quinta-feira, 5 de junho de 2008

Bienal dos Pobres

A ONG Educa São Paulo e o Núcleo de Trabalhos Comunitários (NTC) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo preparam a realização da 2ª Bienal dos Pobres - evento paralelo à 20ª Bienal Internacional do Livro, realizada no Ibirapuera entre 14 e 24 de agosto.

O objetivo da organização da "Bienal dos Pobres" é distribuir livros gratuitamente para a população carente. Coordenador da ONG, o ex-seminarista Devanir Amâncio afirma que já conseguiu 10 mil livros para redistribuir. O objetivo é atingir 1 milhão de unidades.

Além de distribuir os livros nas barracas,a ONG pode acionar uma rede com pelo menos outras 40 entidades, entre escolas, clubes, ONGs e filiais de dioceses católicas espalhadas pela periferia de São Paulo.

A ONG costuma utilizar datas do calendário oficial para expor seu trabalho. Nem o feriado de Finados escapa desta estratégia. No ano passado, sob o rótulo de Biblioteca do Além, a ONG distribuiu 2,3 mil livros na porta do Cemitério São Luís, localizado na periferia da Zona Sul de São Paulo.

Na "Bienal dos Pobres", os livros ficarão expostos em tendas na Praça da Sé e em bairros da periferia de São Paulo. O leitor pode aproximar-se da banca, folhear o livro e, se gostar, basta levar para casa, sem ter de dar explicação a ninguém. “Vamos ter também um mesão, que nós chamamos de banquete, com todos os jornais do dia, revistas semanais e infantis”, afirmou. Esta é a segunda vez que a ONG Educa São Paulo realiza a bienal. Na edição passada, a prefeitura apreendeu 2 mil livros na Praça da Sé. Devanir acionou o Ministério Público e conseguiu recuperar o material.


por Roney Domingos, no Globo.com


Vamos lá! Que beleza, não? É realmente uma iniciativa louvável distribuir gratuitamente livros para a camada mais pobre da população - muito embora a grande maioria sequer leia qualquer coisa e muitos sejam analfabetos.
Mas qual é o problema, então (e sempre tem um problema com estas ONGs)? Os contatos entre a ONG Educa São Paulo, criada em 1988, e representantes diplomáticos venezuelanos.

A entidade, que tem sua sede nos baixios do viaduto da Praça da Bandeira, centro, é freqüentemente visitada por embaixadores e cônsules interessados nas suas atividades educacionais ligadas às populações excluídas e/ou carentes.
Jorge Luiz Duran Cedeno, cônsul da Venezuela em São Paulo, lá esteve no início do ano. Na ocasião, mostrou interesse pela "Bienal dos Pobres", e sugeriu ao presidente Devanir Amâncio que procurasse o adido cultural Wilfredo Machado, no sentido de acionar mecanismos de apoio à feira. Machado solicitou uma carta oficial ao embaixador Júlio Garcia Montoya, com cópia para o consulado, o que, aliás, já foi feito e despachado na semana passada. Amâncio afirma que o apoio será bem vindo uma vez que a entidade precisa de ajuda para realizar seu projeto e que a Petrobrás sequer respondeu a uma consulta a respeito.

Assim, a cruzada bolivariana que o presidente Hugo Chávez empreende pela América Latina, está aumentando nas portas de São Paulo, de forma que Chávez deve acabar distribuindo a cartilha do "socialismo do século XXI" no referido evento, além de, provavelmente, é claro, livros sobre as belezas do socialismo e do comunismo, escritos pelos néscios esquerdistas.

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