Após diversas versões diferentes sobre o dossiê dos gastos com cartões corporativos do ex-presidente FHC, e a escalada de um time de aliados para blindar a ministra Dilma Rousseff, agora é o próprio presidente Lula que saiu em sua defesa. Lula disse: "Não posso ter um milésimo de suspeita contra a ministra, porque a conheço, sei da história dela e do serviço que ela presta ao país".
Ora, é justamente por conhecer a história da ministra que todos devem suspeitar – e muito – dela. Nos tempos da ditadura militar, a "companheira Estella" foi uma das que planejou o roubo do cofre de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo. O crime foi praticado pela VAR-Palmares, grupo revolucionário fruto da fusão entre a Vanguarda Popular Revolucionária, de Carlos Lamarca, com o Colina, grupo que tinha "Estella" como líder. Em 1969, treze guerrilheiros da VAR-Palmares roubaram o cofre de uma casa no bairro carioca Santa Tereza, onde viva a amante de Adhemar. Os assaltantes teriam levado US$ 2,6 milhões na operação. Dilma, a então "companheira Estella", teria organizado pelo menos três ações de roubo de armamentos em unidades do Exército no Rio de Janeiro, somente em 1969. Ela jamais pediu desculpas por seus atos. Com um currículo desses, é ou não para suspeitar da ministra?
Para Lula, Dilma é vítima de uma "leviandade clandestina". De leviandade e clandestinidade essa turma entende. Os fins sempre justificaram quaisquer meios para eles. E o pior é que até os fins sempre foram lamentáveis, pois defenderam e defendem tudo que há de errado no mundo, como o socialismo e a máfia sindicalista. Os petistas são mestres em se fazer de vítima quando são pegos com a boca na botija. Invertem tudo, jogando a culpa para os outros. Se julgam acima da lei e da moral. Não é a ministra Dilma a vítima. A minoria do povo – aqueles 11% que consideram o governo ruim ou péssimo – é a verdadeira vítima de uma leviandade clandestina, cuja meta é perpetuar eternamente o poder dessa quadrilha.
postado no blog do Rodrigo Constatino
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