quarta-feira, 16 de julho de 2008

FARC: Sem Negociação!

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) rejeitaram nesta terça-feira, 15, uma negociação de paz com o atual governo colombiano do presidente Álvaro Uribe e pediram uma reunião com o líder da Nicarágua, Daniel Ortega, segundo uma carta divulgada pela emissora Telesur. Aproveitando as baixas na guerrilha, o governo colombiano buscava um contato direito com o líder máximo rebelde, Alfonso Cano, para negociar a libertação de 25 reféns que estão em poder das Farc.

"Somente um novo governo (colombiano), verdadeiramente democrático, surgido de um grande acordo nacional, poderia retomar o caminho para a busca de uma solução do conflito social e armado da Colômbia", indicou a mensagem, datada de 26 de junho, segundo informações da agência de notícias France Presse.

As Farc sofreram há duas semanas sua pior derrota militar e política após o Exército colombiano ter resgatado a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt e outros 14 reféns. Os seqüestrados faziam parte de um grupo de 40 pessoas que a guerrilha tentava trocar com o governo por 500 rebeldes presos.

Pelo menos cinco altos comandantes das Farc morreram no último ano, incluindo Raúl Reyes, que perdeu a vida em um ataque de militares colombianos no Equador. Além disso, cerca de 9 mil combatentes desertaram desde que Uribe assumiu a presidência em 2002.

"Eles estão desconcertados, sabem que inteligência do Estado colombiano está em um nível mundo alto, capaz de penetrar em suas mais altas estruturas", afirmou o general Freddy Padilla de León, comandante das Forças Armadas da Colômbia. "Eles também têm consciência que existe um alto grau de corrupção em sua estrutura", continuou.

Para o general, as Farc não têm um ideal político para lutar, e o dinheiro do narcotráfico se converteu numa arma contra a guerrilha. "Eles estão navegando em mar de corrupção, que os põe em enormes contradições", indicou Padilla.

Agradecimento
Ainda no comunicado divulgado nesta terça, a guerrilha agradece a Ortega por sua decisão "muito valente" de conceder asilo político às guerrilheiras "Susana e Diana", além das colombianas Doris Bohórquez e Martha Pérez, sobreviventes ao ataque que matou Reyes no Equador em 1.º de março, segundo informações da France Presse.


"Agradecemos ao comandante Daniel por sua companhia em momentos tão difíceis para nossa organização, como nos assassinatos de Rául, Iván Ríos (membro do comando central) e na morte de nosso comandante chefe, Manuel Marulanda Vélez, para quem juramos vencer", continua as Farc na mensagem.
O presidente da Nicarágua, que dirigiu a guerrilha nicaragüense que tomou o poder em 1979 antes de assumir o governo por via eleitoral em 2007, suspendeu temporariamente suas relações com a Colômbia após o ataque ao acampamento de Reyes.


O Estado de São Paulo, em 15/07/2008


Eis aí o verdadeiro intuito das FARC, companheiras de Lula e do PT no Foro de São Paulo: a derrocada de Álvaro Uribe, o "lacaio do império". Por isso, a negociação com Ortega.

Ortega, já conhecemos, também é membro do Foro. Foi ele que, na palestra de encerramento do
XIV Foro de São Paulo, ao ser anunciado oficialmente que o fundador das FARC, Manuel Marulanda "Tirofijo", havia morrido no dia 26 de março, prestou-lhe uma homenagem na qual dizia: "Que autoridade pode ter o regime colombiano, os ianques ou os europeus para dizer quem é terrorisra e quem não é? (...) Eu quero expressar minhas condolências, minha solidariedade, para com as FARC e para com a família do comandante 'Marulanda', um lutador extraordinário, que vem batalhando há longos anos, como guerrilheiro, como a luta mais longa na história da América Latina e do Caribe".

A negociação vem se dando com Ortega por causa das investigações que tem sido feitas pela comunidade internacional a respeito da ligação do ventríloquo Chávez e seu boneco Correa com aquela organização narco-terrorista. Chávez, que parabenizou Uribe pela vitória na
ação de resgate de Ingrid Bettancourt, está em franca negociação com a Colômbia, "esquecendo-se" do palavrório que destilou contra o legítimo e democrático governante colombiano e, agora, chamando-o de "irmão", que também vem pedindo que as Farc encerrem a luta armada iniciada há mais de 40 anos e libertassem todos os reféns em seu poder.
Além disso, esta carta contradiz um comunicado emitido pelas FARC uma semana antes: o documento, também datado de junho e assinado pela secretaria das FARC, o grupo dizia que aceitava estabelecer um diálogo com o governo colombiano para negociar um acordo que permita a libertação de reféns em troca de guerrilheiros presos.

Na carta enviada a Ortega, as Farc reivindicam o direito de manter a luta armada: "Nosso levantamento armado está tutelado pelo direito universal e plenamente justificado como resposta legítima à violência do Estado", afirma o texto. "Enquanto forem mantidas as causas econômicas, políticas e sociais que (a) geraram, a luta armada nunca perderá vigência".

Um comentário:

Augusto Araújo disse...

Olá José Ricardo

Como o blog da DMM nao é meu blog exclusivo, acabei nao percebendo seu comentário lá

Estou grato pela mençao e por ter postado um texto meu por aqui

Parabens pelo seu blog tb, é muito bom.

Sugiro só para facilidade de litura do mesmo q vc separe os páragrafos por espaços, como fazem o Rodrigo Constantino e tantos outros blogueiros. É q a visualizaçao fica melhor.

Estou postando pouco agora, mas em breve tentarei fazer mais um texto sobre questao politica-ideologica e tentar fechar um ciclo pelo menos este ano

abs!