O site da Deutsch-Welle publicou comentário a respeito da entrevista dada pelo presidente Lula à "Der Spigel" nesta semana próxima passada. Entre outras coisas, o site citou que Lula, "No tocante aos pontos de contato entre os governos sul-americanos, observou: 'A esquerda da América do Sul utiliza as mesmas palavras de ordem que a esquerda européia nos anos 20 e 30 do século passado. Onde reina a fome, onde as pessoas são excluídas da educação, os políticos se apresentam de forma mais radical'.
Lula tranqüilizou os que observam com receio as tendências políticas na América do Sul: 'Hoje em dia todos concordamos – com exceção das Farc na Colômbia – que as eleições são o único caminho legítimo para se chegar ao poder. Sem dúvida, [Hugo] Chávez é o melhor presidente da Venezuela dos últimos 100 anos. No entanto ele não tem, nem de longe, a influência que lhe atribuem. A Europa não precisa ter medo da esquerda da América Latina'."
Lula tranqüilizou os que observam com receio as tendências políticas na América do Sul: 'Hoje em dia todos concordamos – com exceção das Farc na Colômbia – que as eleições são o único caminho legítimo para se chegar ao poder. Sem dúvida, [Hugo] Chávez é o melhor presidente da Venezuela dos últimos 100 anos. No entanto ele não tem, nem de longe, a influência que lhe atribuem. A Europa não precisa ter medo da esquerda da América Latina'."
Estas declarações sobre Chávez foram feitas em resposta àquelas feitas pela chanceler alemã Ângela Merkel, na qual disse que "o presidente Hugo Chávez não é a voz da América Latina e ele só pode danificar por muito tempo as relações entre a UE e a AL. (...) Cada país tem sua própria voz, com que persegue seus próprios interesses. O povo venezuelano já tomou seu partido ao rechaçar o referendo em janeiro último."
Então, vamos lá, por partes, comentar a fala de Lula:
Então, vamos lá, por partes, comentar a fala de Lula:
As esquerdas sempre usaram as mesmas palavras (massas, quadros, proletariado, revolução, burguesia), mas agora têm algumas novas: "justiça social", "cotas para raças", "movimentos sociais", "inclusão" etc. Onde reina a fome, onde há a desinformação, há um esquerdista querendo tomar o poder para perpetuar-se nele, seja ele radical ou não: se assim fosse, conforme ele mesmo diz ('onde reina a fome, onde as pessoas são excluídas da educação, os políticos se apresentam de forma mais radical'), Lula que passou fome e excluiu a si próprio da educação, deveria ter fala extremamente radical, basta ver que um de seus primeiros atos como governante foi instituir o (furado) "Fome Zero".
Ademais, as esquerdas já aprenderam, principalmente a partir da instituição do Foro de São Paulo - fundado pelo PT/Lula e pelo PC Cubano/Fidel -, que as idéias de Antônio Gramsci dão certo: minar as bases da democracia através das idéias, principalmente, infiltrando-se nelas através da mídia, das escolas, da política. Somente as FARC ainda persistem no caminho puramente stalinista/trotskista da revolução permanente para tomar o poder (muito embora, Fidel ainda faça seus comentários estapafúrdios a esse respeito no Granma, ele já é poder há quase 50 anos, sem que se possa questionar sua liderança ditatorial).
Para Lula, sem dúvida, Chávez "é o melhor presidente da Venezuela dos últimos 100 anos". Não porque ele conheça profundamente a história da Venezuela - afinal, o apedeuta desconhece a história do próprio país -, mas, sim, porque ele (o tenente-coronel Hugo Chávez) é um dos companheiros do famigerado Foro de São Paulo, ajudando a financiar as ações das esquerdas ali congregadas, como o faz Lula também, através dos investimentos em Cuba, na Venezuela, na Bolívia e, agora, com a futura doação de Itaipu ao Paraguai.
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