Vejam a coincidência: a condenação (mais uma) da Organização Mundial de Comércio aos subsídios concedidos pelos EUA aos seus produtores de algodão sai no exato momento em que entra em vigor a nova Lei Agrícola norte-americana.
E que aumenta os subsídios não apenas para o algodão, mas para vários outros produtos, incluindo trigo, soja e açúcar. São subsídios que distorcem preços e condições do mercado internacional e prejudicam a agricultura dos países mais pobres, conforme têm denunciado os emergentes, Brasil à frente.
A nova lei é uma criação do Partido Democrata, que controla o Congresso dos EUA. O presidente Bush havia vetado a lei, considerando esse apoio aos agricultores "excessivo e caro". Bush propôs, entre outras coisas, que os subsídios fossem pagos apenas a fazendeiros com renda anual inferior a US$ 200 mil.
O Congresso democrata derrubou o veto e a proposta, permitindo que as regras beneficiassem agricultores com renda de até US$ 1,25 milhão.
E sabem quem foi o mais ardoroso defensor da lei?
Barack Obama, que fez o discurso mais populista.
Hillary Clinton também sustentou a legislação.
Quem foi contra?
John McCain, o republicano.
por Carlos Alberto Sardenberg em 02 de Junho de 2008
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