposto, além de diplomatas, sociedade civil e jornalistas. Agora, estou de volta à capital hondurenha, Tegucigalpa, como observador internacional do processo eleitoral, o único do Brasil.

Acho que aprendi algo sobre o que se passou e se passa aqui e me chama atenção a repetição, como um mantra, de erros grosseiros, factuais ou de interpretação, sobre a crise em que foi mergulhado esse país. Resolvi então selecionar os dez mais comuns e contestá-los no intuito de desfazer equívocos e informar corretamente.

01. EM HONDURAS OCORREU UM GOLPE
Se, por um golpe, tomamos algo que se dá contra a Constituição de um país ou à margem dela, certamente não. A deposição do Presidente Zelaya e a posse do presidente Roberto Micheletti se dão de acordo com a Carta hondurenha. Todas as instâncias legais foram observadas, e todas as instituições - Corte Suprema, Procuradoria Geral, Advocacia da União e Congresso - se manifestaram como manda o rito constitucional. E, em todas elas, o sr. Zelaya foi condenado jurídica e politicamente.

02. MICHELETTI É UM PRESIDENTE DE FACTO E GOLPISTA
O Sr. Micheletti é o presidente constitucional de Honduras e não de fato ou interino. Ele chegou à Presidência por comando claro da Constituição, dado que era o sucessor legal e que o vice se afastara para concorrer às eleições. Ele deverá passar o cargo ao seu sucessor no prazo previsto, 27 de janeiro de 2010. Golpista nenhum torna-se presidente e deixa de sê-lo de acordo com o que manda a Constituição.

03. O PRESIDENTE ZELAYA NÃO TEVE DIREITO DE DEFESA
Sigamos a cronologia dos fatos. Em fevereiro de 2009, o Sr. Zelaya torna pública a sua intenção de realizar um plebiscito, o que feria a letra da Constituição. Em abril, a Fiscalia de la Republica (Procuradoria Geral) lhe manda uma primeira carta alertando-o para a flagrante inconstitucionalidade de tal ato. Zelaya desdenha. Ainda em abril, uma segunda carta pública lhe é enviada pela Fiscalia com o mesmo resultado, pois o presidente, também publicamente, reitera suas intenções. Então, a Fiscalia oficia, em maio, para que se pronuncie o Advogado Geral do Estado, e este o faz reforçando a tese da inconstitucionalidade. Nesse momento, a Fiscalia requer à Justiça de primeira instância que instaure processo, do qual resulta a condenação de Zelaya, que recorre ao Tribunal de Apelação, que igualmente o condena, com novo recurso à Corte Superior de Justiça - com o mesmo resultado dos anteriores. É então que, no dia 23 de março, o presidente Zelaya publica um decreto convocando uma Constituinte, o que colide frontalmente com um outro artigo da Carta.

Entra em cena o Congresso Nacional, que usando de suas prerrogativas, julga a conduta do presidente e, por 123 votos a 5, inclusa a maioria do seu partido, decide afastar o presidente Zelaya. Duplamente julgado e condenado, tendo tido amplo direito de defesa, ele é afastado, tem os seus direitos políticos cassados e sua prisão decretada pelo presidente da Corte Superior de Justiça no dia 28 de junho. Onde, portanto a ausência de contraditório e o amplo direito de defesa?

04. ZELAYA É UM HOMEM DE ESQUERDA E POPULAR
Nada, na biografia e trajetória do presidente deposto, autoriza essa constatação. Filho de um rico fazendeiro (envolvido em uma chacina de camponeses), eleito pelo Partido Liberal, de direita, privatista e antiestatista, o Sr. Zelaya se elegeu com um programa pró-mercado e de reformas. No poder, cai nas graças de Hugo Chávez, ingressa na ALBA, a Alternativa Bolivariana Para as Américas , assumindo posturas e projetos populistas e assistencialistas. Por essa “conversão”(?!), torna-se um ídolo para uma certa esquerda de pouco tino e senso histórico.

05. ZELAYA NÃO VOLTOU AO PODER POR CONTA DA DITADURA GOLPISTA
Nada mais falso. Em primeiro lugar, todas as instituições hondurenhas estão abertas e funcionando normalmente, o que, convenhamos, é esquisitíssimo em se tratando de um golpe de Estado. Em segundo, contando com o esmagador apoio de toda a comunidade internacional, da OEA e a ONU, e se dizendo popular e com o apoio dos hondurenhos, por que “Mel” não retorna ao poder? Por dois motivos: a totalidade das instituições de Honduras está definitivamente contra ele, e a maioria do seu povo, também. Tivesse esse último a seu favor, manifestações de massa - inexistentes - e uma greve geral, mais o apoio externo, teriam derrubado o atual governo.

06. O RESULTADO DAS ELEIÇÕES NÃO SERÁ ACEITO DEVIDO À DITADURA
As atuais eleições foram convocadas e datadas antes da atual crise. Todos os partidos puderam apresentar candidatos e debater seus programas nas praças, rádios e TVs. Os hondurenhos podem votar livremente, e o Tribunal Superior Eleitoral, órgão independente, supervisiona e fiscaliza o pleito.

Apenas 0.5% dos mais de 15 mil candidatos inscritos atenderam ao apelo do Sr. Zelaya para boicotarem as eleições, e o principal partido de esquerda, a UD, está na disputa, rachando e minguando a base de apoio do ex-presidente deposto. Se o povo hondurenho acorrer às urnas e se o pleito for limpo, segundo os mais de 300 observadores internacionais, as eleições e seu resultado serão legítimos.

07. O RESULTADO DAS ELEIÇÕES NÃO SERÁ RECONHECIDO NO EXTERIOR
Será por uns e por outros. Do lado do reconhecimento, estarão os EUA, Colômbia, Israel, Peru, Panamá, Canadá, Alemanha e Itália até o momento. Contra, teremos o Brasil, a Argentina, Venezuela, Equador, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia, Suriname e, certamente, os demais países da comunidade européia. Porém, com o passar do tempo, caso as eleições sejam limpas, o primeiro grupo irá paulatinamente crescer, e o segundo, minguar. Lembrando que aqui o voto não é obrigatório e a abstenção é costumeiramente altíssima, atingindo mais de 50%.

08. O GOLPE EM HONDURAS AMEAÇA A DEMOCRACIA NA AMÉRICA DO SUL
Como espero haver demonstrado, não houve golpe em Honduras. Houve, sim, e isso não pode ser esquecido ou tolerado, uma abominável agressão ao Sr. Zelaya. Quando ele já não era mais presidente, foi retirado de sua casa de madrugada e enviado para fora do país. Os responsáveis por isso têm de ser exemplarmente punidos, na forma da lei, para que tal crime jamais se repita, em Honduras ou qualquer lugar.

Agora, o que ameaça a cláusula democrática no subcontinente é o meio compromisso com a democracia. Se o Sr. Zelaya foi apeado do poder segundo as regras constitucionais do país, e foi sucedido em linha com as mesmas regras pelo Sr. Micheletti, chamar a isso de golpe de Estado é atentar contra a democracia. E isso vale, em especial, para uma certa esquerda, para a qual, sendo o atual governo de direita, ele é inaceitável, como se a esta não fosse permitido chegar ao poder, no que incorre em duplo erro.

Em primeiro lugar, porque foi a Constituição, que colocou a “direita” na presidência. Em segundo, é o Sr. Manuel Zelaya o golpista de fato, ao atentar contra a Carta Constitucional e as instituições hondurenhas. Portanto, é ele quem ameaça a democracia na America do Sul, e não o contrário.

09. LULA ERROU AO RECEBER ZELAYA NA EMBAIXADA BRASILEIRA
Não, ele agiu certo. É tradição humanitária do Brasil receber em nossas embaixadas quem nos procura em situação de risco. O erro foi dar status de “abrigado” ao Sr. Zelaya quando o correto, jurídica e diplomaticamente, seria lhe conceder asilo. Ao lhe dar abrigo e não asilo, o ex-presidente pôde legalmente usar a embaixada brasileira como palanque político, interferindo na política hondurenha, o que constitui gravíssimo erro e desrespeito à soberania hondurenha.
Imaginem se, ao ser deposto, o presidente Collor se abrigasse numa embaixada de um país qualquer e de lá convocasse uma insurreição contra o governo de Itamar Franco. Como nos sentiríamos?

10. A POSIÇÃO DO BRASIL FOI CORRETA DIANTE DA CRISE
Antes de mais nada, a América Central, e Honduras em particular, jamais foi importante ou área de influência do Brasil, donde resulta em erro o calibre e engajamento da resposta. Em duzentos anos de relações diplomáticas, um único presidente nosso esteve lá, Luis Inácio Lula da Silva. Nossas relações comerciais são irrisórias, e a região tem com os EUA 70% da sua pauta comercial. Sendo que Honduras fecha as suas contas nacionais com remessas que lhe são enviadas dos Estados Unidos pelos que para lá imigraram.

Ao ver golpe aonde houve desrespeito aos direitos humanos e, em seguida, ao defender o retorno do Sr. Zelaya ao poder, erramos de novo. Por fim, ao dar a este a condição de abrigado e não de asilado, permitimos o uso da nossa embaixada como palanque. Com essa seqüencia de equívocos, perdemos a condição de mediadores, deixando de ser uma fonte de soluções para nos tornarmos parte do problema.

Caso as eleições de hoje sejam limpas e o Brasil teime em não reconhecê-las, erraremos de novo e em definitivo.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Envolvidos no Mensalão Voltam à Cena no PT

Em tom de conciliação, a ministra Dilma Rousseff disse ontem que é "normal" a volta de antigos dirigentes do PT envolvidos no caso do mensalão ao comando do partido. Após votar na eleição interna da legenda, ela observou que até o momento não há uma conclusão dos julgamentos no Supremo Tribunal Federal. "Acho normal que essas pessoas exerçam seus direitos políticos", afirmou. Ontem, petistas de todo o País escolheram um candidato a presidente e uma chapa para a direção partidária. O resultado sairá dentro de dois ou três dias.


Em entrevista na sede do partido, em Brasília, a candidata petista à sucessão de Lula avaliou que o PT está agindo corretamente ao aceitar a presença dos citados na crise que derrubou a cúpula do partido e o então ministro da Casa Civil, José Dirceu. Sobre a possibilidade de a oposição aproveitar o retorno dos citados nas denúncias ao comando do partido, ela disse que não se pode cassar direitos que não foram cassados.


Empenhada em buscar adesões para sua campanha à Presidência, Dilma chegou a defender a posição dos partidos aliados no processo de escolha de candidatos aos governos estaduais. Questionada se os interesses regionais deveriam ser sacrificados por um projeto nacional, ela respondeu: "Sempre acho que a gente não pode ser fundamentalista. Tem essa ótica nacional que se sobrepõe, mas há que se levar em conta as realidades locais, porque os interesses locais são legítimos".


Mais comedida que Lula, a ministra observou que o PT ainda não lançou sua candidatura. Ela disse que a partir do congresso nacional do partido, em fevereiro, haverá maior definição das linhas de campanha e das alianças. Mas antes disso poderá definir quando deixará o governo para ajudar na campanha presidencial do partido.


Em São Paulo, o ex-ministro José Dirceu negou a existência do esquema de compra de votos de parlamentares e descreveu o episódio como "caixa 2" para financiar campanhas eleitorais. Quatro anos depois da maior crise política do governo Lula, Dirceu rechaçou a tese de que seu provável retorno à direção petista signifique que o partido tenha enterrado o assunto. Mas reclamou da diferença no tratamento dado ao senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), também acusado de usar recursos não contabilizados ao disputar o governo Minas, em 1998.


Ontem, Dirceu e outros petistas se esforçaram para negar que a sigla tenha esquecido o mensalão. Mas o clima era o de que o episódio ficou no passado.


"O PT deve ser o primeiro a querer esclarecer o que foi que aconteceu de caixa 2, não de mensalão. Fomos acusados de corrupção e de formação de quadrilha. Mas o senador Eduardo Azeredo não é acusado de corrupção nem de formação de quadrilha. Então, ganhou um caráter político a questão que acabou levando o nome de mensalão", afirmou Dirceu.


Pela primeira vez desde 2005, ele integra a chapa da corrente antes conhecida como o Campo Majoritário do PT, hoje chamada Construindo um Novo Brasil. O grupo lançou como candidato à presidência do PT o ex-senador José Eduardo Dutra (SE). Se vencer, como é esperado, Dirceu tende a recuperar assento no Diretório Nacional petista. Meses atrás, ele disse que não aceitaria entrar na chapa, mas voltou atrás após o que descreveu como "um apelo unânime" de seu grupo.


Concorrem também à presidência da legenda os deputados José Eduardo Martins Cardozo (Mensagem ao Partido), Geraldo Magela (Movimento PT) e Iriny Lopes (Articulação de Esquerda) e os militantes Markus Sokol (O Trabalho) e Serge Goulart (Esquerda Marxista).




O PT está hoje muito maior, muito mais consolidado, mais calejado, muito mais senhor da situação. Não existe na história da humanidade, na história política do mundo, um partido que estando no poder não tenha cometido erros. Isso aconteceu no mundo inteiro e aconteceu no PT. O que nós precisamos é ter clareza que os erros cometidos devem servir de ensinamentos para que a gente não erre outra vez.”


A fala acima, vocês certamente não tiveram de recorrer à adivinhação, é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele a pronunciou ontem, quando foi votar no processo eleitoral interno que escolhe a nova direção do partido. José Eduardo Dutra, ex-senador e ex-presidente da Petrobras, será eleito. A questão é saber se ganha no primeiro turno, o mais provável, ou disputa o segundo com o atual secretário-geral, José Eduardo Cardozo, ligado ao ministro da Justiça, Tarso Genro. Com Dutra (e também seria assim com Cardozo), voltarão ao comando do partido José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha, todos réus, entre outros, no processo do mensalão.


A fala de Lula é essencialmente indecorosa e dá conta do laxismo moral que vigora no partido. Não se trata, como é notório, de avaliar ações impróprias de indivíduos na esfera privada — embora estas tenham, sim, importância se colidirem com o discurso público do político; já escrevi muito sobre isso; não faltarão boas chances para fazê-lo de novo em futuro próximo. Estamos falando, nesse caso, de atos cometidos por políticos envolvendo dinheiro público, instituições públicas, políticas públicas. Lula, “o filho do Brasil”, realmente pariu um modo nefasto de fazer política: as ações bem-sucedidas de seu governo — ou simplesmente o cumprimento de obrigações, já que está lá para aplicar o dinheiro que o estado toma da sociedade — ganham logo o ar de ineditismo: “Nunca antes na história destepaiz…”


Quando seu governo acerta, nunca se viu nada igual, e os que vieram antes dele só fizeram bobagens e prejudicaram o Brasil. Quando se está diante do erro, da vigarice, da mais descarada sem-vergonhice, bem, então aí “JÁ SE VIU ISSO ANTES NESTEPAIZ”. Não só “nestepaiz”. Também “estemundo” assistiu a coisas semelhantes. Para Lula, no que acerta, o PT é único; no que erra, nada mais faz do que repetir procedimentos alheios.


Ora, não é nenhuma surpresa o fato de que a verdade está no exato contrário. O que há de bom no governo Lula não é novo, e o que ele fez de realmente novo não é bom. E estou me lixando se os 80% que o aprovam sabem ou não disso. Não sou político. Não preciso poupar Lula para não perder voto. Eu até diria que é o inverso: quanto mais os seus entusiastas discordarem do que escrevo, mais sinto que devo escrever para que essa discordância se aclare. É assim que me sinto testando o limite deles, bem pequeno, de tolerância com a crítica.


Como sabem todos os que se dedicam a um exame objetivo da situação política e econômica do Brasil, o maior acerto de Lula está na continuidade, e sua grande sorte, como notou a revista The Economist no especial sobre o Brasil, foi suceder FHC, que arrumou a economia com o Plano Real e estabeleceu o tripé da estabilidade: disciplina fiscal, política de metas de inflação e câmbio flutuante. Não há aqui questão de gosto, mas de fato. Mesmo os programas sociais são a ampliação de políticas herdadas do antecessor — se expandi-las brutalmente, como se fez, foi um acerto dará um bom debate um dia. O “nunca antes nestepaiz” de Lula é, com efeito, um “déjà-vu” robustecido pela máquina de propaganda.


Mas o petismo, com efeito, também se realizou o famoso “nunca antes na história destepaiz”. O mensalão, com efeito, foi coisa inédita. A conversa mole de que se trata de uma reutilização do chamado “valerioduto mineiro” é conversa de mentirosos, de vigaristas. Não que o tal esquema que vigorou em Minas tenha sido algo honrado, que doure a política com brocados morais. Foi uma sem-vergonhice também. Mas foi outra sem-vergonhice: ali, com efeito, se deu o que Delúbio Soares, num rasgo poético, classificou de “recursos não-contabilizados de campanha” — ou seja: caixa dois. O mensalão petista, sem deixar de ser também isso, foi muito mais do que isso como testemunharam muitos de seus participantes — e o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que botou a boca no trombone, é sua testemunha mais eloqüente. O esquema montado partiu para a compra de partidos de porteira fechada; o esquema buscava influenciar votações no Congresso. Se tivesse prosperado, avançado, isso significaria que as leis no Brasil seriam definidas num fórum paralelo, clandestino.


Uma ova!!! Nunca antes na história destepaiz e destemundo se viu algo parecido. Talvez a antiga máfia italiana. Essa inovação criminosa é tipicamente petista, e, agora, os seus protagonistas estão de volta, abençoados pela atual cúpula partidária e, de fato, pela única instância decisória do PT: Lula. TENHO DE OBSERVAR AQUI QUE JAMAIS ACREDITEI QUE ELE PRÓPRIO NÃO SOUBESSE DO ESQUEMA; SÓ SE FOSSE IDIOTA, E EU JÁ ESCREVI QUE O CONSIDERO NOTAVELMENTE INTELIGENTE.


Diz o presidente que partidos que estão no poder cometem erros no mundo inteiro. Eu diria que os cometem até fora dele. Mas, nas democracias exemplares, os que erram, quando flagrados, são punidos. O exemplo mais saliente é Helmut Kohl, o ex-chanceler alemão que comandou o complicadíssimo processo de reunificação das duas Alemanhas. Admitiu que seu partido recebeu uma doação irregular de campanha de US$ 1 milhão —uma ninharia para padrões brasileiros. Sua carreira política morreu ali.


E no Brasil de Lula, aquele que fala lá no alto? Em 2002, o publicitário Duda Mendonça fez cinco campanhas para o PT, incluindo a de Lula. Cobrou, ao todo, R$ 25 milhões. Pois o partido depositou em uma conta secreta de Duda, nos EUA, a bagatela correspondente a R$ 10,5 milhões. Depósito feito em dólares em nome de uma empresa de fachada chamada Düsseldorf. Vejam que amador era o pobre, punido e esquecido Helmut Kohl, o homem que venceu o muro. Profissional é o PT! E Duda se explicou na CPI: “O dinheiro era claramente de caixa dois. Nós sabíamos, mas não tínhamos outra opção. Queríamos receber”.


Então Lula não venha com a história de que o seu partido fez o que qualquer partido no mundo faz. Como já se escreveu aqui — e o trecho foi parar em Máximas de Um País Mínimo, meu novo livro, que está estourando por aí —, “há, vocês sabem, muitas diferenças entre o que se chama ‘Primeiro Mundo’ e o tal ‘Terceiro Mundo’. Entre as mais evidentes, está o que eles fazem com os seus bandidos e o que nós fazermos com os nossos. Eles põem os deles na cadeia; nós pomos os nossos no poder.


PS - Claro, vocês não pode esquecer: Dilma também se regozijou com a volta desses companheiros. Se for eleita presidente, esses moralistas do mensalão certamente estarão dividindo com ela a difícil tarefa de governar… José Dirceu já é um dos manda-chuvas da campanha.


por Reinaldo Azevedo

Refúgio de Bandidos

O nosso STF, a um formidável custo de dinheiro e de recursos intelectuais, levou meses estudando o caso Battisti. Por fim, depois de horas a fio esfregando flanela no próprio saber e ostentando seu lustro jurídico, os membros da corte deliberaram que sua decisão valia tanto quanto a opinião do senhor que abastecia de água o copo do ministro Gilmar Mendes.

A esquerda vibrou! Após anos de empenho para retornarmos ao Estado Democrático de Direito, a esquerda vem mostrando o quanto o despreza. Ao expressar seus apoios, deixa evidente que, para ela, coisas como devido processo e cumprimento das leis são papo de burguês. Bom mesmo é meter o pé na porta e puxar o gatilho. Não exagero, não. Ela está para o caso Battisti, para as FARC, para o MST, para o terrorismo islâmico, para o chavismo, etc., assim como a torcida do Flamengo está para o Flamengo.

Há um poderoso lobby de apoio às ações criminosas desenvolvidas por tais grupos. Cresce, no Brasil, a indulgência de setores da mídia, das instituições de Estado. Esse abraço protetor procede, também, de boa parte do mundo acadêmico, dos cursos de doutorado, da Igreja e do universo da cultura. Azar, leitor, se um grupo invadir propriedade sua, destruir seus bens e o submeter a cárcere privado. Azar seu! Mas se houver intervenção judicial ou policial, imediatamente se erguerão vozes para denunciar a tal “criminalização dos movimentos sociais”. De modo ardiloso, invertem os critérios de juízo e a função das instituições. Transformam os réus em vítimas e as vítimas em réus.

Eu pensei que essa esperteza fosse criação da malandragem brasileira. Não é. Procurei no Google as palavras “criminalization of social movements”, e encontrei, para espanto meu, mais de 200 mil referências. Em português a coisa saltou para 1,2 milhão. E, em espanhol, passou de dois milhões! Creio que isso basta para evidenciar a força de convencimento que se associa à persistente reiteração de chavões. Ou, dizendo melhor, às estratégias de mistificação para dissuasão.

Descobri que no Paraguai, na Colômbia e no Peru é a mesma coisa. Mas nosso país vai além. Está se transformando em valhacouto da bandidagem nacional e internacional. Aqui as FARC têm “embaixador”. Aqui se concede refúgio a qualquer delinqüente que exiba no currículo a integração a alguma organização criminosa esquerdista travestida de “social”.

Quando as forças colombianas bombardearam, em território equatoriano, um reduto das FARC, acabaram apreendendo o famoso notebook de Raúl Reyes. Foi um corre-corre mundial porque havia de tudo ali, informações sobre tráfico, remessas de dinheiro venezuelano, afetuosas mensagens de Reyes para o presidente do Equador, e por aí vai. Entre essas peças, um email do paraguaio Partido Patria Libre celebrando a acolhida proporcionada pelo nosso governo aos companheiros Juan Arrom, Anuncio Martí e Victor Colman.

Quem são eles? Os três pertenciam ao Partido Patria Libre (PPL). Esse grupo, depois de promover vários crimes no Paraguai, deu origem a outro gentil movimento, o Exercito Popular Paraguaio (EPP). Como estavam querendo criminalizá-los por coisas triviais como assalto a banco e sequestro uns fugiram para a Argentina, que lhes deu um pé no traseiro, e outros para o Brasil, que os acolheu de braços abertos. Aqui, só devolvemos, mesmo, perigosos atletas cubanos.

por Percival Puggina, no Zero Hora, em 22/11/2009

Até Onde Vai o "Racismo"...

Um leitor deste blog, de origem nipônica, enviou um comentário assaz interessante a respeito do preconceito que sofre em nosso país.

Depois, inclusive, fez outro comentário em que dizia: "Autorizo o proprietário desse blog, a resumir, acrescentar, ou modificar o comentário anterio, conforme o necessário". Mas o necessário é todo o comentário. É o que ele passa num país que, dominado pelas esquerdas, vem olhando somente para a população dita "negra" - e que exclui propositadamente os mestiços, judeus, asiáticos, etc. - que diz sofrer com a discriminação por causa da cor da pele.

Vejam abaixo. Comento depois.

Sempre ouvimos falar de racismo, preconceito e discriminação, envolvendo pessoas de decendência africana. Poucas pessoas percebem que há uma outra raça no Brasil, que também sofre muito preconceito.

Se você prestar atenção, vai ver que não aparece nas novelas, nem nas propagandas nenhum decendente de japonês exercendo algum papel principal, e quando aparece, costuma fazer o papel daqueles japoneses que não sabem falar português. A televisão, costuma mostrar um japonês bobo e inferior sexualmente. Nem as piadas, nem os comentários maldosos sobre o tamanho de nosso pênis sofrem algum tipo de censura. Isso reflete de forma negativa, pois já virou cultura brasileira, ridicularizar o japonês. Existem até blogs que fazem comentários extremamente racistas, e não sofrem nenhum tipo de censura. Veja no blog
http://cammilaeabusca.blogspot.com/2009/05/ao-gosto-do-cliente.html até onde vai a discriminação contra o japonês:

"Tem varios japoneses aqui em minas gerais, eles são todos feios, burros, despresiveis!Japones é uma raça filho da P! deviam desaparecer da face da terra! Vamos torcer pra gripe suina dizimar essa racinha asía atica.-16 de Agosto de 2009 12:23"


E todo mundo fala do preconceito que existe contra o negro, até criaram uma cota para negros na universidade, alegando que eles competem no mercado de trabalho e nos estudos, de forma desigual.

Eu acho que também sofremos desigualdades, pois ao sermos discriminados sexualmente, nossa estima fica muito baixa e isso atrapalha em nossos estudos e também em nossa carreira profissional. Além disso, cria traumas, revolta e acaba com nossa confiança.

Não tenho culpa nenhuma de ter nascido com o pênis pequeno, mas isso acaba com minha estima, pois não tenho condições de atrair sexualmente uma mulher, e isso é um fato que me deixa muito triste. Além de passar por tudo isso, ainda tenho que ouvir as pessoas tirando sarro e me humilhando todos os dias, e não tenho como protestar contra isso sem ser mais ridicularizado e humilhado mais ainda.

Engraçado, pois o brasileiro, não acha normal tirar sarro de um problema alheio, como de um aleijado por exemplo, ou de um cego, mas acha super normal tirar sarro de uma pessoa que já está com a auto estima muito feridaa, e que já não tem mais nenhum motivo para viver.


O "politicamente correto" hoje em dia, é, realmente, tratar do problema dos descendentes de negros, desde que eles se assumam sua "negritude" e digam sofrer discriminação.

Já mostrei aqui o problema que isto envolve: uma mestiça que ganhara uma bolsa através do sistema de cotas para negros perdera-a por não se dizer "discriminada racialmente".

O preconceito existe, sim, no país. E não somente contra negros. Assim como nosso leitor acima, o gaúcho também é discriminado: nosso preconceituoso presiMente Lula, certa vez, em uma entrevista, quando perguntado sobre o que ele achava das exportações de Pelotas disse que aquela cidade era “pólo exportador de viado” e riu.

Mas a tratativa das esquerdas em relação ao negro se deve ao fato de que houve, no passado do país, uma relação entre senhores de engenho, brancos, e escravos, negros.

É óbvio que estes senhores esquerdistas não citam o fato de que os próprios negros africanos escravizavam e comerciavam os membros de tribos vencidas em conflitos: os próprios negros eram preconceituosos com relação àqueles que não tinham suas características físicas (bantos, ashantis, iorubás são essenciamente diferentes).

Mas para suas tendências totalitárias, é necessário que haja a cisão da sociedade, facilitando seus planos de dominação e implantação do "socialismo" - o primeiro passo, já dizia Marx, para o comunismo. Este é o método gramsciano de dominação, baseado num dos corolários do decálogo de Lenin.

É óbvio que todos querem um tratamento melhor numa sociedade tão díspar como a nossa; porém, o único modo de conseguirmos superar tais diferenças é a educação e o civismo: o apredizado de que não somente temos direitos, como temos visto dia-a-dia em todos os lugares - com as esquerdas encabeçando o pedido de mais direitos a esmo para tudo e todos -, mas também que temos DEVERES para com a Pátria, para com outrém, para conosco mesmos.

Sem este aprendizado, a verdadeira moral e a verdadeira ética vão-se escoando pelo esgoto fétido do esquerdismo "social", que somente implanta mais e mais diferenciações entre a população, a fim de dominá-la.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pura Coincidência!

Os setores onde temos mais controle e intervenção do governo: estradas, segurança pública, saúde pública, energia, educação pública, proteção da Amazônia, garantia do "império da lei", etc.

"Por acaso", são justamente os setores que apresentam mais problemas; a insatisfação é garantida! Tudo isso custa muito caro, e costuma ser uma PORCARIA.

Por outro lado, o jornal chega bem cedo na porta de sua casa depois de comentar as notícias mais recentes, o mercado tem incrível variedade de produtos para todos os bolsos e gostos, o avanço tecnológico torna obsoleto o produto que ontem parecia moderno, a segurança do shopping center costuma realmente afastar bandidos, as vias sob gestão privada quase não têm buracos, os laboratórios apresentam remédios novos para todo tipo de doença, etc.

Mas claro, isso tudo é "pura coincidência". Não tem nada a ver com a forma intrínseca de ser do governo. E, naturalmente, a solução para os problemas existentes... é MAIS governo!!!

Seria cômico, não fosse trágico.

por Rodrigo Constantino

Pedido de Desculpas

Uma organização de direitos humanos na Nigéria pediu aos líderes tradicionais africanos que peçam desculpas pelo papel que desempenharam no comércio de escravos.

O Congresso dos Direitos Civis diz ser altura de os líderes africanos copiarem os EUA e a Grã-Bretanha que já lamentaram o sucedido.

Numa carta endereçada a líderes tradicionais, o Congresso dos Direitos Civis disse que estes não podiam continuar a culpar os homens brancos quando os seus próprios ancestrais haviam ajudado a capturar e a raptar comunidades indefesas, vendendo-as depois aos americanos e aos europeus.

Detetive de Comédia Italiana

“Não sei de nada”, fantasiou Lula quando o escândalo do mensalão explodiu. Sabia desde a conversa com o governador goiano Marcone Perillo, que lhe transmitiu em primeira mão a notícia endossada dias depois pelo deputado Roberto Jefferson.


“Fui traído”, desconversou mais tarde. Quem se queixa publicamente de alguma traição sem identificar os traidores ou gostou de ser traído ou tem culpa no cartório.


“O PT fez o que todos fazem”, disse em seguida o metalúrgico enviado pela Divina Providência para salvar o Brasil dos partidos que fazem o que fez o PT como nunca antes neste país qualquer partido conseguira fazer.


Neste domingo, quem assistir ao programa É Notícia, da RedeTV, será apresentado à versão mais recente da metamorfose delirante: ”O mensalão foi uma tentativa de golpe no governo. Foi a maior armação já feita contra o governo”. Isso mesmo. Está gravado.


“Na época não falei que era golpe, mas tinha consciência do que tinha acontecido”, explica Lula. Ele prefere esperar o fim do governo para desvendar o caso por inteiro. “Depois que eu deixar a Presidência, vou querer me inteirar um pouco mais disso. Como presidente, não vou ficar futucando”. Só futucou o suficiente para descobrir que, por trás de tudo, estão os suspeitos de sempre. ” Marcos Valério não vem do PT, vem de outras campanhas”, insinua o detetive de comédia italiana.


Delúbio Soares, tesoureiro do PT e gerente do mensalão, afirmou que, em pouco tempo, o caso iria virar piada de salão. Lula está tentando provar que o amigo a quem se referia como “o nosso Delúbio” tinha razão.


por Augusto Nunes

Alguns Fatos Incômodos

Em novembro de 1984, por não enxergar diferenças entre Paulo Maluf e Tancredo Neves, o Partido dos Trabalhadores optou pela abstenção no Colégio Eleitoral que escolheria o primeiro presidente civil depois do ciclo dos generais. Em janeiro de 1985, por entenderem que não se tratava de um confronto entre iguais, três parlamentares do PT ─ Airton Soares, José Eudes e Bete Mendes ─ votaram em Tancredo. Foram expulsos pela direção.


Em 1988, num discurso em Aracaju, o deputado federal Luiz Inácio Lula da Silva qualificou o presidente José Sarney de “o grande ladrão da Nova República”. No mesmo ano, a bancada do PT na Constituinte rejeitou o texto da nova Constituição.


Em 1989, derrotados no primeiro turno da eleição presidencial, Ulysses Guimarães, candidato do PMDB, e Mário Covas, do PSDB, declararam que ficariam ao lado de Lula na batalha final contra Fernando Collor. Imediatamente recusado, o apoio acabou aceito por insistência dos parceiros repudiados. Num comício em frente do estádio do Pacaembu, Ulysses e Covas apareceram no palanque ao lado do candidato do PT. Foram vaiados pela plateia companheira.


Em 1993, a ex-prefeita Luiza Erundina, uma das fundadoras do partido, aceitou o convite do presidente Itamar Franco para assumir o comando de um ministério. Foi expulsa. Em 1994, ainda no governo de Itamar Franco, os parlamentares do PT lutaram com ferocidade para impedir a aprovação do Plano Real. No mesmo ano, transformaram a revogação da providencial mudança de rota na economia numa das bandeiras da campanha presidencial.


Entre o começo de janeiro de 1995 e o fim de dezembro de 2002, a bancada do PT votou contra todos os projetos, medidas e ideias encaminhados ao Legislativo pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Todos, sem exceção. Uma das propostas mais intensamente combatidas foi a que instituiu a Lei de Responsabilidade Fiscal.


Em janeiro de 1999, mal iniciado o segundo mandato de Fernando Henrique, o deputado Tarso Genro, em nome do PT, propôs a deposição do presidente reeleito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. O lançamento da campanha com o mote “Fora FHC!” foi justificado por acusações, desacompanhadas de provas, que Tarso enfeixou num artigo publicado pela Folha de S. Paulo. Trecho: Hoje, acrescento que o presidente está pessoalmente responsabilizado por amparar um grupo fora da lei, que controla as finanças do Estado e subordina o trabalho e o capital do país ao enriquecimento ilegítimo de uns poucos. Alguns bancos lucraram em janeiro (evidentemente, por ter informações privilegiadas) US$ 1,3 bilhão, valor que não lucraram em todo o ano passado!


O que diriam Tarso, Lula e o resto da companheirada se tal acusação, perfeitamente aplicável ao atual chefe de governo, fosse subscrita por alguém do PSDB, do DEM ou do PPS? Coisa de traidor da pátria, inimigo da nação, gente que aposta no quanto pior, melhor, estariam berrando todos. “Tem gente que torce pra que tudo dê errado”, retomaria Lula a ladainha entoada há quase sete anos.


Faz sentido. Desde a ressurreição da democracia brasileira, a ação do PT oposicionista foi permanentemente orientada por sentimentos menores, miúdos, mesquinhos. É compreensível que os Altos Companheiros acreditem que todos os políticos são movidos pelo mesmo combustível de baixíssima qualidade.


Desfigurado pela metamorfose nauseante, o chefe de governo não teria sossego se o intratável chefe da oposição ainda existisse. Sempre ao som dos balidos aprovadores, o condutor do rebanho não vê semelhanças com velhos retratos. O caçador de gatunos hoje é padroeiro da quadrilha federal. O parlamentar que recusou a conciliação proposta por Tancredo é o presidente que se reconcilia com qualquer abjeção desfrutável. O moralizador da República presidiu e abafou o incomparável escândalo do mensalão.


Mas não admite sequer criticas formuladas sem aspereza pelo antecessor que atacava com virulência. É inveja, Lula deu de gritar agora. O espelho reflete o contrário. Nenhum homem culto prefere ser ignorante, nenhum homem educado sonha com a grosseria, gente honrada não quer conversa com delinquentes.


Lula não esquece que foi derrotado por FHC duas vezes, ambas no primeiro turno. E sabe que o vencedor nunca inveja o vencido.


por Augusto Nunes

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

De Guerrilheiro Para Guerrilheiro: Ministério da Justiça de Tarso Defende Battisti

O site do Ministério da Justiça traz o seguinte texto:

Decisão pela extradição de Battisti pode abrir precedente
Brasília, 12/11/09 - Caso o Supremo Tribunal Federal decida pela extradição do italiano Cesare Battisti a seu país de origem, o Brasil deverá receber mais pedidos de extradição de outros refugiados. Segundo informações do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), órgão presidido pelo Ministério da Justiça, representantes de diversos países, principalmente da América Latina, já sinalizaram o interesse em cassar o refúgio de seus nacionais. Atualmente vivem no Brasil 4.183 refugiados de 76 países diferentes.

Caso isso ocorra, o país descumprirá a regra prevista na convenção da ONU de 1951, ratificada pelo Brasil, que impede a extradição de refugiados, além de ser um precedente para ações similares em outros países.Atualmente os países deixam de apelar às Cortes Supremas porque a lei impede a entrega de refugiados e estabelece que os processos de extradição são arquivados quando há o reconhecimento do refúgio pelo Executivo.

Segundo o presidente do Conare, Luiz Paulo Barreto, todo sistema internacional que estrutura o refúgio baseia-se na estabilidade jurídica e na proteção dos refugiados. “É por isso que a convenção da ONU e a lei brasileira não permitem a extradição de um refugiado. Não sendo assim, ficarão sempre sujeitos a persecução ou perseguição do país de origem pelas mesmas razões que levaram o país de acolhida a protegê-lo. Seria o fim da estabilidade jurídica e social que caracterizam e sustentam o refúgio”, destaca Barreto.

O julgamento sobre a extradição de Cesare Battisti começou no dia 9 de setembro. Foi interrompido por um pedido de vista do ministro Marco Aurélio Mello e terá continuidade nesta quinta-feira (12). Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua, nos anos de 1990, por quatro homicídios ocorridos na década de 70.

O refúgio de Battisti foi concedido pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, em janeiro, em grau de recurso, por conta do “fundado temor de perseguição” de Battisti em seu País.



Bem, é como eu sempre digo: às vezes precisamos conhecer um mínimo de alguma matéria para perceber as mentiras que os esquerdistas apregoam quando começam com sua palrice.

Ora, é Verdade que "todo sistema internacional que estrutura o refúgio baseia-se na estabilidade jurídica e na proteção dos refugiados", e o Brasil, como signatário da convenção da ONU de 1951 não pode fugir ao caso.

Então, onde está a mentira? Battisti não é refugiado, porque seu asilo ou extradição ainda não foi totalmente julgado - e a lei brasileira permite que esta condição seja julgada pelo STF!

Assim, este texto que está no Ministério da Justiça - o mesmo que é capitaneado pelo ministro Falso Gênero, ex-terrorista nos anos 60 junto com Dilma, entre tantos outros que se encontram no governo do "Terra Quadrada" da Silva -, é duplamente delinqüente: de um lado, a questão do refúgio de Cesare Battisti ainda está sub judice, tornando-o, ainda, um exilado de seu país aguardando a asilo; de outro, estando a matéria de asilo nesta condição, é dever do Ministério aguardar o final deste julgamento para, então, pronunciar-se. Caso contrário, caracteriza-se, aí, uma pressão óbvia de um poder sobre outro, incorrendo, flagrantemente, em crime constitucional, uma vez que há a separação plena dos três poderes exatamente para que tais intromissões não ocorram.

E o texto é mais falso ainda justamente por recorrer a um testemunho do Conare: este órgão foi o primeiro a votar pela extradição de Battisti, tendo, então, o Sinistro Falso Gênero revogado sua decisão e concedendo refúgio ao italiano.

Como podemos ver, os militontos luláticos estão cada vez mais assanhados para dominar tudo e todos e implantar o regime cubano (e põe regime nisso! a famélica população cubana, que vive das rações mensais que Esteban lhes dá que o diga!) no Brasil.

Uma Lista Cretina!

Pô, assim não dá! A revista Forbes fez a lista das pessoas mais poderosas do mundo — POderosas, não PUdorosas! E Lula, um homem como nunca antes houve nestepaiz, neste mundo, quem sabe no sistema solar, ficou só em 33º lugar. Vejam a lista. Volto em seguida:

1. Barack Obama
2. Hu Jintao
3. Vladimir Putin
4. Ben S. Bernanke
5. Sergey Brin e Larry Page
6. Carlos Slim Helu
7. Rupert Murdoch
8. Michael T. Duke
9. Abdul Aziz Al Saud
10. William Gates III
11. Papa Bento 16
12. Silvio Berlusconi
13. Jeffery R. Immelt
14. Warren Buffett
15. Angela Merkel
16. Laurence D. Fink
17. Hillary Clinton
18. Lloyd C. Blankfein
19. Li Changchun
20. Michael Bloomberg
21. Timothy Geithner
22. Rex W. Tillerson
23. Li Ka-shing
24. Kim Jong Il
25. Jean-Claude Trichet
26. Masaaki Shirakawa
27. Sheikh Ahmed bin Zayed al Nahyan
28. Akio Toyoda
29. Gordon Brown
30. James S. Dimon
31. Bill Clinton
32. William H. Gross
33. Luiz Inácio Lula da Silva
34. Lou Jiwei
35. Yukio Hatoyama
36. Manmohan Singh
37. Osama bin Laden
38. Syed Yousaf Raza Gilani
39. Tenzin Gyatso
40. Ali Hoseini-Khamenei
41. Joaquin Guzman
42. Igor Sechin
43. Dmitry Medvedev
44. Mukesh Ambani
45. Oprah Winfrey
46. Benjamin Netanyahu
47. Dominique Strauss-Kahn
48. Zhou Xiaochuan
49. John Roberts Jr.
50. Dawood Ibrahim Kaskar
51. William Keller
52. Bernard Arnault
53. Joseph S. Blatter
54. Wadah Khanfar
55. Lakshmi Mittal
56. Nicolas Sarkozy
57. Steve Jobs
58. Fujio Mitarai
59. Ratan Tata
60. Jacques Rogge
61. Li Rongrong
62. Blairo Maggi
63. Robert B. Zoellick
64. Antonio Guterres
65. Mark John Thompson
66. Klaus Schwab
67. Hugo Chavez

Voltei
Acho esse negócio de fazer lista uma bobagem. Vejam esta que vai acima. Até eu considero Lula mais poderoso do que o anão carniceiro e atômico que governa a Coréia do Norte. O que ele tem a mais? A bomba atômica? Vai que Lula se veja tentado…

E Sarkozy, 23 posições abaixo da de Lula e 32 da do ditador norte-coreano? Menos, claro, no coração de Carla Bruni… Não que ele não mereça um esculacho depois que resolveu ser uma estrela do mundo das celebridades. Mas tudo tem limites. Osama Bin Laden na 37ª posição indica bem o critério que norteou a lista.

Isso é só uma tolice. Tudo bem… Até dá para tirar um sarrinho de Lula e afirmar que seu prestígio não anda lá essas coisas. Mas o presidente de um país como o Brasil, pouco importa quem seja, é mais poderoso do que sugere essa lista e menos poderoso do que o presidente da França ou o da Rússia.

A lista só indica que, na ordem do cretinismo, ela certamente disputaria as primeiras colocações.

por Reinaldo Azevedo

No Editorial da "The Economist", o Brasil Decola

Brazil takes off
Nov 12th 2009 - From The Economist print edition

Now the risk for Latin America’s big success story is hubris

WHEN, back in 2003, economists at Goldman Sachs bracketed Brazil with Russia, India and China as the economies that would come to dominate the world, there was much sniping about the B in the BRIC acronym. Brazil? A country with a growth rate as skimpy as its swimsuits, prey to any financial crisis that was around, a place of chronic political instability, whose infinite capacity to squander its obvious potential was as legendary as its talent for football and carnivals, did not seem to belong with those emerging titans.

Now that scepticism looks misplaced. China may be leading the world economy out of recession but Brazil is also on a roll. It did not avoid the downturn, but was among the last in and the first out. Its economy is growing again at an annualised rate of 5%. It should pick up more speed over the next few years as big new deep-sea oilfields come on stream, and as Asian countries still hunger for food and minerals from Brazil’s vast and bountiful land. Forecasts vary, but sometime in the decade after 2014—rather sooner than Goldman Sachs envisaged—Brazil is likely to become the world’s fifth-largest economy, overtaking Britain and France. By 2025 São Paulo will be its fifth-wealthiest city, according to PwC, a consultancy.

And, in some ways, Brazil outclasses the other BRICs. Unlike China, it is a democracy. Unlike India, it has no insurgents, no ethnic and religious conflicts nor hostile neighbours. Unlike Russia, it exports more than oil and arms, and treats foreign investors with respect. Under the presidency of Luiz Inácio Lula da Silva, a former trade-union leader born in poverty, its government has moved to reduce the searing inequalities that have long disfigured it. Indeed, when it comes to smart social policy and boosting consumption at home, the developing world has much more to learn from Brazil than from China. In short, Brazil suddenly seems to have made an entrance onto the world stage. Its arrival was symbolically marked last month by the award of the 2016 Olympics to Rio de Janeiro; two years earlier, Brazil will host football’s World Cup.

At last, economic sense
In fact, Brazil’s emergence has been steady, not sudden. The first steps were taken in the 1990s when, having exhausted all other options, it settled on a sensible set of economic policies. Inflation was tamed, and spendthrift local and federal governments were required by law to rein in their debts. The Central Bank was granted autonomy, charged with keeping inflation low and ensuring that banks eschew the adventurism that has damaged Britain and America. The economy was thrown open to foreign trade and investment, and many state industries were privatised.

All this helped spawn a troupe of new and ambitious Brazilian multinationals (see our special report). Some are formerly state-owned companies that are flourishing as a result of being allowed to operate at arm’s length from the government. That goes for the national oil company, Petrobras, for Vale, a mining giant, and Embraer, an aircraft-maker. Others are private firms, like Gerdau, a steelmaker, or JBS, soon to be the world’s biggest meat producer. Below them stands a new cohort of nimble entrepreneurs, battle-hardened by that bad old past. Foreign investment is pouring in, attracted by a market boosted by falling poverty and a swelling lower-middle class. The country has established some strong political institutions. A free and vigorous press uncovers corruption—though there is plenty of it, and it mostly goes unpunished.

Just as it would be a mistake to underestimate the new Brazil, so it would be to gloss over its weaknesses. Some of these are depressingly familiar. Government spending is growing faster than the economy as a whole, but both private and public sectors still invest too little, planting a question-mark over those rosy growth forecasts. Too much public money is going on the wrong things. The federal government’s payroll has increased by 13% since September 2008. Social-security and pension spending rose by 7% over the same period although the population is relatively young. Despite recent improvements, education and infrastructure still lag behind China’s or South Korea’s (as a big power cut this week reminded Brazilians). In some parts of Brazil, violent crime is still rampant.

National champions and national handicaps
There are new problems on the horizon, just beyond those oil platforms offshore. The real has gained almost 50% against the dollar since early December. That boosts Brazilians’ living standards by making imports cheaper. But it makes life hard for exporters. The government last month imposed a tax on short-term capital inflows. But that is unlikely to stop the currency’s appreciation, especially once the oil starts pumping.

Lula’s instinctive response to this dilemma is industrial policy. The government will require oil-industry supplies—from pipes to ships—to be produced locally. It is bossing Vale into building a big new steelworks. It is true that public policy helped to create Brazil’s industrial base. But privatisation and openness whipped this into shape. Meanwhile, the government is doing nothing to dismantle many of the obstacles to doing business—notably the baroque rules on everything from paying taxes to employing people. Dilma Rousseff, Lula’s candidate in next October’s presidential election, insists that no reform of the archaic labour law is needed (see article).

And perhaps that is the biggest danger facing Brazil: hubris. Lula is right to say that his country deserves respect, just as he deserves much of the adulation he enjoys. But he has also been a lucky president, reaping the rewards of the commodity boom and operating from the solid platform for growth erected by his predecessor, Fernando Henrique Cardoso. Maintaining Brazil’s improved performance in a world suffering harder times means that Lula’s successor will have to tackle some of the problems that he has felt able to ignore. So the outcome of the election may determine the speed with which Brazil advances in the post-Lula era. Nevertheless, the country’s course seems to be set. Its take-off is all the more admirable because it has been achieved through reform and democratic consensus-building. If only China could say the same.



Muitos militontos esquerdistas devem ter tido orgasmos quando viram a capa da última revista americana "The Economist" (nestas horas, o anti-americanismo chulé desta malta desaparece), em que o Cristo Redentor aparece decolando como um foguete e cujo título é "Brazil Takes Off", ou "O Brasil Decola".

Além das reportagens sobre o Brasil, a revista dedica também ao país o seu editorial, que transcrevi acima, na íntegra e com alguns grifos meus. É uma pena que a grande maioria da súcia esquerdista não consiga ler o que está escrito lá e se conforme com alguns resumos mal e porcamente feitos (e devidamente filtrados, obviamente) pelos chefões dos partidos - o que contamina também setores da grande imprensa, infelizmente, já muito dominada, segundo as orientações de Antônio Gramsci.

Mas vamos tecer algumas considerações importantes sobre o tal editorial.

Logo de início, diz-se que "agora, o maior risco ao maior sucesso da América Latina é seu húbris". Pois é. Você, quase que certamente, não irá encontrar "hubris" nos dicionários de inglês, embora ache-a nos melhores dicionários de português e eu sempre uso o Priberam:

húbris (grego húbris, -eos, excesso, ardor excessivo, impetuosidade, violência, ultraje)
s. f. 2 núm.
Orgulho excessivo. = arrogância, insolência, soberba ≠ humildade, submissão

É a famosa bravata do Ignorante "terra quadrada" da Silva, é a arrogância que lhe é tão característica ao dizer seu "nunca antes neztepaís" achando-se o melhora presidente que o Brasil já teve, esquecendo-se que se hoje ele pode fazer muitas das prováveis boas coisas que diz que fará, é porque seus antecessores, principalmente Fernando Henrique Cardoso, deixou-lhe uma senhora herança em termos de segurança econômica.

E é exatamente isto que o editorial constata: quando os economistas do Goldman Sachs afirmaram, em 2003, que o Brasil era o “B” dos Brics, o grupo de países que passaria a liderar a economia mundial, praticamente ninguém creu, uma vez que nosso potencial aparecia somente no futebol e no Carnaval, e não como um dos gigantes da economia mundial. Mas o texto afirma que a desconfiança se revelou errada.

Diz que a China lidera a recuperação da economia mundial, mas o Brasil está junto, tendo sido “o último a entrar em crise e o primeiro a sair”. E lembra vantagens que o país tem em relação aos outros membros do BRIC: “Diferente da China, é uma democracia. Diferente da Índia, não tem conflitos religiosos ou étnicos e vizinhos hostis. Diferente da Rússia, exporta mais do que petróleo e armas (…)”. Está muito boa esta frase, mas só esqueceu dos esquerdistas, que vem matando a verdadeira democracia aos poucos - e em toda a América Latina: Honduras que o diga, com a intervenção Lulática no país.

O editorial lembra, ainda, que a estabilidade do Brasil, da qual Lula tanto goza em suas bravatas, não veio de repente, mas é fruto de sua disciplina na economia, cuja trajetória começou nos anos 90 (anos de Fernando Henrique), quando a inflação foi domada, os bancos foram saneados (é uma referência ao Proer, que o PT combateu tanto) e o país se abriu aos investimentos estrangeiros. Sim, a "The Economist" sabe e mostra a Verdade, referindo-se às medidas do governo FHC, todas elas rejeitadas por Lula e os esquerdistas até hoje!

E, aí, vem a tal húbris: "Os gastos do governo estão crescendo mais do que a economia como um todo, e os investimentos públicos e privados ainda são pequenos, o que lança dúvidas sobre as previsões mais róseas para a economia. Muito dinheiro público está indo para coisas erradas. A folha de pagamento do governo federal cresceu 13% desde setembro de 2008 (…) Apesar de avanços, a educação e a infra-estrutura ainda estão muito atrás das China e Coréia do Sul (como o apagão desta semana lembrou aos brasileiros). Em algumas áreas do país, a criminalidade é alarmante".

"O governo nada está fazendo para eliminar os obstáculos que existem para os negócios, especialmente a antiquada legislação que taxa a contratação de trabalhadores. Dilma Rousseff, candidata de Lula nas eleições de outubro próximo, insiste em que a reforma da arcaica legislação trabalhista é desnecessária".

"E, talvez, este seja o maior perigo que o Brasil enfrenta: a húbris. Lula está certo ao dizer que seu país merece respeito, como ele merece muito da adulação que tanto o agrada. Mas ele é também um presidente de sorte, colhendo o resultado do boom das commodities e governando numa plataforma de crescimento construída por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Manter essa boa perfomance num mundo que enfrenta tempos difíceis significa que o sucessor de Lula terá de tentar resolver alguns problemas que ele fez questão de ignorar. O resultado da eleição pode determinar a velocidade com que o Brasil avança na era pós-Lula. O caminho do Brasil, no entanto, parece definido. Seu salto é ainda mais admirável porque foi dado por meio da reforma e da construção de um consenso democrático. Quem dera a China pudesse dizer o mesmo".

Aí está. Este é o editorial. Grifei até as mesmas frases do original. E não é que a "The Economist" disse exatamente o que venho dizendo neste blog? Aliás, não só eu. Muitos - aqueles que os militontos esquerdistas, os luláticos bobolivarianos, chamam de direitistas, como o Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, o Coronel etc. - falamos exatamente isto: Lula cumprimenta mais com o chapéu alheio do que com o próprio. E seu chapéu somente comerçará a ficar verdadeiramente pronto nas gestões dos próximos presidentes. Mas sua húbris não lhe permite ser humilde. Seu esquerdismo não lhe permite ser verdadeiro. Ele tem que bravatear, tem que mentir. É da índole dos esquerdistas.

O Mundo Ideal dos Luláticos


Faz tempo que eu não tenho feito um post. Mesmo porque, as bobagens dos luláticos são sempre parecidas - as mesmas que as esquerdas adoram fazer o tempo todo, desde que o racista Karl Marx escreveu o mentiroso "Das Kapital".

Mas ontem o apedeuta se superou... Disse que a culpa do clima estar mudando é porque a Terra é redonda!, e que, fosse quadrada ou retangular, o Brasil não sofreria com a poluição dos grandes centros mundiais.

Sei. Deveria ser como aquela cabeçorra dele: grande, chata, quadrada. E com um amendoim como centro nervoso, já que ele faz tanta patacoada e diz tantas idiotices. Veja acima a fala ignominiosa - e que os luláticos devem ter aplaudido em pé.

Mas talvez Lula, que já nos chamou de imbecis e ignorantes, tenha razão. Fosse a Terra quadrada, como quer este luminar da nescidade, haveria nela um fim. E quem sabe, numa de suas milhares de idas e vindas para gastar NOSSO DINHEIRO, o AeroLula poderia finalmente despencar na beira do abismo que finaliza o quadrado terráqueo e, assim, nos livraríamos desta aberração que temos como presiMente?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Falsificação da Nova Religião Ambientalista

Os que me lêem sabem que, vez por outra, costumo indicar sites cujos textos e notícias, como diria o egiptólogo Gerald Massey, "eles devem achar difícil... Aqueles que nos impõem sua autoridade como uma verdade, em vez da própria Verdade como autoridade". E "eles", já sabemos, são os esquerdistas, que querem dominar todas as linhas de pensamento - até mesmo a científica, divulgando absurdos pseudocientíficos como verdades profundas.

Agora, indico-lhes o site FakeClimate, que faz um excelente trabalho de desmistificação destes "cientistas" socialistas/comunistas que apinham as academias científicas e divulgam, através da mídia amiga, trabalhos que sequer chegam a ser hipóteses, quanto mais Verdades, sobre o "aquecimento global" - agora redenominado de "mudança climática".

Dentro deste trabalho, a equipe do FakeClimate se reuniu para traduzir eficientemente o Manual dos Céticos, de Joanne Nova, devido à ausência quase que completa de material em língua portuguesa sobre o assunto, diretamente publicado no Brasil. São raros os editores que têm a coragem necessária para apresentar o outro lado da questão. Normalmente são acusados de hereges, tendo em vista que o “aquecimento global”, as “mudanças climáticas” e o “desenvolvimento sustentável” tornaram-se novas religiões.

O PAC da Conversa Fiada

“Agora desgraçou tudo, porque agora os home tão ficando nervoso porque nós tamo inaugurando obra”, desandou o presidente Lula num palanque no Rio, espancando a língua portuguesa com especial selvageria. ”Calma, que nós ainda nem começamo a inaugurár o que nos temo para inaugurá nesse país. Tem muita coisa pra acontecêr e tem muita coisa que nós vamo fazê ainda pra frente.” Sempre à frente de uma comitiva de bom tamanho, não vinha de inauguração nenhuma, não estava a caminho de algum canteiro de obras nem aparecera no Rio para inaugurar alguma. Vinha da Procissão dos Pecadores do São Francisco, estava em território carioca para outro comício e, de lá para cá, só inaugurou pela segunda vez uma quadra usada na Mangueira.

Pelo andar da carruagem, Lula corre o risco de terminar o segundo mandato sem ter deixado pronta uma única obra física efetivamente relevante. A transposição do Rio São Francisco, as grandezas do pré-sal, as hidrelétricas do Rio Madeira, pontes, rodovias ─ tudo vai demorar. Acossado pelo tempo cada vez mais curto, o maior dos governantes culpa o Tribunal de Contas da União, o Ibama, o fiscal da esquina, o cartório, qualquer coisa. Quer inaugurar qualquer irrelevância. Até quadras de segunda mão.

Incapaz de criar, o governo não cuida direito nem do que existe, confirmou nesta quarta-feira o levantamento da Confederação Nacional dos Transportes sobre a situação das estradas do país. O estudo abrangeu quase 90 mil quilômetros de rodovias pavimentadas. Desse total, quase 70 % foram reprovados. A rede federal é a mais devastada. Segundo a CNT, a recuperação da malha rodoviária exige investimentos que somam R$ 32 bilhões. Seis vezes mais do que o governo Lula gastou em 2008. O PAC vai acabar programando outra operação tapa-buraco para 2010. E o chefe já prometeu outro PAC para 2011, com prazo de validade até 2015.

Por enquanto, só avança em bom ritmo o PAC da Conversa Fiada.

por Augusto Nunes

A Guerrilha do MST, Quem Paga é Você!

Uma cooperativa do Movimento dos Sem-Terra (MST) cortou e vendeu cerca de 400 mil metros cúbicos de pinus no Assentamento Zumbi dos Palmares, em Iaras, no sudoeste paulista. Parte do dinheiro foi desviada.

A quantidade de madeira cortada equivale à carga de 10 mil caminhões. Os recursos deveriam ter sido aplicados nos lotes. O rombo, que pode chegar a R$ 3 milhões, é investigado pelo Ministério Público Federal.

Impedido de derrubar outros 1,4 mil hectares de árvores, o MST abandonou os assentados. A região, no centro-oeste do Estado, é a mesma que os sem-terra querem transformar num grande polo de assentamentos da reforma agrária. A floresta de pinus pertencia ao Instituto Florestal, órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e foi comprada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) num processo de arrecadação de terras para fazer assentamentos. O plano era executar o manejo da floresta de acordo com as normas ambientais e investir o dinheiro na infraestrutura do lugar.

"Assim que tivemos a imissão de posse na área, em 2007, houve uma série de incêndios intencionais que estão sendo investigados pela Polícia Federal", contou o superintendente do Incra em São Paulo, Raimundo Pires da Silva. As chamas atingiram quase mil hectares do pinheiral. Há suspeita de que os próprios interessados teriam ateado fogo para apressar o corte raso do pinus.

Por meio de convênio assinado em 2008, o Incra contratou a Cooperativa de Comercialização e Prestação de Serviços dos Assentados da Reforma Agrária de Iaras e Região (Cocafi), criada pelo MST, para extrair e vender a madeira. O dinheiro seria aplicado na infraestrutura do assentamento. Em poucos meses, máquinas e motosserras a serviço da cooperativa botaram abaixo mais de 300 mil árvores. À medida que as toras eram retiradas, os sem-terra cadastrados pelo Incra iam sendo assentados sobre os restos da floresta. A infraestrutura nos lotes não foi feita e eles procuraram o Ministério Público de Ourinhos. O corte e a venda da madeira foram embargados.

ABANDONO
O assentado Antonio da Silva, de 64 anos, reclama que tiraram os pinus de metade de seu lote, de 15 hectares, mas nada deram em troca. "A terra é um areião e precisa de calcário e adubo." Ele é um dos que acusam a cooperativa de desviar o dinheiro que seria aplicado em água, estradas e recursos para os assentados. O agricultor Roberto Ramos aponta as toras amontoadas no lote e lamenta os desvios. "Essa madeira poderia valer muito adubo." Ele e a família deixaram a região de Campinas há seis meses, a convite do MST, mas nada plantaram até agora. "Fomos colocados aqui e abandonados."

Ouvido no inquérito que apura o desvio de madeira, o assentado Donizete Marques diz que a cooperativa e o Incra trabalhavam juntos. "Mas o dinheiro que era para ser posto aqui nunca apareceu", reclama.

Quando ocorreu o embargo, as pilhas de madeiras não puderam ser retiradas. Por determinação no Ministério Público, fiscais do Incra se revezam na vigilância das toras. As 16 famílias que não puderam entrar no lote montaram os barracos na beira da floresta. Como não recebem cestas básicas, sobrevivem de doações dos vizinhos e da caça.

Na sexta-feira, a assentada Antonia Iara Souza, que veio de Leme, preparava para o almoço um tatu capturado pelo marido. Ele trabalha na fazenda de laranja da Cutrale, na mesma região, invadida e depredada pelo MST. "Graças a Deus ele não estava na ocupação, por isso não foi despedido", conta.

O Zumbi dos Palmares sediou, na quinta-feira, um encontro de lideranças do MST para denunciar a grilagem de terras públicas na região. De acordo com o coordenador nacional Gilmar Mauro, são 60 mil hectares ocupados por empresas de reflorestamento e produtoras de suco de laranja, como a Cutrale, terra que ele considerou suficiente para assentar as 4 mil famílias que estão acampadas em todo o Estado.

Desde o início da ação do MST na região, em 1995, foram assentadas 450 famílias. Nos últimos meses, a migração de sem-terra para a região aumentou e muitas famílias saíram do Pontal do Paranapanema, no extremo oeste, na esperança do assentamento rápido.

AMEAÇAS
Assentados que denunciaram o desvio de madeira agora sofrem ameaças. Marco Tulio Mariano recebeu de um integrante do MST o recado para avisar sua mãe, Antonieta Vacca, que "fechasse a boca", senão ia amanhecer "cheia de formiga". Sangenes Aparecida Vieira foi ameaçada com um revólver por um dirigente. Genário da Silva Santos conta ter sido "enterrado vivo" pelo coordenador do MST de Iaras, Miguel Serpa, e seus subordinados. "Deixaram só o rosto de fora."

A reportagem procurou Serpa em seu lote, mas familiares disseram que ele estava viajando e não tinha data para retornar. Não informou destino nem levou celular. No inquérito da Polícia Civil de Borebi, que apura a invasão da Cutrale, Serpa é citado como líder dos invasores.

João Henrique Cruciol, outro dirigente da Cocafi negou desvios. "Fizemos a prestação de contas ao Incra." Disse que compete ao órgão dotar os assentamentos de infraestrutura e afirmou que só uma parte dos assentados está sem benefícios "porque não chegou a vez deles".

por José Maria Tomazelas, no Estadão.


Eis, aí, o comunismo selvagem. Aquele que é pior do que o dito "capitalismo selvagem" que os esquerdistas tanto deploram!

Pois, para financiar as benesses dos membros da "nomenklatura" emessetista, tira-se o dinheiro daqueles que já não mais fazem parte da massa de manobra que servirá como bucha de canhão nas invasões ilegais das propriedades alheias.

E mais! Ainda ameaçam estes gentis "homens-bovinos", agora assentados, com a pesada mão comunista que sempre assassinou milhões de indivíduos nas nações onde foi implantado.

Assim agem os esquerdistas: para conseguir seus desígnios excusos, prometem o paraíso aos néscios do "proletariado", que acabam lutando em seu lugar; quando não mais dispõem destes, os ameaçam, roubam, agridem, assassinam. Tudo em nome da causa. Afinal, para eles, todos os meios justificam os fins.