Eu relutei muito em fazer este post. Tentei até fingir que nada estava acontecendo, afinal as eleições de São Paulo estavam completamente longe daquilo que este blog se propõe a falar. Mas os últimos acontecimentos acabaram por descambar tais eleições para a pauta.
E qual é mesmo a pauta deste blog? A sordidez, o mal-caratismo, a podridão a que podem chegar as esquerdas - principalmente aquelas representadas pelo PT - para conseguir o poder, eles que nunca acatam, como os liberais e conservadores acatamos, os valores da democracia.
O PT nunca aderiu - e nunca aderirá - aos valores democráticos. Apenas e tão somente vale-se taticamente destes valores para seu projeto de implantar um regime socialista/comunista no Brasil, tratando de tentar enrijecê-los e subordiná-los às necessidades do partido.
Muitos devem se lembrar da campanha para a presidência de 2002, quando surgiu um Lula "paz e amor" no lugar do truculento líder sindical que cuspia no público quando falava e queria desmontar o país, de acordo com os ditâmes do partido ao qual pertence. E este mesmo Lula, já presidente da República, foi visto em 2006. Em ambos os casos, o apedeuta esteve na liderança, mas... todos vimos o que aconteceu quando ficou claro que haveria segundo turno: a civilidade foi para o brejo, e o PT lançou uma campanha mentirosa, asquerosa, falsa, boçal ao extremo, dizendo que Geraldo Alckmin, caso saísse vitorioso, iria privatizar o Banco do Brasil e a Petrobrás.
E o que isto torna evidente? A ética do PT. A mesma ética usada por todas as esquerdas, onde "os meios justificam os fins", como ensinaram Marx/Engels e colocaram em prática Lênin, Stálin, Mao, Fidel, Pol-Pot. A ética que, mesmo havendo fatos fora da alçada política, politiza qualquer fato e lança mão, como agora se vê em São Paulo, de hordas de militantes e cabos eleitorais pagos para a prática do terrorismo eleitoral.
A campanha da psicóloga/sexóloga Marta Suplicy chafurdou na lama do partido, trazendo, novamente para a política algo que não se via desde o debate entre Collor e Lula, em 1989, onde o primeiro, num golpe baixíssimo, usou uma ex-namorada do então candidato do segundo para tentar atingí-lo em sua vida pessoal: o primitivismo, a retórica truculenta, a promessa irresponsável e inexeqüível, o preconceito, a vulgaridade, a estupidez, a baixaria, o atraso.
A propaganda levanta uma série de dúvidas sobre a vida pessoal de Kassab. Subliminarmente, tal campanha, à guisa de comparar o que fez cada candidato, deixou de lado o discurso "progressista" e lançou mão do extremismo de baixo nível: uma inserção no rádio e na TV da candidatura de Marta "relaxa e goza" Suplicy, veiculada no domingo, dia 12, questiona vários aspectos da vida pregressa de Kassab, terminando com as seguintes perguntas sobre ele: "é casado? tem filhos?"
É bom que se note que não estou fazendo uma defesa de Kassab. Sequer tenho muita simpatia por ele, mesmo porque vivo em outra cidade. Sei pelos jornais algumas das coisas que ele tem feito pela cidade e só. Mas algumas coisas têm limites, mesmo porque, como se costumava dizer antigamente "respeito é bom e conserva os dentes".
Se Kassab é homossexual ou não, pouco me interessa. É algo que diz respeito a ele somente, e a mais ninguém. Aliás, é assim que deve ser nesses casos: a preferência sexual é assunto particular, não deveria ser utilizada como bandeira política, nem contra, nem a favor. Justamente por isso, está mais do que óbvio que o candidato do DEM foi vítima de uma das demonstrações mais abjetas de preconceito que se viu nas eleições nos últimos anos no Brasil. E justamente por parte do PT, aquele partido que jura, de pés juntos, apoiar e defender as minorias gays, sempre advogando contra as discriminações dos conservadores de nossa sociedade. E justamente na campanha de Marta, que se lançou na política como defensora dos direitos das mulheres e dos homossexuais. Uma mulher de "vanguarda", psicóloga e sexóloga, sem medo de enfrentar tabus e preconceitos.
Confrontada com o que passou no rádio e na TV, Marta agiu como a mais legítima petista: como o petista mor, governante de Banânia, disse que "não sabia" da campanha, mas a aprovava assim mesmo, afirmando que o eleitorado tem o direito de saber sobre a vida política do candidato adversário, inclusive de sua vida pessoal. Quando indagada, porém, sobre seu casamento com o argentino Luís Favre, cujo verdadeiro nome é Belisario Warmus, ela se mostra indignadíssima. E olhem que nada do que se disse na imprensa sobre sua ultra-badalada separação e casamento chegou perto, em vulgaridade e preconceito, das insinuações sobre a vida privada de Kassab. Nada mesmo.
Caberia, então, a Kassab a réplica, e, além da resposta que o mesmo deu à sabatina da Folha ("Não. Não sou casado e não tenho filhos."), dizer: "Marta, se é tão importante assim a vida privada de um candidato, explique aos seus eleitores porque, mesmo separada da senador Eduardo Suplicy e já casada com Belisário Warmus, a senhora ainda usa o sobrenome de seu ex-marido? Porque há nenhuma lei que impeça um indivíduo de assumir um cargo como o meu de ser solteiro; já no seu caso, há lei que diz que após a separação, a cônjuge deve voltar a ter somente o nome de solteira."
E qual é mesmo a pauta deste blog? A sordidez, o mal-caratismo, a podridão a que podem chegar as esquerdas - principalmente aquelas representadas pelo PT - para conseguir o poder, eles que nunca acatam, como os liberais e conservadores acatamos, os valores da democracia.
O PT nunca aderiu - e nunca aderirá - aos valores democráticos. Apenas e tão somente vale-se taticamente destes valores para seu projeto de implantar um regime socialista/comunista no Brasil, tratando de tentar enrijecê-los e subordiná-los às necessidades do partido.
Muitos devem se lembrar da campanha para a presidência de 2002, quando surgiu um Lula "paz e amor" no lugar do truculento líder sindical que cuspia no público quando falava e queria desmontar o país, de acordo com os ditâmes do partido ao qual pertence. E este mesmo Lula, já presidente da República, foi visto em 2006. Em ambos os casos, o apedeuta esteve na liderança, mas... todos vimos o que aconteceu quando ficou claro que haveria segundo turno: a civilidade foi para o brejo, e o PT lançou uma campanha mentirosa, asquerosa, falsa, boçal ao extremo, dizendo que Geraldo Alckmin, caso saísse vitorioso, iria privatizar o Banco do Brasil e a Petrobrás.
E o que isto torna evidente? A ética do PT. A mesma ética usada por todas as esquerdas, onde "os meios justificam os fins", como ensinaram Marx/Engels e colocaram em prática Lênin, Stálin, Mao, Fidel, Pol-Pot. A ética que, mesmo havendo fatos fora da alçada política, politiza qualquer fato e lança mão, como agora se vê em São Paulo, de hordas de militantes e cabos eleitorais pagos para a prática do terrorismo eleitoral.
A campanha da psicóloga/sexóloga Marta Suplicy chafurdou na lama do partido, trazendo, novamente para a política algo que não se via desde o debate entre Collor e Lula, em 1989, onde o primeiro, num golpe baixíssimo, usou uma ex-namorada do então candidato do segundo para tentar atingí-lo em sua vida pessoal: o primitivismo, a retórica truculenta, a promessa irresponsável e inexeqüível, o preconceito, a vulgaridade, a estupidez, a baixaria, o atraso.
A propaganda levanta uma série de dúvidas sobre a vida pessoal de Kassab. Subliminarmente, tal campanha, à guisa de comparar o que fez cada candidato, deixou de lado o discurso "progressista" e lançou mão do extremismo de baixo nível: uma inserção no rádio e na TV da candidatura de Marta "relaxa e goza" Suplicy, veiculada no domingo, dia 12, questiona vários aspectos da vida pregressa de Kassab, terminando com as seguintes perguntas sobre ele: "é casado? tem filhos?"
É bom que se note que não estou fazendo uma defesa de Kassab. Sequer tenho muita simpatia por ele, mesmo porque vivo em outra cidade. Sei pelos jornais algumas das coisas que ele tem feito pela cidade e só. Mas algumas coisas têm limites, mesmo porque, como se costumava dizer antigamente "respeito é bom e conserva os dentes".
Se Kassab é homossexual ou não, pouco me interessa. É algo que diz respeito a ele somente, e a mais ninguém. Aliás, é assim que deve ser nesses casos: a preferência sexual é assunto particular, não deveria ser utilizada como bandeira política, nem contra, nem a favor. Justamente por isso, está mais do que óbvio que o candidato do DEM foi vítima de uma das demonstrações mais abjetas de preconceito que se viu nas eleições nos últimos anos no Brasil. E justamente por parte do PT, aquele partido que jura, de pés juntos, apoiar e defender as minorias gays, sempre advogando contra as discriminações dos conservadores de nossa sociedade. E justamente na campanha de Marta, que se lançou na política como defensora dos direitos das mulheres e dos homossexuais. Uma mulher de "vanguarda", psicóloga e sexóloga, sem medo de enfrentar tabus e preconceitos.
Confrontada com o que passou no rádio e na TV, Marta agiu como a mais legítima petista: como o petista mor, governante de Banânia, disse que "não sabia" da campanha, mas a aprovava assim mesmo, afirmando que o eleitorado tem o direito de saber sobre a vida política do candidato adversário, inclusive de sua vida pessoal. Quando indagada, porém, sobre seu casamento com o argentino Luís Favre, cujo verdadeiro nome é Belisario Warmus, ela se mostra indignadíssima. E olhem que nada do que se disse na imprensa sobre sua ultra-badalada separação e casamento chegou perto, em vulgaridade e preconceito, das insinuações sobre a vida privada de Kassab. Nada mesmo.
Caberia, então, a Kassab a réplica, e, além da resposta que o mesmo deu à sabatina da Folha ("Não. Não sou casado e não tenho filhos."), dizer: "Marta, se é tão importante assim a vida privada de um candidato, explique aos seus eleitores porque, mesmo separada da senador Eduardo Suplicy e já casada com Belisário Warmus, a senhora ainda usa o sobrenome de seu ex-marido? Porque há nenhuma lei que impeça um indivíduo de assumir um cargo como o meu de ser solteiro; já no seu caso, há lei que diz que após a separação, a cônjuge deve voltar a ter somente o nome de solteira."
Mas não. Não é isso o que importa. A separação de Marta do senador Eduardo Suplicy, não resta dúvida, marcou para todo o sempre suas relações com o eleitorado. Foi uma escolha da então prefeita, que exerceu seu direito de casar e descasar com quem quiser, quantas vezes bem entender, embora não se possa subtrair das pessoas o direito de gostar ou não.
Porém, ao questionar a vida privada de Kassab, levantando dúvidas sobre sua sexualidade, Marta caiu na armadilha que ela mesma criou: se Kassab não for homossexual, estarão caracterizadas a calúnia e a difamação, crimes tipificados no Código Penal brasileiro; se for, pior ainda - Marta será desmascarada como preconceituosa (ou homofóbica, como se diz atualmente) e uma farsante.
Foi, inclusive, o que o "Comitê LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) Marta Prefeita" divulgou ontem, num manifesto de repúdio à propaganda eleitoral da candidata petista, conforme saiu na Folha de São Paulo. A propaganda acertou em cheio o orgulho dos militantes homossexuais do próprio PT e o manifesto foi assinado por três militantes, apontando cinco razões para considerar "esse tipo de linha de campanha errado e inaceitável": a propaganda viola o direito à privacidade e à intimidade; reforça o preconceito e a homofobia; é uma crítica moralista e preconceituosa, que reitera a heteronormatividade; está em desacordo com a trajetória política de Marta, que é pioneira na defesa do direito de mulheres e homossexuais; e usa um argumento que "desagrega", afasta e divide a base militante.
Mais interessante é que corre atualmente, no Congresso, um projeto de lei que criminaliza a "homofobia". É uma lei idiota, apresentada por seus defensores como um "avanço dos direitos humanos", mas visa unicamente a criminalizar a liberdade de expressão e de pensamento, tornando ilegal até uma piada de bar.
E adivinhem quem é a autora do projeto: uma deputada petista. Para esse pessoal, os gays, ou qualquer outra minoria - negros, índios, nordestinos etc. - só existem como massa de manobra, nunca como indivíduos. Tanto que para o PT,
Mas isso não bastou ao partido que o presidente diz ter mais ética que qualquer outro: a campanha de Marta distribuiu um panfleto acusando Kassab de tentar derrubar o presidente. No texto, Kassab é descrito como inimigo do presidente e que seu objetivo é acabar com os programas sociais implantados pelo governo federal.
O folheto de quatro páginas, distribuído por cabos eleitorais petistas durante corpo-a-corpo da candidata na zona leste, compara a gestão da ex-prefeita com a de Kassab. Na página três, as críticas contra o prefeito-candidato se transformam em acusação ao afirmar que ele quer derrubar Lula do poder, dizendo que "[Kassab] é cria de Maluf, associado de Pitta. Kassab é o inimigo do presidente Lula. Filiado ao DEM, antigo PFL, Kassab e seus aliados querem derrubar o presidente da República. Espalham o ódio contra o seu governo, querem voltar ao poder para acabar com as políticas sociais atuais".
Porém, quando questionada sobre essas acusações, Marta disse, mais uma vez, que não conhecia o conteúdo de seu material de campanha. "Deus me livre, eu não sabia disso não", afirmou Marta, demonstrando surpresa, pois ela não consegue "acompanhar o que é publicado nos milhares de panfletos" distribuídos por sua campanha e só acompanha "a elaboração de propostas" e, por isto, só pode ser criticada, ser responsável pelas propostas que faz.
Cabe então, a pergunta: Você acha que um candidato deixaria ir ao ar uma peça sem o seu aval? Ainda mais em se tratando de uma campanha tão séria. Imagine um diretor de marketing de um grande anunciante deixar que seus auxiliares aprovem um comercial que vai custar milhares de reais em veiculação e produção, sem a sua aprovação! Pense no prejuízo financeiro ou institucional para a imagem da empresa que isso poderia causar. No caso de Marta custa votos. Se Marta deixa a responsabilidade do que vai ou não ao ar apenas nas mãos de seus assessores e marketeiros, é irresponsável para com sua própria campanha e imagem e não "está mais madura", como queria a campanha do primeiro turno.
Mas aí está: Marta usou os gays para projetar-se na política; agora, tentou cortejar o voto dos evangélicos, apelando para a mais rasteira homofobia. Tendo muitas vozes contra, usou, como diria Maxwell Smart, do seriado "Agente 86", o velho truque das minorias que terão extintos seus benefícios pelo crápula da direita. E também não colou.
Caiu mais uma máscara dos petistas e assim vê-se que sua hipocrisia não tem limites: quando o partido está na frente, como estava nas duas eleições de Lula e no início da campanha de Marta, há até a chance de se fazer uma campanha civilizada. Mas basta que se anuncie o contratempo (como o segundo turno de 2006) ou a evidência da derrota, como neste 2008, e eles abolem a vida privada, o discurso da tolerância e, antes de tudo, qualquer compromisso com a verdade. O PT, claro, tentou ganhar honestamente, para mostrar que segue as regras do jogo democrático e manter-se no poder. Não deu. Então, eles não ligam de ganhar desonestamente.
É mesmo esse o partido que acata a democracia? Não. Esse é o partido que tentou, com o mensalão, fraudar a democracia comprando o Congresso.
É mesmo esse o partido que acata as regras do jogo? Não. Esse é o partido que tentou, com o dossiê elaborado na Casa Civil, de Dilma Rousseff, fraudar uma CPI.
É mesmo esse o partido que acata a alternância no poder? Não. Esse é o partido que tentou, com um dossiê falso, fraudar a eleição para o governo de São Paulo em 2006.
E esse é o partido que, agora, está querendo fazer uma consulta para propor uma Assembléia Nacional Constituinte para fundar, no Brasil, um governo socialista/comunista como estão fazendo seus parceiros de Foro de São Paulo - Chávez, Evo, Correa e Fidel.
Estamos vivendo agora, creiam, uma prévia de 2010. Lula vai tentar, a todo custo, fazer o seu sucessor. Na eleição presidencial, não sejamos ingênuos, vai transferir mais votos do que na municipal - que, com efeito, tem outras variáveis. Os petistas é que criaram a ilusão de que bastaria o Apedeuta mandar, que o eleitor apertaria o botão.
Pois bem. Se Dilma, a ungida de Lula, largar bem na corrida, com chances reais de vitória, assistiremos ao espetáculo do crescimento do passado, com o apedeuta enaltecendo os seus feitos e prometendo que seu candidato fará muito mais, havendo, sempre, é claro, a idéia de que uma eventual vitória da oposição porá tudo a perder.
Mas se o PT vislumbrar a chance da derrota, teremos uma campanha ao estilo Marta Suplicy Warmus Favre, muitas vezes multiplicada e que não poupará nada nem ninguém. E pouco importa que a primeira vítima seja a Verdade.
Não! Eles não têm escrúpulos!
Não! Eles não têm medidas!
Não! Eles não têm qualquer compromisso, porque tudo é possível no partido que "supostamente" assassinou Celso Daniel.
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