O chefe de Estado da Venezuela, Hugo Chávez, uniu-se nesta terça-feira, 13, ao apelo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez à Europa e disse que "não se deve ter medo da esquerda latino-americana". Ao discursar durante um ato de assinatura de acordos comerciais com o primeiro-ministro português, José Sócrates, Chávez indicou que Lula tinha feito nos últimos dias declarações nas quais disse que a "Europa não precisa ter medo da esquerda latino-americana."
Também citou o escritor José Saramago, que, há três anos, ressaltou que estava havendo na América Latina "uma mudança histórica evidente" e encorajava os europeus a ajudar e colaborar. "Somo a essas vozes", disse Chávez, antes de acrescentar: "Ajudemos uns aos outros. Europa, não tenha medo, não se deixe manipular."
O presidente venezuelano, que também fez referência à visão do revolucionário Simón Bolívar sobre o papel que a Europa deveria ter tido há 200 anos a favor da independência para garantir os laços comerciais, denunciou "a tirania midiática no mundo que atropela a verdade" e "semeia joio."
Chávez disse que a Europa deveria "apoiar sem reserva" o que Saramago "chama de mudança da história" e que ele qualificou de "grande mudança humanista, profunda, democrática" na América Latina e no Caribe.
Além disso, o presidente venezuelano estimulou os europeus a impulsionar os laços comerciais com a Venezuela, após destacar a grande troca comercial entre este país e os Estados Unidos.
Chávez concordou com o primeiro-ministro português na vontade de aumentar a troca econômica entre ambos os países. O chefe de Estado venezuelano fez essas declarações horas depois que o governo venezuelano divulgou um comunicado no qual considerou que recentes declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, sobre Chávez "alteravam" a relação bilateral entre ambos os países.
Merkel disse em entrevista este fim de semana que um "só país não pode prejudicar de forma sustentada as relações entre UE e América Latina", referindo-se à Venezuela.
No ato desta terça, o presidente venezuelano ressaltou na hora das assinaturas a "importância de uma boa diplomacia". "Às vezes, não somos nada diplomáticos, às vezes venho eu e coloco a perder o trabalho de (o chanceler) Nicolás (Maduro)", disse Chávez entre risos e antes de acrescentar que ele "regula tudo" e agradecer ao ministro venezuelano por seu trabalho.
Puxa, como é chato ficar comentando estas mentiras que os esquerdistas dizem... Mas vamos lá: apesar do acento stalinista, Chávez une-se ao coro de Lula para não perder a boquinha do capital que pode entrar em seu país, vindo diretamente de negócios com a UE. Afinal, nenhuma "revolución" se faz sem dinheiro!
É certo também que a Europa nada deve temer das esquerdas latino-americanas: quem deve temer são os latinos, pois estes governantes querem implantar o "socialismo do século XXI", com todos os ranços do socialismo real da extinta União Soviética - como bem o disse Lula - aqui, não lá! Os escravos do partido estarão aqui, trabalhando em seus "gulags" e tendo suas propriedades tomadas - nem que à força - pelo deus Estado.
Este é o verdadeiro joio, semeado pelos próprios esquerdistas: "a mudança histórica evidente" é a retirada do trigo pelos governantes, que se tornarão a nova "nomemklatura" e deixarão o "lumpen-proletariado" comendo o "joio que o diabo amassou", como já foi visto em todos os lugares onde o comunismo dominou, não sem antes destruir todo e qualquer resquício da "grande mudança humanista, profunda, democrática" para implantar a "grande dominação estatal, totalitária e ditatorial", conforme os ditames de todas as esquerdas que participam do Foro de São Paulo.
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