quinta-feira, 10 de abril de 2008

A Mãe do PAC

Dilma Vana Roussef, nos idos de 1967, com vinte anos de idade ingressou na POLOP (Política Operária), quando cursava a Escola Federal de Economia, em Belo Horizonte, MG, sendo recrutada pelo seu noivo e depois marido Cláudio Galeno de Magalhães Linhares.

Com as primeiras prisões da POLOP foi para o Rio e ingressou no COLINA (Comando de Libertação Nacional), outra organização marxista-leninista onde, segundo Luiz Maklouf Carvalho, ensinou marxismo para uma célula, escreveu artigos apara o jornal "Piquete", ajudou na infra-estrutura de algumas ações armadas (três assaltos a banco) e subiu para a direção do Colina. Não participou da ações armadas e seu desempenho não deve ter sido eficiente, pois parece ter desagradado aos militantes oriundos da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), como veremos pela reação de Darcy Rodrigues, no Iº Congresso da VAR-P.

Dilma esteve na reunião de Mongaguá (SP), quando o COLINA e a VPR criaram a VAR-Palmares, e estava na reunião de Teresópolis, no I Congresso da VAR-P em setembro de 1969 em Teresópolis, quando houve o "racha dos sete", Carlos Lamarca à frente. Dilma passou a militar na VAR-Palmares. Nesta reunião do Iº Congresso da VAR-P, Darcy Rodrigues ameaçou agredir Dilma, impondo a sua não participação em ações armadas, provável conseqüência de erros anteriores, mesmo em ações de infra-estrutura (logística e arapongagem - informações). Na ocasião foi defendida por Carlos Franklin Paixão de Araújo que seria seu futuro marido.

Lembramos que a “Ação Grande ou Roubo do Cofre do Adhemar” foi realizada em setembro de 1969, portanto após o I Congresso da VAR-P e que nela tomaram parte 13 militantes da VAR-P, entre os quais não estavam Dilma e seu companheiro na ocasião, Cláudio Galeno de Magalhães Linhares (Aurélio, Lobato), nem seu defensor e futuro companheiro na ida para Porto Alegre, RS, em 1969, Carlos Franklin Paixão de Araújo.

Dilma retornou em janeiro de 1970 para São Paulo onde foi presa e, como todo terrorista que se preze, segundo o Tortura Nunca Mais, “foi barbaramente torturada por 22 dias”, um recorde e fato estranho, considerando-se que Dilma, após responder a três processos e ser condenada, ficou presa no presídio Tiradentes (SP) só até 1973. Libertada, mudou-se para o Rio Grande do Sul em 1974, onde concluiu seu bacharelado em economia pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) em 1977.

Só recuperou seus direitos políticos com a Lei de Anistia, de 1979, militando com seu então marido Carlos Franklin Paixão de Araújo, no PDT. Milita no PT desde 2001, sem seqüelas e boa publicidade como ex-terrorista e torturada. Hoje, é a "mãe do PAC" e a madrasta de mais um dossiê Petista contra a oposição, seguindo a linha de atuação de José Dirceu.

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