Mentem olhando fixo nos seus olhos. Mentem a uma pessoa, a várias pessoas, a um povo inteiro. Sim, eles mentem sem qualquer culpa! Mentem pela TV, mentem pessoalmente. Mentem em documentos e até por decretos.
O caso em debate sobre as reservas indígenas serem continuas ou não será julgado pelo STF dia 27 de agosto. O Ministro Ayres Britto será o relator. E a guerra entre raças é incentivada. Brancos e índios divididos, coisa que "nunca antes neste país" aconteceu, país que um dia foi um exemplo de paz para todos os povos.
Aqui todas as raças sempre foram bem vindas, a confraternização era total. Mas bastou um sindicalista de esquerda assumir o poder para que tudo isso fosse por água abaixo. Negros x Brancos, Índios x Brancos e por aí vai! E o que fazer quando uma família, no caso de serem criadas reservas indígenas, já misturou as tantas raças que, historicamente, sempre conviveram pacificamente?
Quantos Romeus e quantas Julietas precisaremos enterrar para aprendermos que estamos retroagindo no tempo? Como fazer com que a população brasileira entenda isso e reaja contra as tantas mortes que resultarão de mais esta divisão?
É absurdamente irresponsável o que o governo está defendendo, indo de encontro com os interesses internacionais e contra os do povo brasileiro. E nosso presidente ainda tem o descaramento de assinar a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, que dá livre arbítrio a qualquer índio para declarar a independência de sua reserva - digo, de sua agora Nação.
O jornal O Estado de São Paulo desta terça-feira 12/08 divulgou a divergência de militares a respeito deste decreto que cria novos pelotões na Amazônia e o presidente ainda tem a coragem de dizer que a presença dos militares terá de ser efetiva dentro das reservas. Os militares têm toda a razão.
Na verdade, eu posso quase jurar que nenhum novo pelotão será criado. Para se criar um só pelotão, o orçamento atinge os 32 milhões de reais. Este valor elevado se dá pelo difícil acesso às bases da fronteira segundo Lula e seus asseclas.
Ora, se até hoje ninguém se preocupava ao menos em “manter" as bases já existentes com a desculpa de falta de verbas, porque logo agora, antes da decisão do Supremo, decide o nosso presidente criar novas bases?
Atualmente nos pelotões que já estão implantados, falta tudo. As pistas de pouso, que muitas vezes são o único meio de acesso para se levar mantimentos aos militares estão em péssimas condições. As viaturas que vi, ninguém me contou, estão encostadas por falta de manutenção e até de combustível.
Então, como é que de uma hora para a outra, o presidente decide, por decreto, comunicar à Nação de que serão criados novos pelotões nas fronteiras, ainda mais dentro das reservas indígenas?
Tenho absoluta certeza de que, caso fossem colocados 32 milhões nas mãos do Comando da Amazônia, o custo de um só pelotão que Lula diz que criará, a verdadeira segurança das nossas fronteiras seria imediatamente reforçada.
E em nome da efetivação e julgamento pelo STF em favor das reservas continuas foi que Lula soltou este decreto, um puro engana bobo. O orçamento das Forças Armadas míngua a cada ano; nenhum gasto desta natureza está previsto. Os comandos antes de tudo precisam alimentar seus soldados e mantê-los sempre em treinamento. E é isto que eles fazem enquanto aguardam reaparelhamento nos pelotões que já existem.
A pergunta que não cala: De onde Lula pretende tirar a verba para a criação dos novos pelotões? Do prato dos soldados?
Pelos motivos citados é que não acredito em nenhuma palavra deste Decreto nº. 6.513, de 22 de julho de 2008.
Pretendem enganar até aos juizes do STF, para que pensem que existe boa vontade de parte do EXECUTIVO em manter obediência 'as leis e à Carta Magna do Brasil. É MENTIRA, MENTIRA DESLAVADA!
O Presidente da República mente, o Ministro da Defesa mente, o Ministro da Justiça mente, mentem todos eles, olhando nos nossos olhos e sabendo que irão prejudicar a todos nós com sua postura. E ao STF desejo que se utilize de profundos critérios nesta questão. Nosso presidente promove neste momento, uma violação direta e criminosa à soberania do Brasil e ao seu povo, que ignora suas ações.
Por Ana Prudente
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